2022
Presidente: Rodolfo Landim
Títulos:
Futebol:
Taça Libertadores da América
Copa do Brasil
Taça Rio Júnior (Sub 20)
Copa Brasileirinho Internacional Juvenil (Sub 17)
Copa Olaria Renovado (Troféu Romário de Souza Faria) Infanto Juvenil (Sub 17)
Torneio Brasil Soccer Cup Infanto Juvenil (Sub 16)
Flamengo Adidas Cup Sub 16
Copa Gramado Laghetto Sub 16
Taça Guanabara Infantil Sub 15
Copa Brasileirinho Internacional Sub 14
Torneio Iber Cup Madrid Sub 14
Torneio Iber Cup Rio de Janeiro Sub 14
Torneio CFZ de Clubes Sub 13
Copa Integração Sub 13
Taça Guanabara Sub 12
Taça Guanabara Sub 11
Torneio CFZ de Clubes Sub 12
Taça Guanabara Sub 12
Taça Rio Sub 12
Campeonato Metropolitano Sub 12
Torneio CFZ de Clubes Sub 11
Taça Guanabara Sub 11
CFZ Cup Sub 11
Taça Rio Sub 11
Campeonato Metropolitano Sub 11
Torneio CFZ de Clubes Sub 10
Taça Guanabara Sub 10
Taça Rio Sub 10
Campeonato Carioca Sub 10
Torneio Iber Cup Rio de Janeiro Sub 9
Torneio Rio Cup Sub 9
Torneio Nação Social Sub 9
Taça Guanabara Sub 9
Taça Rio Sub 9
Campeonato Carioca Sub 9
Copa Dente de Leite (Sub 8) 2022.1
Copa Dente de Leite (Sub 8) 2022.2
Iber Cup Rio de Janeiro Sub 8
Copa Rio Kids Sub 8
Taça Guanabara Dente de Leite Sub 7
Torneio Carioca Kids Sub 7
Campeonato Carioca Dente de Leite Sub 6
Copa Zero Sub 6
Torneio Pratas do Ninho Sub 6
Unifoot Diamante Pro Sub 20 Feminino
Taça Guanabara Feminino
Taça Guanabara Feminino Sub 20
Taça Guanabara Feminino Sub 17
Brasil Ladies Cup Feminino
Basquete:
Campeonato Mundial Adulto Masculino
Campeonato Estadual Adulto Masculino
Campeonato Estadual Sub 17 Masculino
Campeonato Estadual Sub 15 Masculino
Campeonato Estadual Sub 12 Masculino
Campeonato Brasileiro Sub 22 Masculino
Copa Sulamericana Sub 14 Masculino
Basquete 3 x 3:
Copa Rio Sub 18 Masculino
Copa Rio Sub 15 Masculino
Futebol Society:
Torneio Rio São Paulo Masculino Adulto
Futebol de Areia:
Campeonato Carioca Adulto Masculino
Futebol de Salão:
Super Copa América Sub 10
Super Copa América Sub 8
Campeonato Carioca Sub 11
Campeonato Carioca Sub 9
Campeonato Carioca Sub 7
Futebol de Mesa:
Campeonato Brasileiro (Dadinho)
Remo:
Troféu Brasil de Barcos Curtos
Troféu Brasil de Barcos Longos
Troféu Brasil de Jovens Talentos
Campeonato Brasileiro
Campeonato Brasileiro de Para Remo
Campeonato Estadual Júnior A
Campeonato Estadual Sub 23
Troféu Eficiência
Natação:
Campeonato Estadual Absoluto de Inverno
Campeonato Estadual Sênior de Inverno
Campeonato Estadual Júnior de Inverno
Campeonato Estadual Juvenil de Inverno
Campeonato Estadual Infantil de Inverno
Campeonato Estadual Mirim de Inverno
Campeonato Estadual Absoluto de Verão
Campeonato Estadual Sênior de Verão
Campeonato Estadual Júnior de Verão
Campeonato Estadual Juvenil de Verão
Campeonato Estadual Infantil de Verão
Campeonato Estadual Mirim de Verão
Campeonato Estadual Petiz de Verão
Festival Sudeste Mirim de Inverno
Festival Sudeste Mirim de Verão
Festival Sudeste Petiz de Inverno
Festival Sudeste Petiz de Verão
Troféu Eficiência
Nsdo Sincronizado:
Campeonato Brasileiro Sênior
Campeonato Brasileiro Júnior
Campeonato Brasileiro Juvenil
Campeonato Brasileiro Infantil
Campeonato Estadual Absoluto
Campeonato Estadual Sênior
Campeonato Estadual Júnior
Campeonato Estadual Infantil
Pólo Aquático:
Campeonato Estadual Sub 20 Feminino
Campeonato Estadual Sub 20 Masculino
Campeonato Estadual Sub 19 Masculino
Campeonato Estadual Sub 16 Feminino
Campeonato Estadual Sub 16 Masculino
Campeonato Estadual Sub 14 Masculino
Torneio Pab Kids Misto
Judô:
Campeonato Estadual
Meeting Nacional Sub 21
Campeonato Estadual Sênior Misto
Campeonato Estadual Sub 21 Feminino
Campeonato Estadual Sub 21 Masculino
Campeonato Estadual Sub 13 Feminino
Troféu Brasil Sênior Feminino com Rafaela Silva e Giovanna Santos
Karatê:
Copa Cidade Maravilhosa
Ginástica Olímpica:
Campeonato Brasileiro Adulto Feminino
Campeonato Brasileiro Feminino Individual com Rebeca Andrade
Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino
Campeonato Brasileiro Pré Infantil Feminino A
Campeonato Estadual Geral de Verão
Campeonato Estadual Feminino Adulto
Campeonato Estadual Masculino Adulto
Campeonato Estadual Feminino Juvenil
Campeonato Estadual Masculino Juvenil
Campeonato Estadual Feminino Infantil
Campeonato Estadual Masculino Infantil
Campeonato Estadual Feminino Pré Infantil
Campeonato Estadual Masculino Pré Infantil
Campeonato Estadual Masculino Mirim
Vôlei:
Campeonato Brasileiro Feminino Sub 21
Campeonato Brasileiro Feminino Sub 19
Campeonato Brasileiro Feminino Sub 18
Campeonato Brasileiro Feminino Sub 17
Campeonato Brasileiro Masculino Sub 17
Campeonato Estadual Feminino Sub 21
Campeonato Estadual Masculino Sub 21
Campeonato Estadual Feminino Sub 19
Campeonato Estadual Feminino Sub 15
Campeonato Estadual Masculino Sub 15
Torneio Início Masculino Sub 15
Taça Rio Feminino Sub 21
Taça Rio Feminino Sub 19
Taça Rio Masculino Sub 15
Esportes Eletrônicos:
Academy do CBLoL
Kingisback Cup de Free Fire
Liga CPN 4 x 4 de Free Fire
Liga MFL 4 x 4 de Free Fire
O ano de 2022 começa sob várias expectativas. Devido ao fato da contratação do novo técnico, agora o português Paulo Sousa, ter demorado demais, o Flamengo deixou apenas para depois da contratação do técnico a organização do elenco para este ano.
Em 2021, a direção do Flamengo, que foi reeleita para mais um triênio, havia conseguido arrecadar 1 bilhão de reais, algo inédito para um clube brasileiro. Principalmente quando o Flamengo não tem mecenas e não é gerido por eles. Como o Palmeiras que tinha na Crefisa e na sua presidente, agora presidente também do Palmeiras, sua fonte principal de renda. Ou no Atlético Mineiro, que na figura de um grande milionário mineiro, comprou as dívidas do clube, construiu um estádio novo e comprou jogadores caríssimos para um clube que devia mais de 1 bilhão na praça. Mas, um dia, a conta iria chegar, pois ninguém dá dinheiro para ninguém de graça. Sem contar que a grande novidade deste ano ficou para a SAF, os seja, Sociedade Anônima de Futebol. O Cruzeiro, que passava pela maior crise financeira de sua história, foi comprado pelo ex jogador Ronaldo, chamado de “fenômeno”, que se tornou seu acionista majoritário. O Botafogo caminhou para o mesmo caminho. Agora, era ver se esta novidade daria certo no Brasil, ou os clubes estariam fadados a fechar suas portas.
A torcida do Flamengo não viu, a princípio, a diretoria contratar nenhum grande reforço. Ao contrário. Jogadores como Kenedy e Bruno Viana foram devolvidos após empréstimos, Michael foi vendido para o Al Hilal da Arábia Saudita e alguns jogadores vindos da base também foram vendidos. O novo treinador começou seu trabalho botando os jogadores para treinar em tempo integral e até debaixo de um sol escaldante do verão carioca. Ele pegou pesado. Parecia que o Flamengo iria contar mesmo com os mesmos jogadores do ano anterior, que já formavam uma base que jogava junto há 3 anos.
Em 26 de janeiro, o Flamengo estreou no Campeonato Estadual. Como no ano anterior, quando conquistou o seu sexto tricampeonato carioca, o Flamengo começou a competição jogando com seu time Sub 20. E assim seria pelas primeiras três rodadas. O time principal continuaria treinando, com alguns jogadores afastados por estarem com Covid e sem Arrascaeta, Isla, Everton Ribeiro e Gabriel, que estavam à disposição de suas seleções para a disputa de mais jogos das irritantes eliminatórias para a Copa do Mundo, que seria realizada em dezembro deste ano no Qatar. Com isso, estes jogadores perderiam parte da pré temporada com o novo treinador. Como sempre, a seleção da CBF prejudicando o Flamengo. Alguma novidade ?
Mas, voltando ao Campeonato Estadual, o Flamengo enfrentou a Portuguesa em seu campo, na Ilha do Governador. Num primeiro tempo muito bom, fez 1 x 0 com um pênalti cobrado por Lázaro aos 5 minutos. Perdeu várias chances de gol e voltou para o segundo tempo agredindo o adversário. Lázaro marcou o segundo gol, aproveitando uma defesa parcial do goleiro. Com o passar do tempo, a Portuguesa partiu para o ataque e o Flamengo foi perdendo seu rendimento físico. A Portuguesa marcou de cabeça, após cobrança de escanteio e pressionou o Flamengo. Destaques para o goleiro Matheus Cunha, com excelentes defesas, a velocidade do atacante André Luiz, o oportunismo de Lázaro, a segurança de Noga e a força de Matheus França. Ao final, levando um pouco de sufoco, o Flamengo venceu por 2 x 1 e largou bem no Estadual, na busca pelo inédito Tetracampeonato.
Em 29 de janeiro, a garotada rubro-negra foi a Volta Redonda enfrentar o time da cidade do aço pela segunda rodada da Taça Guanabara. Foi um jogo onde a marcação teve ampla vantagem sobre os ataques. No primeiro tempo, por exemplo, o Flamengo somente teve duas chances, de cabeça, no final do período. Chute em gol não houve de ambos os lados. No segundo tempo, os times se soltaram mais e ocorreram chances para os dois times. Novamente, o goleiro Matheus Cunha se destacou com uma grande defesa. Mas, as defesas mantiveram o domínio sobre os ataques. Destaque para o lateral esquerdo, Marcos Paulo, que fez um partidaço. Final de jogo e o empate foi justo. Agora, a partir da próxima partida, o Flamengo já colocaria em campo seu time principal e o treinador português Paulo Sousa faria sua estréia.
Antes de enfrentar o Boavista pela terceira rodada do Campeonato Estadual, o Flamengo fez uma grande contratação. Marinho, aquele do “mini míssel aleatório”, que estava no Santos, foi contratado e com certeza deu a torcida a sensação de que seria extremamente útil ao time. E em sua estréia, já que o treinador Paulo Sousa resolveu antecipar a volta de vários titulares neste jogo, ele já deu seu cartão de visitas. Além de jogar muito bem, ainda fez o primeiro gol do Flamengo escorando um cruzamento de Vitinho, que havia roubado a bola de um adversário. Vitinho, por sinal, foi a maior figura em campo, dando todos os passes para os gols do Flamengo. O treinador português inovou ao mandar a campo o time com três zagueiros, utilizando os meninos Noga e Cleiton, que fizeram uma partida muito segura. No segundo tempo, Pedro, que já havia perdido três grandes chances, fez o segundo gol do Flamengo. Com as entradas de Gabigol, Everton Ribeiro, David Luiz e Willian Arão, o time se acertou mais em campo e acabou fazendo o terceiro gol, por intermédio de Gabigol, que também, perdeu três grandes chances de gol, duas frente a frente com o goleiro. Vitória fácil e que já deu uma pequena idéia do que o treinador Paulo Sousa pretendia fazer.
Em 6 de fevereiro, o Flamengo enfrentou o Fluminense no Engenhão. O Tricolor vinha enfrentando uma crise, com sua torcida já vaiando o time e o técnico Abel Braga. O Flamengo vinha com o melhor que poderia colocar em campo. Não jogou com David Luís e Bruno Henrique. E como no Fla Flu existe a escrita de que o pior vence, a torcida rubro-negra já botava uma desconfiança. Até porque, nos últimos seis jogos entre os times, o Fluminense venceu 4 e na maioria das vezes jogando retrancado e com gols no último minuto. E foi jogando retrancado que o Fluminense jogou esta partida. Só partindo na boa. Durante todo o jogo, o goleiro Hugo Souza somente fez uma defesa. Já o goleiro tricolor saiu de campo como a maior figura em campo. O árbitro marcou um pênalti para o Flamengo no primeiro tempo, que foi desmarcado pelo VAR. No segundo tempo, Gabriel escorou um escanteio e marcou o gol, que foi anulado por impedimento pelo VAR. A partida foi disputada com violência e muitas faltas, com Vitinho e Calegari sendo expulsos após trocarem socos. E aos 43 minutos, o Fluminense cobrou uma falta, cruzando a bola sobre a área. Ela foi cabeceada no segundo pau e entrou. Alguma novidade? Depois do gol, o Flamengo partiu todo para o ataque e o goleiro tricolor fez dois milagres, impedindo o empate. Vida que segue.
Em 10 de fevereiro, o Flamengo foi a Volta Redonda enfrentar o Audax Rio. O treinador Paulo Sousa fez novamente experiências táticas, levando a campo um time, no mínimo, estranho aos olhos da torcida. Isla e Filipe Luís jogaram de zagueiros numa linha defensiva com 3 zagueiros, Lázaro e posteriormente Everton Ribeiro de alas e Gabigol e Pedro juntos no ataque. O Flamengo até dominou a partida, mas permitiu que o Audax também tivesse seus lances de perigo. Houve muita dificuldade para marcar, até porque o goleiro Max estava em noite inspirada. Mas, no final do primeiro tempo, Gabigol acertou um chute (ou cruzamento) e a bola morreu no ângulo. No início do segundo tempo, Andreas Pereira, agora comprado definitivamente por 60 milhões de reais, cobrou uma falta, cruzando a bola para a área. O zagueiro Thomás se enrolou e marcou contra. Mas, para não se perder o costume, Léo Pereira matou mal uma bola e ela se ofereceu para o atacante adversário marcar. Não foi um bom jogo e o treinador português já ouviu os primeiros gritos de “burro” vindos da torcida.
Em 13 de fevereiro, dia em que o Basquete Rubro-Negro, nosso “Orgulho da Nação”, se tornou Bicampeão Mundial, o Flamengo retornou a Volta Redonda, já que o Maracanã ainda estava reformando o gramado, tão criticado no ano anterior, para enfrentar o Nova Iguaçu. O treinador português Paulo Sousa não inventou tanto assim. Ele manteve a idéia de 3 zagueiros, mas dessa vez com 3 zagueiros de ofício, casos de Gustavo Henrique, Léo Pereira e o estreante Fabrício Bruno, contratado ao Red Bull Bragantino. Rodinei começou na ala direita e Everton Ribeiro foi mantido na ala esquerda. No meio de campo, Willian Arão e João Gomes fizeram a proteção da defesa. E na frente Arrascaeta, Marinho e Gabigol ficaram encarregados do ataque. E com 3 minutos, Arrascaeta cruzou na cabeça de Gustavo Henrique que fez 1 x 0. Numa falta cobrada com grande categoria, Arrascaeta fez 2 x 0 e o primeiro tempo acabou assim. O Flamengo jogou melhor e dominou as ações. Na segunda etapa, a bola bateu na mão do zagueiro do Nova Iguaçu e o árbitro marcou pênalti. Gabriel bateu com a mesma categoria de sempre e marcou o terceiro. Com as substituições o time caiu um pouco de produção. Mas Pedro ainda marcou o quarto gol aproveitando um passe perfeito de Gabriel. No final, Diego marcou o quinto gol e deu números finais a partida. A torcida gostou, mas a preocupação estava mantida para a decisão da Super Copa do Brasil, que se aproximava.
Mas, antes da decisão da Super Copa, o Flamengo enfrentou o Madureira no estádio da Rua Conselheiro Galvão, num calor imenso no meio da tarde. E com um minuto de jogo, o Madureira fez 1 x 0. Após tomar o gol, o Flamengo com um time misto, tentou se acertar em campo e levou perigo ao gol do tricolor suburbano. Algumas chances foram perdidas, mas o Flamengo terminou o primeiro tempo perdendo de 1 x 0. No segundo tempo, com as entradas de Willian Arão e Everton Ribeiro, o time melhorou. Após bola cruzada na área, Willian Arão cabeceou para Everton Ribeiro, que também de cabeça, marcou o gol de empate. Logo depois, Willian Arão chutou uma bola de fora da área, que morreu no canto esquerdo do goleiro, que se esticou e nada pode fazer. Até o final do jogo, o Flamengo poderia ter marcado mais gols, principalmente por intermédio de Pedro. Mas, ao final da partida, a vitória foi justa.
Em 20 de fevereiro, Flamengo e Atlético Mineiro foram ao estádio Arena Pantanal, em Cuiabá, para decidirem a Super Copa do Brasil Está certo que o Atlético Mineiro havia sido campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021 e o título da Super Copa já deveria ser deles. Mas, a CBF decidiu que o vice campeão brasileiro de 2021 iria decidir este título com o Atlético e o Flamengo era o candidato a tirar do Galo este título. Os dois times foram a campo com sua força máxima. O treinador português Paulo Souza mandou a campo o Flamengo com três zagueiros, sendo eles Fabrício Bruno, David Luiz e Filipe Luís. Rodinei e Everton Ribeiro foram os alas. O meio de campo ficou por conta de Willian Arão e João Gomes, que por sinal estava jogando demais. E na frente, o Flamengo teria Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel. A partida começou muito equilibrada, mas a partir de 20 minutos, o Flamengo passou a jogar melhor e perdeu três grandes chances para marcar. Já ao apagar das luzes do primeiro tempo, uma bola foi chutada de fora da área, o goleiro Hugo Souza a rebateu para frente e Nacho Fernandes marcou 1 x 0 para os mineiros. Era a bola começando a punir o Flamengo. No segundo tempo, o Flamengo veio melhor. Em grande jogada de Arrascaeta, Bruno Henrique cabeceou a queima roupa. O goleiro rebateu e Gabriel estufou as redes do Galo. Logo depois, Lázaro entrou em lugar de Everton Ribeiro. E em sua primeira participação, ele lançou Bruno Henrique. O zagueiro Godin falhou e Bruno Henrique tocou por cima do goleiro fazendo 2 x 1. A partir daí, o Atlético passou a sufocar o Flamengo e empatou com Hulk. Os times passaram a se fechar melhor, mas foi o Flamengo quem teve a bola do jogo. Lázaro perdeu um gol em cima da linha, permitindo que o zagueiro tocasse a bola para escanteio. Fim de jogo e o título seria decidido nos pênaltis. Até 5 x 5, todos marcaram. A partir daí, foi de matar torcedor do coração. O Flamengo teve simplesmente quatro chances para ser campeão. O goleiro Hugo defendia ou a bola era chutada para fora pelos jogadores do time mineiro e bastaria o Flamengo marcar para ser tricampeão da Super Copa do Brasil. Primeiro foi Willian Arão que mirou o goleiro e o acertou no meio do gol. Depois foi Matheuzinho, que atrasou a bola para o goleiro. Depois foi Fabrício Bruno, que chutou para fora. Depois foi o goleiro Hugo Souza que chutou por cima do travessão. E por fim, Vitinho bateu mal e o goleiro pegou. Tristeza imensa para a grande torcida do Flamengo que estava em muito maior número no estádio. Pode até ser que houve alguma intervenção divina, pois como foi dito anteriormente, este título já deveria ser do Atlético. Mas, cá pra nós, perder quatro chances seguidas numa decisão de pênaltis, é muita incompetência. E os incompetentes não podem se dar bem.
Passada a dor pela perda da Super Copa do Brasil, o Flamengo se voltou para o Campeonato Estadual. O adversário foi o Botafogo, que havia voltado da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro e que acabara de ser vendido para um milionário americano, que comprou as ações da SAF(Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo. O Flamengo foi a campo, com Lázaro na ala esquerda no lugar de Everton Ribeiro, Andreas Pereira no meio de campo e Gabriel e Pedro jogando juntos. No primeiro tempo, a diferença foi tão grande, que se o Flamengo jogasse um pouco mais a sério, já sairia goleando. Mas, foi só 2 x 0, gols de Pedro no início da partida e de Gabriel no final da etapa inicial. Neste meio tempo, o Flamengo perdeu várias chances de gol e jogou com certo preciosismo. No segundo tempo, o Flamengo caiu um pouco de produção, dando ao Botafogo algumas poucas chances de chegar ao gol de Hugo Souza. Destaque para Lázaro, que jogou sua melhor partida com a camisa do time principal do Flamengo. Arrascaeta fez um bonito gol, onde o Flamengo ficou mais de um minuto e meio tocando a bola até o chute certeiro do uruguaio. No final, ao invés da goleada, o zagueiro Léo pereira fez um gol contra e diminuiu a vergonha do Botafogo. Mas, se o Flamengo tivesse jogado um pouco mais a sério...
Em 27 de fevereiro, domingo de carnaval, que na prática não aconteceu, ainda devido as conseqüências da Pandemia do Corona Vírus, o Flamengo foi novamente ao Engenhão, já que o Maracanã continuava a ter seu gramado reformado, agora para enfrentar o Resende. A princípio, seria mais um jogo fácil e com vitória tranquila. Mas, o que aconteceu não foi nada disso. O Flamengo dominou as ações, empilhou chances perdidas de gol e saiu perdendo por 1 x 0, graças a uma falha grotesca de Diego Alves, que voltou ao gol. No primeiro tempo, o Flamengo havia chutado 18 vezes ao gol adversário, incluindo duas bolas na trave. O Resende havia dado um chute ao gol e vencia a partida. No segundo tempo, o Flamengo continuou a perder várias chances de gol. Gabigol irritava a torcida, errando praticamente todas as jogadas que fazia. Com a entrada de Arrascaeta, o time melhorou. Mas acabou tomando mais um gol, novamente com uma falha grotesca de Diego Alves, que passou a ser vaiado todas as vezes em que tocava na bola. Aos 41 minutos, Arrascaeta chutou de fora da área e marcou o primeiro gol do Flamengo. Aos 47, Rodinei foi derrubado na área e o pênalti foi marcado. Gabriel, que também era vaiado pela torcida, marcou o gol de empate. E no último minuto, David Luiz cabeceou da pequena área, mas o goleiro pegou. Foi um dia em que quase nada deu certo. Mas, pelo menos, o Flamengo não perdeu. Com o resultado, o Fluminense praticamente assegurou o primeiro lugar e a conquista da Taça Guanabara.
Em 6 de março, o Flamengo enfrentou o Vasco da Gama no Engenhão. Na véspera, o Fluminense conquistou a Taça Guanabara. O Flamengo foi a campo completo para enfrentar um Vasco da Gama, que disputaria pela quinta vez a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e que não havia vencido nenhum clássico neste ano. No início da partida, o Flamengo dominou as ações e o Vasco parecia extremamente nervoso, errando lances fáceis. E logo o Flamengo fez 1 x 0. Após cobrança de escanteio por Arrascaeta, Willian Arão dominou a bola e a colocou na cabeça de Filipe Luís, dentro da pequena área. Ele cabeceou e fez o primeiro gol do Flamengo. Após o gol, o Flamengo continuou dominando a posse de bola, mas não conseguiu levar perigo ao gol vascaíno. O Vasco, por sua vez, passou a levar algum perigo ao gol rubro-negro. O goleiro Hugo Souza chegou a fazer uma grande defesa, numa cabeçada, que ele mandou a córner. No segundo tempo, o Flamengo continuou a tocar a bola, enquanto o Vasco, todo fechado, esperava uma bola de contra ataque. E após um erro de Andreas Pereira, o Vasco contra atacou e empatou a partida. Andreas Pereira foi substituído por João Gomes e saiu extremamente vaiado pela torcida. O treinador português do Flamengo colocou em campo Pedro, Vitinho e Marinho, mandando o Flamengo todo para o ataque. O Vasco se fechou na defesa e passou a jogar novamente por uma bola de contra ataque. Com o domínio das ações, o Flamengo foi empurrando o Vasco para a sua defesa e começou a sufocar. Quando tudo levava a crer no empate, Arrascaeta chutou de fora da área e mandou a bola no cantinho do goleiro vascaíno. Delírio da torcida do Flamengo, que assim confirmava o segundo lugar da Taça Guanabara e contaria com a vantagem do empate na semi final do Campeonato Estadual. Agora era saber quem seria o adversário. Mas, antes ainda tinha a última partida contra o Bangu.
Em 12 de março, após ter ficado fechado por 3 meses para a reforma do gramado, que agora teria 10 por cento de grama sintética, o Maracanã recebeu Flamengo e Bangu para a última rodada da Taça Guanabara. O jogo para o Flamengo não valia absolutamente nada, mas a Nação comprou todos os ingressos e 60 mil torcedores foram ao velho Maracanã para matar a saudade. E o Flamengo se exibiu de forma exuberante, fazendo 3 gols no primeiro tempo. O primeiro gol foi de Arrascaeta, o segundo de Gabriel e o terceiro de Léo Pereira. No segundo tempo, novamente Léo Pereira, depois Matheus França e o último gol de Gabigol, fecharam a goleada em 6 x 0. Foi uma grande apresentação, onde o treinado Paulo Sousa continuou mudando a escalação e testando sua forma de jogar com três zagueiros. Não jogaram Bruno Henrique, Willian Arão e Andreas Pereira. Os dois últimos devido ao terceiro cartão amarelo. Foi uma bela exibição, com o Maracanã lotado, mas muita gente ainda via o time com muita desconfiança. Afinal de contas, o treinador ainda estava tentando implantar uma maneira totalmente diferente de jogar. Agora, teríamos as semifinais do Estadual.
Em 16 de março, Flamengo e Vasco fizeram o primeiro jogo da semi final do Campeonato Estadual. Os dois times jogaram com suas forças máximas. Acontece que a diferença entre os times era tanta, que o treinador do Vasco mandou seu time jogar na defesa o tempo todo. Tanto que, no primeiro tempo, o Vasco não chutou nenhuma bola ao gol do Flamengo. O goleiro Hugo Souza não fez nada. Absolutamente nada. O Flamengo, por sua vez, tocava a bola de pé em pé, mas também tinha uma grande dificuldade para entrar na defesa do Vasco. Somente uma vez a bola quase entrou. Gabriel entrou pela esquerda e chutou cruzado, para uma grande defesa do goleiro. Bruno Henrique foi derrubado na área e ao cair fez uma luxação no ombro esquerdo. O árbitro não marcou, nem o VAR também. Ele não voltaria para o segundo tempo. Aos 40 minutos, Arrascaeta cobrou escanteio pela esquerda e quase fez um gol olímpico. O goleiro do Vasco mandou para escanteio no outro lado. A bola foi cruzada novamente na área, Willian Arão raspou de cabeça e a bola bateu no braço aberto do zagueiro adversário. A princípio, o árbitro não marcou o pênalti. Mas, o VAR chamou o árbitro e o pênalti foi marcado. Gabigol bateu com a categoria de sempre e fez 1 x 0 para o Flamengo. No segundo tempo, o Vasco tentou se soltar um pouco mais, mas não conseguiu levar muito perigo ao gol rubro-negro. O Flamengo continuou a tocar a bola como num coletivo e foi levando o jogo sem maior trabalho. Deu a impressão de que se o Flamengo jogasse com mais velocidade e vontade, poderia até golear o Vasco. Fim de jogo e o Flamengo levaria uma vantagem de poder perder até por um gol de diferença, que estaria classificado para a final.
Nesta semana, o Flamengo contratou o zagueiro Pablo. Mas, em seu primeiro treino, lesou um ligamento do joelho e ficaria assim, afastado dos campos por pelo menos um mês. A sorte parecia que não ajudava o Flamengo.
Logo após a realização desta partida, uma notícia deixou a todos estarrecidos. Menos os torcedores do Flamengo, que já conhecem esta história de “outros carnavais”. Mas, antes disso, vamos retornar ao jogo entre Flamengo e Fluminense. Após o final da partida, Gabigol foi chamado de “macaco” por torcedores do Fluminense e isto foi captado por câmeras. O Flamengo denunciou ao Tribunal de Justiça Desportiva, que inicialmente não aceitou a denúncia. Mas, o Flamengo contratou peritos que confirmaram a veracidade do material. E assim, o TJD foi obrigado a aceitar a denúncia contra racismo. O que fizeram estas criaturas abomináveis: correram ao You Tube e acharam um vídeo onde a torcida do Flamengo cantava uma música para os tricolores, que foi logo taxada de “canto homofóbico”. Final da história: o Fluminense foi absolvido e o Flamengo multado. Gente baixa. Coisa nauseante. Era como se dissessem: se nos contrariar, vamos revidar em cima de vocês.
Já é público, principalmente para quem acompanha a história do Flamengo, todas as vezes ( e foram muitas) em que estes advogados fizeram de tudo para prejudicar o Flamengo. Agora, o que aconteceu? Após marcar o gol contra o Vasco na última partida, Gabigol correu em direção da linha de fundo e colocou a mão em volta do ouvido, como se mandasse a torcida do Vasco o xingar mais uma vez. Sem contar todos os objetos que foram atirados sobre ele. Um incompetente e desprovido de algo mais importante para fazer, denunciou Gabigol, que poderia pegar de 2 a 6 jogos de suspensão. Ficou evidente demais a forma tendenciosa destes senhores imprestáveis e incompetentes, que devem apenas ter este trabalho para fazer e ganhar algum dinheiro para seu sustento. Ou então, é vontade demais para querer aparecer perante a mídia. Mas, o certo é, que sempre existe a mesma vontade de prejudicar o Flamengo em momentos decisivos. Gente asquerosa.
Mas, voltando ao Campeonato Estadual, em 20 de março, Flamengo e Vasco jogaram a segunda partida da Semi Final, visando uma vaga para a grande final. O Flamengo jogou com a vantagem de poder perder até por 1 gol de diferença. O Vasco precisava ganhar por 2 gols de diferença para se classificar. O Flamengo não contou com Bruno Henrique, que sofreu luxação no ombro esquerdo na partida anterior, onde sofreu pênalti e o árbitro não marcou. O treinador Paulo Sousa colocou em campo Lázaro como ala esquerda e Pedro ao lado de Gabigol. O Vasco começou a partida indo para cima e obrigou o goleiro Hugo Souza a fazer boas defesas. O Flamengo tocava como sempre e equilibrou a partida a partir do 25 minutos. Pedro perdeu uma grande oportunidade ao chutar para grande defesa do goleiro vascaíno. Na sobra, a bola foi chutada para o gol, mas foi salva no meio do caminho. Em outra grande jogada, Arrascaeta foi ao fundo e cruzou. Gabriel chutou de voleio, mas a bola saiu por cima do gol. No segundo tempo, o Vasco veio para o tudo ou nada. Hugo fez outra grande defesa, mas aos 7 minutos, Arrascaeta cruzou a bola para o segundo pau. Lázaro escorou a bola, que acabou sobrando para Willian Arão a empurrar para as redes. Festa no Maracanã, que recebeu 60 mil torcedores, sendo alguns poucos vascaínos. Até o final da partida, o Flamengo teve vários contra ataques e os desperdiçou um a um. Num deles, Gabigol entrou livre e ao tentar encobrir o goleiro, chutou a bola rente a trave. Vitória justa e merecida, mas o torcedor do Flamengo se perguntava: por que o Flamengo perde tantas chances de gol? E por que toca demasiadamente a bola e não é mais incisivo no ataque, vencendo quase sempre por placares magros? Agora era esperar pelo adversário da final, que poderia ser Fluminense ou Botafogo.
O adversário acabou sendo o Fluminense, que conseguiu a vaga mesmo perdendo por 2 x 1 para o Botafogo, com um gol salvador no último minuto, num jogo cheio de polêmicas de arbitragem. Em 30 de março, a torcida do Flamengo invadiu o Maracanã, ficando os tricolores com um terço do estádio. Como Arrascaeta somente chegou ao Rio de Janeiro poucas horas antes do jogo, após ter jogado pela seleção uruguaia no dia anterior, ele acabou ficando no banco. Bruno Henrique voltando de contusão, também ficou no banco. Assim, o treinador Paulo Sousa mandou a campo Vitinho, Marinho e Gabriel na frente, com Everton Ribeiro na ala esquerda, Matheuzinho na ala direita e Willian Arão e João Gomes no meio. Para completar os três zagueiros: David Luiz, Fabrício Bruno e Filipe Luís. O Fluminense, como já é de costume, jogou todo fechado na defesa, terminando o primeiro tempo sem dar um chute a gol. O Flamengo teve o domínio da bola, mas encontrou grandes dificuldades para chegar ao gol tricolor. Vitinho acabou se contundindo e Bruno Henrique o substituiu. Apenas por três vezes o Flamengo quase marcou. No segundo tempo, Arrascaeta entrou aos 10 minutos e o Flamengo passou a dar um sufoco no Fluminense. Mas, nada da bola entrar. Nos últimos Fla-Flus, a situação foi sempre a mesma. Isto é, o Flamengo dominando o jogo, o Fluminense jogando completamente retrancado, por uma bola ou erro do Flamengo. E sempre aconteceu que o Fluminense, sempre no finalzinho das partidas, conseguia marcar um gol e vencer o Flamengo. E dessa vez, não foi diferente. Fabrício Bruno saiu de campo com câimbras e foi substituído por Léo Pereira. E na primeira jogada sua, ele falhou de forma bisonha e o Fluminense armou um contra ataque mortal, marcando 1 x 0. Sempre desse jeito. Mas, dessa vez foi pior. Três minutos após, com o Flamengo completamente desarrumado em campo, o Fluminense teve outro contra ataque, em nova falha de Léo Pereira e no placar ficou Fluminense 2 x 0. Derrota que expôs todas as falhas do sistema de jogo que o treinador português Paulo Sousa tentava implantar no Flamengo e que até então, parecia que não se encaixava. Jogadores importantes estavam jogando abaixo de suas possibilidades. Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Pedro(principalmente depois de toda a pressão da imprensa, que tentava convencê-lo a se transferir para o Palmeiras) e Gabriel, entre outros, estavam como que acomodados e não demonstravam a mesma força e velocidade de outros tempos. A torcida do Flamengo esperava por um milagre para ver o time conquistar o inédito Tetracampeonato Estadual.
Em meio de várias acusações feitas na imprensa, de que o treinador Paulo Sousa não tinha o vestiário nas mãos e que os jogadores estavam fazendo “corpo mole” para tirarem o treinador, ocorreram reuniões e promessas de que tudo fariam para conquistar o título. E para quem esperava ver o Fluminense acuado, jogando na defesa e segurando o resultado da primeira partida, o que se viu foi tudo ao contrário. O Flamengo não contou com o zagueiro Fabrício Bruno, que não se recuperou de contusão. Em seu lugar jogou Gustavo Henrique. Também jogou sem Willian Arão, barrado. Em seu lugar entrou Andreas Pereira. De cara, o Fluminense partiu pra cima do Flamengo e passou a dominar a posse de bola e o próprio jogo. O Flamengo, como um bando dentro de campo, não conseguia sair do toque de bola tricolor. O meio de campo do Flamengo não dava combate, deixando os tricolores com total liberdade para armar as jogadas. Definitivamente Andreas Pereira não se mostrou a altura para jogar no Flamengo. João Gomes fazia o que podia, mas sozinho ficou difícil. Foi quando o goleiro Hugo Souza chutou a bola para o ataque. Bruno Henrique deu um leve toque com a cabeça e a bola foi ao peito de Arrascaeta. Ele girou em cima do marcador, levou a bola até a lateral da área e cruzou na medida para Gabigol escorar e marcar 1 x 0 para o Flamengo. Explosão no Maracanã e esperanças renovadas. Mas, o Fluminense continuou melhor. Até que, após vários toques, a bola sobrou para Cano empatar. Uma ducha fria na torcida. Logo no início do segundo tempo, David Luiz perde uma bola e só não foi expulso, porque o árbitro não deu o segundo cartão amarelo. Logo depois, pênalti para o Fluminense, após a bola bater na mão de Filipe Luís. Cano bateu e Hugo defendeu. E exatamente como um bando dentro de campo, o Flamengo tentou atacar, até porque o Fluminense resolveu recuar e defender o resultado. Fim de jogo e frustração total da torcida. E não deu nem pra dizer que foi injusto o resultado.
Com a derrota e após os vestiários, ficou claro que havia um racha enorme dentro do elenco. Jogadores como Diego, Diego Alves e outros medalhões, que não estavam sendo aproveitados pelo treinador Paulo Sousa, estavam criando um clima ruim contra o treinador. E sem contar que vários jogadores titulares não aprovaram os métodos e o jeito de jogar imposto por Paulo Sousa. Chegaram até a discutir asperamente com o treinador, que aos poucos ia deixando de lado exatamente aqueles jogadores que ele não contaria para a temporada, tentando “limpar” o elenco daqueles que tentavam exercer uma liderança negativa. E foi assim, em estado de guerra, que o Flamengo viajou no dia seguinte para Lima, no Peru, para estrear na Libertadores.
Em 5 de abril, o Flamengo foi ao estádio Nacional de Lima enfrentar o Sporting Cristal. O treinador Paulo Sousa mandou a campo o time no sistema 4-4-2, surpreendendo a todos. Seria uma influência ou pedido dos jogadores para acabar com o 3-5-2, que parecia não estar dando certo? O time não contou com Arrascaeta e Fabrício Bruno, se recuperando de contusões. David Luiz e Gustavo Henrique formaram a dupla de zaga, Thiago Maia e Andreas Pereira jogaram no meio de campo, juntamente com Willian Arão e o ataque ficou por conta de Gabigol e Bruno Henrique. O adversário, desde o início, se mostrou muito fraco, mas mesmo assim, o Flamengo apresentou dificuldades para, furar a defesa peruana. Aos 23 minutos, após saída errada da defesa do time de Lima, Willian Arão tocou para Matheuzinho, que cruzou de uma ponta a outra, encontrando Bruno Henrique, que escorou para o gol, marcando 1 x 0. E foi só. O time tocava muito a bola, mas como de costume, não agredia o adversário. No segundo tempo, o panorama piorou, pois, o Flamengo somente tentava tocar a bola, mas sem objetividade. O Sporting Cristal se estusiasmou e por duas oportunidades, não empatou a partida. Somente no final do jogo, Lázaro lançou Matheuzinho pela direita. Ele invadiu a área e chutou cruzado para marcar o segundo gol da vitória rubro-negra. A vitória foi muito boa, mas o futebol apresentado estava muito longe do ideal. Os piores em campo foram Thiago Maia, Léo Pereira(que entrou para fazer a lateral esquerda na saída de Filipe Luís), Andreas Pereira e Gabigol, que não pegou na bola. Bruno Henrique foi o melhor em campo.
