2024

 

Presidente: Rodolfo Landim

 Títulos:

 Futebol: Taça Guanabara

                Taça Libertadores da América Sub 20

                Copa Rio Sub 17

                Iber Cup Cascais-Portugal Sub 15

                Brasil Soccer Cup Sub 14

                Abano Foot Ball Trophy Sub 14 (Itália)

                Taça Guanabara Sub 11

                Taça Guanabara Sub 10

                Carioquinha Sub 8

                Carioquinha Sub 7

 Basquete: Torneio Super 8 Masculino Adulto

                  Campeonato Brasileiro de Basquete 3 x 3 Sub 18 Masculino

                  Campeonato Estadual Sub 23 Masculino  

 Futebol de Salão: Taça Brasil Sub 11

 utebol de Areia: Circuito Brasil Masculino Adulto

 Remo: Troféu Paquetá Master

 Natação: Campeonato Brasileiro Juvenil de Inverno

                Campeonato Estadual Sênior de Inverno

                Campeonato Estadual Júnior de Inverno

                Campeonato Estadual Juvenil de Inverno

                Campeonato Estadual Infantil de Inverno

                Campeonato Estadual Petiz de Inverno

 Nado Sincronizado: Campeonato Brasileiro Absoluto

                                   Campeonato Estadual Juvenil de Inverno

 Pólo Aquático: Campeonato Estadual Sub 18 Masculino de Inverno

                          Campeonato Estadual Sub 18 Feminino de Inverno

                          Campeonato Estadual Sub 16 Masculino de Inverno

                          Campeonato Estadual Sub 16 Feminino de Inverno

                          Campeonato Estadual Sub 14 Masculino de Inverno

                          Campeonato Estadual Sub 14 Feminino de Inverno              

 Vôlei: Festival Feminino Sub 17

           Copa Minas Tênis Clube Sub 17 Feminino

 Judô: Campeonato Carioca Sub 13

           Campeonato Carioca de Veteranos

           Troféu Rio de Janeiro Geral

           Troféu Rio de Janeiro Sub 18

           Troféu Rio de Janeiro Sub 15

           Troféu Rio de Janeiro Sub 13 

 Pesca Submarina: Campeão Mundial

 Esportes Eletrônicos: Liga Talents de Free Fire

 

                O ano de 2024 começa com a pressão da torcida do Flamengo por contratações. Afinal de contas, o Flamengo afirmava ter 400 milhões de reais para contratar novos jogadores. Sem contar que 2024 era ano eleitoral no clube. E, com certeza, o grupo de Rodolfo Landim, que não poderia concorrer a mais um mandato, queria colocar em seu lugar alguém do grupo, para dar continuidade ao processo iniciado em 2013, na gestão Eduardo Bandeira de Melo. Para isso, o Flamengo teria que voltar a conquistar títulos importantes.

                A primeira grande contratação foi de Nicolás De La Cruz, que era um sonho do Flamengo desde o ano anterior, mas que esbarrou nas dificuldades impostas pelo River Plate da Argentina. Pagando o valor da multa à vista, de 87 milhões de reais, o Flamengo finalmente conseguiu contratar por 5 anos este grande jogador uruguaio, que chegava para ser titular absoluto do time. Juntamente com De La Cruz, o Flamengo tentava a contratação de Léo Ortiz e Juninho Capixaba, zagueiro e lateral esquerdo, ambos do Red Bull Bragantino; do lateral Mathias Viña, chileno que jogava na Itália e pertencente ao Roma, e de Luís Henrique, ex-jogador do Fluminense, que estava no Bétis da Espanha. Todos esbarravam nos valores pedidos e o Flamengo usava de paciência para tentar as contratações. A única tentativa de contratação que ficou marcada por um certo grau de desconfiança foi de Evander, ex jogador do Vasco, que havia jogado na Dinamarca e agora estava defendendo o Portland dos Estados Unidos. A desconfiança ficou por conta do laço de amizade do vice presidente de futebol Marcos Brás com o pai do jogador, que agenciava atletas. Sem contar que o próprio jogador havia declarado querer voltar para o Vasco e não querer jogar no Flamengo. Foi aí que a torcida do Flamengo passou a rejeitar a vinda do jogador, mas Marcos Brás insistia na contratação, por um preço exorbitante, dizendo que o jogador era “nível A” no futebol mundial. A torcida não engoliu. Ainda bem que o Portland pediu um preço acima de 10 milhões de dólares e o Flamengo somente acenou com 6 milhões. Para felicidade da torcida do Flamengo, o negócio não deu certo.  

                 Além das despedidas de Filipe Luís e Rodrigo Caio na última partida de 2023, o Flamengo também se despediu de Everton Ribeiro. Ele pediu 2 anos, de contrato para renovar com o Flamengo, que acabou não aceitando a proposta. O jogador acabou se transferindo para o Bahia. 

                 Em 17 de janeiro, o Flamengo estreou no Campeonato Estadual jogando em Manaus, na Arena da Amazônia, contra o Audax Rio. O time que o técnico Tite mandou a campo foi o titular, não podendo contar apenas com De La Cruz, que ainda não estava inscrito. Mais de 45 mil torcedores lotaram o estádio. Logo aos 2 minutos, Arrascaeta cobrou escanteio e Léo Pereira escorou de cabeça, fazendo 1 x 0. O Flamengo dominou completamente a partida e o goleiro Rossi não teve nenhum trabalho. Antes do final do primeiro tempo, Pedro escorou um cruzamento e de calcanhar fez o segundo gol. Logo depois, uma bola sobrou limpa para Everton Cebolinha que tocou no canto esquerdo do goleiro. No segundo tempo, ocorreram substituições, entrando Gabriel, Bruno Henrique, Allan, Victor Hugo e Wesley. Mas, o ritmo da partida não mudou. O Flamengo continuou dominando as ações e marcou novamente com Guillermo Varela. Bruno Henrique e Gabriel ainda perderam boas chances de gol, mas o placar não mudou. Flamengo 4 x 0. Fim de jogo e o Flamengo estreou com o pé direito na competição. Agora, o time titular iria viajar para os Estados Unidos para disputar um amistoso e uma partida valendo pela FC Series, a antiga Flórida Cup. No Estadual, um time Sub 23 representaria o Flamengo.

 Em 21 de janeiro, o Flamengo disputou duas partidas em um só dia. Às 16 horas, hora de Brasília, o Flamengo enfrentou com seu time titular e reserva o Philadelphia Union. O jogo fez parte da FC Series, novo nome para a Florida Cup, que o Flamengo havia conquistado em 2019. O treinador Tite utilizou o jogo como preparação do time para a temporada. Tanto que no segundo tempo, trocou todos os 11 jogadores que jogaram no primeiro tempo. O time norte americano era formado por jogadores jovens e esforçados. Mas, nada além disso. Foi um treino de luxo, onde Pedro fez 1 x 0 na cobrança de pênalti e Everton Cebolinha fez um golaço, numa bola colocada no ângulo. No segundo tempo, com a entrada de Arrascaeta, Gabriel, Bruno Henrique e a estréia de De La Cruz, o time não se esforçou muito e não teve trabalho com o adversário. Foi mais uma festa para os torcedores do Flamengo residentes na Flórida.   

 Às 18 horas, hora de Brasília, o Flamengo jogou contra o Nova Iguaçu, pelo Campeonato Estadual. A partida foi realizada no estádio Almeidão, em João Pessoa, Paraíba. O Flamengo utilizou jogadores do time Sub 23, sendo que muitos fizeram o primeiro jogo pelo time profissional. O Nova Iguaçu implantou uma defesa muito firme, o que dificultou por demais as ações do time dirigido por Mario Jorge. Mesmo jogadores já um pouco mais experientes como Werton, Lorran e Petterson, não conseguiam levar perigo ao gol adversário. O placar do primeiro tempo se encaminhava para um 0 x 0, com as defesas dominando os ataques adversários, quando o zagueiro Noga falhou feio e proporcionou a marcação do gol do Nova Iguaçu. No segundo tempo, o time do Flamengo passou a tocar mais a bola, mas a marcação do time da baixada fluminense não deixava espaços. O Flamengo chegou até a perder uma grande oportunidade, quando o goleiro do Nova Iguaçu fez um milagre. Mas, logo depois, aos 35 minutos, Lorran tocou para Thiaguinho, que chutou no ângulo. A bola tocou a trave e entrou. O mesmo Thiaguinho foi expulso no final pelo segundo cartão amarelo. O primeiro ele tomou quando foi comemorar o golaço que fez junto a torcida. São aqueles absurdos que tentam tirar a graça do futebol. Final de partida e o 1 x 1 acabou sendo justo.

 Durante o período em que esteve nos Estados Unidos, o Flamengo fechou a compra do lateral esquerdo uruguaio Matías Viña, que estava na Roma. Era o quarto jogador uruguaio no elenco rubro-negro, juntamente com Guillermo Varela, Arrascaeta e De La Cruz.    

Em 27 de janeiro, novamente o Flamengo jogou em dose dupla. Primeiramente, o Flamengo enfrentou o Orlando City dos Estados Unidos, na Flórida, pela FC Series. O treinador Tite mandou a campo o time que considera titular. O Orlando City começou com uma bola no travessão e trocando passes com muita segurança e precisão. O Flamengo, quando conseguia chegar ao ataque, levava perigo. Tanto que, aos 12 minutos, Varela cruzou e Pedro chutou de primeira, marcando 1 x 0 para o Flamengo. O time norte americano jogava uma boa partida e o Flamengo encontrava grande dificuldade para chegar ao ataque. Aos 41 minutos, Fabrício Bruno falhou ao tentar cortar uma jogada e o Orlando City chegou ao empate. E deu pressão no Flamengo até o final do primeiro tempo. No segundo tempo, os times foram realizando várias substituições (vinte no total) e a partida ficou um lá e cá, mas com o Flamengo mostrando grande dificuldade para chegar ao gol adversário. No final, o 1 x 1 foi justo, mas não foi um grande jogo. A torcida não ficou muito satisfeita. O interessante foi que diferente de 2019, não houve um troféu para o vencedor do torneio. Ninguém entendeu, pois o FC Series era uma nova denominação para a Flórida Cup, que sendo um torneio, deveria ter um troféu. Mas, nenhum troféu foi entregue. Apenas para Gerson, que foi escolhido o “man of the match”, isto é, o melhor da partida.   

Logo depois, o Flamengo jogou com seu time Sub 23 pelo Campeonato Estadual. O jogo foi na Arena das Dunas, em Natal, contra a Portuguesa. Foi um jogo horroroso, onde tanto o Flamengo quanto a Portuguesa tiveram uma grande dificuldade em criar oportunidades de gol. O time ainda jogou “reforçado” por Matheuzinho, Thiago Maia e Pablo, que acabaram não sendo negociados e não foram com o time principal para os Estados Unidos. Ao final da partida as vaias foram merecidas para o 0 x 0 estampado no placar.

Em 30 de janeiro a pré temporada do Flamengo nos Estados Unidos terminou. Mas, o Flamengo não voltou direto para o Rio de Janeiro. O avião aterrizou em Belém do Pará, onde o Flamengo jogou contra o time do Sampaio Correa de Saquarema, pelo Campeonato Estadual, em 31 de janeiro. O treinador Tite mandou a campo seus titulares, mas surpreendeu ao começar o jogo com Gabriel e Bruno Henrique, que ultimamente estavam no banco de reservas. A partida foi marcada pelo amplo domínio do Flamengo. Aos 12 minutos, De La Cruz cobrou falta. No rebote do goleiro, Bruno Henrique marcou 1 x 0. Delírio dos torcedores que lotaram o Mangueirão para ver o Flamengo jogar. O Flamengo continuou criando chances e perdendo oportunidades. Aos 42 minutos, Arrascaeta tocou em profundidade para Gabriel, que tocou na saída do goleiro, acabando com um jejum amargo de cinco meses sem marcar com a bola rolando. No segundo tempo, o Flamengo manteve seu amplo domínio e mesmo com as substituições dos jogadores de meio de campo, o time continuou a criar chances de gol. Mas, não houve mudança no placar. A vitória foi tranqüila e agora era dar continuidade ao Campeonato Estadual, jogando com os titulares.

Em 4 de fevereiro, finalmente o Flamengo voltou a jogar no Maracanã. Enfrentou o Vasco da Gama pelo Campeonato Estadual. No primeiro tempo, o Flamengo jogou com a sua tradicional, mas nova camisa rubro-negra, shorts pretos e meias brancas. Um pouco diferente do normal. A partida mostrou que o Flamengo tem um elenco muito qualificado, com excelentes jogadores, que tocam muito bem. Mas, que precisam virar um time. E mais do que isso. Precisa virar um time letal. Daqueles que procuram incessantemente o gol e procura ter fome de gols. O Flamengo tocou a bola, mas não levou grande perigo ao gol do Vasco. Somente numa cabeçada de Arrascaeta, que foi em cima do goleiro e numa outra cabeçada de Fabrício Bruno, que subiu sozinho, mas mandou a bola por cima do gol. No mais, o Flamengo não produziu mais nada. O Vasco por sua vez, jogando no contra ataque, perdeu um gol feito, salvo por Léo Pereira em cima da linha, de forma sensacional. No segundo tempo, o Flamengo voltou a campo com a sua camisa branca do segundo uniforme, até para contrastar mais com a camisa do Vasco, toda negra. O segundo tempo foi igual, com o Flamengo tocando muito, mas não conseguindo criar chances de gol. O Vasco, novamente perdeu um gol feito, novamente salvo por Léo Pereira e a trave. Somente aos 42 minutos, Arrascaeta invadiu a área e foi calçado. Pênalti marcado na hora pelo árbitro. Gabriel bateu muito mal, proporcionando a defesa do goleiro vascaíno. Ao final, o 0 x 0 do placar foi amplamente comemorado pelos vascaínos, que antes da partida tinham um grande medo de tomar uma goleada. Este empate foi uma vitória para eles. Quanto ao Flamengo, precisava urgentemente se tornar um time. Elenco ele tem. E de sobra.

O fato desagradável ficou para o gramado do Maracanã. O estádio ficou sem jogos por mais de um mês e esperava-se um gramado perfeito. Acontece que, antes da partida contra o Vasco, caiu um temporal que alagou a grande área que fica do lado esquerdo das cabines de rádio e TV. Com o início do jogo, a água diminuiu, mas aquele pedaço de campo parecia um pasto. E assim ficou para as próximas partidas. Para um estádio da importância do Maracanã, o gramado continuava a ser um grande problema.    