A crise tinha sua continuidade. Na Gávea, a panela de pressão estava prestes a explodir. Uns diziam que o treinador Paulo Sousa iria ser demitido e que seria substituído por Jorge Jesus. Outros davam como certo o afastamento de Marcos Braz da vice presidência de futebol. E o presidente Landim de férias na Europa. Jogadores insatisfeitos e fazendo corpo mole. Era um Flamengo que há muito o torcedor não via. Tanto, que na véspera da estréia no Campeonato Brasileiro, torcedores cercaram a entrada do Ninho do Urubu e protestaram com os jogadores, batendo em seus carros e os xingando. Apenas Arrascaeta e João Gomes foram poupados. E para piorar as coisas, Rodinei foi flagrado em festa na madrugada e ainda fez sinais indecorosos para o torcedor que o filmou. Mas, em meio a confusão, o Flamengo apresentou o lateral esquerdo Ayrton Lucas e o goleiro Santos, que era do Athlético Paranaense. Assim como o zagueiro Bruno, que se contundiu no primeiro treino, o lateral Ayrton Lucas já veio machucado e ficaria de fora até se recuperar. Ao mesmo tempo, o Flamengo emprestou o zagueiro Noga para o Atlético Goianiense e o lateral esquerdo Ramon para o Bragantino.
Em 9 de abril, o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro, jogando em Goiânia, contra o Atlético Goianiense. O time não poderia contar com Fabrício Bruno que estava machucado e durante o aquecimento para o jogo, Gustavo Henrique sentiu a coxa. Como não tinha outro zagueiro, o treinador Paulo Sousa colocou Willian Arão na zaga, juntamente com David Luiz e Léo Pereira, na esquerda. O time jogou com três zagueiros e três cabeças de área, com Andreas Pereira, João Gomes e Thiago Maia, que mais uma vez não jogou nada. O time continuou torto em campo e com dificuldades para armar as jogadas. Logo aos 2 minutos, o Atlético marcou, mas o VAR marcou impedimento e o gol foi anulado. O Flamengo até criou duas boas oportunidades para marcar, mas o Atlético foi muito perigoso. Hugo Souza chegou a fazer defesas difíceis. No segundo tempo, o Flamengo tomou um gol, em contra ataque, após erro de lançamento de Andreas Pereira, que mais uma vez não criou nada. Após cobrança de escanteio de Arrascaeta, Bruno Henrique cabeceou, a bola bateu no travessão, na trave e entrou. E no final, Pedro acertou o travessão. Mas, para deixar a torcida com o coração na mão, o Atlético ainda mandou uma bola na trave. Final de jogo e o empate acabou sendo muito criticado pelos torcedores, que não viam nenhuma evolução no time.
Em 12 de abril, o Flamengo voltou ao Maracanã para enfrentar o Talleres de Córdoba, Argentina, pela segunda rodada da Libertadores. Com vários desfalques na defesa, o treinador Paulo Sousa formou a defesa com David Luiz, Willian Arão e Filipe Luís, com João Gomes e Thiago Maia no meio e as alas com Matheuzinho e Everton Ribeiro, que acabou fazendo uma de suas melhores atuações nos últimos tempos. Na frente jogaram Arrascaeta, Gabriel e Bruno Henrique. O goleiro Santos fez sua estréia no gol do Flamengo. O time argentino começou a partida tentando impor um toque de bola e não deixava o Flamengo chegar com perigo ao seu gol. Acontece que Arrascaeta fez uma grande jogada e foi derrubado na área. O árbitro marcou pênalti. Lembrar que na primeira fase da Libertadores não havia VAR. O que é um grande absurdo. Gabriel, com sua categoria habitual, bateu e marcou 1 x 0 para o Flamengo. Não demorou muito e a bola foi cruzada na entrada da área por Bruno Henrique. Ela passou pelas costas de Arrascaeta, mas encontrou Everton Ribeiro, que chutou meio prensado. A bola foi rasteira e entrou no cantinho direito do goleiro argentino. Com 2 x 0 no placar, o Flamengo foi controlando o jogo e ainda perdeu pelo menos, duas boas chances de marcar. Mas, no final do primeiro tempo, o time argentino fez seu gol. No segundo tempo, o Flamengo manteve seu toque de bola e manteve o jogo sob controle. O time argentino, por sua vez, tentou dar mais velocidade ao jogo e tentou chegar ao gol de Santos com mais velocidade. Quando o jogo parecia que iria ficar perigoso, Bruno Henrique acertou um passe sensacional para Everton Ribeiro, que chutou cruzado e marcou 3 x 1 para o Flamengo. O goleiro Santos ainda salvou uma grande chance do Talleres. Até o final da partida, o Flamengo teve várias chances de fazer o quarto gol, mas desperdiçou todas elas. Inclusive Pedro, que teve duas grandes chances, mas a fase não era de gols. Boa vitória, que manteve o Flamengo na liderança isolada do grupo H da Libertadores. E mostrou algum progresso na atuação do time.
Em 17 de abril, o Maracanã ficou lotado para ver a melhor apresentação do Flamengo sob o comando de Paulo Sousa. O Flamengo enfrentou o São Paulo e fez uma partida brilhante. A única peça que não esteve a altura do time foi Rodinei, que acabou sendo substituído por Isla no segundo tempo. João Gomes dominou o meio de campo, Thiago Maia apresentou melhoras, Lázaro fez uma grande partida na ala esquerda e Everton Ribeiro mostrou seu futebol de velhos tempos. Arrascaeta e Gabigol fizeram uma grande partida e ainda deixaram seus gols. A grande ausência foi Bruno Henrique, machucado. No primeiro tempo, o Flamengo dominou amplamente a partida. De cara, Everton Ribeiro e Gabriel perderam duas grandes chances, defendidas milagrosamente pelo goleiro Jandrei do São Paulo. Mas, não demorou muito e Lázaro deixou Gabigol cara a cara com o goleiro. Ele tocou na sua saída para marcar o primeiro gol e sair para comemorar com os quase sessenta mil torcedores. O São Paulo não deu um chute ao gol do Flamengo e foi completamente dominado. Mas, aos 43 minutos, Rafinha, ex lateral do Flamengo cruzou a bola na área. O centro avante Calleri subiu e marcou de cabeça um empate que o São Paulo não fez por merecer. Rodinei não conseguiu marcar o centro avante sãopaulino. No segundo tempo, o Flamengo colocou Isla no lugar do vaiado Rodinei e Marinho no lugar de Lázaro. Após 15 minutos de um certo equilíbrio, o Flamengo voltou a dominar a partida. Aos 23 minutos, João Gomes fez um lançamento primoroso para Isla. Ele driblou seu marcador e de perna esquerda chutou cruzado, fazendo um golaço. Três minutos depois, Marinho cruzou na cabeça de Arrascaeta, que colocou a bola fora do alcance do goleiro. Festa no Maracanã e uma grande vitória, que poderia ser maior. Parecia que o treinador Paulo Sousa começava a viver uma lua de mel com a torcida do Flamengo ( e com o time também).
Em 20 de abril, o Flamengo retornou ao Maracanã, que recebeu 70 mil pessoas, para enfrentar o Palmeiras. Foi um grande jogo, onde no primeiro tempo, tanto o Flamengo quanto o Palmeiras tiveram chances de gol. Gabigol chegou a marcar, mas estava em impedimento. O Palmeiras teve duas grandes chances de fazer um gol. Numa delas, o goleiro Hugo Souza fez uma grande defesa já no final do primeiro tempo. O Flamengo, por sua vez teve uma grande chance, quando Lázaro fez uma grande jogada pelo meio, tocou para Gabigol na esquerda, que cruzou na medida para Arrascaeta. Ela chegou dividindo a bola com o goleiro e acabou chutando rente a trave, mas para fora. Em outra o oportunidade, Arrascaeta chutou de fora da área e a bola foi na trave esquerda do gol do Palmeiras. No segundo tempo, o Flamengo dominou a partida. O Palmeiras foi recuando e jogou para não tomar o gol. O Flamengo teve chances, mas acabou não conseguindo marcar. No final da partida, Willian Arão acertou um grande chute. A bola foi no ângulo, mas o goleiro palmeirense fez grande defesa. Final de jogo e a impressão que ficou foi de um grande jogo, mas com o Flamengo melhor e merecendo a vitória. O time do Flamengo mostrava evolução.
Em 23 de abril, o Flamengo foi a Curitiba enfrentar o Athlético Paranaense, na Arena da Baixada. O treinador Paulo Sousa deixou de fora do jogo David Luiz, Filipe Luís, Everton Ribeiro e Gabriel, que foram poupados. Pedro e Marinho começaram a partida, com Léo Pereira fazendo o terceiro homem da zaga. No primeiro tempo, o Flamengo começou bem a partida, com maior posse de bola e, mesmo sem muita objetividade, tentava chegar ao gol adversário. Com o passar do tempo, o time paranaense foi equilibrando a partida, mas também sem levar grande perigo ao gol de Hugo Souza. De repente, ocorreu o lance que definiu a partida. Marcelo Cirino invadiu a área pela direita e Isla foi na marcação. Marcelo Cirino deixou um pé um pouco mais para trás e se jogou na área. O péssimo árbitro Rafael Klaus, tido como o melhor árbitro do Brasil, marcou o pênalti. E não foi ao VAR para ver a besteira que acabara de fazer. Lembrar que no ano anterior, o VAR desmarcou um pênalti a favor do Flamengo e fez o árbitro cancelar uma expulsão do jogador Kaiser do Athlético, que acabou até marcando um gol e tirou a vitória do Flamengo, que lutava pelo título brasileiro. A arbitragem brasileira continuava um lixo. Gol do Athlético. Na segunda etapa, o Flamengo colocou em campo Gabigol e Everton Ribeiro, na tentativa de melhorar o time. Pedro, que ficou evidente na mídia pelo fato de sua mãe ter chorado por não ter visto ele em campo no jogo contra o Palmeiras, não fez absolutamente nada e o time também não conseguiu dar uma pressão para tentar o empate. Jogo muito ruim, decidido por um erro grotesco da arbitragem do Sr. Rafael Klaus. E voltaram as críticas ao técnico português.
Em 28 de abril, o Flamengo foi a Santiago do Chile, para enfrentar a Universidad Católica pela Libertadores. Jogo difícil, onde o Flamengo nunca conseguiu uma vitória. O treinador Paulo Sousa não contou com David Luiz, Fabrício Bruno e Matheuzinho, entregues ao Departamento Médico. Bruno Henrique voltava ao time titular após ter ficado sob tratamento de contusão no joelho. O Flamengo se impôs desde o início e acabou conseguindo seu primeiro gol aos 7 minutos. Após roubada de bola no meio de campo, a bola foi lançada para Gabigol, que entrou na área e chutou cruzado. Mas, o que parecia ser um jogo tranqüilo e o início de uma goleada, logo se mostrou um jogo difícil. Aos 15 minutos, o time chileno empatou a partida. O meio de campo e o ataque do Flamengo jogavam muito bem, mas a defesa deu alguns sustos. Após perder algumas boas chances, o Flamengo puxou um contra ataque, onde Bruno Henrique cruzou na medida para Gabigol empurrar a bola para o fundo do gol. Desempate e fim de primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo poderia até ter marcado outros gols, mas o time chileno começou a chegar com muito perigo. Até bola na trave mandou. Mas, num contra ataque rápido, Lázaro foi lançado e chutou no ângulo. Com 3 x 1, tudo levava a crer que a vitória estava garantida, mas o Flamengo sofreu o segundo gol no final da partida e como o tempo já era curto, foi só segurar o resultado e se manter cem por cento na Libertadores.
Deixando a Libertadores e o Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi a Teresina enfrentar o Altos pela Copa do Brasil. E a recepção da torcida do Flamengo foi simplesmente sensacional. O Flamengo deixou no Rio vários jogadores titulares, mas mesmo assim, a torcida do Flamengo lotou o estádio. Os únicos titulares em campo foram David Luiz e Bruno Henrique. O restante do time foi composto de reservas e alguns garotos vindos da base, como Marcos Paulo, Daniel Cabral, Igor Jesus e Vítor Hugo. Também houve a estréia de Ayrton Lucas. No primeiro tempo, o Flamengo não conseguiu entrar na defesa do Altos, que se fechou e tentou jogar no contra ataque. E num deles, a bola foi chutada no travessão. O goleiro adversário não fez grandes defesas. No segundo tempo, com as entradas de Lázaro e João Gomes, se esperava que o Flamengo melhorasse. Mas, não foi isto que aconteceu. E para complicar, o Altos fez um golaço. A bola foi alçada na área, Bruno Henrique tirou a bola das mãos do goleiro Santos e Manuel marcou de bicicleta. Mal deu a saída e Bruno Henrique roubou uma bola na lateral da área e cruzou na medida para Pedro empatar. O Flamengo passou a tentar dar uma pressão, mas o desempate somente saiu após cobrança de falta de David Luiz. A bola foi na trave, cruzou a linha de gol e no outro lado, foi tocada por João Gomes, para desempatar a partida. O Flamengo ainda tentou marcar o terceiro gol, mas não foi possível. Vitória, mas com uma apresentação ruim.
Em 4 de maio, o Flamengo foi a Córdoba, na Argentina, para enfrentar o Talleres pela quarta rodada da Libertadores. O treinador Paulo Sousa colocou em campo o que tinha de melhor no momento. O Flamengo ainda não poderia contar com Matheuzinho, Fabrício Bruno, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e Léo Pereira. Era muito zagueiro contundido e que não saía do Departamento Médico. Com a zaga formada por Pablo e David Luiz, Willian Arão foi para o meio de campo. Após dez minutos muito bons, o zagueiro Pablo sentiu a coxa e saiu do jogo. Com isso, Andreas Pereira entrou e Willian Arão voltou para a zaga. Era mais um zagueiro contundido. A partir daí, o Talleres começou a atacar mais e o Flamengo começou a levar um sufoco. O goleiro Santos chegou a fazer uma grande defesa. Mas, quando o Flamengo equilibrou a partida, Willian Arão fez uma lambança enorme. A bola foi cruzada na área do Flamengo e não havia ninguém. De forma completamente atabalhoada, ele deu um carrinho, a bola subiu e enganou o goleiro Santos. Gol do Talleres e o time argentino achou um gol por acidente. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo não deu um chute ao gol do adversário. No segundo tempo, o Flamengo subiu a marcação e começou a chegar com perigo. Foi quando Isla tocou para Arrascaeta na entrada da área. Ele deu um chute lindo, que morreu no ângulo do goleiro. Empate justo. Mas, o Flamengo acabou levando o segundo gol. Apesar da falha da zaga, o jogador do Talleres estava impedido. Acontece que o maior campeonato da América do Sul, administrado pela CONMEBOL, não possui VAR na fase de grupos. Um grande absurdo. A partir daí, o treinador português colocou em campo Pedro e Lázaro, tirando João Gomes e Everton Ribeiro. E num passe perfeito de Gabriel, Pedro tocou na saída do goleiro e empatou a partida. Com o empate, o Talleres se soltou para o ataque e o Flamengo apresentou algumas falhas na defesa, mas conseguiu manter o resultado, que o colocava praticamente classificado e em primeiro lugar no seu grupo.
Nesta semana, o Flamengo foi sacudido por um terremoto chamado Jorge Jesus. De férias no Rio de Janeiro, ele deu uma declaração ao jornalista Renato Maurício Prado, na casa de Kleber Leite, de que gostaria de voltar ao Flamengo e deu um prazo para ser contratado. A notícia caiu como uma bomba. A grande maioria achou que Jorge Jesus teria faltado com a ética e com o respeito ao treinador Paulo Sousa, contratado e trabalhando pelo Flamengo. Ao final, este fato somente serviu para criar mais uma crise no Flamengo. Tudo arquitetado por um dos piores presidentes da história do Flamengo, que deixou dívidas enormes, que a atual diretoria ainda tentava resolver. E por um jornalista, no mínimo, oportunista. E que se diz rubro-negro. Lamentável.
De volta ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi a Brasília enfrentar o Botafogo. O mando de campo era do Flamengo, mas o Maracanã estava interditado para o plantio de uma nova grama. O Flamengo chegou a solicitar ao Botafogo a inversão do mando de campo, mas o Botafogo não concordou. O jogo foi disputado no dia 8 de maio, às 11 horas da manhã do domingo Dia das Mães. Foi um daqueles dias em que nada deu certo. O Flamengo dominou as ações, Arão mandou bola na trave e Gabriel fez um belo gol de cabeça, mas que foi anulado pelo VAR. Acontece que, ao revisar o gol, os senhores árbitros do VAR paralisaram o lance um quadro depois, quando a bola já havia saído dos pés de Everton Ribeiro, que deu o passe para o gol. Neste quadro do vídeo, Gabriel estava levemente adiantado. Mas, no quadro certo, ele estava na mesma linha. Se os caras não sabem mexer com o equipamento, para que ele serve? Ou será que é somente contra o Flamengo ? O fato é que no primeiro tempo, o goleiro Hugo somente fez uma defesa, já no final dos primeiros 45 minutos. No segundo tempo, o Flamengo manteve seu domínio, mas num contra ataque, o goleiro Hugo falhou e o Botafogo fez 1 x 0. A partir daí, foi uma pressão grande do Flamengo, que parou nos milagres do goleiro Gatito Fernandes. E quando Gatito não pegava, o Flamengo perdia as chances de forma bisonha. No último momento, a bola sobrou limpa para David Luiz na marca do pênalti. Ele mandou a bola na arquibancada. Foi um daqueles jogos onde nada deu certo. E a pressão contra o treinador Paulo Sousa ficou enorme.
Em 11 de maio, o Flamengo foi a Volta redonda enfrentar o Altos de Teresina, pela Copa do Brasil. Poderia até empatar para chegar as oitavas de final. Mas o que a torcida do Flamengo esperava era uma goleada. O treinador Paulo Sousa, apesar de extremamente pressionado, mandou a campo um time misto. O destaque ficou para o retorno do zagueiro Rodrigo Caio, que não jagava há mais de 5 meses, devido a uma infecção no joelho, após cirurgia. Praticamente, dos titulares, somente jogaram Hugo Souza, João Gomes e Gabriel. O primeiro tempo se caracterizou por um Flamengo com muita posse de bola e poucas chances de gol. O time de Teresina se fechou na defesa e dificultou muito para o Flamengo. No segundo tempo, pouca coisa mudou. Aos 13 minutos foi marcado um pênalti, que Gabigol bateu e marcou o primeiro gol do Flamengo. Já no final da partida, o menino Victor Hugo marcou de cabeça o seu primeiro gol como profissional, dando números finais a partida. Fim de jogo e vaias da torcida, sem contar os protestos contra a diretoria.
Em 14 de maio, o Flamengo enfrentou o Ceará, em Fortaleza, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador português Paulo Sousa mandou a campo o que tinha de melhor. Seria o que poderíamos chamar de time titular. No início do jogo, o Flamengo tocou a bola, envolveu o time do Ceará, teve duas boas oportunidades e marcou seu primeiro gol. Arrascaeta cobrou um escanteio e Willian Arão escorou no primeiro pau, fazendo 1 x 0 para o Flamengo. Tudo levava a crer que o Flamengo iria vencer com facilidade. Mas, o time do Ceará começou a se soltar e acabou empatando. Houve uma falta no meio de campo e ela foi cobrada rapidamente. A bola foi lançada pela esquerda e na velocidade o atacante adversário entrou livre e chutou cruzado. Após tomar o gol, o Flamengo voltou a tocar a bola e acabou fazendo o segundo gol no final do primeiro tempo. Arrascaeta cobrou uma falta e Willian Arão, novamente no primeiro pau, cabeceou e fez o seu segundo gol na partida. Veio o segundo tempo e logo de cara o zagueiro Pablo cabeceou uma bola no travessão. O Flamengo tocava bem a bola, mas como de costume, não conseguia ser incisivo na hora de definir a jogada em gol. Era um toque de bola bonito, mas sem eficiência. Aos poucos, o Flamengo foi caindo de produção e o Ceará foi dominando a partida. Bruno Henrique saiu extenuado. Arrascaeta foi se arrastando em campo e a defesa do Flamengo se virando para não tomar o gol de empate. Parecia que o preparo físico do Flamengo estava péssimo. E olha que este time não jogou no meio de semana para ser poupado. David Luiz saiu e entrou Rodrigo Caio, que acabou se machucando, a princípio, com alguma gravidade. Ele, que havia ficado cinco meses sem jogar, não havia ainda completado duas partidas e se machucou novamente. Logo depois, aos 41 minutos, Gabriel foi derrubado na área e novamente o VAR prejudicou demais o Flamengo. O responsável pelo VAR disse que não houve contato do jogador do Ceará em Gabigol e mandou o jogo seguir. Mas, todo mundo viu que Gabriel levou um chute na perna. Até o pessoal da televisão, tão corporativo com a arbitragem, disse que foi pênalti. E mais uma vez o péssimo árbitro Luís Flavio de Oliveira prejudicou o Flamengo (assim como seu irmão fazia antes de se aposentar). Mas, ainda havia o pior. Aos 45 minutos, numa cobrança de falta pela esquerda, a bola foi chutada direto para o gol e o goleiro Hugo Souza acabou sendo encoberto e tomou mais um gol de uma bola defensável. Ele pegava as bolas muito difíceis, mas tomava os gols em bolas defensáveis. Fim de jogo, com o Flamengo caindo aos pedaços dentro de campo. E tome pressão contra a diretoria e contra o treinador Paulo Sousa. Em seis jogos no Campeonato Brasileiro, o Flamengo havia ganhado apenas seis pontos, estando perto da zona de rebaixamento. Estava preocupante a situação.
Foi no meio de uma crise imensa, com pressões de todos os lados contra o treinador português Paulo Sousa, contra a diretoria e pelo retorno de Jorge Jesus, que o Flamengo foi a campo contra a Universidad Católica do Chile pela Libertadores. Com um empate, o Flamengo se classificaria para as oitavas de final. Mais de 40 mil torcedores foram ao Maracanã para ver o jogo, torcer e protestar. Além do presidente Rodolfo Landim, de Marcos Braz e Bruno Spindel, a torcida vaiou o goleiro Hugo Souza o jogo inteiro. Foi, com certeza, um desafio a mais para o jovem goleiro, que apesar de estar num momento difícil, convivendo com algumas falhas, não deveria ter sido tratado assim pela torcida durante o jogo. Foi um gol contra da torcida. No primeiro tempo, o Flamengo, que jogou com o que tinha de melhor, dominou completamente a partida. De cara, Everton Ribeiro colocou Gabriel de frente para o goleiro. Ele chutou e perdeu um gol feito. Logo depois, Arrascaeta cobrou escanteio na cabeça de Willian Arão. A bola morreu no cantinho, abrindo o placar. Era o terceiro gol de cabeça seguido de Willian Arão com passe de Arrascaeta. O Flamengo dominou completamente o time chileno, que conseguia chegar ao gol de Hugo Souza muito esporadicamente. Ao final do primeiro tempo a bola foi cruzada, Bruno Henrique escorou de cabeça para a pequena área e Everton Ribeiro mergulhou, para fazer o segundo gol. Somente no final, uma bola foi lançada na área do Flamengo, o goleiro Hugo Souza titubeou e a bola foi parar no travessão. E tome vaia para o goleiro. No segundo tempo, o Flamengo recuou, chamou o adversário e tentou sair em contra ataques. E várias oportunidades foram criadas. Gabriel perdeu mais duas grandes oportunidades e outros jogadores também não conseguiram transformar as chances em gol. Alterações foram feitas, e Pedro acabou entrando no lugar de Gabriel. Ele perdeu uma grande oportunidade também, mas deixou seu gol no final da partida. Com 3 x 0 no placar, o Flamengo estava classificado para as oitavas de final. Ao final da partida, os jogadores cercaram e abraçaram o goleiro Hugo Souza, que se emocionou. O treinador Paulo Sousa ganhou uma sobre vida.
Mas, quando tudo parecia estar em paz, eis que, na entrevista pós jogo, o treinador português foi perguntado sobre a situação do goleiro Diego Alves, que estava afastado por contusão, mas que dissera que poderia jogar. O treinador respondeu dizendo que a contusão do goleiro não poderia ter se resolvido em tempo tão curto e que, além do mais, ele não havia treinado. Foi o bastante para surgir mais uma crise no Flamengo. O goleiro Diego Alves disse que não havia falado que estava em condições de jogo e exigiu uma retratação do treinador. A imprensa fez uma festa, principalmente com a posição do presidente Landim e da diretoria, que ficaram calados mais uma vez. E sem contar que o treinador Jorge Jesus fechou contrato com o Fenerbache da Turquia, e assim, encerrou de vez qualquer possibilidade de retorno ao Flamengo. Tudo isso antes da partida contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, onde o Flamengo encontrava-se em 16º lugar na tabela.
Em 21 de maio, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Goiás pelo Campeonato Brasileiro. A novidade ficou por conta da escalação de Pedro, juntamente com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabriel e Bruno Henrique. Willian Arão ficou sozinho no meio de campo, na cabeça de área. Na defesa, Rodrigo Caio e Pablo fizeram a dupla de zaga e Matheuzinho e Ayrton Lucas jogaram nas laterais. Hugo Souza, ainda um pouco vaiado pela torcida, continuou titular absoluto. O Flamengo começou a partida tocando bem a bola e dominando as ações. Em uma bela jogada, Gabriel lançou Matheuzinho na linha de fundo, que cruzou na medida para Pedro empurrar para as redes. Com a vantagem no placar, o Flamengo continuou dominando a partida. Mas, na hora de decidir a jogada, o Flamengo sempre falhava. O Goiás, por sua vez, jogou fechado, em lançamentos longos de contra ataque, mas não conseguiu nada no primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo continuou tocando muito bem a bola, em triangulações muito boas, mas continuou a perder chances de gol. Aos poucos, o Goiás se soltou e o Flamengo começou a jogar nos contra ataques. A partir dos 30 minutos, o preparo físico do Flamengo caiu e o Goiás começou a ficar com a bola por mais tempo. E num contra ataque, onde a bola foi lançada nas costas da zaga, houve um empurrão nas costas de Pablo e Apodi partiu livre. Ele entrou na área e chutou por cima do gol. Alívio geral. O VAR poderia anular o gol devido à falta no zagueiro? Quem garante? Com o histórico atual, confiar no VAR é suicídio. Vitória que deu um pouco de tranqüilidade, mas mesmo assim, a torcida vaiou o time. Após o jogo, o técnico Paulo Sousa, acompanhado de Marcos Braz e Bruno Spindel, deu satisfações à imprensa sobre o caso que envolveu o goleiro Diego Alves. Mas, os abutres da imprensa ficariam a postos para criar mais uma crise no Flamengo.
Em 24 de maio, o Flamengo foi ao Maracanã para encerrar a sua participação na fase de grupos da Libertadores, podendo garantir a segunda ou terceira melhor campanha deste ano. O adversário foi o fraco time do Sporting Cristal do Peru. Com isso, o treinador Paulo Sousa mandou a campo o Flamengo sem Matheuzinho, Rodrigo Caio, Willian Arão, Arrascaeta, Everton Ribeiro e Bruno Henrique. Gabriel e Pedro jogaram juntos mais uma vez, com Gabriel voltando para tentar armar as jogadas. No primeiro tempo, o Flamengo tocou a bola, perdeu algumas chances de gol, mas somente foi marcar no final do primeiro tempo, quando David Luiz fez um lançamento que achou Isla sozinho na área. Ao tocar na bola, ela foi desviada pelo zagueiro Madrid, que acabou fazendo um gol contra. O time, como já era de costume, tocava demasiadamente a bola, mas pecava na hora de fazer o gol. No segundo tempo, o Flamengo ficou um pouco mais preguiçoso em campo, e o time peruano começou a chegar mais. Pedro acabou fazendo 2 x 0 numa cabeça da costas para o gol. Neste momento, Bruno Henrique já estava em campo, mas foi o único titular que estava fora que jogou. Quando o jogo marchava para uma vitória meio sem graça, eis que o goleiro Hugo novamente falha e toma um frango. Novas vaias para o goleiro e para o time, que apesar de classificado, não conseguia achar a paz necessária. Nem seu técnico.
E foi nesse clima e com o treinador Paulo Sousa bancando a escalação de Hugo Souza, que o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Fluminense pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Mais de 57 mil torcedores foram ao Maracanã, proporcionando um lindo espetáculo. O Flamengo foi a campo com seu quarteto mágico, com Willian Arão e Andreas Pereira no meio de campo e a zaga dom Rodrigo Caio e David Luiz. Nas laterais, Matheuzinho e Ayrton Lucas. No primeiro tempo, o Fluminense dominou o Flamengo, jogando numa intensidade impressionante e envolvendo os jogadores rubro-negros com seu toque de bola. Aos 8 minutos, Cano fez 1 x 0 escorando de cabeça, na pequena área uma bola raspada em cobrança de escanteio. Até os 30 minutos, o Flamengo não conseguiu dar um chute a gol. A partir de uma bola alçada na área e com a conclusão errada de Everton Ribeiro, o Flamengo passou a ter controle da bola e aos 38 minutos, a bola foi cruzada da linha de fundo, em direção a entrada da área. Andreas Pereira chutou de primeira e a bola foi morrer no cantinho direito do gol tricolor. Explosão da torcida rubro-negra. Logo depois, Bruno Henrique passou pelo goleiro e cruzou para Arrascaeta, que chutou para fora. E o Flamengo, em 15 minutos, terminou o primeiro tempo chutando mais a gol que o Fluminense. No segundo tempo, o Fluminense foi pra frente e com toques de bola em frente a defesa adversária, sempre um jogador tricolor aparecia livre para concluir. E foi aí que apareceu a figura do jogo. O goleiro Hugo Souza, tão vaiado, mesmo durante as partidas, realizou 6 grandes defesas, salvando o Flamengo. Foi num contra ataque que a bola chegou a Andreas Pereira, que fez uma grande partida também. Ele tocou para trás, Gabriel entrou pelo meio da defesa e chutou. A bola bateu na mão do goleiro Fábio, mas foi em direção ao gol. A bola passou pela linha fatal, ainda sendo retirada de dentro do gol por um zagueiro do Fluminense. Mas, o gol foi confirmado. Como nos últimos jogos, o Flamengo, a partir dos 30 minutos, caiu fisicamente de forma visível. Paulo Sousa teve que tirar todo o quarteto mágico e assim, o Fluminense dominou as ações e somente não empatou devido às grandes defesas de Hugo Souza. Fim de jogo, vitória comemorada, festa para Hugo Souza, mas alguma coisa deveria ser feita para que o Flamengo mantivesse o ritmo e o preparo físico durante os 90 minutos. Muita coisa ainda precisava ser melhorada.
Em 5 de junho, o Flamengo voltou ao Maracanã para enfrentar o lanterna do Campeonato Brasileiro. O Fortaleza estava com apenas 2 pontos em 8 jogos disputados. Mais de 60 mil torcedores foram ao Maracanã empurrar o Flamengo para uma vitória, que o colocaria em quarto lugar na tabela. O time não contou com Gabigol e Arrascaeta. O primeiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo e o segundo na seleção uruguaia. Antes do jogo, o goleiro Diego Alves aqueceu juntamente com os outros jogadores. Mas, ao final do aquecimento, o treinador Paulo Sousa o cortou do banco de reservas, reacendendo a crise entre os dois. O ocorrido não foi bem recebido pelos jogadores no vestiário. A coisa não começou bem O jogo começou e surpreendentemente o Fortaleza subiu a marcação e foi pressionando a saída de bola do Flamengo. Por duas vezes, Willian Arão entregou a bola para o adversário de forma displicente e quase o Fortaleza abriu o marcador. Na primeira a bola foi na trave e a segunda foi chutada para fora. O Flamengo havia apenas perdido uma oportunidade quando Everton Ribeiro chutou e a bola lambeu o travessão. Mas, no terceiro erro crasso de Arão, não teve jeito. O Fortaleza marcou. O Flamengo tentou partir para o ataque, mas nada dava certo. Até que, aos 49 minutos, Everton Ribeiro triangulou com Ayrton Lucas e tocou rasteiro no canto esquerdo do goleiro. Era um empate improvável e não merecido, pelo que o time jogara até então. No segundo tempo, logo aos 2 minutos, Pedro foi derrubado na área e o árbitro Leandro Pedro Vuaden, aquele que não marca qualquer falta, principalmente se for a favor do Flamengo, teve que ir ao VAR e acabou marcando o pênalti. Pedro bateu e acertou o pé da trave direita. O Flamengo sentiu o golpe, mas tentou entrar na defesa do Fortaleza, que passou a jogar todo retrancado e tentando um chutão para frente, para pegar a defesa do Flamengo desguarnecida. E assim, quase marcou. Ayrton Lucas chegou a tirar de cabeça uma bola em cima da linha. O Flamengo não conseguia chegar ao gol adversário com perigo. E aos 41 minutos, Hugo defendeu um chute cara a cara, mas a bola se ofereceu para o jogador do Fortaleza, que chutou para o gol. Uma derrota sofrida, acachapante, ridícula, de um time que parecia não estar muito a fim de jogar. A situação do treinador português ficou insustentável e a diretoria ficou extremamente pressionada para mandá-lo embora. Era a crise que não abandonava o Flamengo.
Em 8 de junho, o Flamengo foi a Bragança Paulista enfrentar o Red Bull Bragantino, que não vencia há 9 jogos. Era mais um morto que o Flamengo poderia ressuscitar. O time não contou com Willian Arão, João Gomes, Arrascaeta e Bruno Henrique. E logo no início do jogo, após uma falta ser cobrada na lateral da área, Andreas Pereira tentou tirar, mas deu um passe para o atacante adversário fazer o gol do jogo. Mais uma assistência de Andreas. Que sina desse jogador. A partir da metade do primeiro tempo, o Flamengo começou a tocar a bola de um lado para outro, mas sem nenhuma objetividade. Parecia que o time estava jogando em marcha lenta. Vitinho ainda perdeu um gol feito, de forma bisonha, escorando um cruzamento com a canela. Segundo tempo e o Flamengo na mesma toada. Aos 20 minutos, o Bragantino ficou sem um jogador, que deu um tapa na cara de Matheuzinho. Seriam 25 minutos com um jogador a mais. E nem mesmo assim o Flamengo conseguiu marcar. O goleiro do Bragantino ainda fez duas defesas difíceis, mas ficou claro que o time estava meio sem vontade. Gabriel foi derrubado dentro da área, mas a arbitragem e o VAR nada marcaram. Ao final, a derrota deixou o Flamengo em 14º lugar, muito próximo a zona de rebaixamento e sem perspectivas. A pressão sobre Paulo Sousa era agora completamente insustentável.
Mas, como demitir o treinador se o Flamengo não tinha mais ninguém para colocar em seu lugar? Nem um interino, pois havia demitido todos. De forma até mesmo constrangedora, o treinador português ainda deu um último treinamento, mesmo sabendo que estava demitido. Foi quando o Flamengo anunciou a contratação de Dorival Júnior, que estava no Ceará. Ele vinha para tentar acalmar as coisas e tentar colocar o Flamengo nos trilhos, antes que o ano de 2022 estivesse completamente perdido.
Em 11 de junho, o Flamengo foi ao Beira Rio enfrentar o Internacional. O novo treinador escalou Diego Alves novamente no gol rubro-negro. E antes que o torcedor pudesse se assentar na poltrona para ver o jogo, o Internacional já estava vencendo por 1 x 0, com um gol marcado aos 46 segundos de jogo. No primeiro tempo, o Flamengo não conseguiu se acertar. A defesa parecia que estava carregando um peso extra e via os jogadores do Internacional tocarem a bola com tranqüilidade. Num erro de passe de Everton Ribeiro, o Internacional acabou marcando o segundo gol. Bruno Henrique acertou a trave após lançamento e tocar a bola por cima do goleiro. No início do segundo tempo, Gabriel levou uma cotovelada dentro da área e o árbitro Bráulio da Silva Machado, que já era um velho conhecido da torcida do Flamengo por prejudicar o time em outras partidas, simplesmente ignorou. O VAR, por intermédio de Daiane Caroline Muniz dos Santos (outra velha conhecida por prejudicar o Flamengo) também ignorou e mais uma vez o Flamengo foi prejudicado. O ex-árbitro e comentarista de arbitragem da Rede Globo, Sandro Meira Ricci, confirmou o pênalti. O Flamengo voltou melhor e marcou um gol com Andreas Pereira. Até o final da partida o Flamengo encurralou o Inter, mas não conseguiu empatar. Aos 44 minutos, o péssimo árbitro Bráulio da Silva Machado marcou um pênalti absurdo de Matheuzinho. Foi nítido que o pênalti não existiu e o comentarista de arbitragem da Rede Globo confirmou a não existência do pênalti. O VAR não chamou o árbitro e ainda confirmou o pênalti, segundo a gravação da CBF. Assim, o Internacional marcou seu terceiro gol. Um absurdo. Desde o ano anterior, desde o campeonato de 2021, o Flamengo é prejudicado pela arbitragem de forma a parecer que a ordem vinha de cima. Ou os árbitros, que na maioria das vezes eram os mesmos, tinham alguma predileção em prejudicar o Flamengo, que por sua vez não reclamava. A derrota deixou o Flamengo na beira da zona de rebaixamento. Ficou claro que o técnico Dorival Júnior iria ter um grande trabalho para recuperar o time. Muitos já temiam o rebaixamento. Títulos? Nem pensar.
Em 15 de junho, mais de 45 mil rubro-negros foram ao Maracanã para empurrar o Flamengo para fora da crise. Seria o primeiro jogo em que o treinador Dorival Júnior iria realmente comandar o time, pois teve alguns dias para treinar. O Departamento Médico do Flamengo, tão criticado e contestado, comemorava o fato de estar vazio, o que não acontecia há muitos meses. O Flamengo mandou a campo sua força máxima contra o Cuiabá, mas mal começou o jogo e David Luiz sentiu o músculo da coxa direita e deixou o gramado. E o Departamento Médico não ficou vazio por muito tempo. Quase ao mesmo tempo em que David Luiz sentiu a coxa, Ayrton Lucas recebeu a bola de Bruno Henrique, deu um drible da vaca em seu marcador e chutou da linha de fundo. O goleiro, que pensou que a bola seria cruzada, se surpreendeu e tentou retornar. Mas era tarde demais. A bola foi em direção ao gol e o Flamengo abriu o marcador. Aos 21 minutos, veio um golpe duro. Bruno Henrique sofreu violenta torção no joelho direito e saiu de campo chorando de dor. Houve uma lesão de vários ligamentos do joelho. Seria um enorme desfalque para o restante da temporada. A partir daí o Flamengo diminuiu o ritmo, mas o Cuiabá não chegou a incomodar. Somente numa cabeçada de Arrascaeta, onde a bola bateu na trave, o Flamengo teve oportunidade para aumentar o placar. Inclusive, com a volta de Arrascaeta, o time jogou muito melhor. Ele realmente era imprescindível para o Flamengo. No segundo tempo, o Flamengo passou a tocar mais a bola e algumas chances foram criadas. Everton Ribeiro mandou uma bola no travessão e o goleiro realizou algumas difíceis defesas. Até que aos 36 minutos, Arrascaeta tocou para Gabriel invadir pela esquerda e tocar na saída do goleiro. Com 2 x 0, o Flamengo administrou o jogo até o seu final. De 16º, o Flamengo foi para o 9º lugar da tabela. Menção honrosa para a torcida do Flamengo, que cantou sem parar.
Logo após esta vitória, o Flamengo contratou Everton Cebolinha, que iniciou carreira no Grêmio e estava jogando no Benfica de Portugal. Pena, que somente poderia jogar quando abrisse a janela de transferências em meados de julho.