Em 7 de fevereiro, o Flamengo voltou ao Maracanã para enfrentar o Botafogo. O treinador Tite mandou a campo o que chama de time titular. De La Cruz jogou pela direita, revezando com Arrascaeta na posição de meio de campo. O ataque com Everton Cebolinha e Pedro. A defesa com Varela e Ayrton Lucas nas laterais e na zaga Fabrício Bruno e Léo Pereira. Erick Pulgar praticamente como único cabeça de área e Gerson na armação das jogadas. Mas, mais uma vez essa formação mostrou grandes dificuldades. Tirando um chute de Pedro de fora da área no início do jogo, o Flamengo não produziu nada. O Botafogo teve a melhor chance do jogo, quando Rossi fez uma grande defesa e a bola foi colocada para escanteio por Fabrício Bruno. Não foi um bom primeiro tempo. Na segunda etapa, o Flamengo continuou errando muito as jogadas, proporcionando a defesa alvi negra um certo domínio de sua área. Wesley entrou na lateral direita. Com a saída de De La Cruz e a entrada de Luiz Araújo, o ataque ficou um pouco mais veloz. Assim que entrou em campo, Luiz Araújo deu um chute forte e colocado, que o goleiro Gatito Fernandes mandou para escanteio. Pedro, ao ser substituído, ouviu vaias e a torcida vibrou com a entrada de Gabigol, mesmo ele tendo perdido um pênalti decisivo na partida contra o Vasco. Era realmente uma relação de amor e ódio. Bruno Henrique entrou no lugar de Everton Cebolinha (que completou cem jogos pelo Flamengo) e também melhorou o lado esquerdo do ataque. Mas, mesmo assim, jogando muito mais na transpiração do que na inspiração, o time atacou o Botafogo, que se retraiu para a defesa, esperando o final da partida ou uma bola de contra ataque. Aos 49 minutos, Arrascaeta cobrou escanteio pela esquerda para Ayrton Lucas, que cruzou alto na área. O goleiro Gatito Fernandes falhou na saída de gol e Léo Pereira tocou de cabeça para o fundo do gol. Era o gol da vitória do Flamengo, que o deixou na vice liderança da competição, mas com um jogo a menos. Valeu pela vitória, mas a história de que o Flamengo tinha elenco, mas o time ainda deixava a desejar se confirmou. Muita coisa tinha que melhorar. 

Em 10 de fevereiro, sábado de carnaval, o Flamengo retornou ao Maracanã para enfrentar o Volta Redonda, em um jogo atrasado da terceira rodada do Campeonato Estadual. O treinador Tite escalou Matheus Cunha no gol, David Luiz na zaga(centésimo jogo dele com a camisa do Flamengo), um meio campo com Allan, Victor Hugo e De La Cruz; e no ataque Gabriel e Bruno Henrique. O Flamengo tentou relacionar para o jogo o lateral esquerdo Matías Viña, que havia sido contratado, mas a FERJ alegou que como o jogo era da terceira rodada, nesta época ele não estava registrado e autorizado a jogar. No primeiro tempo, o Flamengo partiu para o ataque e Gabriel perdeu uma grande oportunidade, na frente do goleiro. Logo depois, a bola foi cruzada por Luiz Araújo pela direita e ele tocou no canto direito do goleiro do Volta Redonda, abrindo o placar. Gabriel chegou a perder outra grande chance, mas o placar ficou assim, com a contagem mínima. O que chamou a atenção neste período, foi a forma com que o time do Volta Redonda deu trabalho a defesa do Flamengo. Mas, o fato principal foi que o Flamengo perdeu completamente o meio de campo, pois Allan e Victor Hugo foram figuras completamente nulas no time. No segundo tempo, o Volta Redonda chegou a colocar uma bola na trave do goleiro Matheus Cunha. A partir de 15 minutos, o treinador Tite colocou em campo o meio de campo titular. Entraram Arrascaeta, Gerson e Erick Pulgar. Com isso, o Flamengo melhorou bastante e passou a levar perigo ao gol do Volta Redonda. Foi quando veio a aparecer o goleiro Paulo Henrique, com grandes e salvadoras defesas. Numa saída errada da defesa, Arrascaeta tomou a bola e foi derrubado na área. Pênalti marcado. Pedro, que havia substituído Gabriel, cobrou e o goleiro pegou. Mas, o VAR apontou que o goleiro havia se adiantado demais e o pênalti foi remarcado. Pedro bateu forte e marcou o segundo gol. Já aos 47 minutos, Ayrton Lucas foi lançado por Arrascaeta, entrou na área pela esquerda e chutou cruzado, marcando o terceiro gol. Fim de jogo e o Flamengo ocupou o segundo lugar na tabela, dois pontos atrás do Fluminense.

No campo das contratações, o Flamengo ainda tentava contratar o zagueiro Léo Ortiz do Red Bull Bragantino. Já estava virando uma novela. Luís Henrique acabou sendo contratado pelo Botafogo e estreou exatamente na derrota para o Flamengo. Com a contratação de Matías Viña, o Flamengo desistiu de contratar Juninho Capixaba do Red Bull Bragantino. Pablo e Matheuzinho, que agora queria ser chamado de Matheus França, foram para o Corinthians e a situação de Thiago Maia continuava sem solução. O Internacional ainda tentava contratá-lo.

Em 15 de fevereiro, o Flamengo foi a Aracaju, capital de Sergipe, para enfrentar o Bangu pela Taça Guanabara. Estádio completamente lotado e o povo nas ruas fazendo uma grande festa para o Flamengo, o que já sabemos que é rotina por onde o Flamengo jogue. O treinador Tite somente não contou com De La Cruz machucado e Erick Pulgar suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Pedro e Cebolinha formaram o ataque. No primeiro tempo, o Bangu veio todo fechado, mas jogando nos contra ataques, dando um pouco de trabalho para a defesa rubro-negra. No ataque, o Flamengo não conseguia furar o bloqueio. Mas, aos 25 minutos, exatamente num contra ataque, Arrascaeta lançou Pedro, que driblou seu marcador e tirou do alcance do goleiro. A bola ainda bateu na trave e entrou. No segundo tempo, o Flamengo passou a atacar mais e Pedro acabou marcando mais um gol, após cruzamento na medida de Luiz Araújo. E para terminar seu show, Pedro marcou o terceiro, após o goleiro rebater uma bola cabeceada na área. O treinador Tite passou a substituir jogadores, entrando Gabriel, Bruno Henrique, Rayan Lucas, Victor Hugo e Matheus Gonçalves. O Flamengo passou a tocar a bola e ainda perdeu algumas chances, principalmente com Bruno Henrique. Final de jogo e o Flamengo passou a ocupar o primeiro lugar na tabela, empatado em pontos com o Fluminense, mas na frente no saldo de gols.     

Em 20 de fevereiro, o Flamengo enfrentou o Boavista no Maracanã. O treinador Tite não contou com Allan, Erick Pulgar e Gerson, que foi internado devido a uma infecção renal. Pela primeira vez, Arrascaeta e De La Cruz jogaram juntos no meio de campo. Na cabeça de área Igor Jesus começava a aparecer bem e mostrar um bom futebol. O primeiro tempo começou com o Flamengo a todo vapor. Luiz Araújo marcou o primeiro gol aos 6 minutos e Pedro aumentou para 2 x 0 aos 12minutos. O Boavista não via a cor da bola. Mas, a partir daí, o Flamengo, e principalmente Pedro, começaram a empilhar oportunidades de gols, que eram perdidos de forma surpreendente. E assim foi até o final do primeiro tempo. Na segunda etapa, o Flamengo continuou jogando com uma intensidade impressionante, mas perdendo gols. Aos 25 minutos, houve um pênalti e Pedro perdeu. Logo depois, ele saiu para a entrada de Gabriel, sob um misto de aplausos e vaias. O goleiro Rossi não fez nenhuma defesa. Mas, para o placar não ficar tão magro, Arrascaeta marcou 2 gols e o Flamengo acabou vencendo por 4 x 0. O resultado deixou o Flamengo em primeiro lugar na tabela, juntamente com o Fluminense, mas com 7 gols a mais no saldo. A partida seguinte seria exatamente contra o Fluminense e os dois praticamente decidiram a Taça Guanabara e o primeiro lugar na tabela.

Em 25 de fevereiro, Flamengo e Fluminense foram a campo no Maracanã, para praticamente decidir a Taça Guanabara e o primeiro lugar na tabela. O Flamengo somente não contou com Gerson, que teria que se submeter a uma cirurgia renal e ficaria afastado por praticamente um mês. De resto, o técnico Tite mandou a campo o que tinha de melhor. O meio de campo com Erick Pulgar, Arrascaeta e De La Cruz. O ataque com Luiz Araújo, Pedro e Cebolinha. E a defesa com a segurança de Rossi, Varela, Fabrício Bruno(que completava 100 jogos com a camisa do Flamengo), Léo Pereira e Ayrton Lucas. Sem contar que no banco estavam jogadores da qualidade de Matias Viña, Bruno Henrique e Gabigol. No primeiro tempo, a partida ficou muito presa no meio de campo. O único chute a gol foi do Fluminense, em cobrança de falta, que Rossi mandou para escanteio. O Flamengo teve duas grandes chances em cabeçadas de Léo Pereira e Arrascaeta, que foram para fora. No segundo tempo, o Fluminense tentou impor seu toque de bola, mas o Flamengo partia com perigo para o ataque. Aos 8 minutos, a bola sobrou na área para Ayrton Lucas. Ele se livrou da marcação e bateu cruzado. Pedro, na pequena área, somente completou para o gol vazio. Flamengo 1 x 0 e uma festa da torcida rubro-negra, maioria absoluta no estádio. Aos 29 minutos, o Flamengo partiu novamente para o ataque. A bola foi tocada para Arrascaeta, que de calcanhar tocou a Pedro, que também de calcanhar tocou a Everton Cebolinha, que penetrou e da entrada da área mandou um foguete. O goleiro Fábio espalmou, mas a bola tomou um grande efeito e foi parar na rede. O Flamengo fez 2 x 0 e a torcida não se continha. Já no final da partida, o goleiro Fabio saiu da área e ao rebater a bola, deu um presente para Arrascaeta. Ele tocou por cima do goleiro, mas caprichosamente a bola saiu triscando a trave direita. Um pecado ! Final de jogo e o Flamengo teria que empatar com o Madureira para garantir o título da Taça Guanabara e ir para a semifinal do campeonato com vantagem.

Em 2 de março, véspera do Natal Rubro-Negro, já que o nosso ídolo maior Zico faria 71 anos, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar o Madureira. Precisava de um empate para ser campeão da Taça Guanabara. O time não contou com Wesley, Gabigol e Gerson, que estavam com problemas médicos. O jogo foi um treino de luxo. O Flamengo tocou a bola com tranqüilidade. O Madureira tentou se fechar na defesa, mas nada fez em relação ao ataque. Logo no início, Luiz Araújo cruzou no segundo pau para a cabeçada de Bruno Henrique. A bola foi parar na marca do pênalti, onde Arrascaeta chutou de primeira, colocando a bola no canto esquerdo do goleiro. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo tentou marcar o segundo gol, mas o Madureira se fechou bem. No segundo tempo, também logo no início, Pedro interceptou uma bola com a cabeça na entrada da área, ganhou a dividida com o goleiro e marcou o segundo gol. No intervalo, Fabrício Bruno saiu para a entrada de Léo Pereira. E foi ele, numa cobrança de falta perfeita, que marcou o terceiro gol do Flamengo. Até o final da partida, o Flamengo tocou a bola, colocou o Madureira na roda e esperou o final da partida. Fim de jogo e o Flamengo conquistou a sua 24ª Taça Guanabara, sendo de forma invicta. Foi também a vitória de número 3500 do Flamengo na história. Agora seria disputar a semifinal, para tentar chegar a mais um título.

Em 9 de março, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar o Fluminense pelo primeiro jogo da semifinal do Campeonato Estadual. Mais de sessenta mil torcedores no estádio, a grande maioria da torcida do Flamengo, apesar do Fluminense ter sido o mandante da partida. O treinador Tite mandou a campo o que tinha de melhor, não podendo contar com Gerson, Gabigol e Wesley, todos se recuperando de lesões. No primeiro tempo, o Flamengo dominou completamente o jogo e o goleiro Fábio foi aparecendo com várias defesas importantes. O goleiro Rossi não fez nenhuma defesa e o Fluminense mal chegou ao gol rubro-negro. O primeiro tempo ia chegando ao seu final e se não fosse o goleiro tricolor e a trave, que salvou um gol de bicicleta de Pedro, o placar já estaria pelo menos 4 x 0 para o Flamengo. Mas, para dar justiça a partida, Erick Pulgar levantou uma bola da intermediária para o segundo pau, aos 46 minutos. Cebolinha cabeceou forte e estufou a rede tricolor. Para o segundo tempo, todos esperavam uma reação do Fluminense, que até começou um pouco melhor, mas não levava perigo algum ao gol de Rossi. Aos 17 minutos, Cebolinha puxou um contra ataque pela esquerda e recebeu falta criminosa de Thiago Santos, que foi expulso, após o VAR mostrar para o incompetente do árbitro, que a falta era digna de cartão vermelho. A partir daí, o Fluminense se plantou na defesa e fez uma cera enorme. Fora a retranca. O Flamengo foi perdendo oportunidades. Quando tudo levava a crer no placar de 1 x 0 para o final do jogo, houve um escanteio pela esquerda. Arrascaeta tocou para De La Cruz, que devolveu a Arrascaeta na linha de fundo. Ele levantou a bola na pequena área, para Pedro cabecear e marcar o segundo gol rubro-negro. E também o gol de número 13000 da história do Flamengo. Com este resultado, o Flamengo poderia até perder por 2 gols de diferença para chegar a final do campeonato. Na outra semifinal, o Vasco empatou com o Nova Iguaçu, que se fizesse metade dos gols que perdeu, teria vencido por 4 x 1.     

Em 16 de março, Flamengo e Fluminense voltaram ao Maracanã para decidir uma vaga na final do Campeonato Estadual. O Flamengo completo e o Fluminense com 6 desfalques. O torcedor do Flamengo pensou que poderia ser de goleada, pois no último jogo, com o Fluminense completo, o Flamengo havia massacrado. O time rubro-negro poderia até perder por 2 gols de diferença que mesmo assim estaria classificado. No primeiro tempo, o Flamengo começou um pouco melhor e perdeu duas boas oportunidades. Mas, conforme o tempo foi passando, o Flamengo sentou em cima da vantagem e deixou a bola com o Fluminense. Mesmo sem levar perigo ao gol de Rossi, era ruim demais ver o Fluminense com mais posse de bola e o Flamengo se fechar na defesa. Mesmo assim, foi o Flamengo quem marcou, mas o VAR não deixou a torcida do Flamengo se alegrar. Após lançamento primoroso do goleiro Rossi para Arrascaeta na esquerda, ele cruzou de três dedos e Pedro escorou para o gol vazio. Acontece, que no início da jogada, houve um leve toque de Luiz Araújo nas costas de um jogador tricolor. O VAR mandou anular o gol e dar uma falta na entrada da área do Flamengo. Por sorte, a bola foi chutada por cima. E os críticos sempre dizem que o VAR não foi feito para isso. Que este tipo de lance pertence ao árbitro, que no caso, mandou o jogo seguir. Mas, vida que segue. No segundo tempo, o Flamengo pouco chegou ao gol de Fábio e o Fluminense, com mais posse de bola, também não levou grandes sustos a Rossi. Somente numa bola chutada da entrada da área por Renato Augusto, que agora vestia tricolor. A bola foi no travessão, na forquilha, mas não entrou. E foi assim até o final do jogo. Com o empate, o Flamengo chegou a sua sexta final consecutiva do Campeonato Estadual. Também não podemos esquecer que dois recordes foram batidos nesta partida: O Fluminense completou 13 clássicos sem vitória e o goleiro Rossi quebrou o recorde do Flamengo em partidas oficiais (que valem por um campeonato) sem tomar gol: 9 partidas. Antes Cantareli havia ficado 8 jogos sem tomar gol por 2 vezes. De 07/08/1977 a 07/09/1977 e 05/11/1978 a 03/12/1978.  Agora, a torcida rubro-negra esperava para ver quem seria o adversário na final.