Em 19 de junho, o Flamengo foi ao Mineirão para enfrentar o Atlético Mineiro, que não vencia há 4 partidas. A princípio, o treinador Dorival Júnior somente não poderia contar com David Luiz e Bruno Henrique, que devido às circunstâncias, seria desfalque por muito tempo. Para este jogo, Vitinho foi escolhido para substituí-lo. No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado, com Andreas Pereira tendo duas boas chances para marcar. Porém, o Atlético tocou melhor a bola. E na única chance que teve, marcou o gol. No segundo tempo, o Flamengo retirou Andreas Pereira e Vitinho, colocando Willian Arão e Marinho. O time melhorou e chegou a ter poucas chances. Mas no final da partida, num contra ataque, o Atlético marcou o segundo gol. Derrota que deixou o Flamengo mais uma vez próximo da zona de rebaixamento.
Em 22 de junho, Flamengo e Atlético voltaram ao Mineirão, agora pela Copa do Brasil. O treinador Dorival Júnior reforçou o meio de campo, colocando Willian Arão, João Gomes e Andreas Pereira. No ataque, ele colocou Everton Ribeiro pela direita, Gabriel no meio do ataque e Arrascaeta caindo pela esquerda. No primeiro tempo, o Flamengo tocou bem a bola, teve mais posse de bola e concluiu mais vezes que o Atlético, que atuou mais fechado na defesa e saindo nos contra ataques. Mas, apesar disso, o Flamengo tomou um gol na única chegada do Atlético no primeiro tempo. Um chutão para frente pegou Hulk na corrida. Com a saída do goleiro Diego Alves até a linha da grande área, ele deu um chutão para cima. A bola caprichosamente quicou dentro da pequena área e entrou. Era a fase, onde tudo dava certo para os adversários. No segundo tempo, o Flamengo começou atacando, mas num contra ataque puxado por Hulk, a bola foi cruzada para Ademir fazer 2 x 0. Agora era escolher: tentar não tomar mais gols ou tentar diminuir o prejuízo. O Flamengo escolheu a segunda opção e continuou tentando furar a defesa do Atlético. O treinador Dorival Júnior colocou em campo Pedro, Rodinei e Lázaro. E numa jogada de Rodinei, a bola foi cruzada no segundo pau, Lázaro escorou, a bola bateu no pé do goleiro, subiu, bateu no travessão e entrou. Na fase atual, até mesmo o gol era chorado. Com o gol marcado, o Flamengo precisaria vencer por 1 gol e lavar a decisão para os pênaltis ou vencer por mais gols e se classificar. Mas, o segundo jogo ficaria para o dia 13 de julho. E até lá...
Ao final do jogo, Gabriel deu entrevista para os repórteres e disse que no Maracanã, os mineiros iriam conhecer o “inferno”. Prato cheio para os ridículos dirigentes do Atlético, que não por menos, é chamado de “Patético Mineiro” pelos rubro-negros. Chegaram ao ponto de ir ao STJD solicitar a suspensão de Gabriel por “incitar a violência”. E isso veio logo do clube que foi absurdamente agraciado pela arbitragem com um grande número de pênaltis, muitos inexistentes, para poder sair da fila de 50 anos, sem ganhar um campeonato brasileiro, como foi no ano anterior. É de dar pena.
Em 25 de junho, mais de 40 mil torcedores foram ao Maracanã para incentivar o Flamengo contra o América Mineiro. O treinador Dorival Júnior colocou o goleiro Santos como titular, a zaga com Léo Pereira e Gustavo Henrique, Rodinei na lateral e Pedro e Gabigol juntos no ataque. Willian Arão também foi sacado e em seu lugar entrou Thiago Maia. O primeiro tempo começou com o América exercendo uma grande marcação na defesa e pressionando a saída de bola do Flamengo. Foi com grande dificuldade que o Flamengo conseguia chegar perto do gol do time mineiro, que era sempre perigoso em suas estocadas ao ataque. Somente no final do primeiro tempo, após chute do goleiro Santos para o ataque, que Pedro se soltou da marcação de dois adversários e cruzou na medida para Gabriel tocar na saída do goleiro e marcar 1 x 0 para o Flamengo. No segundo tempo, Gabriel perdeu dois gols feitos, cara a cara com o goleiro, com 1 minuto e 2 minutos. Aos 4 minutos houve pênalti em Arrascaeta. Gabriel cobrou e a bola foi para fora. A partir daí, Gabriel começou a ouvir vaias da torcida cada vez que tocava na bola. Pedro ainda mandou uma bola na trave e os gols iam sendo perdidos, um atrás do outro. Foi quando num contra ataque, a bola foi tocada por Everton Ribeiro para Arrascaeta tocar para o gol vazio e marcar o segundo gol. O Flamengo continuou a tocar a bola, mas o goleiro Santos teve que aparecer em pelo menos três lances para salvar o Flamengo de tomar um gol. Já no final da partida, Marinho, que entrara no lugar de Pedro, mandou um chute violento da entrada da área e marcou o terceiro gol. Vitória que fez o Flamengo subir na tabela. Agora, era virar a chave para a Libertadores.
Em 29 de junho, o Flamengo foi a pequena cidade de Ibagué, localizada a 500 Km de Bogotá, capital da Colômbia, para enfrentar o perigoso time do Tolima. Antes da viagem, o Flamengo ficou sem oito jogadores que positivaram para Covid 19 e não puderam seguir com a delegação. E foi assim, meio no improviso, que o Flamengo foi para a partida. Sem contar com Rodrigo Caio, novamente sentindo dores no joelho, a defesa ficou com Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís. No meio de campo foram escalados Diego, Thiago Maia e Andreas Pereira, que iria fazer sua última partida pelo Flamengo, já que o Manchester United havia vendido ele para o Fulhan da Inglaterra. Na frente, Everton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol ficariam responsáveis pelo ataque. O Flamengo começou a partida com dificuldades na marcação. Chegou a tomar um gol, anulado pelo VAR devido a impedimento. Logo depois, o Flamengo atacou e a bola sobrou para Andreas Pereira, que chutou no ângulo e marcou um golaço. Era seu gol de despedida. O time colombiano fez uma grande pressão e quase empatou quando o goleiro Santos entregou uma bola na entrada da área para o adversário e Léo Pereira salvou o gol em cima da linha. No segundo tempo, principalmente após as saídas de Diego e Filipe Luís, o Flamengo melhorou e teve várias chances de contra ataque, mas que não foram aproveitadas. Vitória importante, que deixou o Flamengo com a vantagem do empate em casa, para seguir na Libertadores da América.
Em 2 de julho, o Flamengo foi a Vila Belmiro enfrentar o Santos pelo Campeonato Brasileiro. Devido ao grande desgaste do jogo na Colômbia, o treinador Dorival Júnior resolveu deixar de fora alguns jogadores como Arrascaeta, David Luiz, Léo Pereira e Willian Arão. João Gomes estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Muitos pensariam que o Santos iria botar pressão no Flamengo, mas foi exatamente o contrário. Com a defesa muito firme formada por Matheuzinho, Pablo, Gustavo Henrique e Ayrton Lucas, o Flamengo partiu para o ataque e levou perigo ao gol santista. E foi numa bola lançada por Marinho, que Everton Ribeiro foi ao fundo e cruzou para Pedro dar um voleio e marcar o primeiro gol do Flamengo. Pedro ainda perdeu um gol ao cabecear de dentro da pequena área e mandar a bola para fora. No segundo tempo, o Santos ameaçou uma reação, mas o goleiro Santos se apresentou bem. Mas, infelizmente, ele tomou um frango. Numa falta cobrada de longe e sem muita força, ele deixou ela passar por baixo de seu corpo. Era o empate. Com a entrada de Arrascaeta e Gabigol, o Flamengo voltou a melhorar. Numa jogada onde Arrascaeta recebeu de Pedro e chutou, o goleiro rebateu para o meio da área e Gabigol chutou de primeira, marcando o gol da vitória do Flamengo. Até o final da partida, o Flamengo manteve a sua vitória com uma boa atuação.
Em 6 de julho, mais de sessenta mil torcedores juntamente com a nova contratação do Flamengo, o chileno Arturo Vidal, foram ao Maracanã para ver a maior atuação do Flamengo, até então, neste ano. O Tolima da Colômbia vinha com esperança de tentar reverter a vantagem do Flamengo conquistada na vitória no jogo de ida, onde o Flamengo jogou mais na garra do que na técnica. Mas, o que a torcida do Flamengo viu em campo lembrou os melhores tempos de 2019, quando o Flamengo jogou em alta intensidade e tentando marcar o maior número de gols possível. Logo aos 5 minutos, Pedro recebeu de Gabigol e chutou cruzado, marcando o primeiro gol da noite. As chances começaram a aparecer aos montes e o Flamengo dominou completamente o Tolima. Logo depois, Gabriel recebeu na esquerda, entrou na cara do goleiro, chutou tentando mandar a bola por cima, mas o goleiro fez grande defesa. No rebote, a bola bateu no zagueiro Quiñones e entrou. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo impôs uma grande pressão e poderia ter marcado muitos gols. Mas, a goleada ficou para o segundo tempo. Pedro marcou o terceiro gol logo no início da etapa final. Gabriel fez um golaço, num chute cruzado de fora da área. O Tolima fez seu gol de honra. Pedro marcou de cabeça o quinto gol. Matheus França, que havia acabado de entrar, recebeu um lançamento de Pedro e fez o sexto gol. E para terminar, Pedro fechou a goleada em 7 x 1, marcando 4 gols neste jogo. Foi uma grande vitória e uma atuação quase perfeita.
Em 10 de julho, o Flamengo foi a São Paulo enfrentar o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro. Como teria um jogo decisivo pela Copa do Brasil contra o Atlético Mineiro, o treinador Dorival Júnior não escalou alguns titulares como David Luiz, Matheuzinho, Everton Ribeiro, Pedro e Arrascaeta, que estava sentindo dores lombares. O Flamengo também passou a não contar com Willian Arão, vendido ao Fenerbache da Turquia. Alguns garotos como Victor Hugo e Matheus França entraram jogando. No primeiro tempo, o Corinthians fez uma marcação forte e nos primeiros 10 minutos o Flamengo não passou do meio de campo. Mas, o Corinthians também não conseguiu levar perigo ao gol de Santos. Com o passar do tempo, o Flamengo foi equilibrando a partida. Durante o jogo, o Flamengo teve a maior chance de gol, quando Vitinho matou a bola no peito e desferiu um violento chute. O goleiro Cássio tocou com a ponta dos dedos e a bola foi de encontro a trave. Ao final do primeiro tempo, o Flamengo tinha 7 finalizações contra uma do Corinthians. A nota triste foi uma entrada criminosa em Rodrigo Caio, que saiu machucado e foi substituído por Gustavo Henrique. O árbitro não deu falta e nem cartão para o jogador do Corinthians. Nem o VAR o chamou para avaliar melhor o lance. Mas, alguma novidade ? Até a tenebrosa “Central do Apito” da Globo disse que era para cartão vermelho. Num carrinho normal de Fabrício Bruno, ele não pensou duas vezes antes de amarelar o zagueiro do Flamengo. No segundo tempo, a partida continuava na mesma toada, mas aos 7 minutos, Rodinei tentou dominar uma bola cruzada e tocou no cantinho do gol de Santos. Gol contra. O treinador Dorival Júnior mandou a campo Everton Ribeiro, Pedro e Marinho. O Flamengo chegou a ter duas grandes chances para empatar, mas Cássio fez grandes defesas. O Corinthians ia fazendo cera e o árbitro nem aí. Ele deu 7 minutos de tempo extra. Mas com 50 minutos ele encerrou o jogo. E ainda deu o terceiro cartão para Gabriel por reclamação o tirando do próximo jogo do Brasileirão. O nome do árbitro: Ramon Abatti Abel. Mais um para a lista.
Em 13 de julho, mais de 70 mil rubro-negros foram ao Maracanã e fizeram um espetáculo único. Literalmente fizeram os jogadores e torcedores do Atlético Mineiro se sentirem no “inferno”, como disse antes Gabigol. Com mosaicos, fogos, fumaça preta e vermelha, que inclusive atrasou o início do jogo e sem parar de cantar um só minuto, a Nação respondeu a altura. Em campo, o Flamengo foi com o que tinha de melhor e precisaria ganhar por pelo menos dois gols de diferença para se classificar para as quartas de final da Copa do Brasil. No primeiro tempo, o Flamengo dominou completamente a partida. O Atlético Mineiro somente se defendeu. O goleiro Santos terminou o primeiro tempo com seu uniforme limpo, pois não foi exigido em nenhum momento. Rodinei, que havia falhado no jogo anterior, fez uma grande partida. David Luiz anulou Hulk, que não viu a cor da bola. Léo Pereira seguro. Filipe Luís firme na marcação e dando qualidade a saída de bola. João Gomes e Thiago Maia fizeram do meio de campo seus domínios. Everton Ribeiro jogando o fino da bola. E Arrascaeta, Pedro e Gabigol destruindo a defesa mineira. Foi assim. Simplesmente. E se não fosse o goleiro adversário, o Flamengo teria marcado antes. Arrascaeta fez uma grande jogada, entrou na área e da marca do pênalti, chutou. O goleiro fez um milagre e defendeu a escanteio. Logo depois, Rodinei cruzou na medida para Pedro cabecear e novamente o goleiro defendeu no susto. Mas, o Flamengo precisava marcar um gol ainda no primeiro tempo. Não bastava apenas dominar amplamente a partida. Finalmente, após grande jogada de Pedro, Arrascaeta foi lançado e de carrinho, chutou na saída do goleiro. A bola foi mansamente para o fundo do gol, provocando uma explosão no Maracanã. No segundo tempo, era certo de que o Atlético iria se lançar ao ataque. Chegou a ficar com mais posse de bola. Mas, aos poucos, o Flamengo voltou a dominar a partida. Aos 19 minutos, o Atlético ficou tocando a bola em frente a sua área e Pedro tomou a bola de Júnior Alonso, sendo derrubado na lateral da área, pela direita. A falta foi cobrada, Pedro deu um leve toque de cabeça e a bola se ofereceu a Arrascaeta, que de “peixinho”, cabeceou. O goleiro do Atlético tentou a defesa, mas a bola havia passado pela linha fatal. Arbitragem deu o gol, que foi confirmado pelo VAR. Nova explosão no Maracanã. O Atlético tentou partir para o sufoco, mas o Flamengo não deixou. O treinador Dorival Júnior mandou a campo Marinho, que logo depois, ao tentar puxar um contra ataque, foi derrubado, levando Júnior Alonso a receber o segundo cartão amarelo e ser expulso. A partir daí, o Flamengo passou a tocar a bola e perdeu, pelo menos, três chances claras de gol. Fim de jogo, classificação garantida e a festa no campo e nas arquibancadas foi simplesmente sensacional.
Em 16 de julho, o Flamengo enfrentou o Coritiba, jogando no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O Maracanã passava por manutenção no gramado. O treinador Dorival Júnior mandou a campo um time em que somente o goleiro Santos, João Gomes e Pedro haviam jogado na partida anterior. A torcida rubro-negra ficou apreensiva, pois não estava nos nossos planos perder pontos para o Coritiba. Mesmo com um time alternativo, o Flamengo jogou bem e marcou dois gols no primeiro tempo, por intermédio de Gustavo Henrique, escorando de cabeça uma cobrança de escanteio e Diego, que tocou para o gol após cobrança de escanteio e uma cabeçada de Pedro. O time paranaense não se encontrou no primeiro tempo e a vitória do Flamengo nesta etapa foi totalmente justa. No segundo tempo, o Coritiba teve que ir ao ataque, para tentar uma reação. O Flamengo soube marcar bem o ataque do Coritiba e ainda desperdiçou alguns contra ataques. A partida chegou ao seu final sem que nenhum cartão amarelo tivesse sido mostrado. Foi uma vitória fácil, onde o time reserva do Flamengo soube se impor e vencer.
Em 20 de julho, o Flamengo voltou ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, para enfrentar o Juventude. O Flamengo foi a campo com o melhor que tinha, com seu time considerado titular. E com 16 minutos, o Flamengo já vencia por 3 x 0. Com uma atuação avassaladora, o Flamengo marcou com Pedro, duas vezes de cabeça, e com Everton Ribeiro, também de cabeça. O Flamengo dominou completamente seu adversário durante toda a partida. E a situação ainda ficou melhor, quando Gabriel levou um ponta pé no tornozelo e ao se levantar e encarar seu agressor, levou um soco. Cartão vermelho para o jogador do Juventude, mas Gabriel também levou seu cartão amarelo. Como já era de costume. No segundo tempo, o Flamengo abriu seu parque de diversões e jogou como num animado treino de ataque contra defesa. E tome de perder gols. Somente no final da partida, Everton Cebolinha, que fez sua estréia, cruzou na cabeça de Lázaro, que fechou o placar em 4 x 0. Vitória muito tranqüila.
Em 24 de julho, o Flamengo foi a Florianópolis enfrentar o Avaí. Jogando na Ressacada pelo Campeonato Brasileiro, o Flamengo nunca havia vencido. Era a oportunidade perfeita para quebrar este tabu. A defesa foi toda substituída. Tirando o goleiro Santos, que permaneceu na condição de titular, o treinador Dorival Júnior colocou Matheuzinho, Fabrício Bruno, Pablo e Ayrton Lucas para jogar. Do meio para frente, tivemos Diego no lugar de Thiago Maia, que estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O restante, era o que o Flamengo tinha de melhor: Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabriel e Pedro, que formavam o novo quarteto fantástico, com a ausência de Bruno Henrique. No primeiro tempo, o jogo foi bem equilibrado, com o Avaí fazendo uma grande marcação no meio de campo e em sua defesa. Volta e meia, o time catarinense levava algum perigo ao gol de Santos. Na verdade, o Flamengo teve três grandes chances para marcar. Gabriel perdeu duas grandes chances e Pedro cabeceou para grande defesa do goleiro. O Avaí chegou a marcar um gol, mas o VAR mostrou que houve falta no goleiro rubro-negro. No segundo tempo, logo a um minuto, uma bola foi cruzada na área e o Avaí marcou seu gol de cabeça. O Flamengo, já com Everton Cebolinha em campo no lugar de Diego, partiu para cima. A quantidade de gols perdidos por Gabriel e Arrascaeta começou a preocupar, mas após cruzamento para a área, Pedro dominou e fuzilou o goleiro, empatando a partida. A partir daí, o jogo ficou aberto, com os dois times atacando com perigo. O treinador Dorival Júnior colocou Arturo Vidal pela primeira vez. Ele substituiu Everton Ribeiro. O Flamengo passou a dominar a partida e o gol de desempate estava amadurecendo. Aos 38 minutos, Arrascaeta entrou livre, chutou, a bola passou pelo goleiro, mas foi interceptada em cima da linha. A bola rebatida voltou para Arrascaeta, que em cima da linha de fundo, cruzou na medida para Pedro tocar de cabeça e marcar o gol da vitória do Flamengo. Vitória difícil e tabu quebrado. O Flamengo subia na tabela do Campeonato Brasileiro.
Fazendo um pequeno intervalo nos jogos do Flamengo, vamos registrar um fato que tem tudo para ser um dos maiores fatos na história do Flamengo. Desde que o Maracanã passou a ser administrado pelo Flamengo (que na verdade é quem banca o estádio financeiramente), juntamente com o Fluminense, Vasco e Botafogo sempre jogaram em seus estádios. Mas, o Vasco cismou de jogar suas partidas da segunda divisão no Maracanã. O Flamengo, a princípio, negou que os jogos do Vasco fossem realizados no Maracanã, pois isto seria extremamente prejudicial ao gramado, que vivia sendo reformado e com o Flamengo bancando tudo. A justiça deu ganho de causa ao Vasco e assim, o Maracanã passaria a ser utilizado também por Vasco e Botafogo, sempre que quisessem. Com isso, o presidente Rodolfo Landim passou a se empenhar para que o Flamengo construísse um estádio próprio. Contando com o apoio do prefeito do Rio, Eduardo Paes, mesmo sendo vascaíno confesso e também um anti flamenguista também confesso; mas que como todo político, gostaria sempre de contar com os votos dos torcedores do Flamengo para futuras eleições, o presidente Landim começou a procurar um terreno para a construção do estádio. Pensou-se em utilizar o Parque Olímpico na Barra da Tijuca ou um terreno do exército em Deodoro. Porém, o escolhido foi um terreno no Gasômetro, numa área espetacular. O terreno pertencia a Caixa Econômica Federal e contando com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, o Flamengo praticamente acertou a compra deste terreno (ou doação). A princípio, o Flamengo construiria um estádio para 80 mil torcedores e tomaria como base o estádio do Borussia Dortmund, da Alemanha. Caso este projeto viesse a se concretizar, muito provavelmente o Maracanã passaria a ser utilizado muito esporadicamente, para jogos decisivos. Vasco, Fluminense e Botafogo não teriam condições financeiras para manter o Maracanã. E com um certo temor, passaria o Maracanã a ser sub utilizado e, quem sabe, acabar sendo abandonado. Para o Flamengo, ter seu estádio seria fantástico. Mas, com o Maracanã precisando muito mais do Flamengo do que o contrário, poderíamos em breve ver um ícone do futebol mundial perecer.
Voltando aos jogos do Flamengo, em 27 de julho, o Flamengo enfrentou o Athletico Paranaense no Maracanã, em partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil. Mais de 65 mil torcedores compareceram ao estádio, fazendo novamente uma festa linda. O jogo em si foi um ataque contra defesa. O time do Paraná, orientado por seu treinador Luís Felipe Scolari, fez uma retranca e durante noventa minutos foi massacrado pelo Flamengo. Mas, neste dia, a bola se recusou terminantemente a entrar no gol adversário. O goleiro fez milagres, a bola bateu na trave duas vezes e foi tirada em cima da linha fatal. Enfim, o Flamengo finalizou 23 vezes no gol e não conseguiu fazer nenhum (o Athletico finalizou 4 vezes). Final da partida: 0 x 0 frustrante e a necessidade de vencer na Arena da Baixada, estádio com fama de maldito pelos torcedores do Flamengo. Mas, a partida teve seus graves problemas de arbitragem. O Sr. Luís Flávio de Oliveira (ele de novo!), cometeu vários erros. Logo no início da partida, Fernandinho do Athlético deu uma cotovelada criminosa em Filipe Luís. Vossa excelência não deu falta e muito menos cartão, que poderia ser vermelho (cadê o VAR?). Logo depois, Fernandinho fez falta em Gabigol, que respondeu com um pontapé. Poderia ter sido expulso. E caso Fernandinho recebesse um segundo cartão, também seria expulso. Mas, o árbitro deu amarelo para os dois. No segundo tempo, Léo Pereira quase teve sua camisa arrancada dentro da área do Athletico pelo mesmo Fernandinho e o árbitro nada marcou (cadê o VAR ?). Arrascaeta foi derrubado no bico da grande área e ele nada marcou. Irritado, Arrascaeta acertou um carrinho por trás e somente não foi expulso por que o árbitro não quis. Tomou um cartão amarelo. E para terminar, David Luiz ganhou uma disputa de bola e o árbitro marcou falta. Também irritado, David Luiz o xingou e acabou sendo expulso. Resumo: uma atuação medonha da arbitragem que acabou sendo suspensa pela CBF, inclusive o péssimo, mas muito péssimo mesmo, seja como árbitro ou árbitro de VAR, Wagner Reway, do quadro de árbitros da Paraíba. Se logo no início da partida, a falta em Filipe Luís fosse marcada e punida exemplarmente, com certeza tudo seria diferente daí para frente. Mas, vida que segue.
Em 30 de julho, o Flamengo enfrentou o Atlético Goianiense no Maracanã, marcando o início do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Antes da partida, o Flamengo apresentou à sua torcida duas novas contratações: o volante chileno Erick Pulgar e o lateral direito uruguaio Guillermo Varela. Eles vinham a se juntar a Arturo Vidal e Everton Cebolinha, que foram escalados como titulares para esta partida. O Treinador Dorival Júnior somente mandou a campo o goleiro Santos, do time titular. No restante, o time que jogou foi escalado com reservas. E o Flamengo não demorou a marcar. Com uma grande jogada de Victor Hugo, um dos destaques da partida, Lázaro tocou na saída do goleiro e fez o primeiro gol. Logo depois, Marinho recebeu a bola na entrada da área e chutou forte no canto. Flamengo 2 x 0. Marinho foi derrubado na área e o VAR confirmou o pênalti, que foi cobrado por Arturo Vidal, que marcou seu primeiro gol com a camisa do Flamengo. E antes do final da primeira etapa, Victor Hugo fez um golaço e fez 4 x 0. No segundo tempo, alguns titulares entraram em campo, como Everton Ribeiro, Rodinei, Thiago Maia e Gabriel. O Flamengo continuou a mandar no jogo, mas não conseguiu marcar mais gols. Oportunidades não faltaram. Quem marcou foi o Atlético, mas o VAR chamou o árbitro devido a uma falta em Diego no início da jogada. De forma surpreendente, o árbitro Caio Max Augusto Vieira confirmou o gol. Ele também foi chamado ao VAR devido a uma cotovelada criminosa em Everton Cebolinha, mas no final somente deu um cartão amarelo. Era a arbitragem continuando a prejudicar o Flamengo.
Em 2 de agosto, o Flamengo enfrentou o Corinthians pelas quartas de final da Taça Libertadores da América, jogando no estádio do adversário. O Flamengo foi a campo com seu time titular completo, que estava sendo usado nos jogos da Libertadores e da Copa do Brasil. No início da partida, o Corinthians tentou dar uma pressão, mas a defesa do Flamengo jogou com muita segurança. David Luiz e Léo Pereira não deixaram o ataque corinthiano levar vantagem em nenhuma jogada. Rodinei e Filipe Luís também marcaram bem e deram muito apoio ao ataque. O meio de campo com João Gomes e Thiago Maia deu toda a segurança que a defesa precisava. E na frente Everton Ribeiro, Arrascaeta, Pedro e Gabigol levaram os adversários a loucura. Com o passar do tempo, o Flamengo tocou a bola, envolvendo o Corinthians e começou a levar perigo ao gol de Cássio. Aos 37 minutos, Arrascaeta chutou do bico esquerdo da grande área e mandou a bola no ângulo. Um golaço. Uma vantagem merecida pelo que o Flamengo havia mostrado. No segundo tempo, o Flamengo dominou completamente o Corinthians, botando o time paulista literalmente na roda. Com um toque de bola primoroso, o Flamengo não deixava o Corinthians criar nada. Após grande jogada de Rodinei, a bola foi tocada para Gabriel, que chutou colocado e com efeito. A bola bateu na trave e foi no fundo das redes. Era o segundo gol. O Corinthians tentava atacar, mas o Flamengo dominou a partida com tanta autoridade, que parecia que o Flamengo estava em um treino. Pelo menos três grandes chances de marcar o Flamengo teve e desperdiçou. Foi um verdadeiro olé. Com a vitória, o Flamengo levaria uma boa vantagem para o jogo de volta no Maracanã.
Mas, voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo. O treinador Dorival Júnior mandou a campo, como já se tornara rotina em jogos do Campeonato Brasileiro, um time totalmente reserva (o mesmo que havia vencido de goleada o Atlético Goianiense). Na verdade, o único titular no time foi o goleiro Santos. O São Paulo, também envolvido com jogos decisivos pela Copa Sul Americana, mandou a campo um time misto, contando com vários titulares. Mais de 45 mil torcedores foram ao Morumbi. E logo aos 6 minutos, uma bola foi cruzada na área do São Paulo. Victor Hugo cabeceou para o meio da pequena área. Lázaro entrou em velocidade e marcou de cabeça 1 x 0 para o Flamengo. Com o gol sofrido, o São Paulo tentou partir para o ataque, mas a defesa rubro negra se portou muito bem. Matheuzinho, Fabrício Bruno, Pablo e Ayrton Lucas não deixaram o ataque paulista se criar. No meio de campo, Arturo Vidal dava o ritmo e levava o Flamengo para o ataque. Victor Hugo continuava a se apresentar bem. E Marinho e Everton Cebolinha levavam perigo ao gol sãopaulino. No segundo tempo, o Treinador Rogério Ceni mandou a campo titulares, como o argentino Calleri, que era o artilheiro do time. Ele chegou a cabecear uma bola da pequena área, que foi muito bem defendida por Santos, que se firmava cada vez mais no gol do Flamengo. Com o crescimento do São Paulo, Dorival Júnior colocou João Gomes, Thiago Maia, Everton Ribeiro, Gabriel e Arrascaeta no time. Assim, as chances de gol começaram a ser desperdiçadas. João Gomes e Arrascaeta perderam grandes chances para marcar. O São Paulo partiu para um sufoco final. E pagou caro. Aos 49 minutos, o Flamengo retoma a bola, que é lançada para Gabriel. Foram 4 jogadores do Flamengo contra Rafinha(ex rubro negro). Gabriel levou a bola pela direita, entrou na área e chutou no canto, fechando o placar em 2 x 0. Mais uma vitória no Campeonato Brasileiro. E o time, tanto o titular como o reserva, estavam jogando muito bem. E ainda se falavam de novos reforços, como Oscar, Wallace e o goleiro Rossi, do Boca Juniors. E os antiflamenguistas se borrando de medo.
Em 9 de agosto, mais de 68 mil torcedores foram ao Maracanã para ver o Flamengo lutar por uma vaga nas semifinais da Taça Libertadores. Com a vitória de 2 x 0 em São Paulo contra o Corinthians, o Flamengo levou uma grande vantagem, podendo até perder por um gol de diferença para ficar com a vaga. O Corinthians precisaria jogar muito, mais do que havia jogado até então na Libertadores, para conseguir tal feito. Maracanã lotado, uma grande festa da torcida, que viu o treinador Dorival Júnior mandar a campo o chamado time titular, com força máxima. O Corinthians jogou reforçado por William e por Renato Augusto, que entrou no segundo tempo. No início, o Corinthians tentou sufocar o Flamengo. Teve uma grande oportunidade, quando o goleiro Santos praticou uma grande defesa. Mas, com o passar do tempo, o Flamengo passou a dominar o meio de campo, passou a ter maior posse de bola e perdeu algumas chances, como numa bicicleta sensacional de Pedro, uma cabeçada de Everton Ribeiro e um chute de Gabigol, que saiu muito perto da trave. O goleiro Santos não fez mais nada durante o primeiro tempo. Na segunda etapa, o Corinthians começou atacando mais. A defesa do Flamengo, bem postada, conseguiu levar vantagem sobre o ataque paulista. Aos 6 minutos, Arrascaeta foi lançado pela esquerda, levou a marcação e cruzou de três de dedos para a área. A bola passou pelo goleiro Cássio e Pedro entrou de carrinho, para empurrar a bola para o fundo do gol. Explosão no Maracanã. A partir daí, o Corinthians não conseguiu fazer mais nada de produtivo. E ainda ficou sem um jogador, quando o VAR chamou o árbitro para ver um toque de braço do zagueiro corinthiano na entrada da grande área, quando Pedro partiu para ficar sozinho frente a frente com Cássio. Até o final do jogo Gabriel perdeu pelo menos três grandes chances de marcar. Todas muito bem defendidas por Cássio. Com isso, Gabriel ficou a um gol de se igualar a Luizão, como o jogador brasileiro com mais gols na Libertadores. Com o gol, Pedro passou a liderar a tabela de artilheiros da competição. Com a vitória, o Flamengo se classificou para as semifinais. Festa total da torcida do Flamengo.
Agora era virar a chave para o Campeonato Brasileiro e para a Copa do Brasil. O Flamengo enfrentaria o Athletico Paranaense nos dois próximos jogos. Mas, como sempre, o famigerado STJD entrou em campo para prejudicar o Flamengo. O que não é nenhuma novidade. Arrascaeta e Gabriel foram denunciados pelo STJD devido a lances ocorridos no jogo contra os paranaenses no Maracanã, pela Copa do Brasil, onde o árbitro, auxiliado pelo VAR, não deu cartões vermelhos para os jogadores do Flamengo. O julgamento ocorreria na véspera do Flamengo jogar em Curitiba, no jogo decisivo para se conseguir a classificação para as semifinais da Copa do Brasil. Tudo visando prejudicar o Flamengo. Se o STJD tivesse que denunciar cada jogador que não foi punido pelo árbitro de campo ou pelo VAR, eles teriam um trabalho tremendo para denunciar tantos jogadores. Mas, para prejudicar o Flamengo, essas pessoas nefastas fazem de tudo. Ou querem aparecer ou têm a verdadeira missão de prejudicar o Flamengo. Gente da pior espécie. Provavelmente não têm competência para advogar em outras áreas e são obrigados a trabalhar na área esportiva para não morrerem de fome ou terem que colocar seus diplomas na lata do lixo. Ou utilizarem os mesmos no banheiro, onde teriam mais serventia. Novamente o Flamengo teria que lutar contra tudo e contra todos. Mas, não seria a primeira e, com certeza, não seria a última vez.
Em 14 de agosto, dia dos pais, mais de 60 mil rubro-negros foram ao Maracanã para levar o Flamengo a mais uma grande vitória. Seria o primeiro dos dois jogos contra o Athlético Paranaense, sendo este primeiro pelo Campeonato Brasileiro. O Flamengo levou a campo seu time reserva, como já era de costume, assim como o Athlético. Os clubes visaram dar descanso aos titulares para o jogo pela Copa do Brasil. No primeiro tempo, o Flamengo concluiu a gol 12 vezes contra nenhuma conclusão do time paranaense. Foi um jogo de ataque contra defesa. O goleiro reserva do Athlético fechou o gol. O placar de 0 x 0 foi extremamente injusto. Era a mesma forma de jogar retrancado contra o Flamengo. No segundo tempo, aos 10 minutos, Marinho bateu um escanteio pela direita e o zagueiro Fabrício Bruno cabeceou para marcar o primeiro gol dele com a camisa do Flamengo. Que por sinal, o Flamengo jogou esta partida com seu terceiro uniforme, com as listras rubro-negras onduladas, em alusão às bandeiras que tremulam nas arquibancadas. O calção e as meias eram vermelhos. Aos 12 minutos, Everton Cebolinha chutou no ângulo, para mais uma grande defesa de Anderson. Na cobrança de escanteio, novamente Marinho colocou a bola na cabeça de Fabrício Bruno, que marcou 2 x 0. Aos 17 minutos, o Flamengo retomou a bola na defesa e iniciou um contra ataque fulminante. A bola chegou a Matheuzinho, que foi derrubado pelo goleiro. Mas, antes que o árbitro marcasse o pênalti, Ayrton Lucas mandou a bola para as redes. Era 3 x 0 no placar. Aos 26 minutos, mais um escanteio cobrado por Marinho. Só que dessa vez, quem cabeceou foi Lázaro. E no placar: Flamengo 4 x 0. O Maracanã em êxtase. O time colocou o Athlético na roda aos gritos de olé da torcida. Faltando 8 minutos, entraram Gabigol, Arrascaeta e Pedro. Quando tudo levava a crer que o jogo estava resolvido, Pedro marcou de cabeça aos 46 minutos. Festa completa e o Flamengo chegou ao segundo lugar da tabela.
Em 17 de agosto, o Flamengo foi a Curitiba para o jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. A Arena da Baixada ficou lotada pela torcida do Athlético. A torcida do Flamengo esteve presente, lotando todos os lugares que lhe foram reservados. O Flamengo jogou todo de branco e com Arturo Vidal no lugar de Thiago Maia e Fabrício Bruno no lugar de David Luiz, que não puderam jogar por estarem advertidos com cartões. No primeiro tempo, o jogo foi extremamente picotado com faltas. Os jogadores do time paranaense entravam na maldade e o árbitro Rafael Klaus não fazendo nada para coibir. Gabriel levou uma joelhada nas costas e Arturo Vidal levou um tostão violento na coxa. Com o jogo dessa forma, tanto Santos quanto Bento não fizeram grandes defesas e não ocorreram grandes chances de gol. Talvez, a melhor chance de gol surgiu de um cruzamento de Gabriel, que Arrascaeta não conseguiu cabecear firme em direção do gol. No segundo tempo, o Flamengo dominou de vez o meio de campo e começou a tocar a bola mais no campo de ataque. Rodinei fez uma grande partida, se tornando o melhor em campo. Em um chute dele, o goleiro Bento espalmou e ninguém do Flamengo aproveitou. Logo depois, Arrascaeta chutou com violência e o goleiro novamente salvou com grande defesa. Parecia que o gol do Flamengo estava prestes a sair. O Athlético ficou acuado. Até que, aos 11 minutos, Rodinei fez uma grande jogada e cruzou para uma bicicleta sensacional de Pedro. Um golaço. Com o gol do Flamengo, o Athlético tentou sair para o ataque, deixando espaços para os contra ataques do Flamengo. Num desses contra ataques, Pedro dominou, partiu sozinho e tocou para Gabriel, que com o gol vazio, chutou a bola na trave, perdendo um dos gols mais feitos do ano. Com o passar do tempo, o Athlético partiu de vez para o ataque e levou algum perigo ao gol de Santos. A defesa foi segurando o ataque adversário e conseguiu levar o jogo ao seu final. Vitória importante, classificação assegurada para as semi finais e o Flamengo continuava a brilhar. Só tinha uma coisa: o Flamengo continuava a perder muitas oportunidades de gol e acabava sofrendo um pouco mais sem necessidade.
Em 21 de agosto, o Flamengo foi a São Paulo enfrentar o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. O time paulista estava a frente na tabela com 9 pontos de vantagem para o Flamengo. E a dúvida seria: o Flamengo jogaria com seu time titular ou o reserva ? Mantendo uma rotina e preservando suas principais peças, pois na próxima quarta feira, o Flamengo jogaria a primeira partida pela semifinal da Copa do Brasil contra o São Paulo, o treinador Dorival Júnior mandou a campo o time reserva. E surpreendentemente, o Flamengo não deixou o time principal do Palmeiras se criar. A defesa esteve bem montada e o ataque, volta e meia, levava algum perigo ao gol palmeirense. Aos 28 minutos, Ayrton Lucas foi ao fundo e cruzou na cabeça de Victor Hugo, que cabeceou para o chão e marcou o gol do Flamengo. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo ainda teve duas boas chances para aumentar o placar. No segundo tempo, era certo que o Palmeiras teria que partir para cima do Flamengo. O Flamengo se segurava e partia nos contra ataques. Num deles, Lázaro apareceu na cara de Weverton e chutou. O goleiro defendeu com a perna esquerda. A pressão do Palmeiras aumentou e aos 20 minutos, Rafael Veiga chutou cruzado e empatou a partida. A partir daí, o treinador Dorival Júnior mandou a campo sua linha de ataque, com Everton Ribeiro, Pedro, Arrascaeta e Gabriel. Arturo Vidal também entrou no meio de campo. Com isso, o Flamengo passou a tocar mais a bola, o Palmeiras satisfeito com o empate ficou mais na defesa e somente no final da partida, o Palmeiras atacou. Fim de jogo e o Flamengo mantinha a diferença de 9 pontos para o Palmeiras. Mas, o time reserva jogou bem e manteve o Flamengo ainda na briga pelo Campeonato Brasileiro.