No dia seguinte, Vasco da Gama e Nova Iguaçu se enfrentaram novamente. O Vasco, como sempre, quando lhe convém, quer jogar no Maracanã, dizendo que o Maracanã é “de todos”. Mas, quem paga a conta e quem teve que bancar o estádio vazio na pandemia foi o Flamengo. E eles sempre jogam na cara do torcedor rubro-negro que o Flamengo não tem estádio. Pois bem, no primeiro jogo o Nova Iguaçu poderia ter vencido o Vasco de goleada, se não fossem a trave e o goleiro vascaíno. No segundo jogo, sessenta mil vascaínos foram ao Maracanã para ver o Nova Iguaçu vencer por 1 x 0 e se classificar para a final contra o Flamengo. Desta vez não poderíamos gritar “vice de novo” para os vascaínos, que assistiriam a final do sofá de casa. Como o próximo final de semana seria a famigerada data FIFA e seus amistosos caça níqueis, a decisão levaria 15 dias para começar.

Na segunda feira, dia 18 de março, foram sorteados os grupos da Libertadores. O Flamengo ficou como cabeça de chave do grupo E. Ele iria enfrentar o Millonarios da Colômbia, o Palestino do Chile e o Bolivar da Bolívia. O problema seria a altitude nos jogos na Colômbia e na Bolívia.

Em 25 de março, surgiu uma bomba no Flamengo. Em abril de 2023, uma equipe do grupo de antidopagem da CBF fez uma visita surpresa no Flamengo. Todos os jogadores colheram urina para os exames. Menos Gabigol. Ele tentou de todas as formas atrapalhar ou impedir a coleta de sua urina para exame. E quando colheu, não realizou o procedimento de forma normal, não permitindo que uma pessoa o acompanhasse na coleta de urina. O exame deu negativo para doping, mas o grupo de antidopagem mandou um documento ao STJD, denunciando a atitude de Gabigol e a suspeita de que o material havia sido adulterado. Ele foi julgado e pegou 2 anos de suspensão. Foi feito um pedido de recurso ao Tribunal do Esporte, mas sem prazo para novo julgamento. O Flamengo iria tentar um efeito suspensivo. Mas, o certo era: ele estaria fora dos gramados até abril de 2025, já que seu afastamento seria considerado a partir de abril de 2023. Se o resultado do julgamento não fosse modificado, o Flamengo não o teria nas principais competições do ano e não renovaria o contrato do jogador, que venceria no final deste ano. Era acompanhar os desdobramentos do caso.

Em 30 de março, Flamengo e Nova Iguaçu jogaram a primeira partida da decisão do Campeonato Estadual. O Nova Iguaçu trazia consigo uma grande expectativa, devido a forma como jogou e eliminou o Vasco da Gama. O Flamengo foi a campo com seu time considerado titular. O goleiro Rossi tentava aumentar o recorde de jogos oficiais sem tomar gol. No primeiro tempo o Flamengo marcou bem a saída de jogo do adversário e apesar do Nova Iguaçu chutar as primeiras bolas ao gol do Flamengo, foi o rubro-negro quem tomou as rédeas da partida e começou a criar chances de gol. Fabrício Bruno chegou a cabecear uma bola que bateu no pé da trave direita do goleiro. Aos 30 minutos, Ayrton Lucas invadiu a área pela esquerda e recebeu um ponta pé do adversário. Ele ainda deu mais um passo antes de cair. Mas, o árbitro marcou pênalti claro. Pedro bateu deslocando o goleiro e colocou o Flamengo à frente no placar. No último minuto, Pedro marcou o segundo gol, cabeceando uma bola tocada de cabeça por Arrascaeta. A bola encobriu o goleiro, mas o VAR anulou devido a um micro impedimento de Pedro, apesar do ombro do jogador do Nova Iguaçu estar à frente do atacante do Flamengo. Muita reclamação, mas o árbitro terminou o primeiro tempo. No segundo tempo, logo aos 7 minutos, Luiz Araújo fez um lançamento primoroso para Everton Cebolinha na esquerda do ataque. Ele tocou cruzado para Pedro entrar de carrinho e marcar 2 x 0. O Flamengo dominou completamente a partida e não fez força para isto. Parecia um treino coletivo. No final da partida, Arrascaeta fez grande jogada, a bola sobrou para Pedro, que tentou encobrir um zagueiro. Mas, ele tocou para trás e matou o goleiro. Gol contra e Flamengo 3 x 0 no placar. Fim de jogo e o estarrecimento, principalmente dos vascaínos, que viram o Flamengo vencer o Nova Iguaçu com tamanha facilidade. O Flamengo colocou uma mão na taça de Campeão Estadual, mas tinha um jogo duro na altitude de Bogotá pela Libertadores 3 dias após.

Em 2 de abril, o Flamengo foi a Bogotá, a 2600 metros de altitude, no estádio El Campin, para enfrentar o Millonarios na estréia da Libertadores. O treinador Tite deixou de fora Léo Pereira e De La Cruz, sendo o primeiro substituído por David Luiz e o segundo por Igor Jesus. No banco ficaram Luiz Araújo e Ayrton Lucas. O Flamengo começou bem a partida e perdeu de cara duas grandes chances. Na primeira, Bruno Henrique deixou Matías Viña na cara do gol, na pequena área. Ele conseguiu chutar muito para cima e perder um gol feito. Na outra oportunidade, Bruno Henrique pegou um rebote de Arrascaeta e deu um chute forte, cruzado, defendido com a ponta dos dedos pelo goleiro. A partir daí, o Flamengo foi caindo de produção e o Millonarios começou a ter mais posse de bola. Chegaram a colocar uma bola na trave de Rossi. No segundo tempo, logo aos 7 minutos, Arrascaeta entrou na área livre e foi derrubado. Pênalti e cartão vermelho para o jogador do Millonarios. Pedro bateu forte, no meio do gol e marcou o gol do Flamengo. Neste momento, a torcida do Flamengo pensou que vencendo uma partida difícil e com um jogador a mais, tudo estaria resolvido. Mas, o Flamengo não atacou e se fechou na defesa. A vantagem de um jogador a mais não valeu de nada. Cebolinha muito mal e Matías Viña o pior em campo. Todos clamavam pela entrada de Ayrton Lucas, mas o treinador Tite surpreendeu a todos tirando Pedro e colocando Luiz Araújo em seu lugar. Com isso, Bruno Henrique passaria a atuar como centro avante. Na verdade, o time que não jogava bem, piorou. Não se sabe se foi por causa da altitude ou porque não era um bom dia. O fato foi que antes de tirar Matías Viña, o Millonários colocou em campo dois jogadores velozes e pegaram a lateral esquerda do Flamengo abandonada. Erick Pulgar ainda tentou de forma desesperada desarmar o adversário, mas a bola foi cruzada na entrada da pequena área e o Millonarios empatou. E somente não virou, porque o treinador colombiano achou o empate com um jogador a menos um grande negócio e se fechou ao colocar mais um cabeça de área. Fim de jogo e um empate frustrante, que deixou a torcida com raiva do treinador, que neste jogo, comprometeu muito a atuação do time. Fora os jogadores que entraram e  não renderam. Aí começaram a falar que os jogadores estavam insatisfeitos com a posição do presidente do Flamengo de praticamente acusar Gabigol de culpa (e ele tinha mesmo!), do que ocorrera no dia da coleta de exame anti doping e de não ter renovado o contrato do jogador. Para um time que já tinha um grande histórico de praticamente “entregar” títulos devido a incompatibilidade com vários treinadores, a “pulga” ficaria na “orelha” dos torcedores. Era a velha história de ir do céu ao inferno em apenas uma partida. Agora restava o jogo decisivo com o Nova Iguaçu pelo estadual e mais um jogo pela Libertadores, agora em casa, contra o Palestino do Chile, com obrigação total de vitória. Infelizmente, o goleiro Rossi tomou um gol, mas ficou com o recorde de 10 partidas oficiais sem tomar gol.          

Em 7 de abril, mais de 65 mil torcedores foram ao Maracanã para ver o Flamengo conquistar o 38º título de Campeão Estadual de sua história. Além disso, o Flamengo poderia se isolar no recorde de títulos invictos (sétimo) e igualar o recorde do Fluminense de 1911, que tomou apenas 1 gol na competição. Mas, vale lembrar que, em 1911, o Fluminense jogou apenas 6 partidas. O Flamengo jogou 15 neste ano. Então, a partida contra o Nova Iguaçu não valia apenas mais um título carioca. No primeiro tempo, o Nova Iguaçu se fechou todo na defesa e somente saía nos contra ataques. O Flamengo, por sua vez, não fazia muita força para atacar. Chegou a levar risco de tomar um gol do time da Baixada Fluminense. Somente nos últimos cinco minutos, o Flamengo perdeu duas grandes chances para marcar. Na primeira, Cebolinha chutou colocado e a bola bateu no travessão. Na segunda, Arrascaeta entrou livre e o goleiro mandou para escanteio. Na segunda etapa, nos primeiro 14 minutos, o Flamengo perdeu quatro grandes chances de gol. Na primeira Cebolinha chutou colocado mais uma vez e a bola foi na trave esquerda do goleiro. Na segunda, Arrascaeta chutou do bico da pequena área, mas a bola foi na rede pelo lado de fora. Na terceira, Cebolinha entrou livre, mas o goleiro defendeu com o pé. E na última oportunidade De La Cruz tocou para o gol vazio, mas a bola foi salva em cima da linha pelo defensor. O Nova Iguaçu se fechava bem, mas já nmão levava mais grande perigo ao gol de Rossi. A torcida do Flamengo começou a gritar o nome de Bruno Henrique. E logo após um minuto da sua entrada, Ayrton Lucas foi a linha de fundo e tocou para trás. Bruno Henrique chutou de primeira, a bola foi no ângulo contrário, bateu na trave e entrou. Explosão da Nação. Um golaço! A partir daí, o treinador Tite foi substituindo alguns jogadores para poupá-los para o próximo compromisso que seria pela Libertadores e a partida foi chegando ao seu final, sem maiores perigos. Fim de jogo e o Flamengo alcaçõu todos os objetivos. Campeão Estadual pela 38ª vez (recorde), campeão invicto pela 7ª vez (recorde) e apenas tomou 1 gol em 15 partidas (recorde). Agora era esperar por mais conquistas.

Em 10 de abril, o Flamengo enfrentou o Palestino do Chile pela Libertadores. A torcida foi em peso ao Maracanã, esperando uma goleada, pois o time chileno havia perdido de 4 x 0 em casa para o Bolívar da Bolívia. A única alteração no time foi a estréia do zagueiro Léo Ortiz no lugar de Fabrício Bruno, que estava muito desgastado pela grande sequência de jogos. No primeiro tempo, o Flamengo dominou completamente as ações, com o Palestino todo na defesa. Pedro fez um grande gol, quando apanhou uma bola que havia sido chutada por Ayrton Lucas. A bola foi interceptada pelo braço de um defensor adversário, mas antes que o árbitro marcasse o pênalti, Pedro deu um lençol no goleiro e tocou de cabeça para o gol vazio. As chances foram sendo perdidas aos montes. O time chileno somente teve dois contra ataques, mas levou certo grau de perigo. No segundo tempo, o palestino mudou a sua forma de jogar e passou a atacar mais o Flamengo. E começou a perder chances, principalmente em lances de bola parada. A torcida do Flamengo via o time não conseguir chegar mais com tanta facilidade ao gol adversário e ficou com medo de tomar um empate, o que seria uma catástrofe. Felizmente, já no final da partida, um escanteio foi cobrado da direita e Léo Ortiz chutou de primeira para fazer o segundo gol do Flamengo, selando a vitória. Não foi a goleada que se imaginou, mas a vitória foi muito importante. As preocupações ficavam agora para a partida contra o Bolívar na altitude de 3.800 de La Paz.     

Mas, antes da Libertadores, o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro em Goiânia, contra o Atlético Goianiense. A partida foi no estádio Serra Dourada, que até pouco tempo, estava completamente abandonado. Fizeram uma melhora, mas o gramado estava uma vergonha. A partida no primeiro tempo foi equilibrada, onde Rossi chegou a fazer uma grande defesa. Logo no início da partida, o treinador Jair Ventura do Atlético Goianiense foi expulso de campo devido a xingamentos. Num contra ataque rápido, Pedro partiu em direção a área, passou pelo último homem e foi calçado. O árbitro entendeu que o lance era uma oportunidade de gol, expulsou o zagueiro e o clima ficou pesado. Na cobrança de falta, De La Cruz mandou a bola no ângulo e fez um golaço. No segundo tempo, vencendo o jogo e com um jogador a mais, a torcida acreditou em uma vitória fácil. Mas, como na partida contra o Millonarios, o Flamengo cedeu o empate. Um cruzamento foi feito da direita e numa cabeçada forte, o Atlético empatou. Logo depois, Rossi tentou sair jogando e foi atrapalhado por um jogador adversário. De forma completamente tola, Léo Pereira o empurrou e o árbitro marcou pênalti. Por sorte, a cobrança foi na trave e o Flamengo se safou. Mas, logo depois, nova bola foi cruzada na área e foi rebatida para frente da área. Ela foi chutada e entrou. O VAR entrou em ação e deu impedimento, por milímetros. Mais uma vez o Flamengo se safou. Em jogada na área, Matias Viña se chocou de cabeça com um adversário e os dois foram para o Hospital. Gerson voltou a jogar, contrariando a previsão de mais de um mês feita pelos médicos e Carlinhos, contratado ao Nova Iguaçu, fez sua estréia. Ayrton Lucas, que começou o jogo pela direita, pois Varela não jogou devido a uma virose, voltou para a esquerda e chegou a mandar uma bola no travessão. Já no final da partida, a bola foi cruzada na área e Bruno Henrique subiu para cabecear. Ele foi atingido na boca por uma cotovelada. Na hora, o árbitro nada marcou. Mas, ao ver o sangue na boca do jogador do Flamengo ele foi chamado ao VAR e acabou dando pênalti a favor do Flamengo. Pedro cobrou e marcou o gol da vitória. Vitória importante, mas que mostrou muitas falhas do time, que contou, no mínimo, com a sorte.  

Em 17 de abril, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o São Paulo, que vinha atravessando uma crise com seu técnico e convivendo com muitos desfalques. Seria o segundo jogo pelo Campeonato Brasileiro. O treinador Tite resolver poupar Arrascaeta e Luiz Araújo, formando um meio de campo com Pulgar, Allan e De La Cruz. O ataque foi formado por Everton Cebolinha, Bruno Henrique e Pedro. No primeiro tempo, o Flamengo começou controlando melhor a partida e pegou um São Paulo muito fechado em sua defesa. Aos 16 minutos, Cebolinha pediu para sair, após um pisão em seu tornozelo direito. Com isso, Luiz Araújo foi para o jogo. Dois minutos depois, ele recebeu a bola, avançou em direção a área e chutou colocado. A bola bateu na trave e entrou, num golaço. A partida continuou em ritmo lento, com o Flamengo tendo o domínio das ações e o São Paulo não conseguindo levar perigo ao gol de Rossi. Mas, o Flamengo também não conseguia criar chances de gol. Assim, o primeiro tempo chegou ao seu final. Na segunda etapa, o Flamengo voltou muito melhor e apresentou 15 minutos de um bom futebol. Aos 9 minutos, Pedro chutou para a defesa parcial do goleiro. De La Cruz veio na corrida e chutou para marcar o segundo gol do Flamengo. Depois dos 25 minutos, o Flamengo voltou a controlar a partida, mas com as substituições, o time perdeu força no ataque. O São Paulo se aproveitou e aos 38 minutos marcou um gol de cabeça. Com o Flamengo não conseguindo ficar mais com a posse de bola, o São Paulo tentou partir para o empate, mas a defesa rubro-negra segurou firme a reação paulista e conseguiu levar o time a mais uma vitória.    

Em 21 de abril, Flamengo e Palmeiras fizeram o jogo mais esperado da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A partida foi jogada no campo sintético do Palmeiras, que não vencia o Flamengo em Campeonatos Brasileiros desde 2017. O Flamengo foi a campo sem De La Cruz e Pedro, que ficaram no banco de reservas. Em seus lugares jogaram Allan e Carlinhos. No primeiro tempo a partida foi muito amarrada por uma marcação muito forte dos dois times. A única chance de gol foi do Flamengo, quando Luiz Araújo dominou com a direita e chutou com a esquerda. O goleiro do Palmeiras mandou para escanteio. Fora isso, apenas muita marcação e as defesas levando nítida vantagem sobre os ataques. No segundo tempo, o Flamengo já retornou com Pedro no lugar de Carlinhos e logo depois, o treinador Tite mandou a campo Gerson e De La Cruz nos lugares de Allan e Luiz Araújo. O Flamengo apresentou um pouco de melhora e teve uma grande chance de gol num chute de Arrascaeta, que o goleiro mandou para escanteio. Rossi não chegou a fazer grandes defesas. A defesa do Flamengo se mostrou muito segura. O Palmeiras chegou a marcar um gol de cabeça, mas o impedimento foi muito evidente. Não precisava nem de VAR. O Flamengo manteve com este resultado o primeiro lugar na tabela.

Em 24 de abril, o Flamengo foi a La Paz, Bolívia, com seus 3.800 metros para enfrentar o Bolívar, que estava em primeiro lugar no grupo na Libertadores. O treinador Tite resolveu levar apenas 4 titulares para a partida: o goleiro Rossi, o zagueiro Fabrício Bruno, De La Cruz e Bruno Henrique. Gerson e Luiz Araújo ficaram no banco de reservas. O restante dos titulares ficaram no Rio de Janeiro. Jogar em La Paz já é praticamente impossível. E nas duas vezes em que o Flamengo jogou no estádio Hernando Siles, foi derrotado pelo mesmo Bolívar. A partida já começou a todo vapor e logo aos 2 minutos, o time boliviano abriu o placar, com um gol de cabeça. O Flamengo dava a impressão de que não conseguiria jogar. Mas, aos 5 minutos, Gerson lançou Matías Viña, que deu um drible em seu marcador e empatou a partida. O Bolívar dominava as ações e Rossi chegou a fazer uma defesa milagrosa, mantendo o empate. Mas, veio o segundo tempo e o Flamengo não conseguia trocar três passes. Foi aí que o Bolívar se impôs e conseguiu marcar o segundo gol. Por mais que os jogadores do Flamengo tentassem sair para o ataque, a bola corria demais, os passes saíam imperfeitos e nada dava certo. Houve um lance em que a bola bateu no braço do zagueiro dentro da área, mas a arbitragem simplesmente ignorou. Lorran, que entrou no segundo tempo, quase empatou. Mas, a missão era praticamente impossível. Jogar numa altitude dessas é desumano. Com a derrota, o Flamengo perdia uma invencibilidade de 22 partidas e precisaria vencer todas as partidas pela Libertadores para se classificar. Para chegar em primeiro, dependeria de um tropeço do Bolívar, o que parecia muito difícil. As coisas haviam se complicado um pouco.     

Em 28 de abril, num horário absurdo de 11 horas da manhã, numa temperatura de mais de 32 graus, Flamengo e Botafogo foram ao Maracanã para jogarem pelo Campeonato Brasileiro. O técnico Tite somente não contou com Everton Cebolinha, ainda se recuperando de contusão. O restante, era força máxima. O Flamengo começou melhor, tocando a bola com mais qualidade e o Botafogo tentando jogar no contra ataque. Luiz Araújo perdeu gol feito logo de cara e Bruno Henrique fez um gol, que foi anulado pelo VAR por impedimento. Faltava ao Flamengo acertar o gol, pois as conclusões das jogadas iam sempre por cima do gol. No segundo tempo, o jogo começou igual ao primeiro tempo, mas aos 8 minutos, numa cobrança de escanteio, a bola foi tocada para a entrada da área e Luís Henrique tocou de primeira, rasteira, no canto direito de Rossi, que nada pôde fazer. O Flamengo partiu para o ataque, mas passou a pegar a defesa do Botafogo toda fechada. A bola não chegava com qualidade para o último toque para o gol. O Botafogo, por sua vez, contra atacava e num desses contra ataques, a bola foi cruzada e Rossi fez um milagre, defendendo uma bola chutada a queima roupa. Quando a pressão do Flamengo era maior e o time encurralava o Botafogo na defesa, veio o golpe fatal. O árbitro Rafael Claus, péssimo como sempre, mesmo sendo considerado o melhor do Brasil, aprontou. Fabrício Bruno foi deslocado de forma visível, o árbitro nada marcou e com isso o Botafogo entrou livre na área e marcou o segundo gol. E o Botafogo passou a semana fazendo uma grande campanha para que Rafael Claus não apitasse esta partida. É sempre a mesma pressão sobre a arbitragem e a arbitragem dando aquela mãozinha para não ficar mal com ninguém. Mas, a verdade é que o time tinha que melhorar.  

Em 01 de maio, também conhecido como primeiro de maio, feriado do Dia do Trabalhador, quando fez 30 anos da morte de Ayrton Sena, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar pela primeira vez na história o time do Amazonas, pela Copa do Brasil. Time este que não tinha nem 5 anos completos e já estava na série B do Campeonato Brasileiro. O treinador Tite não contou com Cebolinha, Arrascaeta e Erick Pulgar machucados e o goleiro Rossi e Ayrton Lucas, que foram poupados. Mas, a grande novidade ficou por conta da volta de Gabigol, que havia conseguido um efeito suspensivo no Tribunal Internacional do Esporte na Suíça, que lhe tirou da suspensão de 2 anos por tentar dificultar a ação do grupo antidopagem, que foi ao Ninho do Urubu em 2023 para exames de rotina. Ele começou no banco de reservas. Mas, isto bastou para o delírio dos rubro-negros que foram ao Maracanã. O time do Amazonas jogou a partida inteira na defesa, numa retranca monstruosa, não levando perigo algum ao gol de Matheus Cunha. O Flamengo, por sua vez, apresentou mais uma vez uma grande dificuldade em furar retrancas, levando muito pouco perigo ao gol adversário. Na única jogada bem trabalhada, Bruno Henrique lançou Matías Viña na linha de fundo, que cruzou na medida para Pedro cabecear e marcar o gol da vitória do Flamengo. No segundo tempo, logo aos 15 minutos, Gabigol entrou no lugar de De La Cruz, que também não havia produzido muita coisa no jogo. E Gabriel, da mesma forma não conseguiu se desvencilhar da forte marcação do time amazonense. A torcida, que havia cantado o jogo inteiro, terminou a partida vaiando o time, pela falta de capacidade de marcar mais gols. Final de jogo e o placar de 1 x 0 acabou se tornando frustrante para a torcida, que esperava uma goleada.  

Em 4 de maio, o Flamengo foi a Bragança Paulista enfrentar o Red Bull Bragantino. Jogar num estádio que tem o nome de Abi Nabi Chedid, só pode ser um lugar maldito, onde o Flamengo sempre teve grandes dificuldades para vencer. O treinador Tite não contou com Varela e Fabrício Bruno que foram poupados e com Arrascaeta, Pulgar e Cebolinha, que estavam contundidos. Inicialmente, o Flamengo foi a campo montado num 4-4-2, com dois cabeças de área, casos de Igor Jesus e Allan. Na frente ficariam De La Cruz e Gerson e no ataque Bruno Henrique e Pedro. Até os 20 minutos, o jogo estava equilibrado, com os dois times atacando e tentando o gol. Foi quando uma bola foi lançada para o meio de campo. De La Cruz e um jogador do Bragantino se tocaram. De La Cruz permaneceu de pé e lançou Pedro, que devolveu a bola para De La Cruz entrar na cara do goleiro. Na entrada da área, ele foi atingido violentamente com um carrinho por trás pelo jogador Luan Cândido. O péssimo árbitro Paulo Cesar Zanovelli marcou falta e expulsou o jogador do Bragantino. Mas, o VAR, que tem tanta má vontade com o Flamengo, primeiro achou que não houve falta e sim impedimento (foi dito isto no áudio do VAR). Quando não constataram o impedimento, voltaram a achar que foi falta de De La Cruz. Aí, o VAR chamou o árbitro, que acabou anulando tudo e deu falta de De La Cruz no meio de campo, quando ele e o jogador do Bragantino se tocaram numa lance normal de jogo. Mas, e o carrinho violento? E se houvesse machucado o jogador do Flamengo com gravidade? Nada importou para a arbitragem. Nem um cartão amarelo por jogada temerária. A partir daí, parece que o Flamengo é que ficou com 10 jogadores. O Bragantino dominou a partida e acabou marcando um gol de cabeça, em cobrança de escanteio. O técnico Tite tirou de campo o jogador Igor Jesus, que já estava amarelado, juntamente com o outro cabeça de área, Allan. Colocou em seu lugar Luiz Araújo, para desafogar o Flamengo pela direita. Mas, no primeiro tempo, o jogo não sofreu mais modificações. No segundo tempo, o Flamengo voltou melhor e em 4 minutos perdeu 3 chances reais de gol. Na primeira, Bruno Henrique chutou no ângulo, mas o goleiro Cleiton, que sempre pega tudo contra o Flamengo, fez uma grande defesa. No rebote, a bola foi chutada da marca do pênalti, mas um zagueiro tirou o gol. Logo depois, Bruno Henrique cabeceou cara a cara e Cleiton fez mais um milagre. O Bragantino foi caindo de produção e o Flamengo foi tocando melhor a bola. Numa escapada de De La Cruz, que partiu do campo de defesa do Flamengo, ele mandou a bola no travessão, perdendo mais uma grande chance. Até que, aos 33 minutos, De La Cruz lançou Bruno Henrique, que tocou na saída do goleiro e a bola finalmente entrou. Após o empate, o Flamengo partiu para tentar a virada. Aí aconteceu o lance mais absurdo da partida. Numa bola cruzada na área, Luiz Araújo foi seguro pelo braço e derrubado na área, num pênalti muito claro. A arbitragem nada marcou. Na sequência, a bola foi chutada e ia morrer no cantinho direito do gol, mas um zagueiro esticou o pé e tirou para escanteio. O técnico Tite e toda a comissão técnica do Flamengo quase invadiram o campo para reclamar o pênalti, exigindo que o árbitro fosse chamado pelo VAR. Mas, nada aconteceu. Quando é a favor do Flamengo, o VAR simplesmente ignora. Já foi assim contra o Botafogo, numa falta clara sobre Fabrício Bruno, que deu origem ao segundo gol do Botafogo, fato que foi confirmado até mesmo pela equipe designada pelo Botafogo para avaliar a arbitragem e agora, o lance que poderia dar a vitória ao Flamengo foi completamente ignorado pela arbitragem e pelo VAR. No final da partida, todos cercaram o árbitro, que começou a dar cartão amarelo para todos da comissão técnica. E para terminar, o diretor Bruno Spindel chamou a televisão e reclamou com veemência dos roubos que estavam fazendo contra o Flamengo. Perguntou se o Flamengo também teria que dizer que há manipulação de partidas no Campeonato Brasileiro, como fez o dono da SAF do Botafogo, que acabou indo a Brasília para depor numa CPI, para que o Flamengo não fosse tão prejudicado. Mas, já sabemos que dificilmente alguma coisa iria mudar. E ainda tem gente que chama o VAR de VARmengo. É dose pra elefante.

Em 7 de maio, o Flamengo foi a cidade de Coquimbo, no Chile, para enfrentar o Palestino pela Libertadores. A vitória seria fundamental para a classificação do Flamengo. Mas, como a fase não anda das melhores, o Flamengo já começou enfrentando uma dificuldade. Numa cidade que praticamente não chove nunca, choveu e muito durante todo o jogo. No primeiro tempo, sem contar ainda com Arrascaeta e Erick Pulgar, que estavam se recuperando de lesões, o Flamengo entrou na correria do time chileno e se não fosse apenas um chute de Everton Cebolinha, que o goleiro defendeu, o Flamengo não teria chutado nenhuma bola no gol. O time do Palestino, muito fraco, também quase não produziu nada. Só para ter uma idéia, o salário de Gabigol pagaria toda a folha de pagamento do Palestino, incluindo sua comissão técnica. E ainda sobraria dinheiro para Gabriel. No segundo tempo, o Flamengo tentou fazer uma pressão, perdeu algumas chances de gol, mas tomou um, após cobrança de escanteio e numa rebatida para frente da grande área, Cornejo chutou de primeira e mandou no ângulo. O time chileno se fechou todo na defesa, fez uma cera enorme e o Flamengo nada produziu. Derrota que deixava o Flamengo numa situação extremamente difícil na Libertadores. Foi uma decepção sem tamanho para a torcida.

Durante os dias que antecederam a partida contra o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, a torcida do Flamengo fez protestos na porta do Centro de Treinamento e fez uma grande pressão contra o técnico Tite, o acusando de não ter variações de jogo e sempre teimar em utilizar alguns jogadores fora de suas posições ideais, como no caso de De La Cruz e manter Gerson no time, que não estava jogando bem. Mesmo assim, mais de 50 mil torcedores foram ao Maracanã em 11 de maio para cobrar, mas também incentivar o time para sair da crise. Nos primeiros 5 minutos de jogo, o Corinthians marcou o Flamengo em cima e chegou a perder uma oportunidade, o que deu a impressão de que iria criar dificuldades para o Flamengo. Mas, a partir daí, o Flamengo dominou completamente a partida, sufocando o Corinthians dentro de seu campo de defesa. Chegou a ter 18 finalizações a gol, acertando 8 no alvo. O Corinthians somente acertou duas finalizações das quatro que teve, no alvo. O técnico Tite colocou Lorran no meio de campo, na vaga de Arrascaeta, que ainda se recuperava de lesão, juntamente com Erick Pulgar, que foi substituído por Allan. Gerson jogou caindo pela ponta direita e fez uma boa partida. Bruno Henrique também desfalcou o time, devido a uma contusão. No primeiro gol, Pedro recebeu um grande passe de Lorran, deu um drible desconcertante no zagueiro e tocou de bico para o gol. O goleiro do Corinthians acabou “aceitando”, deixando a bola passar embaixo do seu corpo. Mas o Flamengo poderia ter saído do primeiro tempo com mais gols. No segundo tempo, o Corinthians tentou avançar mais o time e chegou a ficar com mais posse de bola. Pedro foi substituído por Gabriel, pois sentiu um desconforto no joelho. Mas numa saída errada do Corinthians, Lorran tirou a bola do zagueiro na intermediária, tocou para Gerson e recebeu de volta, cara a cara com o goleiro Carlos Miguel e seus 2 metros e 4 centímetros. Ele tocou na saída do goleiro e marcou o segundo gol. A partir daí, o Flamengo diminuiu o ritmo de jogo, foi tocando a bola e marcando o Corinthians, que tentou marcar seu gol. Chegou a exigir duas grandes defesas de Rossi, numa mesma jogada. Final de partida e o Flamengo chegou a 11 pontos na tabela, ficando momentaneamente em primeiro lugar. Mas o próximo jogo contra o Bolívar seria uma grande decisão, para tentar manter o Flamengo vivo na Libertadores.       