Mas, logo depois, em 24 de agosto, o Flamengo teve que virar a chave e disputar o primeiro jogo pelas semi finais da Copa do Brasil. O Flamengo foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo. Os treinadores mandaram a campo suas forças máximas e tudo indicava que seria um jogão. O São Paulo começou a partida tentando atacar o Flamengo, mas aos 4 minutos, Arrascaeta driblou o goleiro, mas errou no cruzamento para Pedro. Aos 11 minutos, o Flamengo atacou pela esquerda com Filipe Luís, que realizou um cruzamento em diagonal. João Gomes veio correndo e cabeceou com extrema categoria. A bola encobriu o goleiro, bateu na trave e entrou. Um golaço. Com o gol, o Flamengo se plantou um pouco mais na defesa, na tentativa de conseguir um contra ataque mortal. Mas, o que se viu foi o São Paulo atacar muito e a bola rondar o gol do Flamengo. A partir dos 35 minutos, o Flamengo voltou a tocar a bola e esfriou a partida até o final do primeiro tempo. Na segunda etapa, o São Paulo partiu pra cima do Flamengo. A defesa rubro-negra se comportou bem, mesmo com a saída de David Luiz no intervalo, para a entrada de Fabrício Bruno. Num contra ataque rápido, Pedro deixou Gabigol na cara do goleiro e ele chutou por cima. Mas, aos 21 minutos, Arrascaeta cruzou, o goleiro espalmou, Everton Ribeiro chutou cruzado e Gabriel se redimiu, marcando o segundo gol do Flamengo. Tudo parecia resolvido e o time do São Paulo mostrou que sentiu o gol. Mas, aos 33 minutos, uma bola foi tocada para frente da área do Flamengo e Rodrigo Nestor chutou colocado, marcando o gol do São Paulo. A partir daí, o jogou pegou fogo. O São Paulo veio louco para tentar o empate. Neste momento, o treinador Dorival Júnior já havia retirado João Gomes, Everton Ribeiro, Gabriel e Pedro. Entraram Arturo Vidal, Victor Hugo, Everton Cebolinha e Lázaro, respectivamente. Aos 48 minutos, Arrascaeta pegou a bola se livrou da marcação e tocou para Everton Cebolinha na estrada da área. Ele desferiu um chute violento, que morreu no canto do gol, marcando 3 x 1 para o Flamengo. Vitória sensacional, onde mesmo com o São Paulo jogando uma grande partida e tentando pressionar, o Flamengo soube se defender e ser fatal nos contra ataques. A vantagem para o segundo jogo era grande. Mas, o Flamengo não poderia bobear.
Em 28 de agosto, o Flamengo foi ao Engenhão para enfrentar o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro. O treinador Dorival Júnior mandou a campo o time considerado reserva, mas com Gabigol no ataque. Com o tropeço do Palmeiras contra o Fluminense, o Flamengo poderia diminuir para 7 a diferença na tabela. No primeiro tempo, o Botafogo, até incentivado pela situação delicada na tabela, partiu para o ataque e o Flamengo acabou tendo dificuldades para chegar ao gol alvinegro. Mas, mesmo assim, somente uma vez o goleiro Santos fez uma defesa um pouco mais difícil. No segundo tempo, o Flamengo voltou igual e passou a tocar a bola um pouco mais. Inicialmente, o treinador Dorival Júnior mandou a campo Pedro e Everton Ribeiro. Aos 12 minutos, Matheuzinho cruzou na medida para Pedro cabecear e deixar Arturo Vidal livre para marcar o gol do Flamengo. Logo depois, Arrascaeta, João Gomes e o estreante Erick Pulgar foram a campo. Mas, surpreendentemente, mesmo tendo perdido duas grandes chances para marcar, o Flamengo começou a dar muitos chutões e dar a posse de bola para o Botafogo. Até o final da partida, o Flamengo teve que se defender e suportou a pressão do Botafogo. Foi uma grande vitória. Mas, agora era mudar a chave para a semifinal da Libertadores.
Em 31 de agosto, o Flamengo foi a Buenos Aires para enfrentar o Velez Sarsfield pela semifinal da Libertadores. O treinador Dorival Júnior mandou a campo seu time titular. A partida começou com o Flamengo dominando as ações e vendo seu adversário acuado e nervoso. Muito provavelmente, era a primeira vez que um time argentino jogava uma semi final de Libertadores sem pressionar seu adversário em seus domínios. E o Flamengo foi tendo em suas mãos as rédeas da partida. Com facilidade, os atacantes chegavam à área adversária, levando perigo. Numa jogada pela direita, o zagueiro Léo Pereira deu um chutão para dentro da área. Gabriel chamou a marcação e Pedro apareceu livre para deslocar o goleiro argentino. Com o gol sofrido, o Velez tentou partir para o ataque e chegou a colocar uma bola na trave de Santos. Mas, foi só. No final do primeiro tempo, João Gomes ganhou uma dividida e a bola foi cruzada para Everton Ribeiro deslocar novamente o goleiro argentino, fazendo o segundo gol do Flamengo. Na segunda etapa, o domínio do Flamengo continuou e Pedro fez mais dois gols. Um logo no início, tocando a bola na saída do goleiro e outro no final da partida, tocando a bola no canto esquerdo do gol do Velez. Gabigol perdeu três grandes chances de gol, cara a cara com o goleiro. Ele participou diretamente de três gols do Flamengo, mas continuava a perder muitas chances. Foi uma apresentação sensacional, que deixou a todos de queixo caído. Agora era enfrentar o Velez no Maracanã, numa partida que se transformou num mero amistoso.
Em 4 de setembro, um dia depois do Palmeiras empatar em 2 x 2 com o Red Bull Bragantino e nos dar a oportunidade de encurtar para 5 pontos a diferença na tabela do Brasileirão, o Flamengo jogou com o Ceará no Maracanã, que recebeu a carga máxima de torcedores, com mais de sessenta mil rubro negros empurrando o time para uma vitória. O treinador Dorival Júnior mandou a campo uma equipe mesclada, com a presença do goleiro Santos, de David Luiz, Léo Pereira e Gabriel, que não poderiam jogar pela Libertadores no jogo de volta da semi final contra o Vélez Sarsfield da Argentina. No primeiro tempo, o Flamengo ficou encaixotado na marcação do Ceará e não conseguiu levar perigo ao gol adversário. E para castigar, no último minuto do primeiro tempo, num contra ataque perfeito, o Ceará fez 1 x 0. Para o segundo tempo, o treinador Dorival Júnior já voltou com Everton Ribeiro, Arturo Vidal e Pedro. Aos 7 minutos, após escanteio, Gabriel empatou de cabeça. Com o Ceará fazendo muita cera e com a péssima arbitragem que não deixou o jogo ter uma sequência, o Flamengo foi tentando chegar ao gol da vitória, mas esbarrava nas defesas do goleiro do time cearense. O atacante Jô, que marcara o gol do Ceará, foi expulso de campo por ofensas ao árbitro. O Flamengo ia tentando desempatar e a arbitragem não coibia a cera. No final da partida, Gabriel foi expulso mais uma vez em sua carreira repleta de cartões amarelos e vermelhos, deixando o Flamengo numa situação mais difícil. Até o final o time tentou, mas não foi possível desempatar a partida. Perdemos uma grande chance de se aproximar do Palmeiras. E assim, o Campeonato Brasileiro ficou um pouco mais difícil para o Flamengo.
Em 7 de setembro, dia em que o Brasil completou duzentos anos de sua independência, mais de 64 mil pessoas foram ao Maracanã para empurrar o Flamengo rumo a decisão da Libertadores. No dia anterior, o Athlético Paranaense surpreendentemente eliminou o favorito Palmeiras e se classificou para a decisão. Com a vantagem de ter ganhado na Argentina por 4 x 0, o Flamengo foi a campo enfrentar o Velez Sarsfield com quatro desfalques. David Luís e Léo Pereira estavam suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Thiago Maia e Gabigol estavam com dois cartões e para não tomarem o terceiro cartão e não jogarem a decisão, foram retirados deste jogo. Jogaram Fabrício Bruno e Pablo na zaga, Arturo Vidal no meio e Everton Cebolinha na frente . O time do Velez jogou de forma muito melhor do que havia jogado na Argentina. Com uma marcação muito eficiente e partindo para o ataque, o time de Buenos Aires endureceu o jogo, mostrando que, ao mandar a campo o time titular, o treinador Dorival Júnior estava correto em preservar estes jogadores. Muitos o criticaram, achando que o Flamengo deveria mandar o time titular a campo contra o Ceará e mandar o time reserva na Libertadores. O jogo foi difícil e o time titular teve que jogar muito para manter a vantagem. Mesmo assim, o Velez saiu na frente, aproveitando uma bola cruzada na área. O Flamengo não se abateu e não se abalou, mantendo seu toque de bola. Mas, as dificuldades para chegar ao gol foram mais evidentes. Aos 42 minutos, Everton Ribeiro cruzou uma bola na medida para Pedro, que cabeceou. A bola bateu no travessão e entrou, empatando a partida. No segundo tempo, o Flamengo melhorou e começou a perder várias oportunidades de gol. O Velez não chegou a levar muito perigo ao gol de Santos. Com a entrada de Marinho, Pulgar e Varela, o Flamengo melhorou em velocidade. E foi num contra ataque sensacional que Pedro deu uma caneta no marcador e tocou para Marinho chutar no ângulo e marcar o gol da virada. Até o final da partida, o Flamengo não sofreu nenhum grande perigo. Classificação garantida para a terceira final de Libertadores em quatro anos. Agora era virar a chave para a semifinal da Copa do Brasil e garantir mais uma vaga para decidir mais um título.
Mas, antes da Copa do Brasil, o Flamengo foi a Goiânia enfrentar o Goiás pelo Campeonato Brasileiro. O treinador Dorival Júnior fez uma mescla entre titulares e reservas para esta partida. Do time titular jogaram Santos, David Luíz, Léo Pereira, Everton Ribeiro e Thiago Maia. No primeiro tempo, o Flamengo teve grande posse de bola, mas o Goiás jogou fechado na defesa, esperando um contra ataque. Era jogar por “uma bola”, como dizem quando um time espera uma única oportunidade para chegar ao gol. E ela quase chegou, quando num contra ataque rápido, a bola foi chutada para fora com grande perigo. O Flamengo tentou levar perigo ao gol do Goiás, mas não conseguiu. No segundo tempo, o panorama não mudou. Arrascaeta e João Gomes entraram, juntamente com os garotos Mateusão e Matheus França. Victor Hugo, Everton Cebolinha e Marinho não fizeram uma grande partida. O Flamengo rondou a área do Goiás, que continuou fechado, a procura do contra ataque perfeito. Aos 34 minutos, o Goiás puxou um ataque, que terminou num chute da entrada da área. A bola entrou no ângulo. Com o gol, o Goiás se fechou mais ainda. Aos 43 minutos, Arrascaeta cobrou um escanteio. Antes do goleiro Tadeu fazer a defesa, Léo Pereira tocou na bola, que se ofereceu a Matheus França, que a empurrou para o gol. O árbitro Abel Abati, péssimo por sinal, anulou o gol, mas foi chamado pelo VAR, consertando a seguir o seu maior erro na partida. Com o empate, o Flamengo foi, mesmo que desordenado, tentar desempatar. Mas, infelizmente o gol da vitória não saiu e o Flamengo viu a diferença para o Palmeiras aumentar para 9 pontos. E ainda perdeu a vice liderança para o Internacional.
Em 14 de setembro, o Flamengo foi ao Maracanã para o jogo da volta da semifinal da Copa do Brasil. Levando consigo uma vantagem de ter vencido o São Paulo no Morumbi por 3 x 1, o Flamengo iria enfrentar um adversário que vinha com a vontade de tentar virar o placar. Mais de 64 mil torcedores foram ao Maracanã para empurrar o Flamengo. O treinador Dorival Júnior mandou a campo seu time principal, que já estava sendo chamado de “time das copas”. Com Santos, Rodinei, David Luiz, Léo Pereira, Filipe Luís, João Gomes, Thiago Maia, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabigol e Pedro, o Flamengo vinha causando um verdadeiro espanto em toda a imprensa brasileira e em toda a América do Sul. Este time era decantado como o melhor das Américas. Tanto que já estava classificado para a final da Libertadores e tentaria contra o São Paulo a vaga para a final da Copa do Brasil. No primeiro tempo, o São Paulo, que não tinha outra coisa a fazer, passou a dominar as ações, tendo mais posse de bola. Mas, mesmo assim, não levou grande perigo ao gol de Santos. O Flamengo teve um gol de Pedro anulado por impedimento dado pelo VAR. Com o passar dos minutos, o Flamengo foi passando a tocar melhor a bola e a dominar a partida. Aos 36 minutos, Pedro tocou para Everton Ribeiro que descobriu Arrascaeta se infiltrando na área. Ele dominou a bola e tocou na saída do goleiro do São Paulo, fazendo o Maracanã explodir. A vantagem que já era grande, ficou maior ainda. No segundo tempo, o São Paulo veio para cima, mas a cada contra ataque do Flamengo, as chances de gol eram perdidas. Tirando uma bola na trave no final da partida, o São Paulo não criou nada demais. O Flamengo foi tocando a bola como num treinamento de dois toques e foi levando a partida para o seu final. A torcida do Flamengo fez uma grande festa juntamente com os jogadores em campo. Agora, com as finais da Copa do Brasil e da Libertadores somente em outubro, o Flamengo poderia tentar se dedicar ao Campeonato Brasileiro. Agora um detalhe: a arbitragem do Sr. Hilton Sampaio foi uma vergonha. Se o Flamengo não tivesse jogado tanto, o placar poderia ser outro. Ele deixou de marcar várias faltas a favor do Flamengo e deu todas contra. E este seria um dos árbitros que o Brasil mandaria para a Copa do Mundo.
Em 18 de setembro, o Flamengo iria enfrentar o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. O tricolor vinha de uma derrota de 3 x 0 para o Corinthians, que assim, se classificou para decidir a Copa do Brasil contra o Flamengo. Na tabela, Flamengo e Fluminense estavam empatados com 45 pontos. Torcida do Flamengo cheia, a do Fluminense com meia dúzia de gatos pingados e logo de cara uma pergunta: se o clássico era carioca, por que diabos a CBF escalou o Sr. Rafael Klaus, de São Paulo, para apitar? O Palmeiras era o grande interessado num tropeço do Flamengo. E lembrar que o Sr. Klaus já esteve envolvido em polêmicas em jogos do Flamengo. Basta lembrar o pênalti ridículo contra o Athlético Paranaense no começo do campeonato, onde ele não foi ao VAR e por causa disso o Flamengo acabou perdendo por 1 x 0. Fora outras arbitragens, no mínimo tendenciosas do Sr. Klaus. Mas, fazer o que? No primeiro tempo, nos primeiros 10 minutos, o Fluminense jogou melhor, mas não levou grande perigo ao gol de Santos. O Flamengo foi equilibrando as ações e começou a perder grandes oportunidades. Thiago Maia chutou de fora da área e a bola passou raspando o ângulo. Arrascaeta foi lançado na velocidade, entrou na área e chutou. O goleiro Fábio, com seus 41 anos, defendeu com o pé. Logo depois, o Fluminense tentou sair jogando e perdeu a bola, que foi tocada para João Gomes chutar cara a cara com o goleiro, que fez outro milagre. Gabriel invadiu a área e quando ia marcar foi empurrado pelas costas pelo zagueiro Manoel. Nada marcado. O Flamengo dominava o jogo, quando numa bola chutada, o goleiro Santos falhou e bateu roupa. Ao fazer a nova defesa, foi atingido no rosto pelo joelho de German Cano. O Sr. Klaus, na mesma hora marcou pênalti contra o Flamengo. Ele foi ao VAR? Não. A sua empáfia ou mau caratismo não deixou. Fluminense 1 x 0 e final do primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo tentou dar uma pressão no Fluminense. Arrascaeta mandou a bola no ângulo e Fábio de mão trocada mandou a corner. Parecia que o gol de empate do Flamengo era questão de tempo. Até que, num contra ataque, uma falta foi marcada na entrada da área do Flamengo. Quando os jogadores começavam a armar a barreira, o Fluminense cobrou rápido, pegando a defesa do Flamengo completamente aberta. A bola foi cruzada duas vezes sobre a pequena área e o Fluminense fez 2 x 0. Quantas vezes a arbitragem manda a jogada voltar para que a barreira seja armada, para não dar uma grande vantagem ao cobrador da falta ? Não me lembro de nenhuma vez que o Flamengo tenha sido beneficiado dessa forma. Sempre mandam a falta ser cobrada novamente, após montarem a barreira. Mas, o Sr. Klaus, um dos melhores árbitros do Brasil, que foi escolhido para ir a Copa do Mundo, mandou a bola para o meio de campo e confirmou o gol. O Flamengo tentou reagir, mantendo-se no ataque. Novamente Gabriel foi empurrado na área e o Sr. Klaus nada marcou. Mas, deu cartão amarelo para Gabriel. O treinador Dorival Júnior mandou a campo Everton Cebolinha, Marinho e os garotos Matheus França e Victor Hugo. Na única bola que o goleiro Fábio falhou, após um cruzamento, Cebolinha tocou a bola para a pequena área e Gabigol marcou. Ainda faltavam pelo menos 10 minutos para o final. Foi quando o sujo do Felipe Melo agrediu Marinho, que revidou e o Sr. Klaus acabou expulsando Marinho e o zagueiro Manoel. Felipe Melo saiu ileso. Daí ele foi ao VAR e viu que Everton Cebolinha recebeu uma cabeçada no rosto e tentou se defender. Ele expulsou o jogador do Fluminense e Cebolinha. E o jogo já estava aos 47 minutos quando recomeçou. Victor Hugo ainda perdeu uma grande chance para empatar, mas o jogo logo depois terminou. Com a derrota, o Flamengo praticamente ficou sem chances de conquistar o Campeonato Brasileiro, já que a diferença para o Palmeiras chegou aos 12 pontos. Agora, era focar nas duas decisões de Copas, a do Brasil e a Libertadores e torcer para que nenhum jogador voltasse contundido dos malditos jogos da data FIFA. Agora, já havia passado da hora do Flamengo ir a CBF e chutar a mesa contra a arbitragem. Em 2021, o Flamengo foi assaltado em vários jogos para beneficiar o Atlético Mineiro. Neste ano, as arbitragens continuavam a apitar contra o Flamengo. Era uma vergonha.
Após dez dias sem jogar, devido às datas FIFA, com amistosos das seleções que se preparavam para a Copa do Mundo que seria em novembro, o Flamengo foi a Fortaleza jogar pelo Campeonato Brasileiro. Iria jogar com 10 desfalques. Seriam: Bruno Henrique e Rodrigo Caio se recuperando de contusões e cirurgias. Arturo Vidal e Erick Pulgar na seleção do Chile. Arrascaeta e Guillermo Varela na seleção do Uruguai. E Pedro e Everton Ribeiro na seleção brasileira. Com isso, o Flamengo colocou os garotos da base no ataque juntamente com Gabigol. O restante do time seria o time das Copas. A partida contra o Fortaleza começou com o Flamengo tendo total posse de bola, mas sem levar perigo ao gol adversário. Bastou o primeiro contra ataque e o Fortaleza fez 1 x 0. O Flamengo continuou tocando a bola, tentando entrar na defesa super fechada do Fortaleza. Numa falha da defesa do time cearense, Gabigol invadiu a área pela esquerda e chutou para empatar a partida. Aos 44 minutos, Mateusão foi derrubado na área e o pênalti foi marcado., Gabigol fez 2 x 1 e o primeiro tempo acabou. No segundo tempo, o Flamengo voltou disperso e tomou o gol de empate logo aos 7 minutos. Defesa entregando o ouro e o Fortaleza foi gostando do jogo. A partir dos 30 minutos, o Flamengo morreu em campo. Parecia que o time estava fora de forma. Com isso, o Fortaleza fez uma grande pressão e foi recompensado aos 48 minutos com o gol da vitória. Atuação pífia do Flamengo, principalmente no segundo tempo. A torcida ficou preocupada
Em 1 de outubro, o treinador Dorival Júnior pode contar com todos os jogadores para a partida contra o Red Bull Bragantino no Maracanã. Todos menos Léo Pereira e Filipe Luís com terceiro cartão amarelo e Erick Pulgar, que voltou com uma torção no tornozelo, vindo dos famigerados jogos da data FIFA. O Flamengo começou arrasador, tanto que aos 3 minutos Arrascaeta lançou Gabriel que penetrou na área e foi derrubado. Pênalti marcado e expulsão do zagueiro do Bragantino. Começo melhor não poderia haver. Mas Gabriel chutou na trave e perdeu o pênalti. Mas, logo depois, Arrascaeta deixou ele livre de novo e dessa vez ele não desperdiçou. No primeiro tempo, se não fosse a atuação do goleiro Cleiton, que sempre que joga contra o Flamengo fecha o gol, o placar já seria de uma goleada. No segundo tempo, aos 23 segundos de jogo, Arturo Vidal fez pênalti e o Bragantino empatou. O Flamengo não se assustou e continuou dominando a partida. Foi quando Pedro, em 5 minutos, marcou três gols e deixou o Flamengo folgado no placar. Vitória tranqüila de 4 x 1 que fez o time ganhar mais confiança para os próximos jogos e para as decisões que se aproximavam.
Em 5 de outubro, o Flamengo enfrentou o Internacional pela trigésima rodada do Brasileirão. O treinador Dorival Júnior mandou a campo o seu time titular completo, até para dar uma última preparação para a decisão da Copa do Brasil contra o Corinthians. O Internacional veio desfalcado de 6 jogadores e utilizou a tática de ficar fechado na defesa, mas sempre utilizando a velocidade no contra ataque para tentar chegar ao gol. E sempre pela esquerda. Mas, a defesa do Flamengo se postou bem e o goleiro Santos não teve grandes dificuldades. Acontece que no primeiro temo a partida foi disputada sob grande velocidade e haveria com certeza um desgaste para o segundo tempo. Se não fossem duas grandes intervenções do goleiro colorado, o Flamengo poderia ter feito pelo menos um gol na primeira etapa. No segundo tempo, o ritmo foi mais cadenciado, mas o Flamengo dominou totalmente as ações. O Internacional foi perdendo as pernas e o Flamengo transformou o jogo num ataque contra defesa. Pena que sempre no último toque na bola para fazer o gol, o Flamengo não conseguia dar o toque final com sucesso. Apesar do amplo domínio, a defesa gaúcha agüentou firme e a partida acabou em um 0 x 0 bem movimentado.
Em 8 de outubro, o Flamengo foi a Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro. O treinador Dorival Júnior mandou a campo um time reserva, com exceção do goleiro Santos. Não valeria a pena arriscar colocar em campo o time titular, já que o primeiro jogo pela decisão da Copa do Brasil, seria a próxima partida. Jogo disputado na Arena Pantanal, que recebeu um grande público e muitos rubro-negros locais, o que sempre comprovava que o Flamengo tinha torcida por todo o Brasil. No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado, sem grandes chances de lado a lado. No segundo tempo, o Cuiabá tentou apertar o Flamengo. Mas, aos poucos, o Flamengo começou a tocar melhor a bola e o ataque começou a chegar com mais perigo. Numa jogada onde Everton Cebolinha foi a linha de fundo, Victor Hugo perdeu a chance. Mas na sequência da jogada, Matheus França empurrou para o gol vazio, inaugurando o placar. Não demorou muito e Marinho foi empurrado na área. Dessa vez, o Sr. Rafael Klaus não titubeou como antes. Marcou o pênalti, que foi convertido por Marinho com um chute no ângulo. Jogo controlado e tranqüilo, até que aos 48 minutos, Diego tentou sair jogando e novamente teve a bola roubada, o que proporcionou o gol do Cuiabá. Isso rendeu muitas críticas ao camisa 10, que estava se despedindo do futebol e do Flamengo no final da temporada, que se aproximava. Agora, começaria a decisão da Copa do Brasil.
Em 12 de outubro, feriado nacional, o Flamengo foi a São Paulo enfrentar o Corinthians pela primeira partida da decisão da Copa do Brasil. O Flamengo mandou a campo seu time titular completo, porém com 4 jogadores com dois cartões amarelos. Seriam eles: Léo Pereira, João Gomes, Gabriel e Everton Ribeiro. A partida começou e a pressão que todos achavam que o Corinthians iria implantar não ocorreu. O Flamengo controlou bem a partida, com bom toque de bola e o Corinthians não conseguiu levar grande perigo ao gol de Santos. Aos 20 minutos, o árbitro Braúlio Machado da Silva deu cartão amarelo para João Gomes, na segunda falta dele no jogo. Em todas as partidas, os árbitros costumam não dar cartões no primeiro tempo, exatamente para controlar o jogo. Mas, neste caso, o rigor sobre João Gomes foi demasiado, o tirando da segunda e decisiva partida. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo chegou mais ao gol de Cássio e teve muito mais posse de bola. Gabriel e Pedro entraram na cara do goleiro, mas o gol não saiu. A única chance do time paulista ocorreu no final do primeiro tempo, quando Léo Pereira errou uma cabeçada e Yuri Alberto partiu livre. Ao chutar, foi prensado por Thiago Maia, numa recuperação incrível. Inclusive, grande partida de Thiago Maia. No segundo tempo, se esperava que o Corinthians fosse partir para uma pressão, pois jogava em casa. Mas, não foi o que se viu. Cassio defendeu um chute cara a cara de Gabriel, David Luiz mandou uma bola no travessão e alguns chutes passaram perto do gol. Somente no final da partida, o Corinthians teve um pouco mais de posse de bola, mas mesmo assim, nenhuma grande chance foi criada. Aos 43 minutos, Arturo Vidal cobrou um escanteio e quando David Luiz foi cabecear para marcar o gol, as luzes do estádio se apagaram. A bola entrou, mas o gol foi anulado. Lembrar que Arturo Vidal perdeu seu pai 2 dias antes, mas ele preferiu ficar e ajudar o Flamengo. Fim de jogo e a decisão ficou para o Maracanã, na próxima semana.
Mas, antes da decisão, o Flamengo tinha que jogar contra o Atlético Mineiro no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. E para essa partida, o treinador Dorival Júnior mandou a campo apenas dois titulares: o goleiro Santos e João Gomes. O restante do time foi montado com reservas e garotos da base no banco. O Galo veio com seu time titular, o que fez muitas pessoas acharem que o Flamengo iria perder feio. A torcida do Flamengo respondeu ao chamado do time e encheu o Maracanã. No primeiro tempo, o Flamengo jogou uma grande partida e não deixou o Atlético se criar. A defesa muito firme com o uruguaio Varela e Ayrton Lucas nas laterais e Fabrício Bruno e Pablo formando uma excelente dupla de zaga. No meio de campo Matheuzinho jogou deslocado, juntamente com Victor Hugo e João Gomes. No ataque, Marinho, Cebolinha e Matheus França levavam a defesa do Atlético a loucura. Ayrton Lucas foi derrubado por dois jogadores do Atlético dentro da área, porém mais uma vez o árbitro e o VAR ignoraram o pênalti. Aos 37 minutos, Fabrício Bruno cruzou na medida para Everton Cebolinha ganhar na cabeça e mandar a bola para o fundo do gol. Explosão no Maracanã. Dois minutos depois, Cebolinha mandou a bola no ângulo e o goleiro tirou com a ponta dos dedos. No segundo tempo, o Atlético tentou diminuir a vergonha, tentando dar uma pressão no Flamengo. Foi quando o goleiro Santos e a defesa rubro-negra garantiram o placar. Final da partida e a vitória foi muito comemorada. Agora, era a decisão da Copa do Brasil.
Em 19 de outubro, mais de 70 mil torcedores foram ao Maracanã para a decisão da Copa do Brasil. A festa proporcionada pela torcida e pela organização da partida foi simplesmente sensacional. O Flamengo foi a campo com seu time titular, desfalcado de João Gomes. Arturo Vidal ocupou seu lugar. Santos, Rodinei, David Luiz, Léo Pereira, Filipe Luís, Arturo Vidal, Thiago Maia, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabriel e Pedro. Este foi o time do Flamengo para a decisão. O jogo começou e o Corinthians tentou marcar a saída de jogo do Flamengo, tentando dar uma pressão. Acontece que o Flamengo começou a tocar a bola e logo aos 6 minutos, Everton Ribeiro deixou Pedro cara a cara com Cássio. Ele tocou na saída do goleiro e saiu para comemorar junto à torcida, que fez o Maracanã explodir. O Corinthians sentiu o gol e por mais que tentasse, não conseguia levar perigo ao gol de Santos. O Flamengo, por sua vez, levava perigo ao gol de Cássio. Gabriel chegou a mandar uma bola na trave. No rebote, Arrascaeta mandou para as redes. Mas o VAR pegou um impedimento de centímetros de Gabriel. Uma pena. O Flamengo dominou o primeiro tempo, onde o time do Corinthians era totalmente dependente de Renato Augusto, para criar jogadas de ataque. A defesa do Flamengo muito firme, não deixou o goleiro rubro-negro ter trabalho. E o meio de campo, com Arturo Vidal, dava mais mobilidade ao ataque. Arrascaeta, que vinha jogando com dor no púbis, mostrava que não estava no melhor da sua forma. Mesmo assim, era muito perigoso. Fim de primeiro tempo, e o Flamengo poderia ter feito pelo menos mais um gol. No segundo tempo, o Corinthians se viu obrigado a sair para o ataque. Antes da partida, os próprios corinthianos torciam pelo empate. Eles se garantiam em Cássio numa decisão por pênaltis. Mas, perdido por um, perdido por mil. Com isso, o Corinthians começou a ter mais posse de bola e o Flamengo foi se retraindo. Em alguns contra ataques, o Flamengo levava perigo. Tanto que Cássio defendeu um chute cara a cara de Arrascaeta e Everton Ribeiro chegou a marcar um gol. Mas, novamente o VAR pegou um impedimento de centímetros de Gabriel. A partir de 20 minutos, o Flamengo passou a viver um drama. Arturo Vidal já não conseguia dar ritmo ao meio de campo e a marcação ficou mais difícil. Sem João Gomes, o treinador Dorival Júnior improvisou Matheuzinho no meio de campo. Logo depois, Thiago Maia sentiu o joelho direito e pediu para sair. Entrou em seu lugar Fabrício Bruno, que revezou com David Luiz a marcação no meio de campo e na zaga. Arrascaeta se arrastava em campo e foi substituído pelo jovem Victor Hugo. E para terminar, Pedro não se sentiu bem e deu lugar a Everton Cebolinha. Com o meio de campo esfacelado, o Flamengo passou a levar um sufoco do Corinthians. A bola não saía da defesa do Flamengo e a pressão somente aumentava. Aos 38 minutos, após cruzamento na área, o Corinthians empatou a partida. Foi uma ducha fria na torcida do Flamengo, que mesmo assim, não parou de incentivar. Mas, dava para escutar os gritos da torcida do Corinthians. Mais 12 minutos foram jogados e o Flamengo conseguiu segurar o ímpeto corinthiano. Final de jogo e a decisão foi para os pênaltis. Os corinthianos estavam muito confiantes, pois tinham em Cássio um grande trunfo. O Corinthians marcou primeiro. E logo no primeiro pênalti do Flamengo, Filipe Luís bateu e Cássio pegou. O Corinthians chegou a fazer 3 x 1. David Luís e Léo Pereira mantiveram as esperanças rubro-negras. Foi quando o lateral direito Fagner mandou a bola no travessão. O Flamengo empatou em 4 x 4 com Everton Ribeiro e Gabriel e a decisão foi para as cobranças alternadas. O Corinthians fez 5 x 4 e o Flamengo empatou com Cebolinha. Matheus Vital chutou a bola na arquibancada e bastaria o Flamengo marcar para ser campeão. Tudo estava nos pés de Rodinei. Tão criticado e polêmico, ele poderia dar o tetracampeonato da Copa do Brasil ao Flamengo. Neste momento, passou um filme na cabeça do torcedor do Flamengo. O jogo esteve a feição do Flamengo no primeiro tempo, onde poderia ter feito mais gols e ter acabado com o sofrimento. Viu o Flamengo se desmanchar em campo e o Corinthians dar sufoco, até conseguir o empate. Viu o Corinthians ficar grande parte da decisão por pênaltis na frente e ainda teve que torcer para Cássio não defender outra cobrança rubro-negra. E, finalmente, viu Rodinei se preparar para cobrar o pênalti, que poderia ser o da consagração. Coração a mil, nervos a flor da pele e lá foi Rodinei em direção da bola. Ele chutou e a bola entrou a direita de Cássio, que pulou para o outro lado. Explosão incontida no Maracanã, no Rio de Janeiro, no Brasil, no mundo e até em outras galáxias. Flamengo tetracampeão da Copa do Brasil, num sofrimento enorme. Quantos corações não bateram descompassados ? Quantas lágrimas não foram derramadas ? Tanto na vitória, quanto pela derrota ? O que se seguiu foi uma festa enorme, que varou a madrugada e ninguém ia embora do Maracanã. Para esta geração super vitoriosa, era o título que faltava. Mas em dez dias, o Flamengo iria decidir a Libertadores da América em Guayaquil, no Equador. Ficava a esperança de mais um título.
Mas, voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi a Belo Horizonte enfrentar o América Mineiro em 22 de outubro. O Flamengo jogou com seu time reserva. Com um gol de Matheus França, o Flamengo fez 1 x 0, mas acabou tomando o empate. Mas, antes do final do primeiro tempo, Everton Cebolinha fez um belo gol e marcou o segundo gol. No segundo tempo, apesar da pressão do time mineiro, o Flamengo conseguiu marcar mais três pontos.
Em 25 de outubro, o Flamengo disputou sua última partida antes da decisão da Libertadores. A partida foi contra o Santos, no Maracanã. No primeiro tempo, se não fosse as grandes defesas do goleiro santista João Paulo, o Flamengo já sairia com pelo menos 3 gols. Mas conseguiu fazer 1 x 0 com um golaço de Pedro, de letra. No segundo tempo, o Flamengo sofreu o empate, mas num golaço de Marinho voltou a ficar na frente no placar. Logo depois, Arrascaeta fez outro golaço. No final da partida, o Santos conseguiu seu segundo gol, mas a vitória do Flamengo já estava assegurada. Agora, seria a decisão da Libertadores.
Em 29 de outubro, o Flamengo decidiu a Taça Libertadores da América jogando contra o Athlético Paranaense, no estádio Monumental Isidro Romero Carbo, do Barcelona de Guayaquil, Equador. O Flamengo foi a campo com Santos, Rodinei, Léo Pereira, David Luiz, Filipe Luís(Ayrton Lucas), João Gomes, Thiago Maia(Arturo Vidal), Arrascaeta(Victor Hugo), Everton Ribeiro, Pedro e Gabriel(Everton Cebolinha). A torcida do Flamengo era maioria absoluta no estádio. No início da partida, o Athlético surpreendeu com uma marcação fechada e atacando o Flamengo. Chegou a ter duas grandes chances de gol, uma defendida pelo goleiro Santos e outra onde a bola foi chutada por cima do gol. Aos poucos, o Flamengo foi melhorando sua marcação e começou a levar perigo ao gol de Bento. Após entrada violenta em Gabriel, Pedro Henrique recebeu um cartão amarelo. Filipe Luís se contundiu e teve que dar lugar a Ayrton Lucas. Aos 43 minutos, o mesmo Pedro Henrique deu um pontapé em Ayrton Lucas e foi expulso. Logo após, aos 49 minutos, Everton Ribeiro fez grande jogada pela direita e cruzou na medida para Gabriel estufar as redes do goleiro Bento. Comemoração da torcida do Flamengo em todo o mundo. No segundo tempo, o Flamengo dominou a partida, mas mesmo com um jogador a menos, o Athlético passou a levar algum perigo ao gol do Flamengo. Gabriel chegou a perder um gol cara a cara com o goleiro. No último minuto, Santos fez grande defesa numa cobrança de falta. Logo após, o árbitro deu por encerrada a partida e a festa em campo, no estádio, no Brasil e em todo o mundo foi enorme. Flamengo tricampeão da Libertadores e Pedro terminou como artilheiro e eleito o melhor jogador do torneio. A festa da torcida nas ruas do Rio de Janeiro foi enorme, como foi em 2019. Somente não foi no dia seguinte a partida, pois no dia 30 haveria eleições para presidente da república. A festa aconteceu dois dias após. O trabalho realizado pelo técnico Dorival Júnior rendeu grandes frutos. Tanto que ele foi cogitado a substituir Tite na Seleção Brasileira. O Flamengo foi o clube que mais arrecadou, ultrapassando mais de 1 bilhão em premiações e patrocínios. Era o final de ano dos sonhos de torcedor rubro-negro. Pena, que no vestiário, logo após a grande conquista, o diretor de futebol do Flamengo, Marcos Bráz, puxou o coro de “Real Madrid pode esperar, a sua hora vai chegar”. Isto seria uma das armas que nossos adversários passariam a usar contra nós o tempo inteiro. Mas, isto é história para mais adiante.
Mas, ainda faltavam 4 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras havia disparado na liderança e estes jogos se tornaram amistosos. Em 02 de novembro, o Flamengo enfrentou o Corinthians no Maracanã, jogando com seu time reserva. O goleiro Cássio fechou o gol. No final do primeiro tempo, o Corinthians marcou 1 x 0. No início do segundo tempo, o Flamengo empatou com um gol de Matheus França. Durante o segundo tempo, o Flamengo continuou perdendo chances de gol. E como castigo, num contra ataque, o Corinthians fez 2 x 1. A torcida nem ligou, pois o ano já havia praticamente terminado e as metas foram alcançadas.
Em 06 de novembro, o Flamengo foi a Curitiba com seu time reserva. O Coritiba jogava para não cair para a segunda divisão. O jogo foi equilibrado, com chances de cada lado. No final do segundo tempo, Diego fez um pênalti bobo, que foi confirmado pelo VAR. Final Coritiba 1 x 0 e livre do rebaixamento. A torcida do Flamengo ainda estava comemorando os títulos.
Em 09 de novembro, o Flamengo jogou em Caxias do Sul contra o Juventude. Jogou com seu time reserva novamente. Fez 1 x 0 com Matheuzinho, mas tomou a virada. No segundo tempo, empatou com um gol de Werton. Só faltava agora mais um jogo para terminar a temporada.
Em 12 de novembro, o Flamengo encerrou a temporada jogando no Maracanã contra o Avaí. Nesta partida ocorreram as despedidas do goleiro Diego Alves e do meio campo Diego, também chamado de Diego Ribas. Apesar de estar vencendo por 1 x 0, gol contra de Wellington Carvalho, o Flamengo acabou tomando a virada, perdendo uma penca de gols. Com isso, o Flamengo deu férias a todo o elenco, já que com a realização da Copa do Mundo do Qatar a partir de 20 de novembro, a temporada de futebol ficou mais curta. Mas, a torcida do Flamengo estava feliz com as conquistas.
No Futebol de Base, o Flamengo conquistou o Brasil Soccer Cup Sub 16, o Campeonato Carioca Dente de Leite (Sub 6), a Copa Brasileirinho Internacional Sub 17 e Sub 14, a Copa Gramado Laguetto Sub14, a Copa Dente de Leite Sub 8 2022.1 e 2022.2, a Copa Integração Sub 13, a Copa Olaria Renovado Sub 16, a Iber Cup Madri Sub 14, a Iber Cup Rio de Janeiro Sub 9 e Sub 14, a Taça Guanabara Sub 15, a Taça Guanabara Sub 12, a Taça Guanabara Sub 11, a Taça Guanabara Sub 7, a Taça Rio Sub 20 e o Torneio CFZ Sub 13, Sub 12, Sub 11 e Sub 10. Ao todo, foram 42 conquistas (vide lista no início do capítulo) e recorde na história do clube.
No Futebol Feminino, o Flamengo conquistou o Brasil Ladies Cup Adulto, a Taça Guanabara Adulto, a Taça Guanabara Sub 20 e Sub 17 e a Unifoot Diamante Pró Sub 20.
No Futebol de Praia, o Flamengo conquistou o Campeonato Carioca Masculino.
No Futebol Society o Flamengo conquistou o Torneio Rio-São Paulo Masculino.
No Futebol de Botão (Futmesa), o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro categoria
Dadinho.
No Futsal, o Flamengo conquistou o Campeonato Carioca Sub 11, Sub 9 e Sub 7, a Super Copa América Sub 10 e Sub 8 Masculino.