Em 15 de maio, o Flamengo enfrentou o Bolívar no Maracanã. Mais de 63 mil torcedores foram ao estádio para empurrar o Flamengo para mais uma grande vitória. E mal começou a partida, com 1 minuto, Everton Cebolinha foi pela esquerda e cruzou na medida para Gerson, livre na área. Ele chutou de primeira e fez 1 x 0 para o Flamengo, para a explosão da torcida rubro-negra. O time do Bolívar tentou uma reação, chegando a chutar uma bola na trave, que voltou para os braços de Rossi. O Flamengo foi dominando a partida, com uma intensidade tremenda, marcando em cima o time boliviano e retomando a bola, criando chances de gol, que infelizmente foram desperdiçadas. Mas, de tanto tentar, Ayrton Lucas aproveitou uma rebatida errada de um zagueiro e marcou o segundo gol. E para dar números finais à primeira etapa, a bola foi novamente retomada na entrada da área por De La Cruz. Pedro tocou para Everton Cebolinha chutar e marcar o terceiro gol. Foi um primeiro tempo primoroso. No segundo tempo, o Flamengo voltou um pouco mais lento, mas mesmo assim, conseguiu marcar o quarto gol, numa grande jogada de Gerson, que tocou para Pedro estufar a rede. Festa no Maracanã. Substituições foram feitas, mas mesmo assim, o Flamengo não perdeu as rédeas da partida. Com a vitória, o Flamengo praticamente assegurou sua classificação para a próxima fase da Libertadores.

Infelizmente, em meio à festa de uma grande vitória, uma notícia muito triste veio pelas rádios e emissoras de televisão que estavam transmitindo a partida. Havia acabado de falecer Washington Rodrigues, o velho Apolinho, radialista famoso, rubro-negro de corpo e alma e que havia sido treinador do Flamengo no ano do centenário do clube em 1995. Uma grande perda para o rádio brasileiro, onde trabalhava na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Uma perda enorme para o Flamengo, que perdeu um dos seus mais ilustres torcedores. Valeu por tudo Apolinho.

Ao amanhecer do dia 16 de maio, foram anunciadas também as mortes de Antero Greco, que trabalhou na ESPN Brasil e do folclórico narrador Silvio Luís. Mais duas grandes perdas para o jornalismo esportivo brasileiro. 

Outra notícia que ocorreu foi a da decisão da CBF de suspender as próximas duas rodadas do Campeonato Brasileiro. O que levou a esta decisão, foram as inundações catastróficas que estavam ocorrendo em todo o estado do Rio Grande do Sul, o que levou a impossibilidade de Grêmio, Internacional e Juventude treinarem e jogarem. Até pela Libertadores e pela Sul Americana. O Flamengo e os times de São Paulo foram contra a interrupção, pois não haveriam datas para tantos jogos adiados e que interromper o campeonato não ajudaria em nada as pessoas do Rio Grande do Sul. Pelo contrário. O futebol poderia arrecadar dinheiro, alimentos e roupas para os flagelados gaúchos. Mas, a maioria dos clubes foram a favor da interrupção e com isso, o Flamengo ficaria a espera das partidas pela Copa do Brasil e Libertadores. É claro que além de ficar muito desfalcado com os jogos do Campeonato Brasileiro que seriam jogados durante a Copa América em junho (até 9 rodadas), o Flamengo provavelmente teria que jogar estas duas rodadas com desfalques, em datas FIFA. E o Flamengo teria que pagar esta conta, sendo mais uma vez prejudicado. A primeira partida cancelada foi contra o Vasco. O Flamengo poderia contar com seu time titular. Mas, com o adiamento, corria-se o risco do Flamengo pegar o Vasco numa data FIFA e jogar todo desfalcado.

E para terminar uma semana complicada, Gabriel Barbosa, o Gabigol foi flagrado em uma fotografia tirada em sua casa, vestindo uma camisa do Corinthians. A notícia caiu como uma bomba dentro do Flamengo, acarretando críticas e aborrecimento a todos. Ao final de reuniões que aconteceram com membros da diretoria, Gabriel foi multado e lhe tiraram a camisa 10. Mesmo não jogando absolutamente nada desde a decisão da Taça Libertadores da América de 2022. Mesmo tendo realizado uma grande festa de aniversário logo depois do Flamengo ter sido eliminado na Libertadores de 2023. Mesmo se dedicando muito mais a música (música ?) do que ao futebol. Mesmo tendo  aprontado com a comissão antidopagem, o que lhe rendeu uma suspensão de dois anos, que foi revogada, a princípio, devido a um efeito suspensivo. Mesmo contando com o apoio do próprio Flamengo, que inclusive não deixou de pagar seu salário de mais de 1 milhão de reais. E mesmo tendo todo o apoio da torcida do Flamengo, que sempre vibrava quando ele saía do banco de reservas para entrar em campo, mesmo para não jogar absolutamente nada, Gabriel ultrapassou todos os limites vestindo a camisa de um rival, comprometendo, inclusive, seu contrato de direito de imagem, pelo qual recebia exatamente para manter sua imagem ligada somente ao Flamengo. Ele já demonstrava insatisfação por não ter renovado o seu contrato. Ele queria cinco anos e aumento substancial de salários, mesmo não jogando nada. O Flamengo não concordou. E assim, podendo já assinar um pré contrato a partir de junho de 2024, ele parecia estar forçando uma situação para deixar o Flamengo. Pena que ele estava conseguindo acabar com uma grande idolatria que a torcida tinha por ele e estaria deixando a história do Flamengo e o próprio clube pela porta dos fundos.

Em 22 de maio, o Flamengo foi a Manaus enfrentar o Amazonas pela Copa do Brasil. Ao chegar ao hotel em Manaus, a torcida local fez festa para Gabigol, apesar de toda a polêmica gerada pela foto com a camisa do Corinthians. Havia a dúvida se ele iria jogar ou não. Mas, com certeza, nas mídias sociais, a torcida mostrava toda a insatisfação com Gabriel. O treinador Tite não contou com Léo Pereira e Bruno Henrique ainda machucados. Tirando eles, o Flamengo foi a campo com o melhor que tinha e que vinha jogando. No primeiro tempo vimos o Flamengo tentando se impor, mas encontrando o Amazonas muito fechado, mas partindo sempre no contra ataque e tocando a bola com rapidez, o que deu muito trabalho ao Flamengo. De La Cruz chegou a chutar uma bola no travessão e outras duas grandes chances foram perdidas. Mas, a dificuldade foi muito grande. No segundo tempo, o Flamengo encontrou mais dificuldades ainda para entrar na defesa adversária. E nos contra ataques, o Amazonas tentava impor alguma pressão, levando perigo ao gol de Matheus Cunha, que foi escolhido como goleiro na Copa do Brasil. O jogo ia chegando ao seu final com um empate frustrante e com o Flamengo muito preso em campo, sem movimentação e sem inspiração. Algumas substituições foram realizadas. De La Cruz saiu com uma pancada no joelho direito e Luiz Araújo entrou no lugar de Allan, o que deu mais movimentação ao time. Aos 36 minutos, Igor Jesus, que havida entrado no lugar de De La Cruz, chutou em direção ao gol. No meio do caminho, Pedro tocou na bola com o joelho, desviando a pelota para o canto direito do goleiro e entrando. Gol de desafogo e do alívio. Flamengo classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil. Mas, o desempenho do time não foi o que a torcida esperava.    

Em 28 de maio, mais de sessenta mil torcedores foram ao Maracanã para empurrar o Flamengo para mais uma vitória e a classificação para as oitavas de final da Libertadores. O Flamengo enfrentou o Millonarios da Colômbia. O treinador Tite não contou com Léo Pereira se recuperando de lesão muscular. Erick Pulgar voltava ao time, mas começou no banco. Fabrício Bruno, que foi vendido para o West Ham da Inglaterra ficou no banco, mas nem entrou na partida, se despedindo assim do Flamengo. A zaga foi composta por Léo Ortiz e David Luiz. No primeiro tempo, o Flamengo dominou completamente a partida, apesar do time colombiano tentar partir para o ataque, o que deixou espaços para o Flamengo chegar ao gol. Aos 7 minutos, uma bola foi mal atrasada para o goleiro e Pedro se antecipou, driblando-o e marcando o primeiro gol do Flamengo. Logo depois, David Luiz foi até a linha de fundo, atrasou a bola para Gerson, que cruzou na área. O zagueiro Vargas se antecipou ao goleiro e tocou de cabeça, encobrindo-o e marcando contra o segundo gol do Flamengo. Aos 44 minutos, a bola foi tocada para Pedro dentro da área, que se virou e tocou no canto do goleiro. A princípio, o auxiliar marcou impedimento, mas o VAR (que não é o da CBF) confirmou o gol. No segundo tempo, o Flamengo teve chances para aumentar o placar, mas o goleiro não deixou. A partida seguiu na mesma toada, com o Flamengo tocando a bola, procurando o ataque e o time colombiano se defendendo e de vez em quando chegando ao gol de Rossi. A lamentar apenas a contusão de Ayrton Lucas, que sentiu a coxa. E este já seria mais um problema, pois a CBF decidiu que além das datas da Copa América, haveria jogos do Campeonato Brasileiro nas datas FIFA. O Flamengo de cara já saiu muito prejudicado, pois não poderia contar com Varela, Viña, De La Cruz e Arrascaeta na seleção do Uruguai e Pulgar na seleção chilena. E por vários jogos. Era o Flamengo mais uma vez sendo prejudicado pela CBF e pelas malditas datas de jogos da Seleção. Incluindo a inútil Copa América. Fazer o que?

Em 2 de junho, Flamengo e Vasco foram ao Maracanã pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, que havia ficado parado por duas semanas, devido a tragédia no Rio Grande do Sul. Torcidas meio a meio no estádio. Há 9 anos, o Flamengo não perdia para o Vasco em Campeonatos Brasileiros. O treinador Tite não contou com Léo Pereira e Ayrton Lucas, ambos machucados. Na zaga, o treinador mandou a campo Fabrício Bruno, que acabou não aceitando a proposta do West Ham da Inglaterra e David Luiz. No meio de campo, Allan começou a partida, mas se contundiu ainda no primeiro tempo e Erick Pulgar entrou em seu lugar. Nos primeiros 10 minutos, o Flamengo parecia lento, atacando sem objetividade, enquanto o Vasco fez uma grande marcação e acabou marcando 1 x 0 aos 8 minutos. A partir de 10 minutos, o Flamengo começou a tocar a bola com mais intensidade e a chegar mais na área do Vasco. Aos 27 minutos, o Vasco saiu errado, Arrascaeta deu um lençol no zagueiro e Everton Cebolinha chutou da entrada da área, no cantinho, empatando o jogo. Aos 32 minutos, um escanteio foi cobrado para Cebolinha, que entortou o zagueiro e cruzou na medida para Pedro marcar de peito o gol da virada. Aos 42 minutos um escanteio foi cobrado da esquerda. David Luiz chutou de virada, sozinho e marcou o terceiro gol. Aos 48 minutos, De La Cruz foi atingido de forma criminosa por João Victor. O árbitro Bráulio da Silva Machado deu amarelo, mas foi chamado pelo VAR e expulsou o jogador vascaíno. Fim de primeiro tempo e a expectativa de uma goleada histórica. Mas, ficava sempre a dúvida se os jogadores iriam tocar a bola e deixar o tempo passar, como já ocorreu em outras partidas. Mas, o que se viu, foi o Flamengo partindo para o ataque e mostrar vontade de marcar. Aos 5 minutos, o Flamengo marcou o quarto gol. Pedro deu uma cavadinha para Arrascaeta, que tocou na saída do goleiro vascaíno. O Flamengo continuou atacando e perdendo chances, principalmente graças a atuação de Léo Jardim no gol do Vasco. O treinador Tite colocou em campo Bruno Henrique e tirou Everton Cebolinha, que jogou muito nesta partida. Aos 27 minutos, veio gol mais bonito. Arrascaeta deu um drible desmoralizante, levou a bola passando pela entrada da área e tocou para Bruno Henrique, que deu um chute colocado no ângulo, marcando o quinto gol. A torcida do Flamengo estava em êxtase. Logo depois saíram Pedro, Varela e Gerson, entrando Gabigol, Wesley e Luiz Araújo. A torcida pedia mais um, mais um, mais um. O time em campo mostrando muita vontade e aos gritos de olé o Flamengo ia tocando e indo para o ataque. Aos 43 minutos Wesley foi lançado pela direita, foi pela linha de fundo e cruzou na medida para Gabigol escorar e marcar o sexto gol. O resultado foi tão acachapante, que o árbitro não deixou nem dar a nova saída, tirando do Flamengo a possibilidade do sétimo gol. Foi uma vitória histórica, a maior do Flamengo na história contra o Vasco. Antes tinha sido 6 x 2 em  1943. Festa total da torcida rubro-negra.

Acabada a festa, começou a agonia. Devido a maldita Copa América, o Flamengo iria enfrentar 9 rodadas do Campeonato Brasileiro sem seus melhores jogadores. E para piorar, além de Pulgar, Arrascaeta, De La Cruz, Matias Viña e Varela, o Flamengo iria enfrentar o Grêmio no Maracanã também sem Allan e Ayrton Lucas, machucados. Com isto, o Flamengo estava sem lateral esquerdo e sem cabeça de área, tendo que improvisar. O treinador Tite colocou Wesley na lateral direita, a zaga com Fabrício Bruno e David Luiz, Léo Pereira de lateral esquerdo, Igor Jesus e Léo Ortiz improvisado de cabeça de área, Lorran no comando do meio de campo e o ataque foi o mesmo de antes, com Gerson, Pedro e Everton Cebolinha. No começo da partida, o Grêmio deu uma pressão na defesa do Flamengo, que não conseguia ficar com a posse da bola e chegar com perigo ao ataque. Ao cobrar uma falta, Cebolinha sentiu uma fisgada na coxa e saiu. Entrou Bruno Henrique em seu lugar. Logo depois, Igor Jesus torceu o tornozelo e foi substituído por Luiz Araújo, com Gerson indo para o meio de campo. Já eram 9 desfalques. Mas, parece que, apesar das dificuldades, o time foi se acertando em campo. Luiz Araújo acertou a trave direita do Grêmio com um chute de fora da área. Aos 41 minutos, Luiz Araújo recebeu na direita e chutou colocado, no ângulo do goleiro, marcando um golaço. Fim de primeiro tempo e o Flamengo ia para o intervalo com uma vitória suada. No segundo tempo, o Flamengo se postou mais na defesa, mas cada contra ataque, principalmente puxado por Lorran, era um Deus nos acuda na defesa gaúcha. Num desses contra ataques, Bruno Henrique entrou na área, driblou Kaneman e foi derrubado. Pênalti marcado, mas o VAR (da CBF) chamou o péssimo, horroroso e mal intensionado Luís Flávio de Oliveira, que anulou o pênalti. No pênalti claro sobre Luiz Araújo na partida contra o Bragantino, o VAR nem chamou. Logo depois, David Luiz cabeceou uma bola no travessão, Pedro perdeu uma grande chance puxando uma sobra de bola que saiu por cima do gol e finalmente ele cabeceou a bola para um verdadeiro milagre do goleiro do Grêmio. Mas, aos 21 minutos, Lorran puxou outro contra ataque, tocou para Pedro, que deixou para Luiz Araújo na direita chutar cruzado e marcar um belo gol. A vitória poderia ter sido por um placar maior, principalmente porque aos 51 minutos, após cobrança de escanteio, o Grêmio marcou seu gol. Vitória por 2 x 1, que deixou o Flamengo sozinho na liderança do campeonato com 17 pontos. Faltavam ainda mais 8 rodadas com o time desfigurado.         