O Basquete conquistou o bicampeonato Mundial da FIBA. Como foi campeão da Champions League das Américas no ano anterior, o Flamengo se classificou para disputar o mundial disputado no Cairo, Egito. Em 2014, o Flamengo foi campeão mundial pela primeira vez. Em 2019, foi vice campeão. E em 2022, conquistou novamente o mundial. Na primeira partida, o Flamengo derrotou o time norte americano do Lakeland Magic, filial do Orlando Magic por 94 x 71. Na grande final, em 13 de fevereiro, o Flamengo derrotou o espanhol e vencedor da Liga dos Campeões da Europa, o San Pablo Burgo, por 75 x 62. O elenco campeão mundial foi formado por Yago Santos, Franco Balbi, Luke Martinez, Vítor Faverani, JP Batista, Dar Tuker, Rafa Mineiro, Brandon Robinson, Matheus Leoni, Túlio da Silva, Rafael Rachel e Olivinha. Todos capitaneados pelo treinador Gustavo de Conti. Também conquistou o Campeonato Estadual Adulto Masculino, o Campeonato Estadual Sub 17, Sub 15 e Sub 12 Masculino e a Copa Sulamericana Sub 14 Masculino . No Basquete 3 x 3 o Flamengo conquistou a Copa Rio Sub 18 e Sub 15 Masculino.
No Beach Soccer o Flamengo conquistou o Campeonato Carioca Adulto Masculino.
No Karatê, o Flamengo conquistou a Copa Cidade Maravilhosa.
Na Ginástica Olímpica, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Adulto Feminino, Juvenil Feminino e Pré Infantil Feminino, o Campeonato Estadual Adulto Feminino, Adulto Masculino, Juvenil Feminino e Masculino e Infantil Feminino e Masculino, Pré Infantil Feminino e Masculino e Mirim Masculino.
No Judô, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual por Equipes, Sênior Misto, Sub 21 Feminino e Masculino, Sub 13 Feminino, o Meeting Nacional Sub 21 e o Troféu Brasil Feminino.
Na Natação, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual Absoluto de Inverno e Verão, Infantil de Inverno e Verão, Júnior de Inverno e Verão, Juvenil de Inverno e Verão, Petiz de Verão, Mirim de Inverno e Verão e Sênior de Inverno e Verão. Também conquistou o Festival Sudeste Mirim de Inverno e Verão, Petiz de Inverno e Verão e o Troféu Eficiência.
No Nado Sincronizado o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Sênior, Júnior, Juvenil e Infantil. Também o Campeonato Estadual Absoluto, Sênior, Júnior e Infantil.
No Pólo Aquático, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual Sub 20 Feminino e Masculino, Sub 19 Masculino, Sub 16 Feminino e Masculino e o Torneio Pab Kids Misto.
No Remo, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro, o Campeonato Brasileiro de Barcos Curtos e de Barcos Longos, o Campeonato Brasileiro de Jovens Talentos, o Campeonato Brasileiro de Para Remo. Também conquistou o Campeonato Estadual Júnior A e Sub 23 e o Troféu Eficiência.
No Vôlei, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Sub 21 Feminino, Sub 19 Feminino, Sub 18 Feminino e Sub 17 Feminino e Masculino Também conquistou o Campeonato Estadual Sub 21 Feminino e Masculino, Sub 19 Feminino e Sub 15 Feminino e Masculino. Também conquistou a Taça Rio Sub 21 Feminino, Sub 19 Feminino e Sub 15 Masculino. E por fim, conquistou o Torneio Início Sub 15 Masculino.
2023
Presidente: Rodolfo Landim
Títulos:
Futebol: Campeonato Brasileiro de Juniores (Sub 20)
Copa Rio Sub 17
Liam Brady Cup Sub 16 (Inglaterra)
Brasil Soccer Cup Sub 16
Iber Cup Madrid Sub 15 (Espanha)
Campeonato Brasileiro (Liga Desenvolvimento) Sub 14
Abano Football Trophy Sub 14 (Itália)
Copa Voltaço Sub 14
Taça Guanabara Sub 14
Taça Guanabara Sub 13
Torneio CFZ de Clubes Sub 12
Torneio CFZ de Clubes Sub 11
Taça Guanabara Sub 11
Taça Guanabara Sub 10
Copa Dente de Leite Sub 8
Torneio Pratas do Ninho Sub 8
Copa Dente de Leite Sub 7
Torneio Pratas do Ninho Sub 7
Taça FERJ Sub 7
Campeonato Carioca Sub 6
Copa Rio Kids Sub 6
Taça Guanabara Feminino
Campeonato Carioca Feminino
Copa Rio Adulto Feminino
Copa Rio Sub 17 Feminino
Futebol de Areia: Circuito Brasil de Beach Soccer Feminino Adulto
Futebol de Mesa: Taça Abertura de Equipes 4 x 4 categoria “dadinho”
Futebol de Salão: Super Copa América Sub 10
Super Copa América Sub 9
Basquete: Campeonato Estadual Adulto masculino
Remo: Campeonato Brasileiro
Campeonato Estadual de Remo
Regata Remo do Futuro 2023.1
Campeonato Brasileiro de Para Remo
45ª Regata da Escola Naval
Campeonato Brasileiro de Jovens Talentos
Natação: Campeonato Brasileiro Sênior de Inverno
Campeonato Brasileiro Júnior de Inverno
Campeonato Estadual Sênior de Inverno
Campeonato Estadual Júnior de Inverno
Campeonato Estadual Juvenil de Inverno
Campeonato Estadual Infantil de Inverno
Campeonato Estadual Petiz de Inverno
Festival Sudeste Petiz de Inverno
Campeonato Estadual Júnior de Verão
Nado Sincronizado: Campeonato Estadual Absoluto
Campeonato Estadual Sênior
Campeonato Estadual Júnior
Campeonato Estadual Juvenil
Campeonato Estadual Infantil
Campeonato Brasileiro Sênior
Campeonato Brasileiro Juvenil
Campeonato Brasileiro Infantil
Pólo Aquático: Campeonato Estadual Adulto
Campeonato Estadual Sub 18 Masculino de Inverno
Campeonato Estadual Sub 16 Feminino de Inverno
Campeonato Estadual Sub 16 Masculino de Inverno
Campeonato Estadual Sub 14 Feminino de Inverno
Campeonato Estadual Sub 14 Masculino de Inverno
Campeonato Estadual Sub 18 Masculino de Verão
Campeonato Estadual Sub 16 Masculino de Verão
Campeonato Estadual Sub 14 Feminino de Verão
Campeonato Estadual Sub 14 Masculino de Verão
Festival Sub 13 Misto de Verão
Ginástica Olímpica: Campeonato Brasileiro Feminino
Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino
Campeonato Brasileiro Infantil Feminino
Campeonato Brasileiro Pré Infantil Feminino A
Campeonato Brasileiro Pré Infantil Masculino
Judô: Campeonato Estadual
Campeonato Estadual Sênior Misto
Campeonato Estadual Sub 21 Feminino
Campeonato Estadual Sub 15 Feminino
Campeonato Estadual Sub 15 Masculino
Campeonato Estadual das Categorias de Base Sub 15
Campeonato Estadual Sub 13 Masculino
Campeonato Estadual das Categorias de Base Sub 13
Torneio Aberto Nacional Sub 23
Torneio Rio de Janeiro Sub 18
Torneio Rio de Janeiro Sub 15
Karatê: Copa Macaé (Geral, Sênior, Cadete, Júnior, Sub 8, Sub 10, Sub 12, Sub 14, Sub 21 e Paralímpico)
Campeonato Estadual
Vôlei: Campeonato Carioca Feminino
Campeonato Brasileiro Sub 16 Masculino
Campeonato Brasileiro Sub 16 Feminino
O Flamengo começou 2023 indo ao mercado. Contratou Gerson, que retornava ao Flamengo depois de jogar na França. Também fez um pré contrato com o goleiro Rossi do Boca Juniors, mas ele somente poderia vir em julho. Chegou a negociar João Gomes para a Inglaterra, mas John Textor, o dono do Botafogo, atravessou o negócio, querendo levar o jogador para o Lyon da França. Mas, no final prevaleceu a vontade do jogador de ir para a Inglaterra. O treinador Dorival Júnior também não continuou, pois o Flamengo ficou temeroso dele ir para a Seleção Brasileira e não encontrar mais alguém de qualidade no mercado. Foi contratado o treinador português Vítor Pereira, que saiu do Corinthians, deixando os torcedores do Timão furiosos.
Um fato marcante neste início de temporada: o Flamengo deu aos jogadores cinqüenta dias de férias. Tudo com o aval da diretoria, do presidente e do técnico Dorival Júnior. A pré temporada foi de apenas 15 dias e isto seria o primeiro erro de muitos neste ano.
Em 12 de janeiro, o Flamengo estreou no Campeonato Carioca contra o Audax Rio, no Maracanã. Jogou com seu time Sub 20 e venceu por 1 x 0, gol de Matheus França, que vinha despontando como uma grande promessa desde o ano anterior. E o Flamengo teria que ter um grande elenco, pois disputaria 8 títulos neste ano: Taça Guanabara, Campeonato Estadual, Super Copa do Brasil, Recopa Sul Americana, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores da América e o Mundial de Clubes da FIFA.
Em 15 de janeiro, mais de 51 mil torcedores foram ao Maracanã para ver Flamengo x Portuguesa. Foi a estréia do treinador Vítor Pereira, que colocou em campo o time titular, para ganhar ritmo de jogo. Os desfalques foram Filipe Luís e Léo Pereira, que estavam contundidos. Bruno Henrique e Rodrigo Caio continuavam em tratamento desde o ano anterior. A partida foi um treino de luxo. O Flamengo se impôs e dominou completamente as ações. Após jogada de Ayrton Lucas, que cruzou na área, Pedro marcou de peito. Logo depois, Gabriel chutou de fora da área, o goleiro tocou na bola, que bateu na trave e entrou. Já no final do primeiro tempo, Ayrton Lucas atrasou uma bola de cabeça, mas deu um presente para que o atacante da Portuguesa deslocasse Santos. Na segunda etapa, o panorama não se modificou. O Flamengo foi senhor absoluto do jogo. E naturalmente os gols foram saindo. Primeiro, Pedro fez grande jogada na linha de fundo e cruzou para Fabrício Bruno marcar o terceiro gol. E no final, Matheuzinho foi a linha de fundo e tocou para Thiago Maia, que mandou a bola no ângulo. Vitória de 4 x 1 que deixou a torcida feliz e esperançosa para as disputas de títulos que viriam.
Em 18 de janeiro, Flamengo e Madureira se enfrentaram em Cariacica, Espírito Santo, pelo Campeonato Estadual. O Flamengo manteve o time titular para ganhar ritmo de jogo, principalmente para os jogos decisivos que iriam acontecer. O Madureira jogou na retranca e a partida foi um ataque contra a defesa. Mas, o Flamengo também não realizou uma boa partida, jogando com lentidão e não conseguindo levar muito perigo ao gol adversário. As maiores chances de gol aconteceram numa cabeçada à queima roupa de Léo Pereira no primeiro tempo e uma bola chutada na trave por Gabriel. Foi um empate sem graça. Mas, o Flamengo ainda iria melhorar.
Em 21 de janeiro, no Maracanã, o Flamengo mandou a campo um time com apenas 3 titulares para enfrentar o Nova Iguaçu. No primeiro tempo, o Flamengo abril o placar com um gol de Pedro. Logo depois, o zagueiro Fabrício Bruno fez o segundo gol de cabeça. No segundo tempo, com a entrada dos titulares Léo Pereira, Arrascaeta, Gabriel, Thiago Maia e Everton Ribeiro, o jogo ficou mais fácil. Com 2 gols de Gabriel e mais um gol de Pedro, o Flamengo venceu por 5 x 0 sem maior dificuldade.
Em 24 de janeiro, o Flamengo levou para Volta Redonda seu time Sub 20 para enfrentar o Bangu. Era uma forma de preservar os titulares para a decisão da Super Copa do Brasil que seria disputada contra o Palmeiras em 28 de janeiro. Tivemos também o retorno de Rodrigo Caio, que esteve por mais de 6 meses afastado dos campos devido a uma contusão grave no joelho. No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado, mas o Bangu saiu na frente com um gol aos 44 minutos. No segundo tempo, o Flamengo partiu para o ataque. Após um erro na saída de bola do Bangu, o Flamengo recuperou a bola e com um chute de Lorran no ângulo, o Flamengo empatou a partida. Com este gol, Lorran se tornou o jogador mais jovem a marcar um gol pelo time profissional do Flamengo, já que ele tinha 16 anos. Ele superou Vinícius Júnior, que marcou um gol com 17 anos. O Flamengo teve até chances para virar o placar, mas não foi possível. Com o empate, o Flamengo se manteve em primeiro lugar na tabela, mas tinha dois jogos a mais que o Fluminense. Mas, agora era voltar as atenções para a decisão da Super Copa do Brasil.
Em 28 de janeiro, Flamengo e Palmeiras jogaram no estádio Mané Garrincha, em Brasília, para decidirem a Super Copa do Brasil. Times completos e com força máxima. Mais de 56 mil torcedores. Dos 7 títulos que o Flamengo teria que disputar, este seria o primeiro. O jogo começou equilibrado, mas numa falha do goleiro Santos, quase o Palmeiras abriu o placar. Logo depois, Arrascaeta foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti para o Flamengo. Gabigol, com sua categoria de sempre, colocou bola para um lado e o goleiro para outro. A partir do gol, o Flamengo deixou de atacar com maior freqüência e o Palmeiras partiu para cima. Empatou e virou o placar antes do final do primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo voltou com uma postura mais agressiva e aos 6 minutos Gabigol tocou por cima do goleiro e empatou a partida. O Flamengo estava melhor, mas uma bola tocou no braço de Everton Ribeiro dentro da área e o árbitro marcou o pênalti. Palmeiras 3 x 2. O Flamengo não se perturbou e partiu para novo empate. Numa grande jogada na linha de fundo, Ayrton Lucas cruzou e Pedro, de calcanhar, empatou novamente a partida. O jogo estava aberto, onde os dois times poderiam marcar. Pedro chegou a perder uma grande chance quando entrou sozinho, demorou a chutar e deixou um zagueiro colocar a bola na linha de fundo. Aí veio o lance capital da partida. O Palmeiras atacou pela esquerda e cruzou a bola na área. Ela foi chutada de forma até fraca, mas acabou entrando. Acontece que, um jogador do Palmeiras estava em posição de impedimento e atrapalhou o goleiro Santos, que chegou a ser tocado por ele. E o VAR? Se manifestou? Claro que não e o gol foi confirmado. A partir daí, o Flamengo foi todo ao ataque, mas não conseguiu marcar. Final de partida e um gosto amargo de derrota e a perda de um título. Mas, vida que segue.
Em 1 de fevereiro, o Flamengo voltou ao Maracanã para enfrentar o Boavista pelo Campeonato Estadual. Seria o último jogo antes do embarque para o Marrocos, onde o Flamengo disputaria o Mundial de Clubes da FIFA. Para este jogo, o Flamengo não contou com o goleiro Santos, que apresentou dores musculares. Seu substituto foi Matheus Cunha, que se mostrou até então, um bom goleiro. O restante do time foi composto por titulares. O jogo em si foi um ataque contra defesa, com o Boavista jogando por um contra ataque. Em sua melhor chance de gol, Matheus Cunha fez grande defesa após cobrança de falta na entrada da área. O Flamengo tocava, tocava, mas não conseguia furar a retranca do Boavista. Quando conseguiu chegar ao gol, o goleiro Fernando defendia todas. Gerson chegou a mandar uma bola na trave. Mas, o placar não foi movimentado no primeiro tempo. Para o segundo tempo, o Flamengo intensificou as jogadas de ataque e o Boavista manteve sua forma de jogar. As chances começaram a aparecer, mas a retranca do Boavista estava dando conta. Aos 22 minutos, Gabigol cruzou uma bola na área e Pedro entrou na velocidade e de carrinho tocou a bola para o fundo do gol. Alívio para mais de 35 mil torcedores que estavam no Maracanã e todos no Brasil e no mundo. A partir do gol tomado, o Boavista partiu para o ataque e chegou a levar algum perigo, mas o goleiro Matheus Cunha se apresentou muito bem. No final, após algumas substituições, Everton Cebolinha chutou da entrada da pequena área e o goleiro Fernando fez um milagre. Fim de partida, com o Flamengo liderando a Taça Guanabara. Agora, as atenções estariam voltadas para o Mundial de Clubes no Marrocos. Apesar de estar sediada no Marrocos, todo o dinheiro que financiou o torneio veio da Arábia Saudita.
A delegação do Flamengo viajou para o Marrocos e ficou hospedada em Tânger, onde jogaria a semi final contra o Al Hilal da Arábia Saudita. A outra semifinal ficaria entre Real Madri e Al Ahly. A partida foi jogada no estádio Ibn Batouta e o Flamengo levou a campo o que tinha de melhor. No time saudita havia a presença de dois ex-rubro-negros: Cuellar e Michael. Mal o jogo começou e o árbitro marcou um pênalti contra o Flamengo, cometido por Matheuzinho. O time saudita marcou 1 x 0. O Flamengo demorou a tocar a bola com mais qualidade, mas acontece que o árbitro romeno começou a amarelar o time do Flamengo e se mostrar muito rigoroso nas marcações contra o time brasileiro. Ele deu cartão amarelo a Gerson por simulação de pênalti, para Gabigol e David Luiz, com 15 minutos de jogo. Em um ataque bem tramado, Matheuzinho tocou para a direita e Pedro chutou de primeira para empatar a partida. O time saudita não havia dado nenhum chute ao gol de Santos, até então. Foi quando nos acréscimos do primeiro tempo, o VAR chamou o árbitro romeno Kovacs e este viu um pisão no tornozelo dado por Gerson. Pênalti e expulsão de Gerson. Al Hilal 2 x 1, com dois chutes a gol no primeiro tempo. Para o segundo tempo, o treinador português Vitor Pereira, acabou de afundar o Flamengo. Além de jogar com menos um jogador, ele tirou de campo as duas cabeças pensantes deste time: Arrascaeta e Everton Ribeiro. A partir daí, o Al Hilal dominou a partida, ficou com mais posse de bola e não fez mais gols por pura incompetência. O Flamengo era um bando dentro de campo. E em mais uma bola errada no meio de campo, o Flamengo tomou o terceiro gol. Aos 45 minutos, Pedro ainda marcou o segundo gol, mas não havia tempo e nem condições para empatar a partida e levá-la para prorrogação. Foi uma grande decepção e um grande vexame. Em 8 jogos disputados no ano, era o segundo título que o Flamengo jogava fora. E o preparo físico era visivelmente fraco.
Em 11 de fevereiro, o Flamengo voltou ao estádio de Tânger, para a disputa do 3º lugar no Mundial de Clubes da FIFA. O Flamengo não contou com Matheuzinho barrado, Léo Pereira e Filipe Luís machucados e Gerson, que foi expulso. O Al Ahly era o atual campeão egípcio e havia perdido para o Real Madri por 4 x 1. Mas fez jogo duro, tanto que perdia por apenas 2 x 1 até os 40 do segundo tempo. Era um time veloz e que tocava bem a bola. No primeiro tempo, o Flamengo saiu na frente, após Varela ter sido derrubado e o VAR chamar o árbitro para confirmar o pênalti. Gabriel cobrou com a categoria de sempre e fez 1 x 0.
Ele ainda perdeu duas grandes oportunidades para fazer o segundo gol. Com o passar do tempo, o Al Ahly melhorou e foi envolvendo o Flamengo. No final do primeiro tempo, após escanteio, o time egípcio empatou de cabeça. Na segunda etapa, o Flamengo não se encontrava em campo e era dominado. Um pênalti foi marcado contra o Flamengo, mas o goleiro Santos defendeu a cobrança. Logo depois, ele tomou o segundo gol, quando a defesa foi toda driblada e o chute foi no canto esquerdo, indefensável. O Al Ahly ainda teve uma grande chance num chute cara a cara, defendido por Santos. Aos 23 minutos, Ayrton Lucas foi derrubado e o pênalti foi marcado. Mas, o VAR chamou o árbitro, que desmarcou o pênalti e expulsou o defensor do time egípcio. A partir daí, com um jogador a mais, o Flamengo passou a dominar a partida. Pedro aproveitou uma saída errada do goleiro e empatou o jogo. Logo depois, novo pênalti marcado e Gabigol marcou o terceiro. E para terminar, Pedro recebeu um presente do zagueiro adversário e marcou o quarto gol. Arrascaeta ainda marcou, mas o gol foi anulado por impedimento. Com os 4 x 2 no placar, o Flamengo terminou o Mundial da FIFA em terceiro lugar. O treinador português Vítor Pereira dizia que o Flamengo estava em início de temporada e ainda iria melhorar. Mas, imagina enfrentar um Real Madrid no meio de sua temporada com o Flamengo sem condições físicas ideais, devido ao tempo excessivo de férias e pouco treinamento... Agora era voltar para o Campeonato Estadual e disputar a Recopa Sulamericana contra o Independiente Del Valle, que havia conquistado a Copa Sulamericana do ano anterior, vencendo o São Paulo.
Em 15 de fevereiro, o Flamengo foi a Volta Redonda enfrentar o time da casa pelo Estadual. O Volta Redonda era até então, o melhor dos pequenos, já derrotando Fluminense e Vasco da Gama durante a competição. O treinador Vítor Pereira não poderia contar com Léo Pereira, Fabrício Bruno e Rodrigo Caio, entregues ao departamento médico. Mas, ele surpreendeu tirando Everton Ribeiro e colocando o meio de campo com três cabeças de área. No primeiro tempo, o Flamengo teve dificuldades para chegar ao ataque e chance real somente teve uma com Arrascaeta, que chutou no travessão. O jogador Dudu do Volta Redonda abusou de fazer faltas violentas e somente não foi expulso, pois vossa excelência não quis. Ele acabou fazendo um pênalti em Gabigol, que foi marcado pelo auxiliar, já que não temos VAR(somente em clássicos e na fase final). Antes, o Volta Redonda havia aberto o placar, aproveitando um contra ataque muito bem feito. Acontece que Gabigol bateu o pênalti e perdeu. O Flamengo desceu para o vestiário perdendo de 1 x 0. Na etapa final, Vítor Pereira, tirou Gerson machucado e que não realizava uma boa partida e colocou Everton Ribeiro. O time melhorou muito. Numa deixada de bola de Pedro, Gabriel penetrou na área e chutou com raiva, no ângulo, empatando o jogo. Logo depois, ele perdeu um gol incrível. Mas, o Volta Redonda levava perigo a cada ataque. Foi quando Gabigol recebeu lançamento dentro da área e desempatou a partida. No último minuto, Arrasacaeta e Cebolinha armaram um contra ataque e Pedro escorou a bola para o fundo do gol, dando números finais ao jogo. Flamengo líder do campeonato, mesmo com jogos a menos. Mas com uma sequência pesada pela frente.
Em 18 de fevereiro, sábado de carnaval, o Flamengo jogou contra o Resende, em Volta Redonda. O treinador Vítor Pereira mandou a campo um time mesclado entre reservas e jogadores do sub 20. O motivo era preservar os jogadores titulares, que iriam viajar no dia seguinte para o Equador, para a disputa do primeiro jogo decisivo pela Recopa Sul Americana contra o Independiente Del Valle. O Flamengo dominou completamente o jogo, mas não conseguiu levar muito perigo ao gol do Resende, que jogou numa retranca enorme. No segundo tempo, o Flamengo continuou seu domínio, mas nada de gol. Aos 31 minutos, Matheus Gonçalves, de apenas 16 anos, chutou de fora da área, com efeito. O goleiro chegou a espalmar a bola, mas ela acabou entrando junto a trave esquerda. Logo depois, aos 34 minutos, Mateusão deixou André Luiz livre, para driblar o goleiro e marcar o segundo gol do Flamengo. Um fato interessante nesta partida foi o Flamengo atuar com cinco jogadores com nome Matheus (o goleiro Matheus Cunha, o lateral Matheuzinho e os atacantes Matheus Cunha, Matheus França e Mateusão). A vitória deixou o Flamengo em primeiro lugar na Taça Guanabara, com 4 pontos a frente do Botafogo. Mas, agora, era se concentrar em mais uma decisão.
Em 21 de fevereiro, em plena terça feira de carnaval, o Flamengo foi ao Equador enfrentar o Independiente Del Valle pelo título da Recopa Sulamericana. Choveu durante toda a partida, que foi disputada na altitude de 2800 metros de Quito. Com o desfalque de Gerson, o treinador Vítor Pereira montou um meio de campo com Arturo Vidal e Thiago Maia, não mexendo no quarteto formado por Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro. Mas, o Flamengo jogou de forma muito defensiva. A posse de bola do Independiente Del Valle foi maior, e apesar de ter chutado menos a gol, as chances do Flamengo foram melhores. Gabriel chegou a perder um gol cara a cara com o goleiro. No segundo tempo, o Flamengo caiu muito de produção e já não conseguia chegar ao ataque com perigo. Ao contrário, o time equatoriano aumentou sua pressão. Pedro teve que sair do jogo devido a dores na virilha, que passaram a preocupar o torcedor. Conforme o tempo ia passando, o Flamengo jogava para se defender. Pode ser que a altitude de Quito tenha cobrado seu preço, mas a atuação do time era muito ruim. Até que, aos 27 minutos, após cobrança de córner, o Independiente marcou de cabeça. Chegou a fazer o segundo gol, que foi anulado. O goleiro Santos falhou feio, mas o jogador adversário dominou a bola com o braço esquerdo. O VAR chamou o árbitro, que anulou o gol. Fim de jogo e a atuação do Flamengo foi tão ruim, que o placar foi até comemorado pelos torcedores rubro-negros. Agora, era torcer para que no Maracanã, longe da altitude e da chuva, o Flamengo pudesse reverter o placar e conquistar o título da Recopa.
Mas, antes da decisão, o Flamengo teria que jogar contra o Botafogo pelo Campeonato Estadual. O jogo foi marcado para Brasília e o Botafogo seria o mandante. A direção técnica do Flamengo decidiu mandar a campo um time formado por reservas e jogadores do Sub 20(já conhecido como o time dos Matheus), o que já deixou no ar a possibilidade de derrota, pois o Botafogo jogaria com seu time titular. Mal começou a partida, aos 26 segundos, a bola foi interceptada por Matheus Gonçalves, que avançou até o bico da pequena área e chutou por cima do goleiro alvi negro. Flamengo 1 x 0. Durante todo o primeiro tempo, o Flamengo segurou o ataque do Botafogo, mas quando foi preciso, o goleiro Matheus Cunha fechou o gol. No final do primeiro tempo, Mateusão foi derrubado na área e o árbitro e o VAR nada marcaram. Novidade ? No segundo tempo, o Botafogo tentou empatar a partida, mas encontrou o Flamengo bem postado em campo, não deixando que o ataque alvi negro levasse algum tipo de vantagem. No final da partida, tanto Flamengo quanto Botafogo tiveram gols anulados por impedimento. Mas, antes do final da partida, os jogadores do Botafogo perderam totalmente o controle emocional e 3 deles foram expulsos, sendo um deles que estava no banco de reservas. Um deles chegou a dar uma cabeçada no árbitro, após receber o cartão vermelho. Torcedores do Botafogo chegaram a invadir o campo, a polícia teve que intervir, enfim, foi um jogo conturbado no final. Afinal de contas, o time titular do Botafogo acabara de ser derrotado pelo time de reservas mesclado com jogadores do Sub 20 do Flamengo. Com 4 pontos de vantagem para o Fluminense, o Flamengo se encaminhava muito bem para a conquista da Taça Guanabara. Bastaria vencer o Vasco na penúltima rodada e a conquista estaria sacramentada com uma rodada de antecedência. Agora, as atenções estariam totalmente para a decisão da Recopa Sulamericana.
Em 28 de fevereiro, mais de 71 mil pessoas foram ao Maracanã para a final da Recopa Sulamericana entre Flamengo e Independiente Del Valle do Equador. O Flamengo foi a campo com o que tinha de melhor, não podendo contar com Léo Pereira, que estava machucado. Infelizmente, uma chuva constante não deu trégua durante a partida. O Flamengo começou dominando as ações, enfrentando um adversário fechado na defesa, mas que saía jogando, sem dar chutões. Um chute de Thiago Maia e uma cabeçada de Ayrton Lucas se chocaram com as traves, fazendo com que o Flamengo fosse para o intervalo com o 0 x 0 no placar. No segundo tempo, o Independiente Del Valle se fechou mais ainda na defesa. Tanto que, durante a partida, eles somente deram 1 chute a gol. O tempo ia passando e o gol não saía. A torcida incentivou o tempo inteiro, mas quando faltavam 2 minutos para o final, ela começou a protestar contra o time. Em campo, apesar de apresentar um futebol mais jogado na garra e na vontade, do que na técnica, os jogadores lutaram até o fim. Aos 51 minutos, o Flamengo armou seu último ataque. Gabriel lançou Everton Cebolinha na esquerda. Ele dominou a bola no peito e tocou para a marca do pênalti. Arrascaeta chutou de primeira e marcou o gol salvador. Explosão no Maracanã e a partida foi para a prorrogação. Durante a prorrogação, o Flamengo continuou dominando, mas não conseguiu marcar o gol da vitória. Com isso, a decisão foi para os pênaltis. Arrascaeta foi o primeiro a chutar e perdeu. Todos os outros pênaltis foram cobrados com perfeição, o que levou o Independiente Del Valle a conquistar o título da Recopa Sulamericana. Foi uma grande decepção para a torcida rubro-negra, que viu o Flamengo perder 3 títulos em menos de 2 meses, sendo vice campeão da Super Copa do Brasil e da Recopa Sulamericana. A pressão sobre o técnico português Vítor Pereira aumentou. Os jogadores, que não mostraram até então um futebol convincente, sempre com a alegação de que não estavam em forma ainda, deixavam a torcida cada vez mais furiosa. O certo é que, tudo levava a crer que a decisão da diretoria, principalmente do diretor de futebol Marcos Braz, de mandar embora o treinador Dorival Júnior e contratar o português Vítor Pereira, foi no mínimo, um grande erro. E a panela de pressão estava prestes a explodir. Agora, era recolher os cacos e tentar, pelo menos, ser campeão da Taça Guanabara e do Campeonato Estadual. Mas, nem isso, a torcida levava fé.
E para provar que a fase estava muito ruim, o Flamengo foi ao Maracanã em 5 de março para enfrentar o Vasco da Gama. Caso vencesse, seria campeão da Taça Guanabara com uma rodada de antecedência. O Flamengo jogou desfalcado de Pedro, devido a dores musculares. No início da partida, Arrascaeta mandou uma bola na trave e Gabriel perdeu um gol na cara do goleiro. O Vasco, por sua vez, mandou duas bolas na trave. Mas, foi só. Não houve uma equipe que havia dominado a partida. No segundo tempo, logo aos 4 minutos, uma bola rebatida pela defesa do Flamengo foi chutada de fora da área. Ela pegou um efeito e morreu no canto do gol rubro-negro. Um daqueles chutes que nunca mais vai acontecer. O Flamengo, meio que desordenado, partiu para o ataque e encontrou no goleiro vascaíno um verdadeiro paredão. Santos chegou a defender um pênalti para o Vasco, mas conforme o tempo passava, o Flamengo tentava atacar mais na base da correria do que na organização. Apesar das chances perdidas, o Flamengo não conseguiu o empate. Agora, era jogar o Fla Flu e tentar conquistar a Taça Guanabara, mesmo que com um empate. E a torcida cuspindo marimbondo, principalmente com o treinador Vítor Pereira e a diretoria, que mandou embora Dorival Júnior, que havia conquistado a Copa do Brasil e a Libertadores.
Em 8 de março, o treinador português Vítor Pereira surpreendeu a todos ao barrar 6 jogadores para a partida contra o Fluminense, que decidiria o campeão da Taça Guanabara. Ele já não contaria com David Luiz e Thiago Maia, contundidos. Ele retirou do time o goleiro Santos, Fabrício Bruno, Ayrton Lucas, Arturo Vidal, Guillermo Varela e Everton Ribeiro. Também não escalou Pedro, que foi relacionado para o jogo. Foram todos para o banco de reservas. Também formatou o time com 3 zagueiros, mesmo sem praticamente não ter treinado o time assim. A torcida do Flamengo ficou, no mínimo, temerosa quanto ao resultado final. O Flamengo jogou pelo empate para conquistar a Taça Guanabara. No primeiro tempo, o Flamengo surpreendeu a todos realizando uma marcação forte, em cima, não deixando o Fluminense atacar. Aos 18 minutos, Everton Cebolinha entrou driblando pela área e após passar por 4 adversários, chutou colocado, fazendo um golaço. Arrascaeta quase marcou o segundo gol. E após ganhar uma disputa de bola, Matheus França tocou para Gabigol marcar o segundo. Acontece que o VAR chamou o árbitro e o gol foi anulado. O árbitro marcou falta, que se fosse no meio de campo, certamente não seria marcada. Foi um primeiro tempo que a torcida do Flamengo não esperava. Mas, no segundo tempo, o Fluminense acabou dominando as ações e o gás do Flamengo foi acabando. Incrível como o preparo físico do time estava ruim. E já estávamos em março. Até quando? O Fluminense empatou e virou o placar aos 40 minutos. Depois de muita confusão e até mesmo a expulsão do sujo do Felipe Melo, o jogo acabou e o Flamengo acabara de perder mais um título. A pressão contra o técnico Vítor Pereira já estava insustentável. Ele conseguiu a façanha de perder 4 títulos em menos de 3 meses. Era demais para a torcida do Flamengo.
Mas, vida que segue. Em 13 de março, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar novamente o Vasco da Gama, agora, pela semifinal do Estadual. O treinador Vítor Pereira manteve os 3 zagueiros, colocando Matheuzinho e Ayrton Lucas como alas, Thiago Maia e Arturo Vidal protegendo o meio de campo e Arrascaeta, Gabriel e Pedro formando o ataque. Santos voltava a ser o titular do gol. A partida começou equilibrada, mas com 10 minutos, após cobrança de lateral. Rodrigo Caio deu um passe para o Vasco marcar 1 x 0. A torcida do Flamengo não acreditava que tudo iria continuar da mesma forma. Mas, o Flamengo partiu para o ataque e começou a chegar com mais perigo ao gol vascaíno. Aos 25 minutos, Matheuzinho cruzou para a área e a bola foi rebatida de cabeça pela defesa. Arrascaeta chutou de primeira uma bola dificílima e mandou no ângulo. Empate do Flamengo. Não demorou muito e a defesa do Flamengo falhou novamente, o que proporcionou ao Vasco o segundo gol. Acontece que o VAR anulou o gol por impedimento. Aos 41 minutos, o zagueiro do Vasco tentou sair jogando de dentro de sua área e deu um presente para Pedro. Ele dominou e chutou forte, no canto direito do goleiro e marcou o segundo gol, virando o placar para o Flamengo. E este foi o placar do primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo manteve a marcação e tentava ir ao ataque e fazer o terceiro gol. Mas, aos 13 minutos, após contra ataque, a bola foi cruzada pela esquerda e o Vasco empatou a partida. Com 3 zagueiros, que não estavam marcando ninguém, coube a Thiago Maia tentar evitar o gol, sem sucesso. A defesa do Flamengo mostrava-se fraca. Após as entradas de Everton Ribeiro e Everton Cebolinha, o Flamengo passou a tocar melhor a bola, mas a partida estava indefinida. Foi quando aos 24 minutos, Arrascaeta cobrou uma falta pela direita do ataque, indo a bola ao segundo pau. Fabrício Bruno veio na corrida e tocou de cabeça, quase em cima da linha, para marcar o terceiro gol do Flamengo. No final da partida, Pedro quase marcou o quarto gol, mas o goleiro vascaíno fez uma grande defesa. Fim de jogo, com uma notícia triste. Matheuzinho sofreu fratura da tíbia e ficaria fora do time por muito tempo. Como Varela estava com lesão no púbis, o Flamengo ficou sem lateral direito. A vantagem do empate passou a ser do Flamengo para a próxima partida, que iria definir quem iria para a final do Campeonato Estadual.
Em 19 de março, Flamengo e Vasco da Gama retornaram ao Maracanã para decidir a vaga para a final do Campeonato Estadual. O Flamengo jogou desfalcado de Matheuzinho. O técnico Vítor Pereira escalou Everton Cebolinha como ala pela direita, totalmente improvisado. Varela ficou no banco, pois não estava ainda totalmente recuperado da lesão muscular. Arrascaeta, que foi dúvida, foi a campo sem problemas, mas era visível que o problema no púbis ainda era uma realidade. No primeiro tempo, o Vasco começou com mais ímpeto, até porque a vantagem do empate era do Flamengo e somente a vitória interessava ao time da falsa “cruz de malta” (na verdade, a cruz da camisa do Vasco é a Cruz da Ordem de Cristo. Mas isto eles desconhecem). Mas, apesar do Vasco atacar mais, foi o Flamengo quem marcou primeiro. Ayrton Lucas fez uma grande jogada pela esquerda e tocou para a entrada da área. A bola bateu em um jogador do Vasco e se ofereceu para Pedro. Ele veio na corrida e chutou. A bola resvalou num zagueiro vascaíno e matou o goleiro. Flamengo 1 x 0. O Vasco partiu para cima e acabou empatando a partida após cobrança de escanteio. A bola foi cabeceada, apesar do Flamengo contar com três zagueiros e David Luiz ficar completamente perdido na jogada. A partida seguiu equilibrada até o final da primeira etapa. No segundo tempo, o Vasco partiu para cima com mais vontade e o Flamengo não conseguia levar perigo ao gol adversário. Gabriel era figura nula na partida. O treinador do Flamengo colocou em campo Arturo Vidal, Varela e Everton Ribeiro, tirando Everton Cebolinha, Rodrigo Caio e Gabriel. Foi logo chamado de burro pela torcida. Mas, o fato é que com essas mudanças, o Flamengo melhorou. Mas, o Vasco continuava a levar perigo ao gol de Santos. Logo depois, Vítor Pereira mandou a campo Matheus França e Léo Pereira nos lugares de Arrascaeta, com lesão na coxa, e Gerson. Logo depois, Matheus França roubou uma bola no meio de campo e correu em direção à área do Vasco. Foi quando sofreu um carrinho dentro da área e o pênalti foi marcado. Pedro bateu colocado e com força, desempatando o jogo aos 39 minutos. Aos 46 minutos, uma falta foi marcada no grande círculo. Pedro cobrou rapidamente, lançando Ayrton Lucas, que levou a bola até a área e chutou por cima do goleiro vascaíno, fechando o placar em 3 x 1 para o Flamengo. Com o resultado, o Flamengo estava classificado para enfrentar o Fluminense na final do Estadual, fato que ocorria pela quarta vez consecutiva. Nas duas primeiras, o Flamengo foi campeão. Acontece que a imprensa não cansava de exaltar o “grande futebol” do Fluminense e dizer que o Flamengo ainda precisava melhorar muito. E com isso, os tricolores eram considerados amplamente favoritos para a conquista do título, que somente seria decido duas semanas após, devido aos jogos das seleções nas famigeradas datas FIFA. Pelo menos, desta vez, não haveria jogos dos clubes nestas datas. Já era uma evolução. Muitas e muitas vezes o Flamengo jogou desfalcado em jogos importantes e decisivos, para que, seus jogadores pagos a preço de ouro, disputassem amistosos sem importância por suas seleções. Quando não voltavam machucados...