Em 16 de junho, o Flamengo foi a Curitiba enfrentar o Athletico Paranaense. Como se não bastassem as dificuldades típicas de se jogar no estádio do time de Curitiba, o Flamengo foi para o jogo com 9 desfalques. O treinador Tite estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo e o time foi dirigido por seu filho, Matheus Bachi. O Flamengo manteve a escalação que terminou a partida contra o Grêmio. No primeiro tempo, a partida foi caracterizada por uma marcação muito forte dos dois times, mas alternando a posse de bola a cada ataque. Uma hora era o Flamengo quem atacava e ficava com mais posse de bola. Ora, era o Athletico. Mas chances de gol, nenhum dos times conseguiu ter alguma de verdade. No segundo tempo, o jogo ficou mais aberto, com Flamengo e Athletico se revezando nos ataques, mas com as defesas levando vantagem sobre os ataques. A arbitragem de Anderson Daronco cada vez mais “caseira”, dando faltas a favor do Athletico e não dando as mesmas faltas a favor do Flamengo. O filho do treinador Tite, Matheus Bachi, voltou para o segundo tempo com Victor Hugo no lugar de Bruno Henrique, que nada de bom havia produzido na primeira etapa. Durante o segundo tempo, ele retirou Lorran e colocou Gabriel em seu lugar. Alguns minutos depois, ele marcou o gol do Flamengo, após a bola ter sido cruzada na área e ficar sendo rebatida por todo mundo. Na sobra, ele a empurrou para o fundo do gol. Mas, como já é de costume, o VAR anulou o gol, com aquelas linhas milimétricas, sendo sempre mais contra do que a favor do Flamengo. O jogo foi ficando cada vez mais aberto e as chances iam acontecendo de cada lado. Até que aos 45 minutos, uma bola foi chutada, resvalou na barriga de David Luiz e bateu em seu braço. É claro que o VAR chamou o Sr. Daronco e ele deu pênalti para o Athletico. Na cobrança, a bola bateu no travessão e entrou. Parecia que a sorte não iria sorrir para o Flamengo neste dia. Aos 49 minutos, após cobrança de escanteio, Pedro acertou uma cabeçada forte e certeira, mas o goleiro fez um milagre absurdo salvando o time paranaense. O goleiro Rossi, neste momento, já era mais um atacante. E numa bola alçada na área, ela foi colocada para escanteio na esquerda do ataque do Flamengo. Neste momento, já estava em campo o cabeça de área Evertton Araújo, que entrou no lugar de Léo Ortiz. Luiz Araújo cobrou o escanteio aos 53 minutos, Evertton Araújo cabeceou e empatou a partida. Foi um empate que deu mais justiça ao jogo, pois o Flamengo não fez uma partida ruim, apesar de todas as adversidades. Agora seriam mais 7 partidas com o time muito desfalcado.

Em 20 de junho, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar o Bahia, que vinha tão bem no campeonato, que caso vencesse, chegaria a liderança. O Flamengo mais uma vez muito desfalcado, pelos cinco jogadores que estavam na Copa América e Fabrício Bruno com terceiro cartão amarelo. Mas o treinador Tite pode contar com as voltas de Ayrton Lucas, Everton Cebolinha e com Allan no banco de reservas. O time do Bahia, muito bem postado em campo e com jogadores de qualidade, deram muito trabalho ao Flamengo. A partida ficou muito equilibrada e tanto Flamengo quanto Bahia chegaram com perigo a defesa adversária. Aos 22 minutos, Luiz Araújo pela direita tocou para Lorran dentro da área. Ele tocou para Pedro, que deu uma ajeitada para a chegada de Gerson, que chutou de fora da área, rasteiro e colocado no canto esquerdo do goleiro do Bahia. Festa imensa no Maracanã. Mas, o Bahia era muito perigoso e acabou empatando a partida. Aos 34 minutos, a bola foi passada para Everaldo, que ganha no tranco de corpo de Ayrton Lucas e desloca o goleiro Rossi. No segundo tempo, o Flamengo continuou tendo dificuldades pela qualidade do time do Bahia, mas mesmo assim, tentava chegar ao gol adversário. Com as saídas de Lorran e Luiz Araújo e as entradas de Gabriel e Allan, o Flamengo ficou mais consistente no toque de bola e Gerson começou a sobressair. Mas, o Bahia também atacava e levava perigo. Nos últimos 10 minutos de jogo, o Flamengo intensificou suas jogadas de ataque e levou algum perigo ao gol do Bahia. Em dois lances, o árbitro ou o VAR poderiam dar pênalti, quando Ayrton Lucas foi atingido na área e David Luiz cabeceou e a bola tocou no braço do jogador do Bahia, num lance muito parecido com o pênalti que o VAR deu contra o Flamengo na partida contra o Athletico Paranaense, quando a bola bateu no braço do próprio David Luiz. Mas, quando é a favor do Flamengo... De tanto insistir no ataque, Gerson foi derrubado próximo a marca de escanteio pela direita. Ele mesmo cobrou a falta aos 48 minutos e a bola foi cabeceada por David Luiz. O goleiro tentou a defesa, mas a bola morreu na rede. Explosão no Maracanã e uma grande vitória, que colocou o Flamengo na liderança do campeonato, com 21 pontos. Marcante também foi quando ao final da partida e com a torcida do Flamengo em festa, Everton Ribeiro, que jogou pelo Bahia, foi aplaudido e saudado pela torcida rubro-negra. 

Em 23 de junho, o Flamengo voltou ao Maracanã para enfrentar o Fluminense, que neste momento do campeonato era o lanterna da competição. Além dos 5 desfalques já conhecidos, o Flamengo também não poderia contar com Everton Cebolinha, que apresentou uma lesão no quadril e tinha uma previsão de ficar fora por um mês. Bruno Henrique passou a ocupar a posição de ponta esquerda. Allan, que voltava de contusão, começou de novo no banco de reservas. No primeiro tempo, o Fluminense tocou mais a bola, mas não levava perigo algum ao gol de Rossi. O Flamengo também apresentou alguma dificuldade para armar jogadas de perigo. Em três oportunidades, o Fluminense errou a saída de bola. Na primeira, o goleiro Fábio salvou com o pé. Nas outras duas oportunidades a bola foi chutada para fora. Mas, era o risco do tal do “Dinizismo”, que era implantado pelo técnico tricolor. Logo depois, Lorran entrou livre e Fábio novamente salvou com o pé. Mas, o lance mais inusitado ocorreu quando Paulo Henrique Ganso conseguiu fazer dois pênaltis em cima de David Luiz e o árbitro não marcou nenhum. O zagueiro do Flamengo foi agarrado dentro da área durante cobrança de escanteio de forma descarada e com a continuação da jogada foi agarrado novamente. Ao final do primeiro tempo, o Flamengo havia chutado 7 vezes contra o gol tricolor e o Fluminense não chutou nenhuma bola, nem para fora. No segundo tempo, o Flamengo intensificou a pressão e somente aos 23 minutos foi que o Fluminense chutou uma bola, que saiu fraca pela linha de fundo. O Flamengo apertava a defesa tricolor e a bola teimava em não entrar. O Fluminense não conseguia produzir absolutamente nada. Aos 36 minutos, Léo Pereira lançou Bruno Henrique, que disputou a jogada com Calegari na corrida. Os dois se tocaram com os braços, mas o jogador tricolor caiu e derrubou Bruno Henrique na área. Pênalti marcado (coisa rara). Aí foi aquela pressão na arbitragem. Aos 40 minutos, Pedro se preparou para bater o pênalti. Ele correu, bateu no meio do gol, a bola passou embaixo do pé do goleiro Fábio e entrou. Festa no Maracanã lotado com a torcida do Flamengo. A torcida tricolor foi em pouco número ao estádio. Ainda teve tempo para um segundo cartão amarelo para Lima, que foi expulso. Logo depois, o treinador Fernando Diniz também recebeu o amarelo e depois o vermelho por reclamação (ou desespero). Ele viria a ser demitido no dia seguinte. Grande vitória, num momento extremamente difícil para o Flamengo. Vitória que manteve o Flamengo na liderança isolada do campeonato. E o Fluminense na lanterna. Mas, o triste foi ver o desespero da imprensa anti Flamengo (principalmente a paulista) se desesperando com o pênalti marcado, chegando a dizer o absurdo de que o Flamengo era sempre ajudado pela arbitragem. Vale destacar que os comentaristas de arbitragem de várias emissoras disseram que o pênalti foi muito bem marcado. E que faltou marcar o pênalti em David Luiz no primeiro tempo. Era a cachorrada latindo, mas a carrruagem passando.      

Em 26 de junho, o Flamengo foi a fria Caxias do Sul para enfrentar o Juventude. Além dos 5 desfalques da Copa América, o Flamengo também não contou com Everton Cebolinha e Bruno Henrique. Allan e David Luiz começaram no banco de reservas. A partida começou com o Juventude tentando se impor em seu campo, mas o Flamengo sempre que podia realizava um contra ataque, que na maioria das vezes não dava em nada. Mas, num desses contra ataques, Pedro tocou para Luiz Araújo, que cruzou na medida para Pedro novamente marcar de peito. Mas, oito minutos depois, numa cobrança de falta pela direita, a bola foi cabeceada e o Juventude empatou. No primeiro tempo ainda tivemos uma cabeçada de Lorran que o goleiro fez milagre e duas grandes defesas de Rossi, impedindo o segundo gol do time gaúcho. No segundo tempo, os goleiros tiveram grande destaque. Rossi fez pelo menos quatro grandes defesas e por pelo menos três vezes, o goleiro do Juventude impediu o gol do Flamengo, que jogou melhor no segundo tempo. Mas, aos 40 minutos, após escanteio, o Juventude acabou marcando o segundo gol. O Flamengo ainda tentou dar uma pressão no final e Ayrton Lucas teve a chance do empate, que o goleiro defendeu de forma quase impossível. Uma derrota que foi muito lamentada por todos. Mas, o Flamengo continuou líder do campeonato, devido ao resultado dos outros jogos.

Em 30 de junho, o Flamengo retornou ao Maracanã para enfrentar o Cruzeiro e tentar se manter na liderança do Campeonato Brasileiro. Após o Flamengo ter perdido os jogadores para as seleções que disputariam a Copa América e até mesmo ao ficar sem alguns jogadores machucados, muitos esfregaram as mãos e achariam que o Flamengo iria perder muitos pontos devido aos desfalques. Mas, com a atuação de vários jogadores que atuaram muitas vezes fora de sua posição de origem e com a recuperação do futebol de outros, como por exemplo Gerson, que voltou a ser o velho Gerson Curinga de antes, o Flamengo foi se mantendo na liderança do campeonato. O Cruzeiro, agora sob nova administração de sua SAF e contratando jogadores as pencas, veio com moral para enfrentar o Flamengo. Mais de 54 mil pessoas foram ao Maracanã e empurraram o Flamengo para mais uma vitória sensacional e sofrida. O jogo começou com os times realizando uma forte marcação e com as defesas levando vantagem nas jogadas. Mas, o Flamengo foi se acertando e com um toque de bola muito bom, foi envolvendo o Cruzeiro. Aos 16 minutos, Fabrício Bruno recuperou uma bola na defesa e lançou Gerson, que avançou até a entrada da área. Ali, ele deu um toque para a direita, onde Pedro veio na corrida e chutou cruzado, marcando o primeiro gol do Flamengo. Até os trinta minutos, o Flamengo dominou as ações, mas a partir daí, o Cruzeiro começou a atacar mais e a levar perigo ao gol de Rossi. Aos 37 minutos. Gerson disputa uma bola no chão, onde o jogador do Cruzeiro levou nítida vantagem, levando a bola com o braço. O Sr. Bráulio da Silva Machado (olha ele de novo!) nada marcou. A bola acabou sendo chutada da entrada da área entrou no canto direito de Rossi, que nada poderia fazer. O VAR comandado pela Sra. Daiane Muniz (olha ela de novo!) não chamou o árbitro e o gol foi confirmado. Na primeira etapa os fatos negativos ficaram para Ayrton Lucas, que errou tudo e para Lorran, que mesmo mostrando vontade, foi muito individualista. Lorran foi substituído por Léo Ortiz e o Flamengo melhorou. Logo após a saída de bola, Gerson chutou do bico da pequena área e o goleio fez um milagre. O Cruzeiro tentava jogadas pelos lados do campo, mas a defesa do Flamengo atuou firme. Aos 20 minutos, Gerson foi derrubado na lateral da área, pela esquerda. Luiz Araújo cobrou na marca do pênalti, onde Fabrício Bruno deu uma cabeçada forte e estufou a rede. Gol do Flamengo e explosão no Maracanã. Aos 38 minutos, a bola foi cruzada na área e Ayrton Lucas levou uma cotovelada na cara. A princípio, o Sr. Braúlio marcou o pênalti, mas a Sra. Daiane Muniz novamente prejudicou o Flamengo, chamando o árbitro, que acabou anulando o pênalti. Revolta geral do time e do banco do Flamengo. Até o final da partida, o Sr. Braúlio inverteu faltas e laterais que eram a favor do Flamengo, dando-os para o Cruzeiro. O Flamengo foi controlando a pressão do Cruzeiro e conseguiu levar a partida ao seu final com o placar de 2 x 1. Vitória importantíssima, que garantiu o Flamengo como líder isolado do Campeonato Brasileiro. Mesmo com todos os desfalques. E a imprensa paulista e anti rubro-negra se mordendo de raiva.     