Após uma semana inteira de treinamentos, o Flamengo foi ao Maracanã em 1 de abril para iniciar a decisão do Campeonato Estadual. Apesar desse dia ser conhecido como o “dia da mentira”, a torcida do Flamengo teve que aceitar que, depois de muitos anos, o favoritismo seria do adversário. Além disso, a escalação oficial do jogo deixava Everton Ribeiro e Gabigol no banco de reservas. Sem contar que o Flamengo ficaria sem Arrascaeta por aproximadamente um mês, devido a contusão na coxa esquerda e as dores no púbis. E não contaria também com Matheuzinho devido a fratura na tíbia direita. Mesmo com tudo indicando que o Flamengo provavelmente não venceria, a torcida rubro-negra esgotou todos os seus ingressos e incentivou o time durante toda a partida. O técnico Vítor Pereira, convicto de suas idéias, mandou a campo um time com três zagueiros (Fabrício Bruno, David Luiz e Léo Pereira), dois alas(Varela e Ayrton Lucas), dois cabeças de área(Thiago Maia e Gerson) e os atacantes Matheus França, Pedro e Everton Cebolinha. A imprensa deixava claro que o treinador do Fluminense Fernando Diniz era o máximo e que o time do Fluminense era superior. Mas, cá para nós, o torcedor do Flamengo estava muito preocupado com o desfecho da história. No primeiro tempo, o Fluminense tentou impor seu toque de bola e o Flamengo, pelo menos até os 25 minutos do primeiro tempo, não conseguia chegar ao gol tricolor. Apesar do domínio tricolor, a única grande chance que o Fluminense teve veio de um passe errado de Gerson, que deu um presente para John Arias marcar. Santos fez uma grande defesa. Após os 30 minutos, o Flamengo começou a tocar melhor a bola e equilibrou a partida. E foi assim que o primeiro tempo acabou. Com 0 x 0 no placar e o Fluminense ligeiramente melhor. Para o segundo tempo, o Flamengo não realizou substituições no intervalo. Veio com o mesmo time, mas com um toque de bola melhor. Aos 5 minutos, o Flamengo foi ao ataque tocando a bola. Quando Cebolinha recebeu a bola na meia lua da área, Ayrton Lucas (o melhor jogador da partida disparado) apareceu livre pela esquerda. A bola foi tocada para ele, que de primeira, chutou no canto esquerdo de Fábio e estufou as redes do tricolor. Delírio no Maracanã. O Fluminense sentiu o golpe e tentou partir para o ataque. Entre 20 e 21 minutos, o Flamengo tocou a bola 27 vezes com seus 11 jogadores, até que Ayrton Lucas recebeu um passe na entrada da área. Ele penetrou pela esquerda e cruzou para o meio da área do Fluminense. Gabigol, que entrara no lugar de Cebolinha, não alcançou. Mas, Pedro chutou de primeira e fez 2 x 0 para o Flamengo. Antes do segundo gol, além de Gabigol, entraram Filipe Luís, Arturo Vidal e Everton Ribeiro, o que deixou o Flamengo com mais domínio de bola. Logo após o segundo gol do Flamengo, Ayrton Lucas recebeu uma entrada criminosa de Samuel Xavier, que foi expulso direto. O treinador do Fluminense também foi expulso, após discutir asperamente com o árbitro. O Flamengo manteve seu toque de bola e o goleiro Fábio ainda salvou o que seria o terceiro gol do Flamengo. Final da partida e a vitória não foi de mentira não. O Flamengo soube enfrentar o Fluminense e com garra e inteligência, deu um grande passo rumo ao título carioca.
Mas, antes da decisão, o Flamengo foi a Quito e seus 2800 metros de altitude para enfrentar o Aucas, campeão equatoriano e que também estava estreando na Libertadores. O técnico Vítor Pereira mandou a campo um time formado praticamente por reservas. Além da altitude, choveu muito durante a partida. Tudo parecia com o jogo contra o Independiente Del Valle. A partida foi disputada de forma muito truncada. Matheus França marcou o gol do Flamengo no final do primeiro tempo, fazendo uma jogada pessoal, entrando na área driblando seus marcadores e chutando com o bico da chuteira. No segundo tempo, o Flamengo cedeu o empate, demonstrando que o time já sentia e muito os efeitos da altitude. Vários jogadores não renderam nada. Após o empate, o treinador mandou a campo Varela, Gerson, Pedro, Ayrton Lucas e Everton Cebolinha. O time equatoriano chegou a marcar, mas o VAR mostrou uma falta sobre Varela no início da jogada. Mas, mesmo assim, o Flamengo não produzia nada. E aos 40 minutos, os equatorianos marcaram o gol da vitória. Foi uma estréia muito ruim do Flamengo na Libertadores.
Em 9 de abril, o Flamengo foi ao Maracanã disputar a final do Campeonato Estadual contra o Fluminense. O treinador Vítor Pereira mandou a campo um time com três zagueiros, com Thiago Maia e Gerson no meio de campo, mas dessa vez ele mandou Pedro e Gabigol jogarem juntos no ataque. A torcida e a imprensa criticavam demais a forma de trabalho do técnico, que parecia cada vez mais perdido na função. Mas, o que se viu no primeiro tempo, foi no mínimo revoltante. O Flamengo andou em campo como se fosse um bando sem noção, Devido a vitória de 2 x 0 no primeiro jogo da final, o Flamengo poderia até perder por 1 gol de diferença para ser campeão. Mas, o time não jogou absolutamente nada e tomou dois gols com extrema facilidade. A torcida do Flamengo não acreditava no que via em campo. Muitos até defendiam a tese de que o time estava fazendo o chamado “corpo mole” para que o treinador fosse demitido. Muitos até diziam que todos os treinadores que não adotavam a forma de jogar que o time queria, acabava não tendo vida muita longa no clube. E que havia um grupo de jogadores que praticamente mandavam no time, casos de Gabriel, Everton Ribeiro, David Luiz e Filipe Luís (antes também Diego Alves e Diego Ribas). Seja por apenas displicência ou de propósito, o fato é que a torcida do Flamengo foi amplamente desrespeitada pelo time em campo. No segundo tempo, o Flamengo até mostrou um pouco mais de empenho, mas não bastou muito para que o Fluminense marcasse mais dois gols e deixasse o Flamengo caído. Ayrton Lucas ainda marcou um gol no final, mas não dava tempo e o time não estava muito a fim de fazer mais alguma coisa. E olha que mais um gol do Flamengo levava a decisão para os pênaltis. Ao final, foi mais um grande vexame do Flamengo no ano, perdendo todos os títulos que disputara até então (Recopa Sulamericana, Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes, Taça Guanabara e Estadual). Ficava a possibilidade mais que evidente da diretoria, amplamente criticada, mandar embora o treinador Vítor Pereira e colocar outro em seu lugar. Mas, somente o fato da torcida pensar que o time “entregou” o título para o Fluminense, para que o técnico Vítor Pereira não o conquistasse e fosse mandado embora, causou uma grande revolta.
A pressão que vinha de todos os lados acabou levando o Flamengo a demitir o treinador Vítor Pereira, que entrou para a história do clube como um dos piores treinadores do futebol rubro-negro. Para o seu lugar, inicialmente, o Flamengo teria que dispor de Mario Jorge, treinador do time de juniores, que até então, estava realizando um grande Campeonato Brasileiro. A primeira opção para o lugar de treinador do Flamengo recaiu sobre Jorge Jesus, que estava na Turquia, treinando o Fenerbache. Outra opção seria o argentino Jorge Sampaoli, que estava desempregado. Mas, como a torcida queria Jorge Jesus de volta, o Flamengo passou a tentar contratá-lo antes de qualquer outro. O problema era que o contrato de Jorge Jesus com o time turco acabaria em final de maio e, sendo assim, o Flamengo teria que esperar mais de 50 dias para poder contar com o treinador. E neste tempo, o Flamengo teria vários jogos do Campeonato Brasileiro, da Libertadores e da Copa do Brasil. Era esperar para ver o que iria acontecer. Sem contar que, o presidente Rodolfo Landim se sentiu traído por Jorge Jesus em 2020, quando após ele ter assinado a renovação com o Flamengo, foi para o Benfica de Portugal. E assim, Landim sempre fez de tudo para não contratar Jorge Jesus.
Em 13 de abril, o Flamengo catou seus cacos e foi para Maringá, enfrentar o Maringá Futebol Clube. Antes, nas décadas de 70 e 80, o Flamengo havia jogado contra o Grêmio Maringá, que era outro clube. O Flamengo foi a campo sob o comando de Mario Jorge, que de cara, acabou com a história de três zagueiros, tentando re-implantar a forma de jogar do Dorival Júnior. Arrascaeta continuava de fora (e como fazia falta!) e Bruno Henrique já estava de volta ao banco de reservas. No início da partida, o Flamengo tentou chegar ao gol adversário, mas era evidente que o time não estava bem. Tanto, que tomou um gol ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, o que era ruim, piorou muito. Um time apático, sem repertório, sem meio de campo, com Gabriel sem marcar há 10 partidas e demonstrando uma total falta de forma física. Everton Ribeiro não era nem de perto o jogador que já deixou a todos de boca aberta com seu futebol. Gerson até agora não disse para que veio e porque o Flamengo gastou uma verdadeira fortuna para trazê-lo de volta. A defesa totalmente perdida, com David Luiz não jogando nada. Enfim, era um bando em campo. E o Maringá fez o segundo gol, tornando a missão de reverter a situação em algo mais difícil ainda. Ao final da partida, o Flamengo saiu de campo vaiado e totalmente desacreditado. A diretoria teria que decidir se traria um novo técnico agora ou se esperaria por Jorge Jesus.
Em 15 de abril, o Flamengo decidiu contratar o argentino Jorge Sampaoli para o cargo de treinador do Flamengo. Apesar de a torcida querer a volta de Jorge Jesus, a diretoria do Flamengo decidiu por Sampaoli, pois o português não quis assinar um pré contrato com o Flamengo. Se, após esperar o prazo dado por Jorge Jesus, o mesmo não aceitasse a oferta do Flamengo, o clube ficaria sem treinador e com o mercado praticamente fechado para novas contratações. Sendo assim, o Flamengo decidiu não esperar mais e contratou Sampaoli. Agora, era torcer para dar certo.
Em 16 de abril, o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro, ainda sendo dirigido pelo interino Mario Jorge. O novo treinador do Flamengo, Jorge Sampaoli, assistiu à partida num camarote, juntamente com a diretoria do clube. Pedro começou no banco. Logo de início, o Flamengo envolveu o Coritiba com seu toque de bola, onde o time paranaense apenas tentava um contra ataque para chegar ao gol de Santos. E foi tocando a bola que ela chegou a Ayrton Lucas na esquerda. Ele chutou no ângulo esquerdo do goleiro, marcando um golaço. Logo depois, Matheus França chutou e a bola explodiu na trave esquerda. Gabriel chegou a perder grande oportunidade no final do primeiro tempo, onde o Flamengo não foi ameaçado. Logo no início do segundo tempo, Gerson foi derrubado na área e o pênalti foi marcado. Gabriel chutou a bola no ângulo esquerdo do goleiro e marcou o segundo gol do Flamengo. A partida continuou sob total controle do Flamengo. Aos 30 minutos do segundo tempo, após 10 meses sem atuar devido a grave lesão no joelho, Bruno Henrique voltou a atuar perante a torcida do Flamengo, que cantou o seu nome sem parar. Gabriel cedeu seu lugar a Pedro, que aos 47 minutos marcou o terceiro gol do Flamengo. Foi uma grande vitória, que deixou a torcida do Flamengo confiante. Agora, era ver se com Jorge Sampaoli a frente deste elenco, as vitórias e títulos voltariam.
Em 19 de abril, o Flamengo enfrentou o Ñublense do Chile pela Libertadores. Foi a estréia oficial do técnico Jorge Sampaoli. Ele mandou a campo um time com 3 zagueiros, com Marinho de ala direita, Arturo Vidal, Thiago Maia e Gerson no meio de campo e Gabigol e Pedro no ataque. O time chileno se mostrou muito inferior tecnicamente e o Flamengo transformou a partida num treino coletivo de luxo. No primeiro tempo, Pedro marcou duas vezes e com tranqüilidade absoluta, o primeiro tempo terminou com a vitória rubro-negra. No segundo tempo, ou o Flamengo cansou ou o time jogou de forma muito desinteressada, pois foi uma preguiça só. O treinador argentino mudou o esquema para dois zagueiros, mas o time não conseguiu transformar o domínio em gols. Everton Ribeiro ainda chegou a marcar o terceiro gol, mas o VAR anulou. Não foi o time que a torcida sonhava ver em campo, mas a esperança ainda existia.
Em 23 de abril, o Flamengo foi a Porto Alegre enfrentar o Internacional. Partida marcada para as 11 horas da manhã. O treinador Jorge Sampaoli mandou a campo o que tinha de melhor. Não pôde contar com Arrascaeta e Bruno Henrique, que estavam em período de recuperação. No primeiro tempo, o jogo foi bem equilibrado, onde os goleiros mal trabalharam. Mas, no segundo tempo, o jogo melhorou e o Flamengo chegou a marcar 1 x 0, com um golaço de Gerson, que chegou a dar lençol no goleiro antes de mandar a bola para o fundo do gol. Mas, logo depois, o Internacional empatou a partida. O empate seguia como um placar justo, apesar de que o Flamengo chegou a perder três grandes chances de marcar o gol da vitória nos últimos minutos. Teve até bola na trave. A arbitragem deu absurdos 9 minutos de tempo extra. E logo no último minuto de jogo, o Flamengo tomou o segundo gol, quando o torcedor colorado já pedia o final da partida. No lance do gol, um jogador do Internacional se jogou na área, numa simulação grotesca de um pênalti. O árbitro Ramon Abatti Abel, péssimo por sinal, deveria interromper a jogada, dar cartão amarelo pela simulação e o Flamengo deveria cobrar a infração. Mas, a jogada prosseguiu e saiu o gol colorado. O VAR poderia intervir? Claro. Mas, a gente já sabe como a arbitragem age nos jogos do Flamengo. Ao final, foi uma derrota injusta, mas como se diz no futebol: “justiça é bola na rede”.
Em 26 de abril, dia do goleiro, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Maringá pela Copa do Brasil, O time paranaense, que havia vencido o jogo de ida por 2 x 0, trazia uma vantagem de poder perder até por 1 gol de diferença. O técnico Jorge Sampaoli mandou a campo um time com dois zagueiros, mantendo a forma mais vitoriosa que o Flamengo havia jogado até agora. No ataque, Pedro e Gabigol atuaram juntos e o time continuou sem Bruno Henrique e Arrascaeta, ainda em recuperação. Mal começou a partida e Thiago Maia fez o primeiro gol, após cruzamento na área. Ele dominou e chutou no canto. Aos 18 minutos, Pedro escorou de cabeça um cruzamento de Cebolinha e marcou o segundo gol. Aos 29 minutos, Gerson foi derrubado na área e Rafael Klaus marcou o pênalti (até que enfim !). Gabriel chutou com a categoria de sempre, deslocando o goleiro. O Maringá descontou, após cobrança de escanteio, mas logo depois, aos 48 minutos, Gerson entrou pela esquerda e fuzilou o goleiro. Final de primeiro tempo e 4 x 1 no placar. No segundo tempo, aos 12 minutos, Everton Cebolinha entrou na área, driblou o goleiro e marcou o quinto gol. Aos 19 minutos, o Maringá marcou o segundo gol, mas aos 21 minutos, Pedro marcou o sexto gol com extrema facilidade. Aos 39 minutos, a bola foi cruzada na área. Arturo Vidal tocou de cabeça para a entrada da pequena área e Pedro marcou seu terceiro gol no jogo, o sétimo do Flamengo, E finalmente, aos 42 minutos, a bola foi tocada para a grande área e Pedro chutou de primeira, fechando a goleada em 8 x 2 e marcando seu quarto gol. Eram 21 gols em 20 jogos na temporada. Vaga mais que assegurada e o Flamengo seguiu em frente na Copa do Brasil.
Em 30 de abril, o Flamengo enfrentou o Botafogo, Foi um jogo que aumenta a tese de que hoje em dia, o time que joga na defesa e faz do contra ataque rápido sua principal arma, tem mais chances de ganhar uma partida. Jogar bonito, ter posse de bola, com toque de bola refinado, na maioria das vezes não é suficiente para vencer. Antes da partida começar, Gerson sentiu a virilha e desfalcou o time. O Flamengo começou o jogo com mais de 80% de posse de bola. O Botafogo quase não passava da linha de meio de campo. Arturo Vidal chegou a colocar uma bola na trave, perdendo uma grande chance de abrir o placar. Num daqueles raros momentos em que o Botafogo foi ao ataque, a árbitra do jogo, Edna Alves Barboza, viu um pênalti quando um jogador do Botafogo entrou na área, esbarrou em Wesley e caiu. Ela foi ao VAR? Claro que não. Botafogo 1 x 0. No último minuto do primeiro tempo, um escanteio foi cobrado e o Botafogo fez 2 x 0 com um inoperante David Luiz nem saindo do chão para evitar a cabeçada. E a torcida perguntando o que David Luiz ainda fazia jogando pelo Flamengo. No segundo tempo, o Botafogo ficou sem um jogador por segundo cartão amarelo. O Flamengo foi todo ao ataque e Gabigol perdendo (como sempre) uma penca de oportunidades de gol. Como o ataque não resolvia, Léo Pereira escorou um lançamento para o segundo pau e marcou o primeiro gol do Flamengo. O Botafogo todo na retranca, mas armando um bote. E ele aconteceu. Num contra ataque rápido, a defesa do Flamengo ficou vendo a banda tocar e o Botafogo fez 3 x 1. De forma completamente desorganizada, o Flamengo continuou atacando e fez o segundo gol aos 40 minutos, numa cabeçada de Léo Pereira. A árbitra chegou a dar 11 minutos de tempo extra, mas mesmo assim, o Flamengo não conseguiu empatar. Muita coisa precisava melhorar.
Em 4 de maio, o Flamengo foi a Buenos Aires enfrentar o Racing no estádio Presidente Perón, também conhecido como El Cilindro, pela terceira rodada da Taça Libertadores. O jogo no primeiro tempo foi muito equilibrado. Gabriel perdeu mais uma grande chance, chutando para fora, da linha da pequena área. No final do primeiro tempo, o Racing ficou com menos um jogador, que foi expulso. Aos 47 minutos, Erick Pulgar cobrou uma falta na lateral da área, rolando a bola para Gabriel, que chutou de primeira, marcando um belo gol. Com este gol, Gabriel se tornou o jogador brasileiro com maior número de gols na Libertadores, tendo 30 gols marcados no geral, sendo 29 gols com a camisa do Flamengo. No segundo tempo, o Flamengo tocou a bola, dominando as ações, mas simplesmente não levava perigo ao gol do time argentino. Aos 25 minutos, Wesley recebeu o segundo cartão amarelo e o Flamengo também ficou com menos um jogador. Na cobrança de falta, a bola foi no ângulo e o goleiro Santos nem foi na bola, dando a impressão de que poderia realizar a defesa. Com o empate, o Racing se animou e passou a atacar mais. A sua maior chance veio de uma falha grotesca de Fabrício Bruno, que atrasou mal a bola para o goleiro. O atacante do Racing acabou chutando a bola na trave. Com as entradas de Arrascaeta e Bruno Henrique, o Flamengo voltou a tocar mais a bola e teve uma grande oportunidade, já no final da partida, quando Thiago Maia chutou a bola no travessão. Com o empate, o Flamengo ficou em segundo lugar na tabela e teria que vencer seus próximos 3 jogos para se classificar sem maiores sustos. Mas, o time precisava melhorar muito.
Em 7 de maio, o Flamengo foi ao Paraná enfrentar o Athlético Paranaense em seu estádio, que tem uma fama de ser um lugar meio maldito para o clube carioca. Raramente o Flamengo consegue vencer neste estádio, mesmo quando joga bem. E o Flamengo começou a partida muito bem, dominando as ações. Aos 15 minutos, Everton Cebolinha fez grande jogada pela esquerda e foi derrubado na área. Pênalti, que o péssimo e, quem sabe, mal intencionado Rafael Claus marcou. Gabriel bateu e marcou 1 x 0. O jogo estava sob controle, mas o Athlético começou a chegar mais vezes ao gol do Flamengo. E numa dessas investidas, a bola foi cruzada da direita. Não havia ninguém do Athlético que justificasse a saída do goleiro Santos do gol do Flamengo. No meio do caminho, a bola foi tocada por um jogador adversário e entrou de forma bisonha. Gol que se toma em pelada. Era mais uma falha de Santos. No segundo tempo, a entrada de Arrascaeta fez o Flamengo melhorar e por 3 vezes o goleiro Bento salvou o gol do Flamengo. O Athlético chegava sempre forte nas divididas, principalmente com Fernandinho. Mas, o árbitro Rafael Claus deixou o pau comer. Mas, deu o terceiro cartão amarelo para Gabriel por reclamação. Até que veio o lance capital da partida. A bola foi cruzada da direita, Santos espalmou e levou uma forte joelhada na cabeça, que o fez desmaiar. O lance seguiu e o Athlético marcou o gol da vitória. O Sr. Rafael Claus, como sempre, em jogadas pontuais e certeiras, mais uma vez prejudicou o Flamengo. Ele deveria ter marcado a falta sobre o goleiro, que aconteceu antes do gol ser marcado. Nem o VAR o chamou. E assim, mais uma vez a arbitragem e o VAR contribuíram para mais uma derrota. Santos saiu de campo de maca e foi substituído por Matheus Cunha, que já vinha sendo solicitado para ser o titular do gol do Flamengo. Com a derrota, o Flamengo ficou a beira da zona do rebaixamento, dando continuidade a um ano, que até então estava sendo péssimo.
Em 10 de maio, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Goiás pelo Campeonato Brasileiro. Não contou com Gabigol, que estava mais uma vez suspenso pelo terceiro cartão amarelo (3 cartões em 4 rodadas). Todos os cartões foram obtidos devido a reclamação com arbitragem. Um absurdo. Mas, quem conseguiria mudar a atitude do jogador ? Também não contou com Gerson, se recuperando de uma lesão muscular. A partida começou com o Flamengo se impondo no ataque. Logo aos 7 minutos, Ayrton Lucas foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. Para provar que a fase não era boa, Pedro bateu o pênalti, marcou o gol e sentiu uma fisgada na virilha após chutar a bola. Ele acabou sendo substituído a seguir. Mas, onde já se viu alguém sentir uma lesão muscular ao chutar um pênalti? O Goiás foi se soltando, mas sem levar grande perigo ao gol de Matheus Cunha, que substituiu o tão criticado Santos. O primeiro tempo terminou com o Flamengo tendo dificuldades para chegar ao segundo gol. No segundo tempo, aos 3 minutos, Bruno Henrique, que havia substituído Pedro, cruzou para a área e Everton Ribeiro tocou de calcanhar. A bola foi no canto esquerdo do goleiro e entrou, num bonito gol. O Flamengo dominou a partida e tentou marcar mais gols, o que não aconteceu. Foi uma vitória que acalmava um pouso a pressão sobre o time e o treinador. Mas, muita coisa ainda precisava melhorar e a sorte também tinha que se mostrar presente.
Em 13 de maio, o Flamengo foi a Salvador enfrentar o Bahia. O técnico Sampaoli mandou a campo um time com Fabrício Bruno jogando na lateral direita, Matheus França, Victor Hugo e Everton Cebolinha na esquerda. Não foi possível contar com Pedro, que estava se recuperando de lesão muscular. Sempre foi difícil enfrentar o Bahia em seus domínios, mas o Flamengo controlou muito bem a partida em seu início. Arrascaeta dominava o meio de campo e criava a maioria das jogadas de ataque do Flamengo. No gol, Matheus Cunha não deixou o Bahia transformar em gols as bolas que foram ao gol do Flamengo. Aos 22 minutos, uma falta foi cobrada para a área. David Luiz subiu e cabeceou a bola para o segundo pau. Lá estava Matheus França, que também cabeceou, fora do alcance do goleiro. O Flamengo abria o placar. Aos 28 minutos, Arrascaeta recebeu a bola dentro da área, driblou seu marcador e quando ia marcar o gol, foi derrubado. Pênalti muito bem marcado, que Gabriel cobrou com a categoria de sempre. Bola de um lado e goleiro do outro. Aos 34 minutos, o Bahia marcou um belo gol, após toques de primeira. Mas, quando todos acreditavam no empate, Everton Cebolinha cobrou uma falta, cruzando a bola para a área. David Luiz subiu e maçou seu primeiro gol com a camisa do Flamengo. Ele não comemorou e provavelmente o motivo eram as vaias que vinha recebendo da torcida nos últimos jogos. Fim do primeiro tempo e uma vitória justa do Flamengo. Ao retornar para o segundo tempo, todos ficaram atônitos, pois o Flamengo fez as cinco substituições de uma só vez. Com isso, caso algum jogador se machucasse, não haveria mais substituições. O Bahia começou o segundo tempo no ataque e marcou o segundo gol logo aos 7 minutos, numa bola defensável que o goleiro Santos, que entrou no lugar de Matheus Cunha, aceitou. O Flamengo não conseguia mais atacar o Bahia e ficou na defensiva. Aos 22 minutos, o Bahia teve um jogador expulso devido ao segundo cartão amarelo. Aos 30 minutos, o Bahia ficou sem mais um jogador, também pelo segundo cartão amarelo. Revolta geral dos baianos. O Flamengo teria 15 minutos e mais 8 minutos de tempo extra para assegurar a vitória e marcar mais gols. Mas, o que se viu foi exatamente o contrário. O Bahia partiu para cima e por pelo menos duas vezes quase empatou a partida. O Flamengo teve pelo menos três chances de fazer mais um gol, mas falhou. Gabriel chegou a marcar, mas estava em impedimento. Ao final da partida, o Flamengo venceu, mas deixou uma péssima impressão, pois além de não jogar nada no segundo tempo, quase entregou o empate para um time que jogou com menos 2 jogadores em campo. Quanto às cinco substituições, o treinador argentino falou que foram todas devido a lesões. E como o time seria escalado para o próximo jogo, contra o Fluminense, pela Copa do Brasil ? A torcida estava muito apreensiva.
Tirando David Luiz e Pedro, o Flamengo pode contar com os melhores jogadores para o Fla-Flu, que pela primeira vez seria disputado pela Copa do Brasil. Em 16 de maio, o Flamengo foi a campo, contando, como sempre, com total incentivo da torcida rubro-negra. No primeiro tempo, o Flamengo massacrou. O Flamengo, realizando sua melhor partida neste ano, amassou o Fluminense, que não passava do meio de campo. O Flamengo não deixou o Fluminense respirar e as chances começaram a aparecer. Wesley cabeceou e Fábio, com seus 42 anos, mandou a escanteio. Logo depois Gabriel chutou na saída do goleiro e a bola bateu na trave. No rebote, Arrascaeta chutou e a bola lambeu o travessão e saiu. O Fluminense ficou completamente atordoado. Somente aos 28 minutos, o tricolor chutou uma bola ao gol do Flamengo. E só. No segundo tempo, Gabriel foi lançado em profundidade por Arrascaeta e foi em direção do gol. Foi derrubado de forma criminosa pelo sujo do Felipe Melo. A princípio, o Sr. Anderson Daronco deu cartão amarelo. Mas, ao ser chamado ao VAR, acabou dando o vermelho. E quantas faltas o Sr. Daronco não deu a favor do Flamengo. Quanto ao Fluminense, não podia ocorrer um leve contato, que era falta marcada na hora. Com mais um jogador em campo, o Flamengo partiu para cima, mas encontrou um Fluminense totalmente retrancado. Ayrton Lucas cabeceou e Fábio fez mais uma grande defesa. O mesmo ocorreu após chute violento de Matheus França. O Flamengo tocava a bola, mas não conseguia penetrar na defesa do Fluminense, que fez cera o tempo todo, com o aval do Sr. Daronco, que não deu nenhum cartão amarelo. Fim de jogo. O Fluminense comemorou como uma vitória e a torcida rubro-negra viu a melhor apresentação do time neste ano. A decisão da vaga para as quartas de final da Copa do Brasil ficou para daqui a duas semanas.
Voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo enfrentou o Corinthians em 21 de maio, jogando no Maracanã. O Flamengo ficou sem Everton Ribeiro, que apresentou lesão na coxa e durante o aquecimento no gramado do Maracanã, Arrascaeta sentiu a face posterior da coxa esquerda. Já estava se tornando rotina as lesões dos jogadores do Flamengo. No ano, já era a 27ª vez que um jogador do Flamengo se contundia e ficava de fora do time. Mas, era assim que o Flamengo teve que ir a campo e enfrentar o Corinthians. No primeiro tempo, o time paulista jogou igual a time pequeno, todo na retranca e tentando esticar uma bola em contra ataque. O Flamengo teve o domínio da bola, mas apresentou novamente uma grande dificuldade para entrar na defesa adversária, toda fechada. No segundo tempo, o Corinthians voltou melhor e criou algumas chances de gol, com a defesa do Flamengo tendo trabalho para evitar o gol. Com o passar do tempo, o Flamengo equilibrou as ações, porém não conseguia levar perigo ao gol de Cassio. O time tocava a bola para um lado e para outro e não chutava em gol. Erick Pulgar sentiu cansaço e saiu. Arturo Vidal entrou em seu lugar e não comprometeu. Pedro, que não fez uma boa partida, cedeu seu lugar a Everton Cebolinha, que caiu pela esquerda e tentava levantar a bola na área. No final da partida, Léo Pereira sentiu em desconforto na coxa direita, mas ficou em campo. Com isso, o treinador Sampaoli mandou Thiago Maia para a zaga e deixou Léo Pereira como centro avante. Aos 48 minutos, o time tocou e tocou, até que Cebolinha cruzou para a área. Léo Pereira, mesmo capengando, subiu e cabeceou no canto, fazendo o gol da vitória do Flamengo. Vitória comemorada por mais de 60 mil torcedores rubro negros, que fizeram uma grande festa.
Em 24 de maio, o Flamengo foi a Concepción, no Chile, para enfrentar o Ñublense pela Libertadores da América. O Racing da Argentina já estava com 10 pontos e o Flamengo, com 4 pontos, precisava da vitória, para depois lutar contra o Racing pelo primeiro lugar na classificação. O treinador Sampaoli mandou a campo a defesa com Matheus Cunha no gol, David Luiz na zaga, Filipe Luís na lateral esquerda e Vidal no meio. Portanto, o Flamengo deixou Léo Pereira, Ayrton Lucas e Erick Pulgar no banco e não pode ainda contar com Arrascaeta, machucado. A partida mostrou no primeiro tempo um Flamengo tocando a bola como sempre, mas sem penetração. Acabou achando um gol, quando Gabriel chutou e fora da área e marcou 1 x 0. No segundo tempo, sob forte chuva e frio, o Flamengo se comportou de forma pífia. Não jogou absolutamente nada. Tomou o gol de empate e tem que agradecer por não ter saído com a derrota. Foi um show de horrores. Tomou pressão de um time fraco e inexpressivo, como foi o futebol jogado pelo Flamengo nesta noite. Haveria, a partir de então, a necessidade de vencer Racing e Aucas em casa para se classificar e evitar um dos maiores vexames dos últimos tempos.
Voltando ao Campeonato Brasileiro, O Flamengo enfrentou o Cruzeiro, no Maracanã, em 27 de maio. Não contou com Arrascaeta e Everton Ribeiro, que se recuperavam de lesões. Logo aos 6 minutos, o Cruzeiro fez 1 x 0, num chute em que a bola bateu no travessão, no pé da trave esquerda e entrou. Sorte deles. Logo depois, Pedro foi derrubado na grande área, mas o árbitro Luis Flavio de Oliveira (que a torcida já conhece de velhos tempos), não marcou. Mas, dessa vez o VAR o chamou e ele acabou marcando o pênalti. Gabriel bateu, a bola bateu na trave e voltou para ele chutar para o gol. O gol foi invalidado, pois Gabriel deu dois toques na bola, já que a trave é neutra. Azar o nosso. Mas, aos 33 minutos, o lateral Wesley fez grande jogada pela direita e cruzou forte. A bola foi encontrar Ayrton Lucas no segundo pau, que escorou para dentro do gol. Era o empate esperado ainda para o primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo encontrou um Cruzeiro muito forte na marcação e teve muita dificuldade para chutar em gol. O Cruzeiro, por sua vez, contra atacava e pegava a defesa do Flamengo aberta. O time mineiro teve pelo menos três grandes chances para marcar, mas o goleiro Matheus Cunha fez grandes defesas. No final da partida, o lateral Wesley se machucou, mas teve que permanecer em campo totalmente sem condições de jogo. O treinador Sampaoli havia feito três substituições em três oportunidades e, com isso, não poderia mais substituir. Ao final, o empate acabou sendo um bom negócio, já que o time acabou a partida fisicamente acabado em campo. A torcida cada vez mais preocupada.
Em 1 de junho, Flamengo e Fluminense voltaram ao Maracanã para decidir uma vaga para as quartas de final da Copa do Brasil. O treinador Sampaoli mandou a campo três zagueiros, Thiago Maia e Pulgar para a marcação no meio de campo, Gerson e Arrascaeta na criação e Gabigol na frente. Pedro ficou no banco. A princípio, era uma escalação que preocupou muito torcedor. O Fluminense foi a campo para tentar evitar o que ocorrera na última partida, quando o Flamengo dominou totalmente a partida. A torcida tricolor, que havia comemorado muito o fato do Flamengo ter sido sorteado para jogar contra o Fluminense, tinha certeza que eles passariam por cima do Flamengo. Até por que, quem estava em crise era o Flamengo e o Fluminense vivia o chamado Dinizismo, onde seu treinador era decantado pela imprensa. Havia torcedor tricolor que chegava ao absurdo de dizer que o Fluminense tinha o melhor futebol da América Latina. Acontece que o Fluminense não vencia há 4 jogos e não marcava gols. No primeiro tempo, diferentemente do primeiro jogo, o Flamengo não foi para cima e não pressionou a saída de bola tricolor. A bola ficava com eles, mas não chegaram a perder grandes chances. Foi um domínio totalmente inútil. A torcida do Flamengo olhava aquilo com preocupação, pois ela estava acostumada a ver o Flamengo ter a posse de bola. Aos 33 minutos, Gerson cruzou na área. Fabrício Bruno subiu e cabeceou para a entrada da pequena área. Arrascaeta tocou de cabeça no ângulo do goleiro Fábio, que estático ficou, pois não havia nada a fazer. Explosão no Maracanã. A partida chegou ao final de seu primeiro tempo com o Fluminense não conseguindo levar perigo algum ao gol de Matheus Cunha. No segundo tempo, a partida se mostrou da mesma forma. Posse de bola tricolor e Flamengo no contra ataque para definir o jogo. O tempo foi passando e os contra ataques do Flamengo começaram a levar muito perigo ao gol tricolor. Gerson perdeu um gol cara a cara com Fábio. Cebolinha, que havia entrado no lugar de Arrascaeta, chutou na trave, a bola se ofereceu a Gabriel, que chutou no canto, mas o goleiro pegou. Everton Ribeiro chutou uma bola rente ao ângulo esquerdo. E ao final, Cebolinha partiu livre pela esquerda e perdeu o gol após Fabio fazer mais um milagre. Mas, aos 46 minutos, Wesley fez grande jogada e cruzou. Cebolinha chutou e a bola se ofereceu de novo para Gabigol, que mandou a pelota no fundo do gol. Foi uma festa incrível da torcida, que comemorou com todo o time após o final da partida, a vaga para as quartas de final da Copa do Brasil.
Em 5 de junho, o Flamengo enfrentou o Vasco da Gama, que agora era uma SAF e seus pobres torcedores achavam que agora tudo seria diferente. Mas, neste momento, o Vasco era o 19º colocado no Campeonato Brasileiro. O Flamengo, por sua vez, lutava para entrar no chamado G4 e se aproximar da liderança. O time foi a campo com o melhor que tinha no momento, desfalcado de Everton Ribeiro, Léo Pereira e Gabigol, todos machucados. A partida começou e o Vasco da Gama tentou encarar o Flamengo de igual para igual. Mas, aos 13 minutos, Pedro roubou a bola e tocou para Arrascaeta, que cortou para a meia lua. Ele foi derrubado, mas a bola sobrou para Erick Pulgar chutar e ver a bola morrer no ângulo esquerdo do gol vascaíno. Um golaço. Não demorou muito, o Flamengo atacou pela direita e após triangulação entre Arrascaeta e Wesley, o uruguaio cruzou para cabeçada certeira de Gerson. Eram 15 minutos e o Flamengo já vencia por 2 x 0. O desespero começou a atuar sobre o time vascaíno e o Flamengo dominou completamente a partida. Aos 41minutos, Ayrton Lucas recebeu passe de Matheus França e entrou na área. Cercado por vários zagueiros, ele chutou, a bola resvalou no pé de Pedro e entrou. O gol foi validado para Pedro. Eram 41 minutos e o que o Vasco poderia fazer, tamanha a diferença entre os dois times? O Vasco resolveu partir para o ataque. Aos 46 minutos, o Vasco atacou, mas a bola foi cortada pela zaga rubro-negra. Ayrton Lucas partiu em contra ataque pela esquerda, passou por um adversário, entrou na área, driblou o goleiro e marcou o 4º gol do Flamengo. Nem o mais otimista dos rubro-negros poderia acreditar que o clássico chegaria ao final do primeiro tempo e o Flamengo estivesse vencendo por 4 x 0. Do lado do Vasco, era desespero total, com a torcida revoltada nas arquibancadas do Maracanã. No segundo tempo, o Flamengo visivelmente tirou o pé do acelerador e o Vasco partiu para tentar diminuir a vergonha. O Flamengo, por sua vez, tocava a bola e tentava se preservar para a próxima partida, contra o Racing da Argentina, pela Libertadores. Contando com uma grande ajuda do árbitro Bráulio da Silva Machado, que inventou um pênalti contra o Flamengo aos 17 minutos, o Vasco pôde fazer seu gol de honra. A partida foi se arrastando até o seu final e nada mais importante ocorreu. Com o resultado, o Flamengo chegou ao 5º lugar na tabela. Agora, era se preocupar em conseguir uma vaga para as oitavas de final da Libertadores.
Em 8 de junho, Flamengo e Racing jogaram pela Libertadores no Maracanã. O time argentina estava muito a vontade, pois já estava classificado com 10 pontos. O Flamengo estava com 5 pontos e logo atrás vinham Aucas e Ñublense. Se o Flamengo empatasse, teria que vencer o Aucas na última rodada. Se perdesse, ficaria numa situação muito delicada, dependendo do Racing na última rodada. O treinador Jorge Sampaoli mandou a campo o que tinha de melhor, mas o time estava desfalcado de Gabriel e Léo Pereira, ainda entregues ao departamento médico. No primeiro tempo, o Racing se fechou na defesa e o Flamengo lutava para tentar chegar ao seu gol. O Racing teve uma grande chance num chute de primeira de fora da área, onde a bola saiu raspando a trave direita de Matheus Cunha. Aos 35 minutos, Gerson penetrou pela esquerda, foi a linha de fundo e cruzou para trás. Wesley veio na corrida e chutou de primeira marcando o primeiro gol do Flamengo. Festa no Maracanã, que recebeu grande público. No segundo tempo, logo aos 3 minutos, o Racing empatou, num belo chute de curva. A partir daí, o Flamengo atacava, mas sempre com o receio de tomar um gol em contra ataque. O treinador Sampaoli começou a mexer no time, entrando Matheus França, Victor Hugo, Everton Cebolinha, Arturo Vidal e Filipe Luís, tentando dar um fôlego a mais ao time. O Racing não chegou a levar grande perigo ao gol rubro-negro, mas era um time perigoso. Aos 37 minutos, a bola foi tocada para Erick Pulgar, que ao tentar dominar, deu um passe para Victor Hugo tocar no cantinho do gol. Felicidade geral da Nação Rubro-Negra. Com a vitória, o Flamengo praticamente confirmou a vaga para as oitavas de final da Libertadores, mas dificilmente tiraria do Racing o primeiro lugar.