Em 3 de julho, o Flamengo foi a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro em seu novo estádio, a Arena MRV. Era de se admirar o fato de um clube que deve mais de 1 bilhão ter estádio novo, jogadores caros e nada acontecia. O Flamengo foi a campo sem Pedro e Erick Pulgar, que veio da Copa América com a desclassificação da Seleção do Chile. Eles começaram no banco de reservas. Os quatro jogadores uruguaios continuavam na disputa da Copa América e Cebolinha estava machucado. No ataque jogou Carlinhos. No primeiro tempo, o Flamengo soube suportar a pressão do Atlético e foi imprimindo seu toque de bola, chegando ao gol adversário com freqüência. Aos 13 minutos, uma falta foi cobrada por Luiz Araújo no segundo pau. Bruno Henrique escorou para o fundo do gol. Era o primeiro gol do Flamengo. Aos 23 minutos a bola foi lançada para Wesley, que entra livre na área e chuta na trave. No rebote, Carlinhos marcou seu primeiro gol com a camisa do Flamengo. A torcida do Atlético não acreditava, pois o Flamengo dominava a partida e não deixava o Atlético criar quase nada. Na segunda etapa, logo aos 5 minutos, Ayrton Lucas vem driblando todo mundo, entrou na área e chutou cruzado. Flamengo 3 x 0 e silêncio na torcida do Galo. Aos 11 minutos, Allan divide uma bola na área, toca primeiro na bola e depois toca no jogador do Atlético. O VAR prontamente chamou o Sr. Ramon Abel Abatti (olha ele de novo!), que marcou o pênalti. O Atlético agradece a portentosa ajuda e marca seu gol. Aos 17 minutos, Rômulo é expulso após tomar o segundo cartão amarelo, deixando o Galo com menos um jogador. Aos 22 minutos, Pedro, que havia entrado no lugar de Carlinhos, lançou Bruno Henrique, que entrou livre e marcou o quarto gol do Flamengo. A cada toque de bola, a torcida do Flamengo gritava o famoso olé. Aos 24 minutos, Pedro foi derrubado na área e o árbitro simplesmente ignorou. O VAR chamou? Claro que não. Aos 41 minutos, Pulgar, que entrara no lugar de Léo Ortiz, foi derrubado na área de forma escandalosa. De novo o árbitro e o VAR ignoraram o lance. Como sempre o VAR não chama nunca o árbitro para dar algo a favor do Flamengo, que até este momento era o time mais prejudicado pela arbitragem e pelo VAR. O Flamengo dominava o jogo, perdia outras chances de gol, mas num cochilo da zaga aos 44 minutos, Hulk fez o segundo gol do Atlético. Grande e convincente vitória, que manteve o Flamengo líder isolado do campeonato, com 30 pontos. Mas, a arbitragem e o VAR continuavam uma vergonha.

Em 6 de julho, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Cuiabá. O time continuava desfalcado dos 4 jogadores uruguaios que estavam na Copa América e sem Everton Cebolinha. O Cuiabá estava na parte de baixo da tabela, mas já havia aprontado contra alguns times grandes e conseguido tirar pontos de alguns. No início do primeiro tempo, o Flamengo tentou dar uma blitz na defesa adversária, mas num contra ataque, um chute foi dado da entrada da área, desviou na perna de David Luiz e entrou. Foi uma ducha fria, mas a torcida do Flamengo continuou a incentivar o time e assim foi até o final. O Flamengo passou a enfrentar um time muito retrancado e que tentava sair nos contra ataques. Quando conseguia vencer a retranca, o goleiro Valter fechava o gol. O tempo foi passando e as duas maiores chances de gol foram, primeiro do Cuiabá, que perdeu um gol feito, onde o atacante entrou cara a cara com Rossi e chutou raspando a trave. A outra grande chance foi numa cabeçada a queima roupa de Pedro, que foi defendida pelo goleiro. Bruno Henrique acabou torcendo o tornozelo e teve que sair do jogo. Era mais um desfalque certo e ninguém para jogar pela esquerda. No segundo tempo, o Flamengo começou em cima e o Cuiabá, apesar de não chegar ao gol, tocava muito bem a bola e deixava o tempo passar. Aos 15 minutos, Ayrton Lucas cruzou na medida para Pedro cabecear e empatar a partida. O Flamengo continuou a atacar e a torcida não parou um só momento. Mas, a bola teimava em não entrar. Até o final da partida o Flamengo atacou, atacou, mas infelizmente não conseguiu o gol da vitória. Com o empate, o Flamengo ainda garantia a liderança isolada da competição. Após o jogo do Flamengo, a torcida rubro-negra torceu muito para a Seleção Brasileira vencer o Uruguai pela Copa América, pois assim, os quatro jogadores uruguaios do Flamengo já enfrentariam o Fortaleza na próxima rodada. Mas, infelizmente, o Brasil perdeu nos pênaltis e o Uruguai foi para a semifinal. Assim, o Flamengo ainda ficaria desfalcado de seus grandes jogadores por até mais uma partida.

Em 11 de julho, o que restou do Flamengo foi a campo no Maracanã para enfrentar o Fortaleza. Desfalcado pela última vez dos quatro uruguaios que estavam na maldita Copa América, o Flamengo também não contou com Everton Cebolinha e Bruno Henrique, o que fez o treinador Tite improvisar o jovem Matheus Gonçalves na ponta esquerda. Sem contar que era nítido o desgaste físico do time. Antes da Copa América começar, a idéia da maioria era de que o Flamengo iria perder muitos jogos e cair muito na tabela, mas o Flamengo chegou até esta partida na liderança do campeonato. O que já era de impressionar. Mas, tudo tem um preço. No primeiro tempo, logo aos 5 minutos, Pedro perdeu um gol feito, cara a cara com o goleiro. Mas, aos 10 minutos, após escanteio no primeiro pau, Wesley foi nitidamente empurrado quando subiu na bola, com isso, ele acabou tocando a cabeça na bola e fez gol contra. O VAR chamou? Claro que não! Quando é que o VAR chamou? A árbitra Edina Alves (velha conhecida) ignorou a falta e deu gol. O Fortaleza se fechou rtodo na defesa, tanto que o primeiro tempo terminou com 11 fdinalizações do Flamengoe nehuma do Fortaleza. Aos 38 minutos, Pedro foi derrubado na área e não teve jeito. Pênalti para o Flamengo. Pedro bateu e fez seu oitavo gol no campeonato, sendo até então o artilheiro do novo Maracanã com 91 gols e artilheiro isolado do campeonato. O Flamengo tentou o desempate ainda no primeiro tempo, mas não conseguiu. Mas, quando foi falado no início que tudo tem seu preço, o Flamengo voltou mal para o segundo tempo. Era nítido o desgaste e o time não conseguia organizar as jogadas. Com isso, o Fortaleza melhorou e começou a contra atacar com perigo. Até marcar o segundo gol. O Flamengo, mais na transpiração do que na inspiração ainda tentou arrancar um empate. O treinador Tite colocou em campo Gabigol e Carlinhos e mandou o time para o ataque. Aos 42 minutos, a bola foi cruzada e Gabigol marcou o gol do empate, mas o VAR rapidamente chamou a árbitra para anular o gol, dando impedimento. Não deu tempo para mais nada e o Flamengo perdeu. Perdeu também a liderança do campeonato para o Palmeiras. Mas, para quem tinha praticamente certeza de que o Flamengo, com seus grandes desfalques, terminaria esta fase de Copa América no meio da tabela, viu um time que se desdobrou para tentar manter a liderança. Mas, agora, o Flamengo teria 9 dias para descansar o time e receber de volta seus uruguaios. A esperança era de que as coisas iriam melhorar.

Após nove dias sem jogar, pois a partida contra o Internacional foi adiada, o Flamengo voltou ao Campeonato Brasileiro em Brasília, quando enfrentou o Criciúma. Apesar do mando de campo ser do Flamengo, o Maracanã precisou mais uma vez reformar o gramado e o Flamengo não pôde jogar lá. O Flamengo voltou a contar com todos os jogadores que jogaram a malfadada Copa América. Somente Bruno Henrique estaria fora por contusão e Allan pelo terceiro cartão amarelo. No primeiro tempo, o Flamengo parecia fora de ritmo, tendo grandes dificuldades para chegar ao gol adversário. O Criciúma, por sua vez, tocava bem a bola e fazia uma marcação muito forte. A marcação do Flamengo estava muito frouxa e dava espaço para o time catarinense. Em três oportunidades, o Flamengo poderia ter marcado. Na primeira, a bola foi chutada por cima por Pedro. Em outra, Cebolinha fez grande jogada pela esquerda, mas cruzou 5 centímetros acima da cabeça de Gerson. E em outra oportunidade, o goleiro socou mal e Fabrício Bruno tentou tocar por cima, mas a bola subiu. Aos 34 minutos, uma falta foi cobrada para dentro da área. Ela foi cabeceada no segundo pau e chutada para uma grande defesa de Rossi. Mas, no rebote, o Criciúma marcou 1 x 0. Parecia o mesmo filme dos dois últimos jogos. No segundo tempo, o Flamengo tentou partir para cima do Criciúma, que continuava fazendo uma marcação muito forte. Léo Pereira entrou no lugar de David Luiz e Matías Viña no de Ayrton Lucas. Aos 14 minutos, Arrascaeta foi derrubado na área e o árbitro nada marcou. Mas, o VAR (aleluia!) chamou o árbitro, que deu o pênalti. Pedro bateu e o goleiro defendeu. Tudo levava a crer que o Flamengo deixaria pontos preciosos em Brasília. No escanteio do pênalti, Erick Pulgar cabeceou, a bola bateu no travessão e quicou muito próximo da linha de gol. Aos 30 minutos, Arrascaeta fez grande jogada e passou para Pedro, dentro da área, que chutou de primeira e colocado. Gol do Flamengo. Aos 31 minutos, Gabigol entrou no lugar de Gerson e Luiz Araújo no lugar de Erick Pulgar. O Flamengo partiu para cima, mas as chances não apareciam. Aí, aconteceu o lance capital da partida. Aos 40 minutos, uma bola foi chutada na arquibancada, atrás do gol. A partida seguiu. Aos 42 minutos, Matías Vinã deu um passe muito bom para Cebolinha. Neste momento, a bola que estava na arquibancada foi lançada para o campo, dentro da grande área. Quando Cebolinha ia chutar para o gol, o jogador Barreto deliberadamente chutou a bola que veio de fora de campo e ela se chocou na bola do jogo, tirando-a de Cebolinha. O árbitro, incontinente, marcou o pênalti. Não precisa dizer que os jogadores do Criciúma reclamaram demais, mostrando que, no mínimo, desconheciam as regras do jogo. Depois de muito reclamar, Gabriel se posicionou para bater o novo pênalti. Gabigol bateu no canto esquerdo do goleiro, lambendo a “bochecha” da rede. Ele saiu comemorando como um louco. O árbitro acabou dando 12 minutos a mais e o Flamengo soube segurar o resultado e uma vitória extremamente sofrida. E decidida com um lance muito raro de ser ver.  

Em 24 de julho, o Flamengo foi a Salvador enfrentar o Vitória, que estava lutando para sair da zona de rebaixamento. O campeonato chegava ao final de seu primeiro turno, mas a grande maioria dos times não estava com 19 jogos, como o Flamengo que tinha um jogo atrasado contra o Internacional. Para este jogo, o Flamengo teve apenas os desfalques de Bruno Henrique, que ainda se recuperava de uma torção de tornozelo e Erick Pulgar com uma gastroenterite. O treinador Tite resolveu colocar Varela e Viña nas laterais e formou a zaga com Fabrício Bruno e Léo Pereira, tirando David Luiz. Allan fez a cabeça de área. O primeiro tempo começou com o Vitória todo na defesa e o Flamengo meio de freio puxado, não dando muita velocidade ao jogo, encontrando grande dificuldade para chegar ao gol adversário. O jogo se desenrolava de intermediária a intermediária, com os goleiros trabalhando muito pouco. Aos 38 minutos, Gerson pegou uma bola no meio e tocou para Arrascaeta, que veio pela esquerda, driblou seu adversário e chutou forte. Antes de entrar, a bola bateu num zagueiro do Vitória e estufou a rede. O Flamengo saía na frente. No segundo tempo, o Flamengo começou atacando e após escanteio cobrado por Arrascaeta, a bola foi para Gerson, que devolveu para Arrascaeta em posição legal, que cruzou na área. A bola foi rebatida e Fabrício Bruno deu um belo chute e marcou o segundo gol. Mas, o VAR chamou o Sr Rafael Claus (olha ele de novo!) que anulou o gol. O VAR alegou que Arrascaeta cobrou o escanteio e a bola tocou nos dois pés, quando ele escorregou. Mas, ao ver a jogada em câmera lenta, a bola foi chutada pelo pé direito do jogador, que escorregou e tocou o pé esquerdo com o pé direito. Até aí, nenhuma novidade. O Vitória começou a melhorar, principalmente quando o treinador Tite tirou de campo De La Cruz e deixou Allan, que até então errava a maioria das jogadas. O Vitória passou a dominar o meio de campo e começou a chegar com mais perigo ao gol de Rossi. Aos 29 minutos, o Flamengo cobrou escanteio e por duas vezes o goleiro do Vitória tirou a bola em cima da linha. No contra ataque, gol do Vitória. Logo depois, o treinador Tite colocou em campo Gabigol, Carlinhos e Matheus Gonçalves. Aos 32 minutos, a defesa do Vitória errou a saída de bola, Gabigol driblou o goleiro, mas chutou em cima de um defensor, que estava em cima da linha. A partida caminhava para um frustrante empate, mas aos 44 minutos, Gabigol deu um passe em profundidade para Carlinhos, que rompeu a defesa adversária e chutou forte para marcar o gol da vitória do Flamengo. Mais uma vez, o Flamengo não fez uma grande partida. Mas a vitória foi muito importante, pois o Palmeiras perdeu e o Botafogo empatou. Assim, o Flamengo diminuiu, com um jogo a menos, a diferença para o alvinegro, que ainda estava na liderança. Caso o Flamengo vencesse o jogo atrasado contra o Internacional por 2 gols, o Flamengo conquistaria o título simbólico de campeão do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.          