Em 11 de junho, mais de 60 mil torcedores foram ao Maracanã para incentivar o Flamengo a vencer o Grêmio. Foi uma partida franca, onde os dois times não utilizaram da tática de recuar para manter um resultado. Foi a partida com maior número de finalizações, chegando a 34 investidas ao gol. No primeiro tempo, os dois times atacaram, mas as defesas deram conta do recado. Até que aos 23 minutos, Everton Cebolinha recebeu um passe de Wesley e chutou no canto direito do goleiro gremista. A torcida rubro-negra explodiu nas arquibancadas. Os gaúchos partiram para o ataque, mas como foi dito antes, as defesas foram mais eficientes. No segundo tempo, o treinador Jorge Sampaoli, mandou a campo Pedro, no lugar de Gabigol. Também tirou Léo Pereira e colocou Ayrton Lucas em seu lugar. Foi um jogo franco, onde quem não desperdiçasse as chances criadas, sairia vencedor. Aos 19 minutos, após uma saída errada do Grêmio, a bola foi passada a Pedro, que chutou no canto direito do goleiro, marcando o segundo gol rubro-negro. A partir do segundo gol do Flamengo, o Grêmio partiu de vez para o ataque e perdeu chances reais de gol. Numa delas, Luís Soares chutou, a bola bateu na trave esquerda, correu em cima da linha e bateu na trave direita. Em outra chance, a bola foi chutada no travessão. Foi um reboliço na área do Flamengo até que a bola foi chutada para escanteio. Outras duas grandes chances foram desperdiçadas, mas o Flamengo também criou boas chances. Numa delas, Bruno Henrique, que entrou no lugar de Everton Cebolinha, perdeu cara a cara com o goleiro. Mas, no fim da partida, o Flamengo atacou com Gerson pela esquerda. Ele cruzou na medida para Bruno Henrique no segundo pau, que somente teve o trabalho de cabecear para o fundo do gol. Foi um delírio no Maracanã e a emoção tomou conta de todos, já que Bruno Henrique sofrera uma grave lesão no joelho e ficou parado por quase um ano. Ele entrava em algumas partidas, para adquirir preparo físico ideal. Fim de jogo. A torcida do Flamengo comemorando e os gremistas chorando as chances perdidas. Com o resultado, o Flamengo foi para o terceiro lugar na tabela do Brasileirão. Agora, os times ficariam sem jogar por 12 dias, devido as famigeradas datas FIFA e seus amistosos caça níquel, onde muitas vezes nossos jogadores foram devolvidos machucados e sem condições de jogar pelo clube, que na verdade, é quem paga seus salários. Pelo menos, o treinador Sampaoli teria chance de treinar a equipe um pouco mais.
Após 12 dias sem jogar e após 10 dias de treino, o mínimo que o torcedor rubro-negro imaginou era que o time retornaria voando. Mas, em 22 de junho, o Flamengo foi a Bragança Paulista, um daqueles lugares que a torcida do Flamengo tem como maldito, onde o time sempre encontra muito mais dificuldades do que o normal, para enfrentar o Red Bull Bragantino. Talvez, o nome do estádio, Nabi Abi Chedid, o envolva numa energia tão ruim, que o Flamengo sente demais quando joga lá. Outros poderão dizer que foi somente falta de vontade ou até de vergonha na cara. O fato é que o Flamengo realizou uma de suas piores atuações do ano. No nível da derrota para o Maringá e para o Fluminense na decisão do estadual, quando praticamente entregou o título numa bandeja para o Fluminense; ou como no empate contra o Ñublense pela Libertadores. O Flamengo simplesmente não existiu durante toda a partida. O Red Bull Bragantino, por sua vez, fez uma atuação impecável. No primeiro tempo, se não fosse o goleiro Matheus Cunha, o Flamengo já estaria perdendo muito mais do que apenas 1 x 0. No segundo tempo, a coisa piorou tanto, que a torcida do Flamengo rezava para a partida acabar e o estrago não ser maior. Acabou sendo 4 x 0 para o time do interior de São Paulo. Foi uma diferença tão gritante, que o Flamengo parecia um time pequeno jogando contra um grande clube. Dia para se esquecer. Ou então, para se lembrar sempre e nunca mais repetir um papelão como este.
Em 25 de junho, o Flamengo foi a Santos para tentar se recuperar da última derrota. O treinador Sampaoli deixou David Luís fora do time, assim como Arrascaeta, Pedro e Bruno Henrique, todos no banco de reservas. Na primeira etapa, o Flamengo teve mais posse de bola, mas, o Santos teve mais conclusões a gol. Mesmo fazendo 1 x 0, num bonito chute de Everton Cebolinha, o time ficou olhando e num contra ataque rápido, Soteldo lançou Mendoza, que empatou a partida. No segundo tempo. O Flamengo marcou aos 5 minutos com Everton Ribeiro, que cabeceou no cantinho do goleiro João Paulo. Mas, dois minutos depois, o Flamengo cedeu novo empate ao Santos. O time da baixada santista era, sem sombra de dúvidas, um dos piores da sua história. Time fraco, frágil na marcação e que estava numa situação difícil, lutando contra o rebaixamento já há alguns anos, inclusive, no Campeonato Paulista. E o Flamengo tendo uma grande dificuldade para vencer. Com a ida a campo de Arrascaeta, Bruno Henrique e Pedro, o Flamengo apresentou maior qualidade no passe e acabou marcando seu terceiro gol, por intermédio de Erick Pulgar, que chutou colocado, marcando um belo gol. Mas, quando se esperava que o Flamengo iria golear, o time fez o tempo passar e controlou o placar. Vitória que serviu para colocar o Flamengo em terceiro na tabela, mas longe de agradar a torcida.
Durante a semana, surgiram alguns fatos que chamaram a atenção de todos. Segundo alguns jornalistas, os jogadores do Flamengo estariam insatisfeitos com os treinamentos em dois períodos, dados pelo treinador Jorge Sampaoli. E o pior: os jogadores estariam escolhendo a Copa do Brasil e a Libertadores, para se empenharem, pois eram torneios curtos e que pagavam muito bem. Somente para se ter uma noção, em 2022 o Flamengo deu de prêmio aos jogadores 105 milhões de reais, retirados das premiações que o clube conseguiu ao conquistar a Libertadores e a Copa do Brasil. Se realmente estes fatos fossem reais, seria uma situação lamentável.
Em 28 de junho, o Flamengo foi ao Maracanã, que recebeu mais de 60 mil torcedores, para enfrentar o Aucas do Equador e garantir a sua classificação para as oitavas de final da Libertadores. Mesmo sendo muito improvável, o Flamengo ainda poderia se classificar em primeiro no seu grupo, mas precisaria de um tropeço do Racing da Argentina, o que não era muito plausível. O treinador Sampaoli resolveu retirar Gerson e Ayrton Lucas, pois eles estavam muito desgastados com a sequência de partidas. No primeiro tempo, o Flamengo dominou amplamente as ações, marcando o Aucas em seu campo e exercendo uma grande pressão. Pedro marcou o primeiro gol logo no início da partida. Com Gabriel no banco, o treinador Sampaoli deixava cada vez mais claro que Pedro e Gabriel jogando juntos seria cada vez mais raro de se ver. O Flamengo manteve a pressão e foi perdendo muitas chances de gol. Até que, após escanteio cobrado por Arrascaeta, Léo Pereira mandou de cabeça a bola para o fundo do gol. Antes do final do primeiro tempo, Bruno Henrique marcou um belo gol, que coroou uma grande partida e a sua recuperação plena da contusão que o tirou dos campos por quase um ano. E este foi o placar do primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo não esmoreceu e continuou a aplicar grande pressão ao Aucas, que se defendia como podia. Victor Hugo marcou o quarto gol e a partir daí, o treinador colocou em campo Fabrício Bruno, Erick Pulgar, Everton Cebolinha, Gabriel e Matheus Gonçalves nos lugares de Wesley, Thiago Maia, Everton Ribeiro, Pedro e Bruno Henrique. O Flamengo diminuiu a pressão sobre o Aucas, mas não perdeu o controle da partida em momento algum. Como o Racing também venceu o Ñublense, o Flamengo terminou em segundo lugar na primeira fase e aguardaria o sorteio que iria indicar o seu próximo adversário na Libertadores
Em 1 de julho, o Flamengo retornou ao Maracanã para enfrentar o Fortaleza pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi um jogo que para ganhar, o Flamengo precisava jogar muito bem, pois o time cearense era um “osso duro”. O treinador Sampaoli mandou a campo um time que não contou com Bruno Henrique e Pedro, que ficaram na reserva. O Flamengo começou bem, dominando a posse de bola, como era de costume, mas Thiago Maia cometeu um pênalti bobo e o Fortaleza teve a chance de marcar na frente. Iago Pikachu bateu e o goleiro Matheus Cunha fez grande defesa, livrando o Flamengo de sair perdendo. Após três minutos, Arrascaeta ganhou a dividida e cruzou de três dedos para Gabriel, que tocou de primeira e fez 1 x 0 para o Flamengo. Explosão dos mais de 64 mil torcedores rubro-negros presentes. Gabriel correu o campo todo para abraçar o goleiro Matheus Cunha. O Fortaleza jogou todo fechado e contra atacava com velocidade, o que deixava a defesa do Flamengo sempre em alerta. Mas, apesar disso, o Fortaleza não teve maiores chances para marcar. Foi só o pênalti. No segundo tempo, o treinador Jorge Sampaoli mandou a campo Bruno Henrique e Pedro, nos lugares de Everton Ribeiro e Gabriel, que machucou o tornozelo. No primeiro tempo, o treinador também havia sido obrigado a tirar o zagueiro Léo Pereira e colocar David Luiz em seu lugar. Mais uma vez, Bruno Henrique foi destaque com seus dribles e arrancadas, mostrando de vez que ele não havia ficado com nenhuma seqüela da grave contusão no joelho. Ele se entendeu muito bem com Ayrton Lucas pela esquerda. E foi exatamente numa jogada em que Ayrton Lucas foi lançado na linha de fundo, que a bola foi cruzada. Ela rebateu num zagueiro adversário e se ofereceu para Arrascaeta. Ele deu uma bomba para dentro do gol do tricolor do Nordeste, marcando o segundo gol do Flamengo. Até o final da partida, o Fortaleza tentou marcar um gol, mas como foi dito anteriormente, o Flamengo teria que jogar uma grande partida para vencer. E foi exatamente isso que o Flamengo fez. Jogou uma grande partida. O time mostrou progressos, mas a torcida ainda guardava uma ponta de preocupação
Em 5 de julho, o Flamengo novamente lotou o Maracanã para enfrentar o Athlético Paranaense pela Copa do Brasil. Era o quarto ano seguido que estas duas equipes se enfrentavam pela Copa do Brasil. Jogo duro, pois o Athlético, apesar de ter um bom time, sempre jogava extremamente retrancado contra o Flamengo no Maracanã. O treinador Jorge Sampaoli não contou com Gabigol e Léo Pereira machucados. Thiago Maia começou no banco, tendo Victor Hugo em seu lugar. Bruno Henrique também começou na reserva. A partida começou como se esperava. O Flamengo tendo a posse de bola (quase 80%) e o Athlético todo na defesa. Aos 7 minutos, após chutão para frente, a defesa do Flamengo falhou e Canóbio fez 1 x 0 para o Athlético. Duro golpe para o Flamengo. Mas, o panorama não mudou. O Flamengo com domínio total do jogo e o Athlético todo retrancado. Tanto que ao final do primeiro tempo, o Athlético havia dado apenas um chute ao gol do Flamengo. Mas, o Flamengo também teve grande dificuldade para chegar ao gol defendido por Bento. Somente no final do primeiro tempo, o goleiro paranaense mostrou algum serviço. No segundo tempo, o Flamengo voltou sem modificações, apesar da torcida pedir insistentemente por Bruno Henrique. Aos 7 minutos, após uma blitz na defesa do Athlético, o árbitro foi chamado ao VAR, que mostrou que Arrascaeta havia levado um ponta pé dentro da área. Todo mundo viu. Menos o Sr. Flavio Rodrigues de Souza, que sempre que apita jogos do Flamengo, tem uma má vontade em marcar faltas em nosso favor. Pedro foi designado para a cobrança e mesmo não batendo muito bem, a bola entrou e o empate já colocava um pouquinho de justiça no placar. Aos 20 minutos, Bruno Henrique entrou no lugar do jovem e promissor Victor Hugo. Logo depois, uma falta foi marcada na ponta direita do ataque do Flamengo. Arrascaeta cobrou a falta e Bruno Henrique surgiu no segundo pau, para deslocar o goleiro Bento e desempatar a partida. Explosão no Maracanã. Aos 33 minutos, o treinador Sampaoli mandou a campo Luiz Araújo, que fez sua estréia com a camisa do Flamengo. Em sua primeira jogada, ele lançou Bruno Henrique que partiu livre e tocou a bola por cobertura. Ela caprichosamente saiu a centímetros da trave direita do gol de Bento. Fim de jogo e o Flamengo iria levar para Curitiba uma pequena vantagem para continuar na Copa do Brasil.
Antes de enfrentar a decisão em Curitiba, o Flamengo foi a São Paulo em 8 de julho para enfrentar o Palmeiras pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador Jorge Sampaoli deixou Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique na reserva, para preservá-los. Com isso e sem contar com Erick Pulgar com o terceiro cartão amarelo, Gabigol e Léo Pereira machucados, o time foi a campo com Thiago Maia, Victor Hugo e Gerson no meio de campo, com Luiz Araújo pela direita e Everton Cebolinha pela esquerda, com Pedro no comando do ataque. No primeiro tempo, o Palmeiras dominou as ações e deu um calor na defesa do Flamengo. Até que aos 23 minutos, Matheus Cunha fez um milagre numa cabeçada, a bola bateu na trave, Thiago Maia não rebateu como devia e Dudu chutou entre 3 jogadores do Flamengo para fazer 1 x 0 para o time paulista. A torcida do Flamengo pediu aos céus para que o primeiro tempo terminasse logo, ficando com a esperança de que Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique voltassem para a segunda etapa. Mas, não foi isso que aconteceu. O treinador Jorge Sampaoli foi colocando estes jogadores aos poucos. O Flamengo começou o segundo tempo dominando a partida e o Palmeiras ficou todo numa retranca, para tentar marcar o segundo gol em um contra ataque. Conforme Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique foram entrando, o Flamengo foi melhorando cada vez mais. Aos 33 minutos, Everton Ribeiro foi lançado na área pela direita. Richard Rios foi nas costas dele e o derrubou na área. Pênalti claro. Mas, o Sr. Ramon Abatti Abel (olha ele de novo! Lembra do jogo contra o Internacional ?) ignorou. Nem o VAR o chamou para ver o pênalti. Certamente, a pressão que o Palmeiras fez sobre a arbitragem funcionou. O auxiliar do treinador Abel Ferreira e a presidente do Palmeiras disseram que o “Sistema não permitia que o Palmeiras vencesse todo ano”. Não teve STJD ou qualquer outro órgão ligado a CBF para defender a legalidade do campeonato. Se fosse com o Flamengo... Aos 38 minutos. Everton Ribeiro foi a linha de fundo e cruzou. Arrascaeta cabeceou forte e no canto, empatando a partida. Até o final da partida, o Flamengo ainda teve mais duas boas chances para virar o placar, mas acabou ficando em 1 x 1 este grande jogo. Desde 2017 o Flamengo não perdia no campo do Palmeiras, onde tinha uma estatística melhor, com 2 vitórias e 3 empates. Agora, as atenções se voltavam para Curitiba.
Em 12 de julho, o Flamengo foi a Arena da Baixada enfrentar o Athlético Paranaense. Historicamente, um estádio onde o Flamengo normalmente não tem muita sorte. Mas, dessa vez foi diferente. O Athlético imprimiu um maior volume de jogo e o Flamengo teve que se defender muito bem para não levar um gol. Esporadicamente, o Flamengo ia ao ataque, mas não chegava a levar perigo ao gol adversário. O goleiro Matheus Cunha mostrou a segurança de um veterano, apesar da idade. A zaga formada por Fabrício Bruno e David Luiz foi perfeita. Os laterais Wesley e Ayrton Lucas, além de defender, davam muito apoio ao ataque. O meio de campo com Thiago Maia, Gerson e o jovem Victor Hugo fecharam muito bem os caminhos que levavam ao gol do Flamengo. Arrascaeta e Everton Ribeiro com a classe de sempre. E Gabigol infernizando a zaga adversária. Aos 44 minutos, Thiago Maia cruzou para a área e Arrascaeta devolveu de cabeça em direção a pequena área. No meio do caminho, o zagueiro Erick tocou de cabeça contra o próprio gol. Gol do Flamengo. E fim de primeiro tempo. No segundo tempo, o Athlético voltou fazendo a mesma pressão contra a zaga rubro-negra, mas não consegui sucesso. Matheus Cunha mostrou um grande senso de colocação e defendeu muito bem o gol do Flamengo. Aos 15 minutos, Arrascaeta lançou Gabriel, que venceu o zagueiro Thiago Heleno, passou pelo goleiro e fez o gol. Quando o VAR mostrou no telão, a torcida e os jogadores do Flamengo vibraram, pois Gabriel não estava impedido. Mas, os senhores do VAR conseguir traçar uma linha milimétrica que passou pelo ombro de Gabriel e invalidou o gol. E ainda existem uns infelizes recalcados que chamam o VAR de VARmengo. Vida que segue, mesmo com todas as reclamações dos jogadores do Flamengo. O Athlético continuou a atacar, mas com o passar do tempo, o Flamengo foi encontrando espaços na defesa adversária e começou a preocupar o goleiro Bento. Aos 45 minutos houve um empurra empurra entre Gerson e Thiago Heleno e ambos foram expulsos. Antes o árbitro havia marcado uma falta no bico da grande área para o Flamengo. A falta foi cobrada e a bola foi passando de pé em pé. Ao ser cruzada na área, o zagueiro Léo Pereira tocou de cabeça para Gabigol, que matou na coxa e fuzilou Bento. Eram 47 minutos, a vitória e a classificação estavam garantidas. Dessa vez o VAR não pôde anular o gol do Flamengo. Grande vitória e o Flamengo continuava a sua luta por novos títulos.
Em 16 de julho, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. Jogo onde o Flamengo não contou com Fabrício Bruno e Ayrton Lucas com terceiro cartão amarelo. Também não contou com Erick Pulgar, Pedro e Bruno Henrique em recuperação. No primeiro tempo, o Flamengo jogou melhor, dominando o meio de campo e dando uma grande pressão a saída de bola do Fluminense. Mas, nenhum dos dois times conseguiram produzir chances de gol. Apenas a destacar uma entrada nas costas de Arrascaeta dentro da área, que nem o VAR e nem o árbitro marcaram, Na segunda etapa, o Flamengo foi caindo na parte física, o que proporcionou ao Fluminense um maior domínio de bola. A defesa do Flamengo teve que se desdobrar para evitar o gol tricolor. Que chegou a sair, mas foi anulado por intermédio do VAR, que viu uma falta em cima de Everton Cebolinha, no início da jogada. O Fluminense foi aumentando a pressão, porém, aos 43 minutos, num contra ataque, Gabigol dominou a bola no peito e marcou um belo gol. Explosão da torcida rubro-negra, mas mais uma vez o VAR anulou o gol, devido a uma possível falta do zagueiro Pablo, no meio de campo. Já nos descontos, o árbitro deu cartão vermelho a Luiz Araújo, devido a falta violenta. Mas, aos 9 minutos do primeiro tempo, Filipe Luís sofreu falta idêntica e nem cartão amarelo. Será proibido expulsar jogadores em início da partida para “não estragar o espetáculo?”. Final de jogo e o empate acabou sendo o placar certo para a partida, que teve cada time se sobressaindo em cada tempo e teve novamente as lambanças da arbitragem.
Em 22 de julho, o Flamengo foi ao Maracanã jogar contra o América Mineiro, que até então estava na lanterna do Campeonato Brasileiro, juntamente com o Vasco da Gama. Mais de 65 mil torcedores compareceram e fizeram uma bela festa. O Flamengo começou dominando a partida, mas sempre na última bola, aquela para mandar para as redes, o Flamengo falhava. E foi assim, com o América todo na retranca e o Flamengo atacando, atacando e nada de sair o gol. No segundo tempo, o América passou a explorar mais os contra ataques. E conforme o tempo ia passando e o Flamengo não conseguindo marcar, os contra ataques do time mineiro aumentaram. E já no final da partida, num desses contra ataques, o América fez 1 x 0. O Flamengo, por sua vez, continuou atacando. Aos 49 minutos, uma falta foi cobrada na ponta esquerda e Victor Hugo marcou de cabeça o empate. Empate frustrante para a massa rubro-negra, que foi ao Maracanã para ver o Flamengo vencer e com certa facilidade. Mas, tem dias que as coisas não funcionam como queremos.
Em 26 de julho, o Flamengo foi a Porto Alegre enfrentar o Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil. Clima hostil, estádio lotado e o Grêmio mais uma vez no caminho do Flamengo. O treinador Sampaoli não contou com Ayrton Lucas, Erick Pulgar e David Luís machucados. Nos primeiros 20 minutos de jogo, o Grêmio foi mais efetivo no ataque, fazendo o Flamengo se defender pára não tomar um gol. Mas, a partir de 25 minutos, o Flamengo começou a tocar a bola e levou nítida vantagem sobre os gremistas. Tanto que, após grande jogada pelo meio, a bola foi lançada para Bruno Henrique que cruzou na medida para Gabigol marcar o primeiro gol do Flamengo. Ainda no primeiro tempo, um zagueiro do Grêmio colocou a mão na bola dentro da grande área e, apesar de ser o Sr. Rafael Claus no apito, o pênalti foi marcado. Pena que Gabriel desperdiçou a cobrança. No segundo tempo, o Flamengo continuou a dominar as ações. Aos 14 minutos, o zagueiro Kaneman do Grêmio foi expulso após falta dura sobre Everton Ribeiro. Como já tinha um amarelo, foi para o chuveiro mais cedo. Logo depois, em jogada pela esquerda, a bola foi passada para Thiago Maia que entrou na área e chutou cruzado. Flamengo 2 x 0. Conforme o tempo ia passando, o Flamengo ficava muito perto do terceiro gol. Pedro, que entrou no lugar de Gabriel, chegou a perder um gol feito, chutando do bico da pequena área, para fora. Foi uma grande vitória, contra um Grêmio atônito, perdido em campo e totalmente dominado pelo Flamengo.
Em 29 de julho, o Flamengo foi a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro, no estádio Independência. O time mineiro, treinado por Luís Felipe Scolari, não vencia há 7 jogos e a pressão era enorme. A torcida atleticana lotou o estádio e fez a sua parte. O Atlético, por sua vez, realizou a melhor partida dos últimos tempos. E como era de se esperar, o Galo partiu para cima do Flamengo, tentando marcar seu gol. O treinador Sampaoli não contou com David Luís, Ayrton Lucas e Erick Pulgar, todos machucados. Arrascaeta ficou no banco de reservas. Após os primeiros 15 minutos, o Flamengo passou a ter mais posse de bola e o Atlético passou a jogar todo fechado, numa marcação muito forte, impedindo que o Flamengo levasse perigo ao seu gol. No primeiro tempo, o Flamengo somente teve uma chance real de gol, quando Gabigol entrou livre e perdeu o gol. Aos 32 minutos, Bruno Henrique sofreu uma falta na entrada da área do Atlético. O árbitro Flavio Rodrigues de Souza ignorou e o VAR também. A jogada teve continuidade e dela saiu o gol do Atlético. Não adiantou reclamar, até porque o árbitro em questão já é velho conhecido da torcida do Flamengo e a má vontade dele com o Flamengo é enorme. Até o final do primeiro tempo, o Atlético se mostrou mais perigoso e o Flamengo não conseguiu criar nada. Destaque para o jovem goleiro do Flamengo Matheus Cunha. Fechou o gol e cada vez mais agarrava a titularidade. Para o segundo tempo, o Flamengo voltou com Arrascaeta no lugar de Everton Ribeiro. Com o passar do tempo, o Flamengo ficou com a posse de bola ainda mais e começou a chegar ao gol do Atlético. Bruno Henrique chegou a perder um gol cara a cara. Aos 34 minutos, Arrascaeta sofreu uma falta muito próxima da linha da grande área. O Atlético montou uma grande barreira. Todos achavam que Arrascaeta chutaria por sobre a barreira. Mas, ele chutou de forma violenta, no lado do goleiro e marcou um golaço. Com o empate e a queda visível do estado físico do time mineiro, o Flamengo passou a tocar a bola e colocar o Galo na roda. Aos 43 minutos, Arrascaeta deu um passe sensacional para o lateral direito Wesley entrar livre e tocar na saída do goleiro. Vitória com a marca do Flamengo, que cada vez mais mostrava sua força.
Assim que terminou a partida, uma notícia caiu como uma bomba. No vestiário do Flamengo, Pedro levou um soco no rosto do preparador físico Pablo Fernandes, da comissão técnica de Jorge Sampaoli. O caso foi parar na delegacia. Tudo começou quando Pedro se recusou a aquecer com os outros jogadores, num ato de indisciplina. No final, o preparador físico foi demitido, o técnico Sampaoli continuou no Flamengo, mas Pedro não apareceu para treinar. Quando apareceu, foi multado e suspenso da próxima partida. O fato é que o clima entre ele e o treinador não era nada bom, o que poderia levar o Flamengo a vender Pedro para algum time estrangeiro. Ficou claro também que o elenco não via mais o treinador com bons olhos. E para o time começar a jogar mal para derrubar o treinador... A torcida já começava a ficar cansada de ver este filme.
Em 3 de agosto, o Flamengo foi ao Maracanã, empurrado por mais de 60 mil torcedores, para enfrentar o Olímpia do Paraguai, pela Libertadores da América. O treinador Sampaoli não contou com Léo Pereira e Erick Pulgar, se recuperando de contusões. No primeiro tempo, o Flamengo encontrou o Olímpia todo na defesa, tentando jogar no contra ataque. Sendo assim, a dificuldade para se chegar ao gol foi tremenda e somente em duas ocasiões, o Flamengo poderia ter marcado. E para comprovar que futebol é um esporte ingrato, a maior chance de gol quem perdeu foi o Olímpia. Já nos descontos para o final do primeiro tempo, após escanteio, a bola foi chutada no travessão de dentro da pequena área. Milagre de São Judas Tadeu. No segundo tempo, o treinador Sampaoli colocou Bruno Henrique mais centralizado no ataque, com Ayrton Lucas chegando mais pela esquerda e Gerson mais no meio de campo. E logo aos 5 minutos, Gabigol cruzou e Bruno Henrique marcou o gol do Flamengo de cabeça. Apesar de tomado o gol, o Olímpia não saiu da retranca. O Flamengo atacou, chegou a perder duas grandes chances de gol, uma com David Luiz cabeceando à queima roupa e o goleiro fazendo um milagre. Em outra ocasião, Bruno Henrique chutou para fora após grande jogada. Fim de jogo e o Flamengo levaria para Assunção a vantagem do empate. Como Olímpia terá que se abrir para atacar, o Flamengo poderia ter mais espaço para jogar. Era esperar para ver.
Mas, antes do jogo decisivo pela Libertadores, o Flamengo jogou pelo Campeonato Brasileiro. O time foi a Cuiabá para enfrentar o time da cidade em 6 de agosto. O treinador Jorge Sampaoli mandou a campo um time misto. Do chamado time titular, somente o goleiro Matheus Cunha, David Luiz, Ayrton Lucas, Gerson e Thiago Maia. No primeiro tempo, foi um show dos horrores. O Cuiabá não deixou o Flamengo passar da linha de meio de campo. Parecia muito com o jogo contra o Red Bull Bragantino. O Flamengo só jogava dando chutões para frente e nada de produtivo aconteceu. Tanto, que nas finalizações ao gol, foi 11 a 1 para o Cuiabá. Fim de primeiro tempo e o pensamento da torcida era de que pior não ficaria. Mas, ficou. Logo aos 38 segundos do segundo tempo, o Cuiabá marcou 1 x 0. Aos 8 minutos marcou o segundo. Aí, o time do Cuiabá se retrancou e o Flamengo, já com Bruno Henrique em campo, passou a ter maior posse de bola e obrigou o goleiro Walter a fazer grandes defesas. Na verdade, não foi o Flamengo que melhorou. Foi o Cuiabá que se retrancou. Mas, quando foi ao ataque, fez 3 x 0, numa facilidade medonha. Foi uma atuação pífia. Uma das piores do Flamengo no ano. E não foram tão poucas assim. Se lembrarmos os jogos contra Aucas e Ñublense pela Libertadores, a decisão do Estadual, o jogo contra o América Mineiro, que era o lanterna do Brasileiro e o vexame contra o Red Bull Bragantino, dá para se ter uma noção de que o Flamengo estava muito instável. Muitos até diziam que o Flamengo escolhia os jogos para jogar bem. E que a prioridade eram as Copas e não o Brasileiro. Sem contar a história de derrubar o treinador. Enfim, era esperar para ver se o time iria melhorar.
Em 10 de agosto, o Flamengo foi a Assunção, capital do Paraguai, para jogar com o Olímpia o jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. O treinador Sampaoli não contou apenas com Erick Pulgar. Na lateral esquerda ele escalou Filipe Luís, o que surpreendeu a todos. A pressão da torcida era enorme e o Olímpia precisava vencer por 2 gols para se classificar. Mas, aos 8 minutos Bruno Henrique foi derrubado na lateral da área. A falta foi cobrada e Bruno Henrique tocou com o bico da chuteira, marcando 1 x 0 para o Flamengo. O início parecia animador. Porém, aos 12 minutos, o Olímpia empatou com um gol de cabeça. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo não conseguiu levar perigo ao gol do Olímpia, que por sua vez tentava, mas também não chegou a assustar. No segundo tempo, o Flamengo tocou melhor a bola, controlava o jogo e tudo parecia sob controle. Bruno Henrique chegou a perder uma grande oportunidade. Mas, com o passar do tempo, o Olímpia começou a apertar mais. Numa cobrança de escanteio, o Olímpia marcou de cabeça. Resultado que levava para os pênaltis. Surpreendentemente, após novo escanteio, o Olímpia marcou o terceiro gol. Até o final da partida foi um cai cai toda hora. O árbitro Wilmar Roldan foi péssimo, mas mesmo assim o torcedor rubro-negro não poderia jamais colocar a culpa somente na arbitragem. Nos acréscimos, Victor Hugo chegou a marcar, mas Gabriel estava impedido e o gol foi anulado. O problema é que no vídeo, o passe foi dado pelo jogador do Olímpia, o que tiraria o impedimento. Mas, faltou vontade ou coragem de confirmar o gol. Fim de jogo. Flamengo eliminado da Libertadores de forma completamente melancólica. Para um time que é considerado o melhor da América latina. Para um time que tem jogadores famosos, extremamente bem pagos e em dia. Não dá para aceitar que o Flamengo em 2023 tenha perdido 6 títulos, dos 8 que teria para competir. E tudo começou com o erro crasso de demitir Dorival Júnior no final do ano passado, após conquistar a Copa do Brasil e a Libertadores. A partir daí, o Flamengo perdeu o rumo. E a torcida sofrida, vendo seus adversários comemorando cada insucesso do time, que por sua vez, deixava a impressão de que sempre derrubava os técnicos que não lhes eram favoráveis. Uma grande vergonha.
Em 13 de agosto, mais de 60 mil torcedores do Flamengo foram ao Maracanã para protestar, mas também para incentivar o time. E a torcida fez exatamente isso. O Flamengo enfrentou o time reserva do São Paulo e tentou conseguir uma vitória para tentar melhorar o clima na Gávea. Mas, o que se viu foi um Flamengo com grande dificuldade para chegar ao gol do São Paulo, que jogava fechado e no contra ataque conseguiu chegar ao gol. Com o gol do São Paulo, o Flamengo continuou tocando a bola, mas não conseguiu levar perigo ao gol do time paulista. No segundo tempo, o treinador Sampaoli tirou Arrascaeta e Thiago Maia e colocou Everton Ribeiro e Gerson. Mas, as dificuldades continuaram e os contra ataques cada vez mais perigosos. Logo após, Pedro entrou no lugar de Gabigol. Quando tudo levava a crer que o resultado seria a derrota, aos 48 minutos, Luiz Araújo foi derrubado na área e o pênalti foi marcado. Pedro bateu e empatou a partida. Mesmo evitando a derrota, a torcida, que durante a partida incentivou o time, após o término, vaiou e chamou o time de “time sem vergonha”. E a crise continuava.
Na véspera da partida decisiva contra o Grêmio, que definiria vaga para a final da Copa do Brasil, o clima na Gávea ferveu mais uma vez, quando Gerson e Varela trocaram socos e o uruguaio teve o nariz fraturado. Logo ele que iria substituir Wesley suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A falta de comando de Marcos Braz, vice presidente de futebol e da diretoria que não conseguia colocar o clube em ordem era visível. No Flamengo, os jogadores davam as ordens e eram sempre os grandes responsáveis pela queda dos treinadores. E muitos diziam que a relação do técnico Jorge Sampaoli com o grupo era muito ruim. Não havia diálogo e que tudo piorou depois do soco do preparador físico em Pedro. Todos acharam que Sampaoli ficou muito na defensiva e não tomou as atitudes apropriadas. Mas, independente de qualquer coisa, era evidente que havia um grupo de jogadores que se julgavam donos do Flamengo e contaminavam os outros, criando climas extremamente complicados e atuações pífias em algumas partidas. E a torcida cada vez mais revoltada.
Apesar de tudo, mais de 62 mil torcedores lotaram o Maracanã, para ver o Flamengo decidir uma vaga para a final da Copa do Brasil. O Grêmio havia perdido de 2 x 0 em casa e precisava de 3 gols para se classificar. O técnico Sampaoli não contou com o lateral direito Wesley, com o terceiro cartão amarelo, mas teve o retorno de Erick Pulgar e de Matheuzinho, que entrou em campo ainda no primeiro tempo no lugar de Varela, contundido. Everton Ribeiro e Ayrton Lucas ficaram no banco. No primeiro tempo, o Flamengo procurou tocar a bola e acabou tendo duas grandes chances para marcar. Uma numa cabeçada a queima roupa de Bruno Henrique, que o goleiro pegou, e outra num chute de Arrascaeta que foi mandado a corner pelo goleiro. O goleiro Matheus Cunha também se destacou com duas grandes defesas, uma em cada tempo. No primeiro tempo não houve movimento no placar. No segundo tempo, o Grêmio partiu pra cima do Flamengo devido a necessidade de vitória. O Flamengo jogou mais no contra ataque. Foi quando uma bola cruzada na área do time gaúcho foi cabeceada por Léo Pereira e bateu na mão do zagueiro. A princípio, o árbitro mandou seguir o jogo, mas foi chamado pelo VAR. Ele acabou marcando pênalti para o Flamengo. Arrascaeta bateu forte, alto e no meio do gol, marcando 1 x 0. Para o Grêmio não dava para fazer mais nada. O Flamengo foi tocando a bola até o fim do jogo. Com o resultado, o Flamengo iria decidir a Copa do Brasil contra o São Paulo, que venceu o Corinthians. Pelo menos, na hora do gol, todos se abraçaram, levaram o técnico para o meio dos jogadores, que deram tapinhas na careca de Sampaoli. A torcida esperava que a fase ruim estivesse no fim.
Em 20 de agosto, o Flamengo foi a Curitiba para começar o segundo turno do Campeonato Brasileiro. O time paranaense estava na vice-lanterna do campeonato e com certeza tentaria aproveitar o fato de jogar em casa para tentar fugir da zona de rebaixamento. O treinado Sampaoli mandou a campo o mesmo time do jogo anterior. David Luís estava contundido e Ayrton Lucas ficou no banco. No início do primeiro tempo, o Flamengo teve duas grandes chances para marcar, mas aos 14 minutos, Filipe Luís foi vencido na corrida e cometeu pênalti. O péssimo árbitro
Raphael Claus marcou e o Coritiba fez 1 x 0. Mas 4 minutos depois, Wesley foi derrubado na área e o árbitro também marcou pênalti. Gabigol cobrou e empatou a partida. O árbitro se notabilizou por não marcar pelo menos 8 faltas a favor do Flamengo e inverter uma falta, onde Wesley foi derrubado por trás e ao cair e segurar a bola, ele deu falta para o Coritiba. Toda carga por trás do Coritiba não era falta. Mas, apesar do árbitro, Bruno Henrique, o melhor do jogo, fez uma grande jogada pela esquerda e cruzou para a área. Victor Hugo escorou de cabeça e Arrascaeta marcou também de cabeça. Mas, se não fosse dois milagres do goleiro Matheus Cunha, o Flamengo não terminaria a primeira etapa vencendo. No segundo tempo, aos 48 segundos, após falha da defesa, o Coritiba empatou. Durante todo o segundo tempo, o Coritiba se defendeu fortemente e tentou levar perigo ao gol do Flamengo. O Rubro-Negro não conseguiu ter um bom desempenho. Afinal de contas, o time do Paraná estava no desespero. Mesmo não realizando uma grande partida, o Flamengo tentava chegar ao gol adversário. Aos 48 minutos Gerson recebeu uma bola na intermediária e desferiu um tiro potente que foi no ângulo do gol. Vitória rubro-negra. Mesmo não realizando uma grande partida. Mas, valeu pela vitória.
Em 26 de agosto. O Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Internacional, que entrou em campo com seu time todo reserva. A princípio, a torcida rubro-negra pensou que assistiria a uma fácil vitória. Mas, não foi bem isso que aconteceu. O Flamengo começou bem a partida, teve muito mais posse de bola e viu o time do Internacional apenas se concentrar na defesa. O time chegava perto da área gaúcha, mas não conseguia penetração. E assim foi toda a primeira etapa. Infelizmente, ainda no primeiro tempo, o Flamengo se viu sem Arrascaeta e Luiz Araújo, ambos com dores na musculatura posterior da coxa, o que causou grande preocupação. No segundo tempo, o Internacional foi aos poucos colocando alguns titulares em campo, mas ficou apenas na defesa, não dando trabalho para o goleiro Matheus Cunha. O Flamengo tentava, mas sem muita objetividade. A grande chance aconteceu já nos descontos, quando o lateral direito Wesley mandou uma bomba que foi no travessão. Fim de jogo. Ficou a decepção por mais uma partida abaixo das possibilidades deste time e a torcida chamando o time de “time sem vergonha”.
Durante a semana que antecedeu o clássico contra o Botafogo, líder do campeonato, o Flamengo foi só crise. E tudo piorou com a festa de aniversário de Gabigol, que deixou a torcida furiosa, pois o time havia sido eliminado da Libertadores há tão pouco tempo e parecia que Gabigol não estava nem aí. Na verdade, Gabigol estava muito mais preocupado em ser cantor e perdeu todo o foco no futebol. Suas atuações eram pífias e os gols cada vez mais raros. Fora as notícias que o treinador Jorge Sampaoli seria demitido, principalmente se o Flamengo perdesse para o Botafogo.