Em 28 de julho, o Flamengo foi ao Maracanã para iniciar o segundo turno do Campeonato Brasileiro e para enfrentar o Atlético Goianiense. Com as derrotas de Botafogo e Palmeiras, o Flamengo poderia ficar em primeiro lugar na tabela, mesmo com um jogo a menos. Mas de 57 mil torcedores foram ao estádio, para aumentar cada vez mais a média de público do Flamengo, que era a maior do Brasil e para incentivar o time para mais uma vitória. O treinador Tite deixou de fora alguns jogadores, para poupá-los, pois na próxima partida, o Flamengo iria enfrentar o Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Com isso, o Flamengo foi a campo sem o goleiro Rossi, sem Fabrício Bruno e sem De La Cruz. Bruno Henrique era o único desfalque por motivo médico. No primeiro tempo, o Flamengo tocou a bola e dominou as ações, mas apresentou alguma dificuldade para furar mais uma retranca. O Atlético, por sua vez, se defendia, mas tentava ir ao ataque e chegou a dar algum trabalho para a defesa do Flamengo. Aos 18 minutos, Luiz Araújo lançou Arrascaeta pela direita. Ele foi à lateral da área e cruzou para Pedro chutar de primeira e marcar o primeiro gol do Flamengo. O detalhe ficou para o VAR, que levou mais de três minutos para ver o óbvio, isto é, que o gol foi totalmente legal. Dava a impressão de que o VAR fez uma grande força para achar alguma coisa que pudesse anular o gol do Flamengo. Uma vergonha. Com o gol, o Flamengo continuou a tocar a bola e tentar chegar ao segundo gol. Perdeu algumas oportunidades, mas não teve êxito. O Atlético chegou duas vezes ao ataque com certo perigo, mas a defesa do Flamengo se portou com segurança. No segundo tempo, o Flamengo levou 10 minutos para entrar na partida. Neste período, o Atlético deu uma pressão e chegou a perder uma grande oportunidade aos 3 minutos, numa cabeçada a queima roupa, que o goleiro Matheus Cunha defendeu de forma sensacional. A partir daí, o Flamengo começou a envolver o time de Goiânia com seu toque de bola e começou a chegar ao gol adversário com mais intensidade. Numa dessas jogadas, Ayrton Lucas chegou a lateral da área e tocou para Arrascaeta, na marca do pênalti. Ele deu um drible no zagueiro e chutou forte no canto direito do goleiro, marcando o segundo gol do Flamengo. O treinador Tite aproveitou a vantagem no placar para promover alterações. Entraram nas duas laterais Wesley e Matías Viña. Gabigol, Carlinhos e Matheus Gonçalves também entraram com o intuito de preservar Arrascaeta, Pedro e Everton Cebolinha. Até o final da partida, o Flamengo manteve o controle do jogo e com a vitória, o Flamengo se tornou líder do Campeonato Brasileiro. Agora, era virar a chave para a Copa do Brasil.   

m 31 de julho, além do Flamengo jogar no Maracanã pelas oitavas de final da Copa do Brasil, houve um fato histórico. O Flamengo há tempos tentava adquirir um terreno na área conhecida como Gasômetro, para construir neste local seu estádio. Após várias negociações com a Caixa Econômica Federal, que apenas administrava este terreno para um grupo de investimento privado, não houve um acordo financeiro, com a Caixa Econômica solicitando um valor de 400 milhões de reais. Como não houve acerto, a prefeitura do Rio de Janeiro, interessada em revitalizar toda a área do chamado Porto Maravilha, acabou desapropriando o terreno e marcou um leilão para este dia. O Flamengo acabou sendo o único interessado e arrematou o terreno por 138 milhões e 156 mil reais, pagos a vista. O primeiro passo para a construção do estádio do Flamengo havia sido dado. Mesmo tendo conquistado o direito de administrar o Maracanã por 20 anos, após licitação pública, com o Flamengo ficando com 65% e o Fluminense com 35%, o Flamengo dava um passo decisivo para conquistar seu estádio próprio.       

Mas, voltando a partida contra o Palmeiras, o Flamengo precisava vencer e criar uma boa vantagem para o jogo de volta. O treinador Tite somente não contou com Bruno Henrique, ainda machucado. O Palmeiras veio para a partida com a tática de não jogar e não deixar o Flamengo jogar. Desde o início do jogo, o Flamengo dominou as ações e tentou penetrar na defesa palmeirense com toques rápidos e penetrações de Everton Cebolinha, que infelizmente sentiu a coxa e teve que ser substituído por Luiz Araújo. O goleiro do time paulista fez cera o jogo inteiro. E o péssimo Bráulio da Silva Machado nada fez para acabar com a cera. Apesar do domínio, as maiores chances de gol do Flamengo foram num toque de calcanhar de Pedro, que se entra seria um golaço e num chute de De La Cruz, que foi desviado para escanteio pela defesa adversária. O goleiro Matheus Cunha, escolhido por Tite para ser o titular na Copa do Brasil, saiu de campo com o uniforme limpo, pois o Palmeiras não chutou nenhuma bola ao gol do Flamengo. Vale também dizer que Rafael Veiga entrou com as travas da chuteira no meio da perna de Erick Pulgar e o péssimo Bráulio da Silva Machado deu cartão amarelo e o VAR não o chamou para o cartão vermelho. Em várias partidas do Campeonato Brasileiro, a mesma jogada era avaliada pelo VAR e o cartão mudava de cor. Mas, para facilitar o Flamengo o VAR não faz nada. Final de primeiro tempo e o Flamengo chutou 11 vezes ao gol do Palmeiras e o Palmeiras não chutou nenhuma. No segundo tempo, o Palmeiras continuou na defesa e fazendo cera. Mas, aos 11 minutos Pulgar lançou Luiz Araújo pela esquerda. Ele cruzou e Pedro estufou a rede. Explosão no Maracanã. O Flamengo, após o gol, se retraiu um pouco e buscou o contra ataque. Aos 27 minutos, o Palmeiras errou a saída de bola no meio de campo. Pedro dominou a bola, foi até a entrada da área e tocou para De La Cruz. Ele rolou com carinho para Luiz Araújo, que entrou na diagonal e chutou cruzado, para marcar o segundo gol do Flamengo. Aos 32 minutos, o Palmeiras saiu errado de novo. Luiz Araújo tomou a pelota, driblou o zagueiro e chutou cruzado para uma grande defesa de Weverton, perdendo o terceiro gol. O Palmeiras tentou partir para o ataque, mas deixava espaços importantes para o Flamengo contra atacar. Aos 45 minutos, Wesley desarmou o ataque do Palmeiras e foi lançado pela direita. Ele entrou livre e poderia ter chutado para marcar o terceiro gol. Ao invés disso, ele cruzou para Gabriel e a bola passou por trás dele. Ao final da partida, o Flamengo chutou 19 bolas ao gol do Palmeiras e o Palmeiras chutou 2 vezes. Era para ter sido de mais. Com a vitória, o Flamengo completou 8 anos sem perder para o Palmeiras no Rio de Janeiro e levou para São Paulo uma boa vantagem. Mas, a disputa estava aberta. 

Em 3 de agosto, o Flamengo foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro. O treinador Tite mandou a campo um time muito modificado, pois não poderia contar com Pedro e Luiz Araújo, com três cartões amarelos e Everton Cebolinha e De La Cruz machucados. E também resolveu poupar alguns jogadores para a partida de volta pela Copa do Brasil contra o Palmeiras. Deixou Ayrton Lucas, Fabrício Bruno, Varela, Erick Pulgar, Arrascaeta  e Gerson no banco de reservas. Era a receita pronta para a desgraça. No primeiro tempo, o São Paulo dominou completamente a partida, com o Flamengo esporadicamente indo ao ataque, mas sem produzir nada. Em compensação, o lado esquerdo do ataque do São Paulo levava a defesa do Flamengo à loucura, principalmente o lateral Wesley. Mas, o Flamengo conseguiu segurar o empate para o segundo tempo. Na segunda etapa, o São Paulo partiu para cima. O treinador Tite já deveria voltar para o segundo tempo, com alguns titulares, pois a inoperância de Carlinhos, Matheus Gonçalves e Allan era visível. Mas, ele tirou de campo Bruno Henrique, que não havia produzido absolutamente nada e colocou Gerson. Mas, a demora para mexer custou caro. Quando ele iria colocar em campo Arrascaeta e Ayrton Lucas, por volta dos 15 minutos, o São Paulo marcou, após escanteio. A partir daí, o Flamengo teria que tentar pelo menos um empate. Ainda mandou a campo Lorran e Victor Hugo, que também, não representaram nada para o time. O São Paulo dominou a partida, mas preferiu não deixar o Flamengo jogar, ao invés de tentar mais gols. Fim de jogo e perda da liderança para o Botafogo, que havia vencido o Atlético Goianiense. Foi uma noite péssima, com um time fraco e sem vontade em campo. Derrota na conta do treinador que demorou para mexer no time e escalou muito mal. E dos jogadores, que não demonstraram o mínimo de vontade. Ver Gabriel, que jogou a partida inteira, tropeçando na bola e a deixando sair pela lateral, foi a imagem deste time, que já entrou em campo derrotado. Uma lástima.  

Em 7 de agosto, o Flamengo foi ao estádio do Palmeiras para decidir uma vaga para as quartas de final da Copa do Brasil. Como havia vencido por 2 x 0 no Maracanã, o Flamengo poderia até perder por um gol para se classificar. O treinador Tite não contou com De La Cruz, que estava machucado. Everton Cebolinha, que foi dúvida, ficou no banco de reservas, assim como Bruno Henrique. O ataque foi montado com Gerson pela direita, Luiz Araújo pela esquerda e Pedro. O Palmeiras iniciou o primeiro tempo a todo vapor e deu um sufoco na defesa do Flamengo. Até porque, no jogo do Rio de Janeiro, o time paulista foi completamente inoperante e como não vencia há 5 partidas, precisava mostrar ao seu torcedor que poderia fazer melhor. E logo aos 7 minutos, uma bola foi cruzada na área do Flamengo e o Palmeiras marcou de cabeça. A auxiliar anulou o gol por impedimento, mas o VAR acertadamente confirmou o gol. Até os 30 minutos, o Flamengo teve que suportar uma grande pressão do Palmeiras e a defesa teve que se virar para não tomar o segundo gol, que levaria a decisão para os pênaltis. Num dos poucos ataques do Flamengo, Arrascaeta foi a linha de fundo e tocou para Gerson, que vinha na corrida para empatar a partida. Um zagueiro do Palmeiras esticou a perna, num movimento nada natural e calçou Gerson, que caiu. O árbitro Anderson Daronco e o VAR com Wagner Reway ignoraram o pênalti. Os comentaristas, todos paulistas, disseram que foi um movimento natural, que o toque não foi suficiente para derrubar Gerson e por aí vai. Nada de anormal. E o Sr. Daronco foi ignorando chegadas nas costas de jogadores rubro-negros e marcava tudo para o Palmeiras. Numa arbitragem muito “caseira”. Fim de primeiro tempo, e o Flamengo saiu de campo com poucos arranhões. Para a segunda etapa, o técnico Tite colocou em campo David Luiz, fazendo o Flamengo jogar com três zagueiros e com isso tentar anular um pouco mais o ímpeto palmeirense. O Flamengo marcou melhor, mas o Palmeiras tinha o domínio das ações. Pulgar chegou a perder uma boa oportunidade para o Flamengo e o Palmeiras chegou a colocar uma bola na trave. Logo depois, numa disputa de bola na área, o jogador Murilo esticou o braço num movimento no mínimo arriscado e tocou a bola com seu braço, tirando a possibilidade de Pedro tentar chutar ao gol. Pênalti claro. Mas o Sr. Daronco e o Sr. Reway novamente ignoraram o pênalti. Já no final, após uma falta, o Palmeiras marcou de cabeça, mas o VAR dessa vez (aleluia), marcou impedimento. O treinador do Palmeiras, o irriquieto e mal educado Abel Ferreira foi expulso por gestos obscenos contra a arbitragem, o que aumentou mais ainda a bronca dos alviverdes. Ao final da partida, o Palmeiras partiu para um sufoco final e a partida ficou extremamente tensa. Mas, a defesa rubro-negra se portou com segurança e garra, mantendo o placar, que apesar de ser contra o Flamengo, foi a favor, pois manteve o time na Copa do Brasil. O Flamengo se mantinha vivo nas três competições que estava disputando.

Em 11 de agosto, Flamengo e Palmeiras voltaram a se enfrentar, desta vez pelo Campeonato Brasileiro. O treinador Tite mandou a campo seu time titular, não podendo contar com Varela e David Luiz com o terceiro cartão amarelo. No primeiro tempo, o Flamengo chutou seis vezes ao gol do Palmeiras. Mas, na única vez que chutou, o Palmeiras levou grande perigo, quando a bola explodiu no peito do goleiro Rossi e Fabrício Bruno chegou para salvar. O Flamengo teve três grandes chances para marcar, todas defendidas com grande dificuldade pelo goleiro Weverton. Na primeira, Cebolinha entrou livre pela esquerda e chutou. O goleiro pôs para escanteio. Na segunda, Pedro cabeceou, o goleiro deu um tapinha na bola, que foi no travessão. E na terceira chance, Arrascaeta entrou livre e chutou, com o goleiro mandando para escanteio. O Palmeiras teve também um gol anulado devido a impedimento, visto por intermédio do VAR. Outro fato importante foi a nova contusão de Everton Cebolinha, que saiu aos onze minutos, dando lugar a Luiz Araújo. No segundo tempo, nos primeiros cinco minutos, o Palmeiras teve três grandes chances de marcar, com boas intervenções de Rossi ou com a bola saindo com perigo. O Flamengo passou a equilibrar a partida. Aos 20 minutos, De La Cruz lançou Gerson na esquerda, que cruzou para a área. A bola passou por alguns jogadores e sobrou para Arrascaeta dominar e chutar. A bola tocou na mão do zagueiro e desviou do goleiro. Ela entrou aproximadamente um metro e foi retirada por um defensor. Mas, o gol foi marcado e o Flamengo saiu na frente. Aos trinta minutos, entraram Léo Ortiz, Allan e Gabriel nos lugares de De La Cruz, Pulgar e Pedro. Com isso, o Flamengo começou a ser mais envolvido pelo toque de bola do Palmeiras. Até que aos 41 minutos, uma bola foi cruzada para a área do Flamengo. Rony se antecipou à zaga e cabeceou. Rossi fez grande defesa, mas a bola acabou sobrando para o empate do time paulista. Aos 47minutos, Murilo recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Ao mesmo tempo que Matías Viña, que havia entrado no lugar de Ayrton Lucas, se machucou e ficou fazendo número em campo. Final da partida e o Flamengo, que poderia ter assumido a liderança e com um jogo a menos, agora estava em terceiro lugar, com 41 pontos. O Fortaleza, com os mesmos 21 jogos do Flamengo estava com 42 pontos e o Botafogo, com um jogo a mais, estava com 43 pontos. Agora era virar a chave para a Libertadores da América. E, para terminar, as péssimas notícias ficaram para as contusões de Everton Cebolinha, que rompeu o tendão de Aquiles e de Matías Viña, que lesionou o joelho. Os dois iriam passar por cirurgia e provavelmente não jogariam mais nesta temporada.           

 

                No futebol de base, o Flamengo conquistou o título da Taça Libertadores da América Sub 20. O torneio foi disputado no Uruguai e o Flamengo venceu o Defensor do Uruguai por 1 x 0, o Aucas do Equador por 2 x 1, o Sporting Cristal do Peru por 4 x 1, o Rosário Central da Argentina na semi final por 2 x 1 e a grande final contra o Boca Juniors da Argentina por 2 x 1. Os heróis da conquista foram os goleiros Caio Barone e Lucas Furtado e os jogadores Lucyan, Iago, Carbone, Zé Welinton, Caio Garcia, Rayan Lucas, Lorran, Wallace Yan, Shola, Weliton, Pedro Estevam, Vitor Silva, João Souza, Felipe Brian, Jean Carlos, Daniel Rogério e Felipe Thereza. Todos capitaneados pelo treinador Mario Jorge. Com a conquista, o Flamengo estava classificado para enfrentar o campeão europeu pelo título mundial.

                Em 2024, o Flamengo foi Campeão Mundial numa modalidade que muitos rubro-negros sequer sabiam que o clube participava. O Flamengo foi Campeão Mundial de Pesca Submarina. Este campeonato voltou a ser realizado no Rio de Janeiro após 61 anos e o Flamengo se tornou a segunda equipe brasileira a conquistar este título na história. Os atletas campeões foram Francisco Loffredi, Kevin Sansão, Raphael Ambrósio e Abel de Almeida.

               Nas Olimpíadas de Paris, a equipe feminina de Ginástica Olímpica (ou Artística, como se fala hoje em dia) do Flamengo, formada por Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira foi bronze por equipes e Rebeca Andrade foi ouro no solo, prata no individual e no salto sobre o cavalo. No Judô, Rafaela Silva foi bronze por equipes. Izaquias Queiroz foi prata na Canoagem individual.