Em 2 de setembro, o Flamengo foi ao Engenhão, também conhecido como estádio Nilton Santos, para enfrentar o Botafogo. A torcida alvi negra lotou o estádio. Atrás do gol à direita das cabines de televisão ficou a torcida do Flamengo. O treinador Sampaoli deixou Gabigol de fora, no banco de reservas e colocou Pedro como titular do ataque. Também surpreendeu ao colocar Erick Pulgar como terceiro homem na defesa. Ele não poderia contar com Arrascaeta e Luiz Araújo, que estavam contundidos. Mal começou a partida, aos 2 minutos, Wesley recebeu a bola pela direita e chutou cruzado. Antes que Bruno Henrique tocasse a bola para o gol, Marlon Freitas do Botafogo marcou contra. Explosão da pequena torcida do Flamengo presente. A partir daí, o Botafogo partiu para cima do Flamengo e deu uma blitz, até empatar o jogo. A partir do empate, o Botafogo pisou no freio e o Flamengo passou a tocar a bola e a chegar com perigo. Bruno Henrique, o melhor em campo, chegou a perder duas grandes oportunidades de gol. Mas, o Botafogo também quase marcou, quando Fabrício Bruno salvou em cima da linha. Na segunda etapa, Bruno Henrique recebeu, entrou na área e tocou por cima do goleiro. Um golaço. Infelizmente, o VAR anulou o gol por centímetros. O Flamengo permaneceu tocando melhor a bola e Bruno Henrique levou o lateral direito do Botafogo a loucura. E foi numa grande jogada dele pela esquerda, que surgiu o gol da vitória. Ele chutou cruzado e a bola entrou no ângulo do goleiro Lucas Perri. Um golaço, que dessa vez, o VAR não poderia anular. Após o gol do Flamengo o Botafogo tentou dar uma pressão final, mas não conseguiu êxito. Foi uma grande vitória. Foi a sétima vez que o Flamengo não perdeu para o Botafogo em seu estádio (isto é, estádio emprestado ao Botafogo pela prefeitura do Rio de Janeiro). Tá certo que a distância para o Botafogo ainda era grande, mas o Flamengo cumpriu com seu dever e venceu. Após o jogo, até o treinador português Bruno Lage, do Botafogo, deixou seu cargo a disposição. Pelo jeito, a vitória do Flamengo abalou os alicerces do Botafogo.
Após este jogo. veio a famigerada data FIFA, valendo pela eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O Flamengo teve quase duas semanas para treinar e se aprimorar. Mas, se recordarmos ainda neste ano, todas as vezes em que o Flamengo ficou um tempo razoável sem jogar, o retorno foi para esquecer. Primeiro a goleada de 4 x 0 para o Bragantino. Depois os 3 x 0 para o Cuiabá. Desta vez, o adversário era o Athlético Paranaense. Como o gramado do Maracanã estava sendo reformado novamente, o jogo foi disputado em Cariacica, Espírito Santo, no estádio Kléber Andrade. A torcida do Flamengo lotou o estádio, na esperança de ver uma grande atuação de um time que já convivia com a crise há algum tempo. Principalmente devido as atuações com o técnico Jorge Sampaoli, que após 36 jogos a frente do Flamengo, mandava a campo a 36ª escalação diferente e não conseguiu manter um bom relacionamento com os jogadores, principalmente após o episódio do soco em Pedro, dado pelo preparador físico de sua equipe, após a vitória sobre o Atlético Mineiro. Havia também a crise com a diretoria do Flamengo, principalmente com o presidente Rodolfo Landim e o Vice de futebol Marcos Braz, o qual grande parte dos jogadores não mais o suportava. A crise estava literalmente instaurada no Flamengo. Mas, a torcida sempre comparecendo e acreditando numa melhora, como na partida anterior, quando venceu o Botafogo. Apesar de não contar com Arrascaeta, Luiz Araújo. Ayrton Lucas, Bruno Henrique e Erick Pulgar, o Flamengo enfrentaria o Athlético com 8 desfalques e sem seus maiores jogadores. A partida começou coma falsa impressão de que o Flamengo a dominaria. Mas, o Athlético jogou bem fechado e foi perdendo chances claras de gol nos contra ataques. Tirando um chute de Everton Cebolinha no primeiro tempo e outro de Pedro no segundo, muito bem defendidos pelo goleiro reserva do time paranaense, o Flamengo não fez mais nada. Ainda teve Gabigol expulso, após o VAR chamar o árbitro Rafael Klein e mostrar que ele havia dado uma cotovelada no adversário. Ele havia tomado o cartão amarelo, que logo foi anulado e trocado pelo vermelho. O Athlético fez 1 x 0 no primeiro tempo. Fez mais dois gols no segundo tempo, sendo o último de pênalti já nos acréscimos e venceu por 3 x 0. A torcida apoiou até certo ponto. Depois foram vaias e gritos de “time sem vergonha”. E o próximo jogo do Flamengo seria contra o São Paulo, no Maracanã, pela primeira partida decisiva da Copa do Brasil. A diretoria colocou preços abusivos e depois da derrota para o Athlético, teve torcedor devolvendo o ingresso. Tudo levava a crer que seria quase impossível ser campeão da Copa do Brasil. Seria a sétima tentativa de ser campeão neste ano. As outras 6 o Flamengo desperdiçou.
Pois bem, apesar dos preços exorbitantes cobrados pelos ingressos para o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, a torcida do Flamengo compareceu em massa e proporcionou um espetáculo lindo. Foram mais de 67 mil torcedores presentes e mais de 26 milhões de reais de renda. O Flamengo não contou com Arrascaeta, Luiz Araújo e Allan, todos machucados. O São Paulo veio com força máxima, treinado por Dorival Júnior, o mesmo que há 1 ano deu ao Flamengo os títulos da Copa do Brasil e da Libertadores da América e foi mandado embora. Durante o primeiro tempo, o São Paulo exerceu uma marcação rígida, que não permitiu ao Flamengo nem pelo menos um arremate ao gol. A bola parecia que queimava nos pés dos jogadores rubro-negros. O treinador Sampaoli, mais perdido do que nunca e sem controle nenhum sobre o elenco, mandou a campo um ataque com Gabriel, Pedro e Bruno Henrique. Mas, o time ficou acéfalo no meio de campo e não criou nada. O São Paulo não criou grandes chances. Apenas duas. Na primeira, a bola foi cruzada e Calleri entrou de carrinho, mas o goleiro Matheus Cunha defendeu. E nos acréscimos do primeiro tempo, outra bola cruzada encontrou Calleri no segundo pau. Ele cabeceou e marcou o gol do São Paulo. Para o segundo tempo, o Flamengo veio com Everton Ribeiro no lugar de Victor Hugo e o time começou a atacar mais. Porém, era mais na base da transpiração do que na inspiração. O time não conseguiu se organizar e levar perigo ao gol do São Paulo, que por sua vez, somente se defendeu. Final de partida e a torcida do Flamengo foi para casa decepcionada e extremamente desacreditada no título da Copa do Brasil. O São Paulo, que nunca ganhou este torneio, mostrou muita vontade e agora jogaria por um empate em São Paulo.
Após a decepção no Maracanã, o Flamengo foi a Goiânia enfrentar o Goiás pelo Campeonato Brasileiro. Foi um jogo chato de se ver, onde nenhum dos times demonstrou grande vontade para ganhar. No primeiro tempo, o Flamengo teve maior posse de bola, mas não produziu grandes jogadas. O Goiás também mostrou uma verdadeira incapacidade para produzir alguma grande jogada. O estreante goleiro Rossi não teve nenhum trabalho. No segundo tempo, o Flamengo chutou mais a gol e apresentou certa melhora, mas da mesma forma que no primeiro tempo, nada produziu de útil. Ao final do jogo, o 0 x 0 foi justo para os dois. Com isso, a torcida do Flamengo já considerava praticamente perdido o título da Copa do Brasil.
Em 24 de setembro, o Flamengo foi ao Morumbi, para jogar a segunda partida da decisão da Copa do Brasil, contra o São Paulo. Arrascaeta e Luiz Araújo se recuperaram quase que por milagre e foram para o jogo. Gabriel começou no banco de reservas. Logo aos 40 segundos de jogo, Pedro entrou livre na cara do goleiro, mas perdeu o gol. Depois foi a vez de Gerson driblar o zagueiro, ficar de frente para o goleiro e perder o gol. O São Paulo não chegava com perigo e nitidamente tentava não deixar o Flamengo jogar. A melhor chance do São Paulo foi numa bicicleta de Lucas Moura, que saiu pela linha de fundo. Aos 44 minutos, o Flamengo atacou pela esquerda e Erick Pulgar chutou cruzado. O goleiro do São Paulo chegou a tocar na bola, que foi na trave. Na volta, Bruno Henrique a empurrou para o fundo do gol. As esperanças se renovaram. Mas, aos 49 minutos, após uma falta ser cobrada pela direita, o goleiro Rossi tirou a pelota de soco. Ela se ofereceu a Rodrigo Nestor, que deu um chute daqueles que ele nunca mais vai acertar na vida e empatou a partida. No segundo tempo, o São Paulo abdicou de atacar. O Flamengo teve mais posse de bola, mas a dificuldade em superar a forte marcação do adversário foi enorme. O Flamengo quase não conseguiu produzir nada. Somente no final da partida, num chute de Ayrton Lucas, o goleiro fez grande defesa e manteve o empate. O Flamengo precisava somente de mais um gol, para pelo menos levar a decisão para os pênaltis. Mas, infelizmente, não foi possível e o Flamengo amargou mais um vice campeonato. Como a situação no Campeonato Brasileiro já era praticamente perdida, poderíamos dizer que o Flamengo em 2023 desperdiçou oito chances de ser campeão. Foi um ano catastrófico, onde a diretoria foi omissa e sem mando, os jogadores indisciplinados e querendo manter o controle sobre os dirigentes. Onde resultados negativos foram usados para derrubar técnicos. Onde não houve nenhum respeito com a torcida do Flamengo. Ainda faltavam 14 rodadas para o final do Campeonato Brasileiro. O Flamengo estava neste momento em sétimo lugar. Caberia, pelo menos, tentar chegar no chamado G4, para se classificar para a Libertadores de 2024.
Após grande pressão, o treinador Jorge Sampaoli foi demitido. Mas, não logo após a derrota e a perda do título. Ele, acreditem, ainda treinou o Flamengo por 3 dias, mesmo sabendo que seria demitido. Neste intervalo, o Flamengo fazia contato com Tite. Mas nos próximos jogos, o Flamengo seria treinado por Mario Jorge, que acabara de conquistar o Campeonato Brasileiro na categoria Sub 20. A missão era: se classificar no chamado G4, para ter classificação para a fase de grupos da Libertadores de 2024.
Em 30 de setembro, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Bahia. Mesmo com os últimos acontecimentos, mais de 40 mil torcedores foram ao Maracanã. Assim que o time entrou em campo, vieram os coros de “time sem vergonha” e “ nós queremos respeito e comprometimento... “, mas bastou a bola rolar, que a torcida incentivou o time. Somente Arrascaeta estava fora da partida, para complementar o tratamento, já que havia jogado no sacrifício na decisão da Copa do Brasil. O Bahia jogou retrancado e somente jogava no contra ataque. Houve um pênalti marcado sobre Ayrton Lucas, mas o VAR o desmarcou. Na cobrança dessa falta, Erick Pulgar cobrou com categoria e a bola foi no travessão. O Flamengo dominava a partida, mas não conseguia furar a retranca baiana. No segundo tempo, após saída errada do Bahia, Gerson iria partir para o gol e foi derrubado. A princípio o árbitro deu cartão amarelo, mas o VAR o chamou e ele trocou a cor do cartão para vermelho. Mal a bola voltou a rolar e Bruno Henrique foi chutado pelo zagueiro adversário e o pênalti foi marcado. Mas, mesmo assim, o lance teve que ser revisado pelo VAR. Pênalti confirmado e Pedro bateu para marcar 1 x 0 para o Flamengo. A partir daí, o Bahia se fechou mais ainda. Mas, teve grande chance para empatar, o que somente não aconteceu devido a defesa do goleiro Rossi. O Flamengo seguiu na pressão, mas a dificuldade para marcar continuou. Ao final, com a vitória, a pressão da torcida se acalmou um pouco. Mas, até o final do campeonato, haveria pressão pela classificação na Libertadores.
Em 7 de outubro, o Flamengo foi a São Paulo enfrentar o Corinthians, que havia sido desclassificado da final da Copa Sulamericana pelo Fortaleza e estava a 3 pontos da zona de rebaixamento. O jogo foi disputado sob uma chuva incessante, mas que demonstrou mais uma vez que o gramado do Corinthians era um dos melhores do Brasil. Arrascaeta e Gabriel começaram no banco e o time foi mais uma vez dirigido por Mario Jorge, pois Tite, já praticamente acertado com o Flamengo, não queria estrear contra o seu querido Corinthians. Quanto profissionalimo... No primeiro tempo, o Corinthians ensaiou uma pequena pressão, mas logo o Flamengo tomou as rédeas da partida. Mas, errava sempre no passe final. E quando chegava ao gol, via em Cássio uma muralha. No segundo tempo, o Flamengo continuou melhor e aos 9 minutos, Gerson marcou um golaço. Ele recebeu na entrada da grande área, levou a bola para a esquerda e chutou cruzado, pelo alto, no ângulo. Com o gol e posteriormente com a saída de Gerson machucado, o Flamengo caiu demais de produção, optando por ficar na defesa, chamando o Corinthians. Mas, se fosse para fechar a partida num contra ataque, tudo bem. O problema foi que o Flamengo simplesmente parou em campo. Até que num chute, a bola bateu no braço de Léo Pereira e o pênalti foi marcado. Rossi quase pegou, mas o Corinthians empatou o jogo. Com o empate no placar e ainda faltando 15 minutos, o Flamengo voltou a atacar, mas continuava falhando no último passe decisivo para marcar o gol. Porém, deixou espaços para o Corinthians contra atacar e assustar um pouco. Ao final, a frustração de dois pontos jogados fora e a possibilidade de encostar no Botafogo, que liderava o campeonato, se tornava menor. Sem contar, que a vaga para a Libertadores ainda continuava sendo o alvo principal. As esperanças ficavam para a parada de duas semanas para a data FIFA e os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo. Assim Tite poderia treinar o time. Mas, a torcida sempre lembrava que o Flamengo, após as paradas da data FIFA, voltava de forma tenebrosa.
Em 19 de outubro, o Flamengo foi ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro, na estréia do treinador Tite. A torcida deu um grande apoio para a contratação do treinador e também esperava ansiosa pela renovação de contrato de Bruno Henrique, já que o Palmeiras ameaçava se intrometer na negociação. No primeiro tempo, o Cruzeiro foi melhor nos primeiros 25 minutos. O time do Flamengo parecia não se encontrar em campo. O time mineiro chegou a perder grande chance, quando o goleiro Rossi fez grande defesa. Aos poucos, o Flamengo começou a tocar a bola e foi dominando as ações. Aos 39 minutos, após a bola ser cruzada na área do Cruzeiro, o zagueiro Castan rebateu a bola nos pés de Ayrton Lucas. Ele dominou, driblou o zagueiro e tocou na saída do goleiro. Um belo gol. Dois minutos depois, Wesley foi derrubado na linha de fundo dentro da área e o árbitro marcou o pênalti. Pedro bateu deslocando o goleiro e aumentou para 2 x 0. No segundo tempo, o Flamengo foi tocando a bola, mas o Cruzeiro não demonstrou forças para reagir. Por sinal, um dos piores times do Cruzeiro, que chegou a passar três anos seguidos na segunda divisão. Fim de jogo e o treinador Tite estreou com vitória. Na tabela, o Flamengo ficou na terceira posição.
Em 22 de outubro, mais de 69 mil torcedores foram ao Maracanã, para ver Flamengo x Vasco da Gama pelo campeonato Brasileiro. O Vasco, na zona de rebaixamento, tentava a vitória para sair dessa condição. O Flamengo continuava na perseguição ao Botafogo, ainda mais que o time alvi negro havia empatado com o Athletico Paranaense e uma vitória do Flamengo diminuiria a diferença para 9 pontos. O treinador Tite contou com o seu melhor time para tentar a vitória. No início do primeiro tempo, o Vasco começou melhor, mas aos poucos, o Flamengo foi dominando o meio de campo e começou a chegar com perigo ao gol do Vasco. Na melhor chance rubro-negra, Fabrício Bruno cabeceou no travessão e no rebote, chutou no cantinho para grande defesa do goleiro vascaíno. O Vasco terminou o primeiro tempo mais na defesa. No segundo tempo, o Flamengo continuou a atacar, mas o Vasco começou a levar perigo ao gol de Rossi. Tudo levava a crer que quem conseguisse aproveitar uma boa oportunidade, ganharia a partida. O treinador Tite tirou Pedro e colocou Gabigol em seu lugar. Aos 30 minutos, a bola foi lançada em profundidade pela esquerda, Gabigol cruzou e a bola foi rebatida para a entrada da área. Gerson veio na corrida e tocou no canto esquerdo do goleiro vascaíno, fazendo a torcida rubro-negra explodir no Maracanã. Há 8 anos o Vasco não vencia o Flamengo no Campeonato Brasileiro. Até o final da partida, o Vasco tentou ensaiar uma reação, mas a defesa do Flamengo, muito segura, não deixou o Vasco empatar. Grande vitória do Flamengo que continuava a sua luta para tentar alcançar o Botafogo.
Em 25 de outubro, o Flamengo foi a Porto Alegre enfrentar o Grêmio. Com a derrota do Red Bull Bragantino horas antes, bastaria uma vitória para deixar o Flamengo em segundo lugar na tabela e diminuir para 6 pontos a diferença para o Botafogo, mesmo que o time alvinegro estivesse com 1 jogo a menos. Mas, com certeza, isto aumentaria a pressão sobre eles. O Grêmio lutava desesperadamente para melhorar na tabela, pois estava em 8º lugar e longe da zona de classificação para a Libertadores. A partida começou com o Grêmio tentando atacar mais, mas não levando nenhum perigo ao gol de Rossi. O Flamengo, por sua vez, já havia perdido um gol feito com Gerson chutando do bico da pequena área por cima do gol e em outra investida, onde também chutou por cima, de dentro da área. Arrascaeta havia cobrado muito bem uma falta, que foi defendida com dificuldade pelo goleiro gremista. No final da primeira etapa, Everton Cebolinha, que havia entrado no lugar de Bruno Henrique, que com desgaste muscular ficou no banco, foi lançado pela esquerda. Ele driblou um zagueiro do Grêmio, driblou mais um zagueiro e o goleiro e marcou um belo gol. O Flamengo deixava a primeira etapa em vantagem. Até os 25 minutos do segundo tempo, o Flamengo tinha o jogo sob controle, mas algo chamava a atenção. O time não ficava com a posse de bola. O treinador Tite colocou em campo Gabigol e Bruno Henrique, saindo Pedro e Everton Cebolinha. Por incrível que pareça, o time piorou. Em uma saída errada de Bruno Henrique, ele deu a bola de presente para o adversário e acabou saindo o gol de empate do Grêmio aos 32 minutos. Não demorou muito e Bruno Henrique cometeu o mesmo erro e após um jogador do Grêmio disputar a bola contra três rubro-negros, ele acabou cruzando e o Grêmio virou. Não demorou muito e um chute de fora da área bateu na trave esquerda, correu sobre a linha e entrou do outro lado. O Flamengo demonstrava ter um time muito melhor, mas o Grêmio teve duas coisas que o Flamengo não teve: raça e vontade. Aos 42 minutos, Luiz Araújo marcou de cabeça após cobrança de falta na esquerda, mas não dava tempo para mais nada. Todo mundo ajudou o Flamengo, que mais uma vez não soube se ajudar. Pensar em título agora ficara muito mais difícil. O Botafogo e o Palmeiras agradeceram.
Em 1 de novembro, o Flamengo foi a Brasília, no estádio Mané Garrincha, para enfrentar o Santos pelo Campeonato Brasileiro. O Maracanã estava interditado para a decisão da Taça Libertadores da América. O gramado estava péssimo, devido a um show realizado dias antes. O Santos lutava contra o rebaixamento, principalmente depois de ter tomado de 7 x 1 do Internacional. O Flamengo jogou apenas sem Erick Pulgar, que tinha recebido o terceiro cartão amarelo. O Santos começou melhor, mas o Flamengo foi tomando conta do meio de campo. Aos 20 minutos, Arrascaeta cobrou escanteio e a bola sobrou limpa para Pedro empurrá-la para o gol, marcando seu centésimo gol com a camisa rubro-negra. Logo depois, Ayrton Lucas acertou um balaço no travessão. Tudo levava a crer que o Flamengo venceria até com certa facilidade. Mas, após cobrança de falta pela esquerda a bola sobrou na entrada da área, para um chute forte e colocado no canto de Rossi, que nada poderia fazer. Jogo empatado. Logo depois, Gerson disputou uma bola no meio de campo e seu cotovelo bateu no rosto do adversário. O árbitro Rafael Klein foi chamado ao VAR e expulsou o jogador do Flamengo. Este mesmo árbitro já havia feito a mesma coisa com Gabigol em um jogo contra o Athletico Paranaense. Os comentaristas de arbitragem disseram que era jogada para cartão amarelo e só. Com menos um jogador, o Flamengo apresentou uma grande dificuldade para furar a defesa do Santos. Por sua vez, o time paulista levava a loucura a lateral direita do Flamengo principalmente com Soteldo. Quando tudo levava a crer que o empate seria o resultado final, o Santos marcou o segundo gol, com um chute da intermediária. Já próximo ao final da partida, Soteldo deu um drible em Bruno Henrique, que não fez falta. Mas, o árbitro marcou e deu amarelo para ele. Num ato de descontrole provocado pelo próprio árbitro, Bruno Henrique levou o vermelho e também foi expulso. Foi uma derrota que tirou completamente as chances do Flamengo poder brigar pelo título do Campeonato Brasileiro. A luta agora era tentar uma vaga no chamado G4 para a Libertadores. O Flamengo estava em 6º lugar. E pelo futebol que estava jogando, com os jogadores parecendo totalmente desinteressados nas partidas, dificilmente o Flamengo iria conseguir a classificação. Era hora de se pensar em uma grande reformulação no elenco, que parecia completamente sem vontade de ganhar mais nada. Para um time com salários milionários e recebendo em dia, o que se esperava era, pelo menos, um pouco mais de vontade. Mas, os jogadores conseguiram perder tudo o que disputaram no ano, faziam corpo mole contra treinadores e não demonstraram um pingo de respeito a torcida. Estava na hora de alguém dentro do Flamengo dar uma vassourada geral. Até nos ídolos e medalhões do time. E para piorar as coisas, tivemos que ver o Fluminense conquistar a Taça Libertadores no Maracanã, ao vencer o Boca Juniors por 2 x 1, na prorrogação.
Em 5 de novembro, o Flamengo jogou contra o Fortaleza na Arena Castelão. O treinador Tite não contou com Gerson e Bruno Henrique suspensos por cartão vermelho e Gabigol que alegou dores musculares para não viajar. Também não contou de saída com Ayrton Lucas, que apresentou febre e mal estar, ficando no banco. Enfim, era um time muito desfalcado para uma missão muito difícil, que era vencer o Fortaleza em sua casa. O Flamengo buscava desesperadamente ficar no grupo da Libertadores de 2024, mas precisaria marcar muitos pontos. Seriam 8 jogos muito difíceis até o final do campeonato. No primeiro tempo, o jogo se caracterizou pelos passes errados de ambos os times. O Flamengo tinha maior posse de bola, mas não chegava ao gol adversário. O Fortaleza também encontrava dificuldades. Os dois times erravam, principalmente na hora do passe final, para conclusão ao gol. Parecia que o primeiro tempo terminaria 0 x 0, mas aos 44 minutos, Luiz Araújo ganhou uma dividida na entrada da área, pela esquerda e tocou para a meia lua, onde Filipe Luís (que por sinal foi um dos melhores em campo) fez o corta-luz. A bola sobrou para Pedro, que chutou colocado, no canto direito do goleiro e marcou 1 x 0 para o Flamengo. Até o final da primeira etapa, o Flamengo ainda perdeu duas grandes chances. Uma com Arrascaeta e outra com Everton Cebolinha. Arrascaeta, por sinal, não lembrava o grande jogador que sempre foi. Parecia que estava sempre fora de forma. No segundo tempo, o Flamengo se segurou na defesa e tentava sair nos contra ataques, mas os dois times mostraram o mesmo defeito do primeiro tempo. O Fortaleza chegou a colocar uma bola na trave de Rossi, mas não conseguiu empatar. No final do jogo, a bola foi tocada por Ayrton Lucas para dentro da área. Everton Ribeiro fez também um corta-luz e a bola sobrou para Luiz Araújo bater colocado e marcar o segundo gol do Flamengo. Fim de jogo e uma vitória importante, apesar da torcida ter sofrido bastante com a atuação do time.
Em 8 de novembro, o Flamengo enfrentou o Palmeiras no Maracanã. Mais de 64 mil torcedores foram ao estádio, mas a torcida não acreditava muito na vitória, pois o Palmeiras estava embalado depois de ter vencido o Botafogo, até então líder do campeonato, numa virada sensacional por 4 x 3. Para o Flamengo neste momento, era tentar uma vaga na Libertadores. O título estava mais perto de Botafogo, Palmeiras e Bragantino. Mas, futebol reserva suas surpresas. No primeiro tempo, o Palmeiras jogou melhor nos primeiros 15 minutos de jogo e perdeu duas grandes chances de abrir o placar. Mas, aos 17 minutos, Erick Pulgar, que estava jogando demais, deu um passe em profundidade para Pedro, que invadiu a área entre os zagueiros e tocou de cavadinha na saída do goleiro. Explosão no Maracanã. Flamengo 1 x 0. Logo depois, Everton Cebolinha ( que melhorava a cada dia) recebeu um lançamento e cruzou na cabeça de Arrascaeta, que deslocou o goleiro e correu para o abraço. Flamengo 2 x 0. O Palmeiras simplesmente não conseguia atacar o Flamengo. A defesa muito segura, o meio de campo combatendo e armando os ataques e o ataque com Cebolinha fazendo grande partida, Luiz Araújo partindo para cima pela ponta direita e Pedro infernizando a zaga palmeirense. No segundo tempo, logo aos 6 minutos, Arrascaeta foi lançado do seu próprio campo e ficaria livre para invadir e marcar o terceiro gol. Mas, ele foi agarrado pelo pescoço e atirado ao solo por Bruno Gomes, o zagueiro paraguaio do Palmeiras. Cartão vermelho direto e o Palmeiras ficou com menos um jogador. A partir daí, o Flamengo começou a tocar a bola e envolveu o Palmeiras, que nada conseguia fazer. Numa jogada sensacional de Arrascaeta, ele tocou para Cebolinha, que tocou de volta para Arrascaeta, que lançou Ayrton Lucas na linha de fundo. Ele cruzou alto, no segundo pau, onde Gerson cabeceou para a pequena área. Pedro entrou de carrinho, a bola beijou a trave e foi para as redes. Flamengo 3 x 0. No final do jogo, a torcida do Flamengo se divertiu gritando olé a cada toque de bola do Flamengo. Uma festa total. O Flamengo subiu para a quinta colocação com 56 pontos, um jogo a menos e a 3 pontos do Botafogo, que também tinha 1 jogo a menos. Mas, o fato mais importante, foi que o Flamengo se credenciou novamente para a conquista do título.
Em 11 de novembro, o Flamengo enfrentou o Fluminense no Maracanã. Mais de 64 mil torcedores foram ao estádio. O Flamengo necessitando demais da vitória para ainda tentar o título de campeão brasileiro. O treinador Tite manteve Everton Cebolinha na ponta esquerda, deixando Bruno Henrique na reserva. No primeiro tempo, o Flamengo dominou completamente o jogo. Everton Cebolinha botou uma bola na trave, Gerson perdeu um gol na cara do goleiro e no final do primeiro tempo, Erick Pulgar lançou Arrascaeta, que se livrou do zagueiro e chutou cruzado. A bola bateu na trave e entrou. Vitória justíssima do Flamengo. No segundo tempo, o Fluminense partiu para o ataque e jogou o Flamengo todo para trás. Aos 17 minutos, o Fluminense empatou. E continuou tocando melhor a bola. Somente após os 30 minutos, com as substituições, o Flamengo equilibrou a partida e teve mais presença no ataque. Mas, a melhor chance de gol foi do Fluminense, quando Rossi fez grande defesa. No final, Gerson ainda deu um forte chute ao gol, mas o goleiro tricolor defendeu. Antes que o jogo terminasse, Gabigol, que havia entrado no lugar de Pedro se desentendeu com o zagueiro Nino e ambos foram expulsos de campo. Final de jogo e o empate não foi um bom negócio. O Flamengo dependeria dos resultados de seus rivais para ver até onde chegaria.
Após a famigerada data FIFA, devido aos jogos das eliminatórias da Copa do Mundo, o Flamengo enfrentou em 23 de novembro o Red Bull Bragantino. A data era especial, pois foi há 4 anos, que conquistávamos a Libertadores vencendo o River Plate na final. Graças a Deus que Arrascaeta, Erick Pulgar e Varela voltaram sem problemas e a tempo de jogar. Como Pulgar havia jogado mais tempo pela seleção chilena, o treinador Tite o deixou no banco, para utilizá-lo no segundo tempo. O Red Bull Bragantino brigava pelo título brasileiro e seu time era muito bom. Foi um jogaço, de dois times que atacaram e se defenderam com grande intensidade. No primeiro tempo, o Bragantino foi melhor, tendo mais a bola e levando mais perigo ao gol de Rossi, que entretanto, não realizou nenhuma grande defesa. O Flamengo por sua vez, teve três grandes chances de marcar. Uma num chute do lateral direito Matheuzinho, outra numa cabeçada de Everton Cebolinha após escanteio e outra num chute do próprio Cebolinha, que o goleiro pegou e na sobra Pedro cabeceou e perdeu o gol. No segundo tempo, o treinador Tite colocou em campo Wesley no lugar de Matheuzinho, para apoiar mais o ataque, e Erick Pulgar no lugar do veloz e impetuoso Luiz Araújo. Com isso, o Flamengo passou a dominar mais o meio de campo e foi criando chances de gol. O Bragantino, por sua vez, quando tinha a posse de bola, sempre atacava com perigo, chegando a colocar uma bola no travessão, após cabeçada de Sasha. Com a entrada de Bruno Henrique no lugar de Thiago Maia e caindo sempre pela direita, o Flamengo passou a ser mais perigoso e a controlar melhor o jogo. Aos 29 minutos, Erick Pulgar lançou em diagonal para Arrascaeta, que ao entrar na área ganhou a dividida com o zagueiro e como numa tacada de bilhar, colocou a bola no canto esquerdo do goleiro. A bola beijou a trave e entrou, para delírio da nação rubro-negra, que lotava o Maracanã. Até o final da partida, o Flamengo controlou o meio de campo, sua defesa jogou com raça e o Flamengo ainda teve pelo menos duas grandes chances de marcar, com Pedro e Ayrton Lucas. Foi uma vitória que colocou o Flamengo em terceiro na tabela, com 60 pontos, atrás de Botafogo com 61 e Palmeiras com 62 pontos. Isto é, o Flamengo estava na briga pelo título, mas dependia de tropeços dos adversários à frente. Faltavam quatro jogos para o término do campeonato e se alguém desse bobeira, o Flamengo poderia salvar um ano, que até então era somente de tristezas.
Em 26 de novembro, o dia começou bem para o Flamengo com o empate do Botafogo com o Santos por 1 x 1. Caso o Flamengo vencesse o América Mineiro, o Flamengo iria ultrapassar o Botafogo. E o Palmeiras iria enfrentar o Fortaleza no Ceará. Caso ocorresse algum tropeço do Palmeiras, o Flamengo poderia, em caso de empate do time paulista, empatar em número de pontos. Caso o Palmeiras perdesse, o Flamengo poderia ficar na liderança do campeonato. O fato, era que o Flamengo tinha que vencer em primeiro lugar. A partida foi realizada no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, que ficou lotado somente com a torcida do Flamengo. O América era o lanterna do campeonato e já estava rebaixado. A partida foi toda realizada embaixo de uma chuva insistente, que não parou durante todo o jogo. No primeiro tempo, o Flamengo começou dando pressão, mas o América começou a contra atacar e levar muito perigo ao gol de Rossi. Chegou, inclusive, a colocar uma bola no travessão. O Flamengo continuou a tocar a bola e aos 28 minutos, Ayrton Lucas recebeu de Arrascaeta e cruzou na cabeça de Everton Cebolinha, que fez 1 x 0. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo manteve o domínio do jogo e não correu mais perigos. No segundo tempo, logo aos 4 minutos, Arrascaeta dominou a bola, tocou para Bruno Henrique, que colocou Pedro na cara do goleiro, para fazer 2 x 0. Após várias substituições, Everton Ribeiro tocou de letra um cruzamento de Cebolinha e marcou 3 x 0. Em Fortaleza, o time da casa chegou a fazer 1 x 0 e 2 x 1, colocando o Flamengo na liderança do campeonato. Mas, ao final, o Palmeiras empatou e tanto Flamengo quanto Palmeiras estavam com 63 pontos e 18 vitórias. O Palmeiras estava na frente por ter mais 9 gols de saldo. Ainda faltavam 3 rodadas e a sequência do Palmeiras parecia muito mais fácil. Mas, no futebol, tudo pode acontecer. E a esperança de título continuava. Até mesmo porque há 6 rodadas atrás, ninguém garantia nem a Libertadores para o Flamengo.
Em 29 de novembro, o Flamengo foi ao Maracanã para enfrentar o Atlético Mineiro. O Flamengo já estava garantido na Libertadores de 2024, mas precisava ainda garantir o G4. Ainda havia a possibilidade de ficar empatado em pontos com o Palmeiras e empurrar a decisão do campeonato para as duas últimas rodadas. O Atlético vinha numa grande sequência de bons resultados e era, até então, o melhor time do returno do campeonato. O treinador Luís Felipe Scolari fez o que mais sabe no futebol: armou um time super defensivo e jogou no contra ataque, com muita velocidade. Logo aos 8 minutos, o Atlético montou um contra ataque e fez 1 x 0. O Flamengo lutou, brigou e o goleiro atleticano começou a aparecer com grandes defesas. Primeiro num chute cruzado de Cebolinha, depois numa cabeçada para baixo de Bruno Henrique. Cebolinha ainda chutou uma bola que passou a centímetros do ângulo direito do gol. O Atlético impunha uma forte marcação, mas Rossi somente fez uma defesa num chute cruzado de Hulk, após novo contra ataque. O empate seria o resultado mais justo. No segundo tempo, o Flamengo partiu para cima do Atlético e aos 4 minutos, após cobrança de falta na lateral da área para o Flamengo, a bola foi lançada num contra ataque super rápido e o Atlético marcou o segundo gol. Foi uma ducha fria na torcida, que apesar de estar perdendo, não parou de cantar e incentivar até o final da partida. Com a defesa do Atlético super fechada, o ataque do Flamengo foi tendo cada vez mais dificuldade, mas mesmo assim criou duas grandes chances de gol, numa cabeçada de Léo Pereira e num chute de Arrascaeta. Já no final da partida, outro contra ataque fulminante e o Atlético marcou seu terceiro gol. Ao final, o Atlético chutou quatro vezes ao gol e marcou três gols. Somente no contra ataque e fazendo uma fortíssima marcação em toda a sua defesa e meio de campo. Fora o fato de que tudo deu certo para eles e nada deu certo para nós. Final de sonho de título. Agora era tentar a vaga para a Libertadores no G4, já que o Flamengo ficou exatamente no quarto lugar da tabela. Se ficasse em quinto ou sexto lugar, teria que jogar a Pré Libertadores.
Em 3 de dezembro, exatamente 45 anos após o inesquecível gol de Rondinelli contra o Vasco em 1978, o Flamengo foi ao Maracanã para jogar a penúltima rodada do Campeonato Brasileiro contra o Cuiabá. Mais de sessenta mil torcedores compareceram ao estádio para ver a partida e a última partida de Filipe Luís e Rodrigo Caio pelo Flamengo. O primeiro se aposentava do futebol e o segundo não teria seu contrato renovado, devido aos grandes problemas físicos, que o prejudicaram demais ultimamente. Foram feitos murais e mosaicos em homenagem aos dois jogadores, que sempre foram muito queridos pela torcida e que ganharam muitos títulos pelo Flamengo. A diretoria do Flamengo, inclusive, colocou todos os troféus ganhos pela dupla em exposição no gramado do Maracanã. Após todas as homenagens, o jogo começou e o Flamengo passou a tomar conta da partida. Tanto que, logo aos 7 minutos, Luiz Araújo se aproveitou de uma bola que Gerson não chutou, mas que ele a mandou no ângulo, marcando 1 x 0 para o Flamengo. Durante todo o primeiro tempo, o Flamengo dominou as ações, mas somente conseguiu marcar aos 48 minutos, numa cabeçada de Pedro. No segundo tempo, aos poucos, o time do Cuiabá foi se soltando e começou a chegar na defesa do Flamengo com mais constância. Numa jogada em que Pulgar se enroscou com o adversário dentro da área, o árbitro marcou pênalti. Mas, ele foi chamado ao VAR e o pênalti foi desmarcado. Mas, se fosse confirmado, não teria sido nada demais. Foi um lance totalmente interpretativo. Aos 33 minutos, houve outro lance dentro da área, em que o lateral Varela disputou uma bola e o VAR chamou o árbitro, que dessa vez, marcou o pênalti. Se ele houvesse marcado pênalti no lance de Pulgar, tudo bem. Mas nesse lance com Varella, foi um completo absurdo. Parecia uma compensação. O Cuiabá marcou seu gol, mas nada mais de importante aconteceu até o final da partida. Final de jogo e as homenagens a Filipe Luís e Rodrigo Caio continuaram. Filipe Luís, aliás, ficaria no Flamengo, pois queria ser técnico de futebol e ele ficaria nas divisões de base do Flamengo. Com a vitória do Palmeiras por 1 x 0 contra o time reserva do Fluminense, onde fizeram um verdadeiro “joguinho de compadres”, o título já estava praticamente assegurado para o time paulista. O Botafogo, que chegou a ficar 13 pontos na frente do segundo colocado no primeiro turno, caiu para quinto e praticamente assegurou para o Flamengo a vaga no G4 e na fase de grupos da Libertadores. O Vasco praticamente assegurou a permanência na primeira divisão, mesmo perdendo vários jogos seguidos, pois o Bahia não teve a capacidade de conseguir um empate em vários jogos dessa fase final de campeonato. Agora faltava a última rodada do campeonato, para terminar a temporada. Temporada que a torcida do Flamengo guardará na memória para sempre, como a temporada da vergonha. Onde os jogadores perderam 8 títulos, para não ter como campeões os técnicos Victor Pereira e Jorge Sampaoli, seus desafetos. Agora com Tite, resolveram jogar, mas já era tarde demais.
Em 6 de dezembro, o Flamengo foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O Flamengo foi inoperante durante toda a partida. No primeiro tempo, o time não acertava dois passes. O São Paulo acabou se aproveitando para fazer seu gol. No segundo tempo, o Flamengo tocou mais a bola, mas de forma completamente inerte e sem disposição. Foi uma partida deprimente, assim como foi o ano do Flamengo. Vimos o Palmeiras ganhar mais uma vez um campeonato brasileiro que o Botafogo literalmente jogou fora. E não fomos campeões por total incompetência e por ter perdido muitos pontos que não eram para se jogar fora. Vimos o Fluminense ganhar a Libertadores. E somente ficamos em quarto lugar e na fase de grupos da Libertadores, graças a mais uma derrota do Botafogo.
Para 2024, muita coisa teria que mudar. Muitos jogadores deveriam ser mandados embora. O elenco deveria passar por uma grande reformulação. A diretoria não poderia cometer o grande número de erros cometidos em 2023. Enquanto o Palmeiras mostrava uma fome de títulos que não cessava, o Flamengo se desinteressou completamente pelas conquistas, fazendo a sua torcida sofrer demais. O Flamengo poderia ter a hegemonia do futebol brasileiro desde 2019, mas, como dizem muitos: o pior inimigo do Flamengo é o próprio Flamengo. Só nos restou ver o sucesso dos outros e tentar almejar recuperar as conquistas dos anos anteriores. Foi um ano de Vergonha.